Vídeo: Jerónimo, Raimundo e Carvalhas. Análise à entrevista do PCP | 18h30

🗣️ Transcrição automática de voz para texto.

Olá boa tarde A Renascença publicou hoje uma entrevista na qual juntamos o atual secretário Geral do PCP Paulo Raimundo e os seus dois antecessores Gerónimo de Sousa e Carlos carvalhas numa reflexão pública sobre o partido o país e o mundo foi mais de uma hora e meia de conversa que queremos agora passar em revista e para isso conto com o tributo de três jornalistas que me acompanham a Luísa mereles a diretora de informação da agência Lusa Paulo baldaia jornalista e comentadora político e Vítor Matos jornalista do Expresso Obrigada Aos três desde já pela vossa disponibilidade antes de analisarmos mais em particular alguns dos temas que foram falados e abordados nesta entrevista gostava de vos ouvir sobre a entrevista no geral começo pelas senhoras em primeiro lugar Luísa h o que é que que tens desta entrevista o que é que te fica na memória alguma particularidade alguma coisa que tenha ficado mais presente para além do facto de que o argumento de mulher não é Fortaleza que foi aquilo que disse o Jerónimo de Sousa mas porque me ocorreu porque disseste porque me deste a primazia eh olha digo-te que foi logo no princípio que achei uma delícia Ou seja quando vocês lhe pedem para trazer vocês pediram Aos três que trouxer assim um uma coisa não é um objeto marcante um objeto marcante e achei graça porque cada um deles trouxe uma coisa que tem a ver eh com o seu com o seu passado e com a sua luta não é e com o seu o tempo que eles viveram e mais digamos de uma forma mais forte Carlos Carvalho trouxe o chapéu de Mace feira exato e refere na reforma agrária sim s portanto é a luta que o partido não não não venceu que não conseguiu eh o Jerónimo que é um operário portanto há atrás os esteios não é eum Sué Pereira Gomes exatamente o Sué Pereira Gomes e portanto fala da fábrica da sua vida de operário e já aqui tens o partido dos Operários e camponeses e e depois surpreendentemente Raimundo traz um reco-reco que não tem nada a ver com nada tem a ver com o país a a cultura Somos Todos Um ofereceu-me na primeira campanha Legislativa é a marca de uma ura do país da Nação h e eu fiquei com a sensação de que este reco-reco era assim um um partido um pouco perdido e e e isso foi digo de uma coisa que eu achei que que fugia um pouco ao Tom e estarias à espera é É verdade e não estava à espera porque achei mesmo que era muito simbólico o partido dos Operários e dos Camponeses embora nós saibamos que Carlos carvalhas eram certo não era um operário nem um camponês era sobretudo um eu não queria alongar muito esta parte do debate mas não resisto a perguntar se o facto do recre ter saído tão fora daquilo que seria expectável da do Partido Comunista se achas que isto é sinal de um partido perdido ou de um partido que de alguma forma quer marcar a diferença do seu passado o partido é um secretário geral nãoé um secretário geral sim eh ele também podes também podes vir por esse lado é verdade eh só que então eu e pergunto então Qual é o símbolo do reco reco que o partido se o partido quer marcar a diferença com o passado Qual é o símbolo do reco-reco não é até em Portugal uma próxima entrevista fazemos essa pergunta ao Paulo Raimundo H Vítor a mesma Vítor não Paulo quer ir ao Paulo primeiro isto tem tem depois uma intenção e mais ou menos a mesma pergunta alguma surpresa Alguma posição assumida para algum dos elementos que que não que não estivesse à espera não o o PCP é isto é esta entrevista de três secretários gerais eh que são tão diferentes entre eles eh mas depois eh A decisão é de facto coletiva não é eu estava estava a ouvir e estava a pensar eu acho que aquele foi combinado só pode ser combinado não sei obviamente não é matéria para ir ao comité Central eh mas cada um deles disse e procuraram que aquilo tivesse um significado de facto também fiquei curioso para perceber porque o rec rec Mas alguma algum sentido o PCP quer dar eh eh ao reco-reco e o olhando para esta entrevista aquilo que eu vejo é o PCP a assumir e e de forma tão flagrante que está com problemas problemas sérios de de de afirmação na na sociedade e que eh já percebeu finalmente vamos ver como é que corre o congresso que precisa de rejuvenecer de facto o partido e não é apenas pôr caras novas é pôr pessoas a dizer coisas diferentes porque o o PCP na Assembleia da República Nós também vemos que vão rejuvenescendo os rostos mas depois a forma de falar sim mas depois a forma de falar e eh não apenas atenção nem nem sequer é os temas ou a narrativa que é do PCP de sempre é às vezes até o tom de voz ou a forma como como falam porque é tão ensaiado que não percebem que os tempos modernos os tempos que vivemos Hoje obrigam os partidos a ter respostas novas e e o PCP hoje o que está eh e à procura de encontrar esse registro para não cair naquilo que já existe não é não ser populista e e e começar a dizer o que é hoje muito muito comum na política começar a dizer apenas aquilo que acham que as pessoas querem ouvir eh e portanto nesta entrevista o que eu senti sobretudo foi e eh estão a perceber que as coisas estão a correr mal e e e e tem vontade de fazer diferente parti à procura do Norte sim a começar pelo próprio ón de Sousa que que está a querer dizer não não eu vou-me embora eu vou-me embora e e e depois estou a dizer não espera aí que sempre deste o corpo a Manifesto Pode ser que seja preciso e tal e ele não não eu vou-me embora eu vou-me embora el tarefa mais ligeirinha ligeirinha e tal portanto se precisarem que eu apareça de vez em quando a fazer um um vídeo para o tiktok eu apareço a dançar por exemplo Valeria tiktok ela a dançar Valeria para para D visualização vídeo no tiktok os comícios dele no supermercado peix um FR exatamente e ele diz que se orgulha dessas sessões de esclarecimento bem sejamos onest bem e o PCP precisa de facto de de olhar para para o Jerónimo e ver a qualidade que ele tem deve haver lá muita gente no PCP com essa qualidade de poder falar para as novas gerações porque isso é importante muito bem Vítor notas que tenhas retido desta desta entrevista surpresas ou não olha Eh para começar aqui com a história do reco reco H foi marcante questão eu pego aquilo que vocês disseram porque acho acho que faz sentido esta nota da Luísa o recre tem uma o recre faz sempre o mesmo som aquilo varia o ritmo mas o som não e é um bocado o PCP não é é o rec aquilo é um partido do rec rec vai sempre dizendo a mesma coisa diz sempre a mesma coisa e um dos problemas que o partido tem verdadeiramente e que é o que se nota na entrevista estão ali três secretários ex secretári umá geral e dois exis gerais eh que cobrem muitos anos do do PCP e o discurso do partido nunca mudou nunca se alterou nem a forma isso é um grande problema que um partido em geral tem e que o PCP tem em particular eh continua a usar as mesmas fórmulas o mesmo tipo de linguagem que hoje não tem eh o a qual as pessoas não aderem eh e isso é um boc é a história do rec rec aquilo tá ali rec rec rec rec é a história da cassete e e que raramente se adapta à à às circunstâncias adap discurso é tua interpretação em cima da interpretação não mas é quer dizer eu eu de de uma ideia ali de um de um de um partido um bocado fora do mundo com com cas carvalhas a minha nota a minha sensação geral foi casro carvalh completamente fora do mundo e ficou preso aos anos 90 até usa algumas informações erradas que eram corretas nos anos 90 e e hoje estão erradas que é quando ele fala por exemplo dos dos outros partidos que o PCP que é o partido democrático por causa do centralismo democrático e que os outros partidos e que e que as pessoas que estão no congresso do PCP foram eleitas pois estão nos outros partidos também foram todas são todas Delegados eleitos e que os E que nos outros partidos ent por ali a fora um qualquer que vai fazer um discurso e é s dotes de oratória que determinam a eleição de um líder é mentira não é verdade agora nos partidos eh no ps e no PSD no CDs já não é assim mas já foi antes de haver um congresso há umas eleições diretas e e o líder quando vai ao congresso já foi eleito pelos militantes diretamente e portanto quer dizer o casro carvalhas nem sequer isto se sabe parece que quer dizer se sabe mentiu portanto não como não creia que mentiu acho que tá fora do mundo e da realidade h e depois temos e eh eh o o o o Gerónimo de Sousa e e o Paulo Raimundo um bocado numa questão Auto justificativa e sem saídas sem soluções para acabar com a ir usão do PCP porque o mundo tem vindo a avançar e o partido Não muito bem vamos detalhar vamos ter tempo para ir detalhando várias várias das Pistas que foram levantando e nesta primeira nesta primeira Ronda Vitória vou continuar contigo isto porque nesta entrevista Carlos Carvalho nega que o PCP tenha tido interferência direta no 25 de Novembro que a única preocupação da partir Na altura foi evitar uma guerra civil Carlos carvalhas em particular nega que tenha sido ele a convencer o Major Luís pessoa o Engenheiro Luís pessoa militante comunista a entregar-se a bé isto é uma versão dos acontecimentos que contraria o que escreveste recentemente no Expresso como é que reages estas declarações de Carlos carvalhas Hum bom quer dizer eu acho normal porque é na linha daquilo que o partido sempre disse e defendeu nomeadamente h o álvar cunhal num num livro já dos anos 90 um livro já no acho que é de 99 eh verdade e mentira sobre revolução de Abril penso que é assim o título hum em que basicamente a tese é essa O partido não mandou nem avançar nem mandou recuar e sabia-se que o partido mandou recuar isso aí não é inem controverso não se sabia quem tinha dado a ordem para os parac tistas avançarem que desencadeou depois e o contragolpe da da dos militares afetos ao GR grupo dos nove H Isto é importante do ponto de vista histórico perceber-se o que aconteceu porque era uma peça no Puzzle que faltava era um mistério e o que é que minha notícia que já tinha sido é um documento que já é referido num livro da Isabel Neri e que eh Há dois anos o Filipe Garcia um colega meu que na altura estava no ex presso escreveu esta versão dos Factos contada por Vasco Lourenço que tinha o documento o que eu fiz foi detalhei isto mais e vi o documento ainda ninguém tinha visto o documento que foi entregue ao General pesar Correia e que depois foi entregue a Vasco lourence que o divulgou e e é preciso ver quem é que era o o o o o capitão meliciano era um Capitão meliciano portanto não era militado de carreira Luís pessoa era um homem que já era comunista há 7 anos antes do 25 de abril e que ele é é apanhado no serviço militar e e até o caros carvalhas conta a história curiosa de ele ele ele ter avisado a mulher trabalhava na mesma empresa da mulher do cas carvalhas avisar que ia haver 2 de Abril naquela naquela naquela madrugada e portanto ele estava numa ele ele era e chefe de gabinete do do do comandante Almada contreiras e e e era estava no serviço de diretor coordenador de informações das Forças Armadas que era o sdci que foi onde tudo isto se trassado e o que ele conta entre o documento que eu vi e o que ele contou a Vasco Lourenço foi que quem deu a ordem foi Jaime Serra do partido a comunista J Serra dirigente histórico que participou na Fuga com Álvaro cunhal e que tinha sido o o eurochef da áa da ação revolucionária armada e hum que lhe terá dito eh para os pares fazerem uma demonstração de força ou seja prender os comandantes das bases e isto tinha como objetivo não portanto aqui a questão onde onde a questão do o se o PCP ao extrema esquerda tentaram um golpe de estado não segundo este documento o objetivo não era tomar o poder o objetivo era mudar a correlação de forças dentro do mfa porque ao contrário do que se diz ou se pensa de forma genérica o 25 de Novembro não se dá no pico da revolução mas dá-se uma fase de refluxo da revolução que até o próprio presidente da república e Marcel Rabelo de Sousa disse assinalou no discurso dele na Assembleia da República é numa fase em que o PCP tá a perder influência em que Vasco Gonçalves Já saiu do primeiro-ministro em que muitos militares do mfa foram afastados eh eh numa Assembleia que houve em tancos a chamada Assembleia de tancos eh Penso que em setembro em setembro princípio de Setembro sim e portanto o a revolução tá perder força o PCP tá a perder terreno isto é uma forma de eh quando o ser tudo muito complexo nesta altura isto não como a 25 de Abril em que viam os bons e os maus vieram os bons ganharam os maus perderam e e vai por aí fora a democracia isto não é muito mais complicado é muito mais forças em jogo e Complicado explicar este chadrez para quem não tá dentro do conhece as peças e portanto o que acontece naquele naquela fase é com o PCP em perda e extrema esquerda de certa forma rivalizando mas estavam Associados H um chefe de estado maior General o chefe de estado maior da Força Aérea quer acabar com os paredistas e e decapita os paraquedistas de oficiais e quem fica à frente dos paraque tistas nesta fase são os Sargentos que estavam afetos ao PCP e o que é que faz isto a narrativa de Vasco louren o hotel que era Líder comandante do ccor manda avançar os paredistas para fazerem H ações de esclarecimento junto nas bases ações de esclarecimento por causa dessa questão dos dos dos oficiais saírem da força e da força ser e ser dissolvida Qual é a ação segundo estes estas portanto isto não é a minha posição é aquilo que eu investiguei hum o PCP O que é que faz é por isso é que o hotel foi-se embora e achou que aquilo não I acontecer nada e foi dormir e depois o PCP transforma alegadamente o PCP conta Jaime Serra transforma a ação de esclarecimento em ações de força portanto os paraquedistas que iam fazer um esclarecimento acabam por ir paraem duas comas das bases e dá-se início ao que eu diria não é um golpe de estado Mas é uma quartelada isto é uma quartelada uma movimentação de militares para o PCP ganhar força na esquerda militar que estava a perder força também Vítor desculpa ruperto mas eh estava aqui a surgir uma uma questão se as coisas vão sendo de acordo com o que descreves pelos documentos que que consultaste e pela investigação que fizeste e dadas as declarações da carim carvalhas à entrevista da Renascença eh onde ele também diz que nesta naquela altura o PCP não tinha uma um partido tão coeso como como existe hoje em dia tão próximo uma direção tão próxima e que havia militantes que jogavam por conta própria essa poderá ser uma explicação e eu eu eu daquilo que e agora a interpretação minha no PCP As coisas não acontecem assim o jaim Serra não não era freelancer portanto aí afastada completamente a hipótese de ser uma iniciativa do Serra se fosse se fosse se uma coisa de freelancer era só Jaime Serra e Álvaro cunhal e portanto aí eu admito que eles tivessem feito isso sem mais ninguém saber e portanto aquilo eram o Partido Comunista uma organização sofisticada onde eu acredito que havia aquela uma coisa que se chama que a necessidade de conhecimento só sabe das coisas quem é suposto saber e portanto Isto é daquelas coisas em que se encaixava isto eu não tenho a certeza agora o que há é este depoimento não é depois cas carvalh dis uma coisa seguramente deixa-me interromper seguramente Hotel não estava alinhado com o PCP nem o PCP com o hotel naquela altura até porque de certa maneira aquilo serviu ao ppta dos paraquedistas com e do próprio Hotel não é o hotel o que perde o o o comando e de de Lisboa é que ameaça logo que se aquilo acontecer e for substituído pelo Vasco Lourenço coisa que aconteceu que que isso tem que ter consequências e os paraquedistas quando saem da forç aa iriam ser iriam ficar sobre a tutela exatamente do do hotel e portanto ele utiliza-os como protesto pela desconsideração que ele entende que estava a acontecer no no no grupo no no no mfa eh eh com ele próprio não é e portou dizer e o hotel não estava alinhado com o PCP seguramente e o PCP se estivesse num golpe Com certeza a Marinha que era aquilo que tinha de mais forte teria avançado e não entrou no novembro deixa-me passo só desculpa lá só dizer aqui uma coisa que o Paulo Não não é bem assim e o PCP não fação com os Fuzileiros porque a meio do dia percebeu que não podia avançar que não havia forças suficientes para não hav forças ISO não vai ser Transform uma coisa sobre não não não não aliás quero avançar quero avançar mas quero dar já que já que luí que quis dizer é que eu acho que eu acho que existe aqui um lado eh que é tal o lado da quartelada sentido o do PC querer retomar algum controle das da das bases e das forças eh e aonde tinha de onde tinha sido retirado porque o PC sabia que a Revolução estava mais que perdida naquela altura e por outro lado a gente não também não se pode esquecer que o andamento E os preparativos para o 25 de Novembro já estavam a ser feitos desde o 25 de abril de 75 desde a altura em que efetivamente os militares começam a preparar e que estava tudo preparado era só um pretexto era preciso um pretexto para depois avançarem os militares do 25 Novembro portant tudo isto é uma é uma ainda não será desta que fica tudo acho que uma coisa que é importante dizer que é em relação àquilo que Carlos carvalhas disse que não telefonou a Lu pessoa portanto dizer se apresentar para ser par emé porque é que aliás de entender que mal conhecia sim é que eu H escrevi isto porque o documento é todo datilografado e só tem duas palavras manuscritas é Carlos carvalhas que e luí pessoa foi acrescentar à mão e que o o General pesará Correia me disse que ele pôs lá o nome do cas carvalhas para dizer debaixo daquela frase de quando é preso telefona-me do P para eu ser o p em grande que é o Partido Comunista para eu me entregar em BL convencer-me a entregar em Blan e convencer-me a recuar já tinha convencido a recuar pois o trabalho dele foi não só mandar avançar mas foi mandar parar aquilo que ele tinha mandado as ordens que ele tinha dado para avançar e diz que é cas carvalhas queem lhe telefona bom quer dizer eu assim é é é o que tá lá no documento e cas pode não se lembrar pode dizer que não ele já não se pode vir cá defender e portanto e fica fica assim muito bem vamos dar Agora um pulo até 2025 até às autárquicas foi também um dos temas abordados durante a a entrevista Paulo Raimundo aponta para como objetivo a manutenção das 19 câmaras que o PCP tem reconhece que querem mais e dá como exemplo que pretendem recuperar a câmara da moita e também dá exemplos de outras conquistas que não passam tanto por ganhar câmaras e dá um exemplo de da conquista de um vereador em Guimarães luí O que é que parece Isto são objetivos realistas ambiciosos ou é nivelar por baixo qual é a leitura que fazes destes objetivos eh eh ele ali não diz uma coisa que é fundamental que é que deste destas 19 câmaras 11 eh dos 11 quer dizer das 19 câmaras presidentes de câmara diga-se não é 11 terão completado os seus três mandatos e portanto não poderão recandidatar-se e isso aí vai ser também é é uma é uma tarefa ainda mais complicada dentro da tarefa complicada quer eu dizer não é bom Paulo ramundo estará ciente disso e no entanto mantém a fasquia como pelo menos manter e assim como foi também também foi Claro em relação a Lisboa nomeadamente quando disse não e já lá está e o nosso camarada João Ferreira e não Ok mas e mas admite a hipótese quando és tu creia que és tu que lhe Fazes a pergunta de se admite uma Coligação pós-eleitoral e ele e ele diz que sim sim a esquerda o o o Partido Comunista a cdu fará sempre esse somos sempre pela esquerda nas autarquias Exatamente exatamente agora eu acho que ele nas autarquias e é o grande combate que eles têm em relação ao alentejo eu eu faço aqui uma ligação que eu achei eh interessante genuína e verdadeira a a explicação que Carlos Carvalho dá Carlos Carvalho dá em relação às circunstâncias que é o despovoamento do território e no fundo o que ele te está a dizer é e a falta e e a falta de bases ou seja o alentejo a grande força de do do do PCP no alente obviamente era a a força Rural eram os eram os Camponeses camponeses esses hoje que estão reduzidos a uma ínfima espécie que foram substituídos pela pelo pelo pelos imigrantes Portanto ele refere isso portanto e não são os imigrantes que vão votar no PCP nem vão nem vão votar de maneira nenhuma porque a gente sa sabe que a maioria deles são os tais indust tânicos ora isso é uma isso é é terrível para o PCP porque é nessa H é neste caldo e e eu acho que eles têm muito consciência disso e no fundo Raimundo quando está a dizer que e diz sim que vamos tentar a moito e vamos tentar também tentar outra vez o Almada e crescemos muito mas não compensamos e o desaparecimento do Be e do e do PSD etc eh no fundo hum eu acho que vai ser uma luta muito muito muito difícil e ele não e ele tenta um pouco desviar o assunto porque obviamente que eu acredito que um vereador em Guimarães onde eles não têm há dois mandatos é muito importante mas eh perder-se por exemplo uma parte significativa das 11 e das 11 câmaras onde eles eh onde o seu enfim o seu eh Líder comunista digamos assim que lidera a câmara há três mandatos vai ser uma vai ser um vai ser um rud colpe vai ser mesmo um rud colpe uhum quanto a presidenciais também falamos por aí Paulo quer-te ouvir sobre sobre esta matéria govel apio do PCP e ficou praticamente afastado h e não revelam planos para o que é que serão e dizem que é demasiado cedo e é demasiado cedo a verdade para quem tem autárquicas em 2025 e o PCP Depende muito do resultado destas autárquicas não pode ter uma me catombe e como já teve eh as o poder autárquico para o PCP é o que distingue Aliás o PCP dos outros pequenos partidos o os outros pequenos mesmo considerando um partido médio Como como o chega o PCP joga outro campeonato o PCP é PS PSD e PCP é o terceiro partido no pleno autárquico e isso importa muito porque e eh a maneira do do PCP e eh suster o o o a fuga que tem havido de de eleitores eh do do PCP de eleição para eleição e tem sido muitas eleições com o PCP a perder J sempre no a nível local se conseguirem resistir localmente o PCP tem ganha mais capacidade para um dia poder dar a volta eh àquilo que aconteceu e e não sei se vamos ter tempo mas eu gostaria de dizer que eu acho que o PCP faz muita falta à democracia portuguesa não só do 25 de Novembro mas agora é preciso que o PCP exista porque o PCP defende o o trabalhadores que que eu não vejo mais ninguém a defender os trabalhadores das fábricas dos escritórios e e e é muito importante que que esse discurso continue a existir mas isto regressando à à à resposta à tua pergunta eh eh nas presidenciais o o PCP vai ter um candidato sobre isso Não há dúvida não há nenhum candidato à esquerda que nem nenhum perigo à direita que obrigue o PCP a não ir a uma primeira volta de eleições presidenciais nem há nenhum candidato à esquerda que seduza o PCP a dizer tá bém com este podemos lá ir não existe isso eh e e o Aliás o PCP está a querer mostrar a querer outra vez regressar ou uma autonomia em relação ao partido socialista porque percebeu que correu muito mal os efeitos da geringonça foram muito maus sobretudo para o para o PCP e portanto parece-me absolutamente certo que o PCP vai apresentar um candidato presidencial que e que desta vez vai às zas não tenho seguramente não tenho eh eh Acho que daria um grande candidato mas ele disse que tem que ser uma coisa mais ligeirinha não será o Jerónimo de Sousa Com certeza mas eu acho que seria um bom candidato para o PCP Jerónimo de Sousa muito bem Vítor H vamos voltar aqui a este tema da da da perda de influência Eleitoral na sequência também do que estávamos aqui a falar e Luísa já disse que acredita na genu da da da explicação que carvalhas deu para a perda alguma parte da perda de influência eleitoral mas também já falamos aqui sobre linguagem a falta de atualização da da linguagem eh como é que como é que se explica Esta falta de atualização é aos tempos modernos bom o o PCP é um partido dogmático quer dizer é um partido doutrinário e isso eh só há dois partidos verdadeiramente doutrinários no nosso espetro político que é à esquerda o PCP e à direita à iniciativa Liberal h e portanto eh no caso do PCP o partido que se re por linhas muito rígidas de do seu discurso e da atuação política H com algumas coisas que são muito curiosas por exemplo não embarcam em certo tipo de combates políticos por exemplo quando um ministro diz qualquer coisa de errada ou quando há um processo de corrupção o PCP nunca se mete por essas guerras tá focado no seu trabalho nos trabalhadores focado naquilo que é importante que é a vida das pessoas nessa coisa só que para chegar hoje essas pessoas não é com a linguagem que o PCP usava há 40 há 30 há 20 anos porque o mundo é completamente diferente e e de cada vez que se faz uma pergunta a um dirigente do PCP e ele responde eh com a a exploração por grandes empresas dos grandes conglomerados ou dos interesses que estão por trás das decisões tomadas pelos governos quer dizer isto cai hoje hoje cai em saque roto porque as pessoas sabem o que é que é a vida corrente e normal e sabem que é são as empresas que dão emprego eh percecionam das que exploram mais as que exploram menos não tomam tudo como igual não tão à espera de haver uma revolução e de isto tornar-se um regime socialista e ser tudo por igual e portanto eh O partido não acompanha o espírito do tempo quer dizer ainda está na Revolução Industrial quer dizer o linguagem do PCP ainda uma linguagem da Revolução Industrial e e em Portugal uma linguagem que fazia sentido nos anos 70 h hoje não faz hoje estamos n outro nível e porquê aqui porque aqui é que se percebe em parte porque é que o chega com excesso de linguagem vai apanhar pessoas eh que votavam no no PCP isso acontece em muitos países H onde onde uma direita creche Vão buscar pessoas que foram votavam com não diz que fossem comunistas mas votavam comunista e começou do alentejo E H conheço algumas dessas desses fenómenos porquê Porque viam o PCP como o partido que era antipod de certa maneira isso pode-se ter perdido na na de alguma maneira na na jaring onça e depois é engraçado porque há al uma contradição quando Vocês perguntam ao ao ao Paulo Raimundo se pode haver uma Jing T por causa do chega eu ali uma certa contradição porque a geringonça só existiu para não ha uma maioria de governo do da direita e do Passos coelho não não não foi por mais nada e quando se percebeu que aquilo podia ser diferente acabou o jaring onça h e e e portanto o PCP perde vai perdendo essa influência e por razões demográficas que meas próprios assumem que as pessoas morrem não é e falta de capacidade e saem da da do interior or quer dizer eu lá lá no no no meu alente e sou de grol e portanto aquilo enfim foi uma terra que já foi muito comunista a câmara ainda é comunista mas tá em risco é difícil ganharem podem ganhar mas não vai ser fácil Hum e onde o chega teve um crescimento brutal teve 30% quer dizer outro argumento é a deturpação do discurso do PCP out outro argumento que que os que que o PCP genericamente costuma usar é que há uma campanha contra contra o PCP há um silenciamento Luísa tu colhes esta esta este tipo de argumento achas que há respaldo na na realidade há duas coisas por um lado eu acho que a comunicação social e a maneira Como a comunicação social hoje eh faz a a crónica política digamos assim efetivamente é muito é seletiva isso eu não tenho dúvidas Eh agora em relação ao PCP é mais ainda e também por estas razões que o que ele que o Vítor está acabar de dizer eu acho que é difícil o universo do PC é um é um é é é difícil de entrar eh em entrando tu depois percebes a linguagem eh porque efetivamente eles agarram-se muito àquilo e não tem E é verdade que não que existe pouca eh digamos soltam-se pouco não podem soltar-se aquilo e é preciso e há muitos silêncios e há coisas que dizem eh por meias palavras mas também acho que efetivamente quer dizer o PCP passou para 3,4 por de votos não é que foi o que eles tiveram nas últimas eleições penso eu que é isso h e e que deixaram de ser também e tendo-se acabado a jaring Gonça também é verdade que acabou e aquela o o PCP hoje conta para pouco em termos da da luta política e a comunicação social tá muito numa também de de num relato um pouco confrontacional como também não é só não é quer dizer não é necessariamente culpa da comunicação social eu acho que é os tempos que são esses não é É a coisa também é esse agora todos os partidos que não veem refletidos as suas posições tal como eles gostam ou o tempo que eles gostam da comunicação social dizem que a culpa é nossa isso aí a gente já sabe que é o que é é uma crítica transversal é uma crítica transversal a todos mas é que na competição hoje pelo os partidos são muitos a competição pelo espaço mediático é muito grande e a linguagem do PCP é menos apelativa e menos lado comica social também gosta muito de polm eles S nca os processos os processos judiciais portanto não entr por aí mas diz mas quando selecionas não desculpa tu quando selecionas informação vais busar seleção mais importante ou mais impactante e o PCP normalmente diz sempre a mesma coisa é não eu até acho que o PCP funciona muito com as multinacionais que tanto que é as multinacionais quando andam pelo mundo todo obviamente e é não mas sei que funciona assim quando quando querem quando tem alguém a falar aqui em Portugal uma multinacional americana que tem que aqui em Portugal reporta reporta a Espanha os espanhóis têm alguém que está num sítio qualquer e e a dizer o que é que se pode dizer falam todas da mesma maneira não é se formos a uma multinacional eles dizem só aquilo que estão autorizados a dizer porque não po podem pôr o pé e em ramo verde o PCP funciona assim por isso é eles o PCP não gosta nada da ideia de que pode ter vedetas dentro do seu partido vedetas no sentido de alguém que comunica muito bem que é melhor que os outros a comunicar que é capaz de improvisar que é capaz de responder e e portanto de alimentar esse confronto que estava a falar a Luísa ou esse o a polémica e o PCP não quer isso o PCP quer que a mensagem seja há pouco que tu referi isso quero que a mensagem seja sempre de de eh eh muito ideológica é nós estamos aqui para defender os trabalhadores aumentar o seu poder de compra garantir que eles têm uma vida digna agora o PCP tem que perceber que eh pode defender as mesmas coisas pode estar 100 anos se as coisas não mudarem durante 100 anos faz todo sentido que alguém as continua a defender durante 100 anos o que é preciso é começar a falar de uma maneira eu tenho filhas de 15 anos se o PC quiser falar com as minhas filhas eh eh se continuar a falar como fala elas não vão ouvir rigorosamente nada mesmo tempo estando presentes em redes sociais não não poem fazer o que quiser não pode estar não chega a estar nas redes sociais É Preciso Saber estar nas redes sociais tem coisas engraçadas nas redes sociais o PCP tem algumas coisas engraçadas mas mas é engraçadas para qu para mim e para ti que não temos idade para o tikt é que é preciso que sejam engraçadas cam ouos sei qu e e e desse ponto de vista claro que o PCP tem que fazer tem que perceber muito bem que o o problema não são as ideias que o PCP de frende as ideias que o PCP de frende e continuam atuais nós temos problemas as notícias deste fim de semana dizem-nos que um 60% dos Pobres em Portugal são trabalhadores trabalham ou seja o trabalho que devia incluir exclui as pessoas trabalham e não conseguem e da pobreza obviamente que isto tem que ser defendido e as ideias do PCP t a ver com isto O que é que dizem também os dados deste fim de semana do do de sexta-feira dizem que há Sem Abrigo que tem emprego tem trabalham mas mesmo assim não conseguem ter um teto obviamente que eh é preciso lutar para que a sociedade resolva este tipo de problemas e o que é que nós sabemos que a sociedade Como existe hoje eh eh os partidos políticos que governam o país a 50 anos não foram capazes de resolver isto Esta é a verdade o sistema que nós temos sistema económico e político não foram capazes de resolver isto também já sabemos que o comunismo como existiu noutros países também não resolveu nada pelo contrário complicou muito e e e portanto alguma coisa tem que mudar tem que mudar a forma de exercer o poder que o PCP tem que admitir e nesta entrevista e admitem não é quando dizem que não não queriam cá o regime nem de da Venezuela nem da Coreia do Norte nem dizem isso não é já começa sejam mais claros digam isso com com com frequência digam isso às pessoas de forma muito natural e continuem a defender que a sociedade tem que ser mais justa porque faz todo sentido defender sociedades mais justas vou pular para para um tema que tinha mais lá à frente mas já que falaste já de abriste o capítulo da política internacional Então vou à Ucrânia porque a Ucrânia continua a ser um assunto que continua a parecer um um uma pedra no sapato do PCP o PCP garante que condena a guerra de toda a forma em mais alguma diz que Putin se vier a Portugal deve ser deve ser detido mas eh falando com muitas muitas pessoas essa mensagem de de uma condenação Clara da guerra e da invasão da da Ucrânia continua a não existir por parte do PCP foi um problema para o PCP claramente é uma desde o princípio o que é que falta e eu acho que o problema foi mesmo de linguagem e de abordagem quando eles a quando eles abordaram o tema a logo no princípio porque se eles tivessem sido mais claros em dizer que isto é uma invasão e e to to to to to tó e portanto dizendo as suas posições porque eu acho que acho que rigorosamente somos todos pela paz quer dizer agora não é a paz dos cemitérios não é agora hum por isso não vale só dizer isso tem que se dizer eh tomar algumas posições Aliás o Paulo Raimundo disse uma coisa que eh que é até chocante mas depois percebe-se que ele que é no fim das contas ainda vamos deparar com um acordo de com um acordo de negociação em relação à Ucrânia que no fundo eh reconduz à situação tal qual que existia no no princípio só que com o saldo de não sei quantos milhares de mortes e não sei quê E isto H é terrível não é mas eu acho que eles na verdade no princípio e e eles se comunicaram mal a sua oposição Porque ficaram só eh naquela coisa da Paz e as pessoas estavam aí a perceber que havia uma invasão de um país sobre eles tinham um problema com a própria Ucrânia que legalizou o Partido Comunista e portanto isso como lhes estava doía lhes muito eles não foram capazes de ter uma posição que fosse lúcida eles não conseguiram responder a isso tiveram eles o Partido Comunista tinha um problema com o Partido Comunista terha sido ilegalizado Eu também acho que ao também acho que mais ISO um lado ali anti antiamericano que o PCP tá sempre ao contrário e depois quer dizer há uma coisa que se nós formos ver as posições do PCP eles fazem por causa não dia por outras razões esve a ver isto fazem um comunicado uma semana antes da invasão a condenar A Escalada e a confrontação promovida pelos Estados Unidos e a Nato quando os russos tinham centenas de milhares de tinham 150.000 ou 200.000 militares na borrússia e nas fronteiras para invadir a Ucrânia e depois quando se dá invasão no próprio dia o comunicado de imprensa do PCP tem o seguinte título sobre os recentes desenvolvimentos no leste da Europa quer dizer a Rússia invadiu a a a a Ucrânia e aquilo são recentes desenvolvimentos e eles nunca chamam invasão aquilo e o próprio Jerónimo de Sousa já estava irritado com depois é CL pé da comunicação social não não quer é deles porque não sa não não não se justificam como deve ser quer dizer tem que ser escorados como os outros também não querem ser escorados como os outros eh enfim os partidos têm todos um problem tem dificuldade em fazer-me a culpa quer dizer eu todos os políticos têm eu isso aí faço esse A questão não é essa aquela inflexibilidade de linguagem um bocadinho fora dis chamar de invasão e é que operação falou em em operação especial quer dizer usou a linguagem pessoa viu a linguagem do kremlin quer dizer isto aqui é outra coisa e depois h o problema aqui é quer dizer o est estos Unidos e Europa e a União Europeia são culpados de tudo mas a Rússia não é culpada de nada quer dizer a Rússia não é culpada de nada não fez nada de mal não eles não dizem eles não chegam a esse ponto não estou eu a dizer que eles não dizem que a Rússia fez que agora já começam a dizer mas não condenam veementemente a invasão Porquê nem a visão imperialista da Rússia porquê porque aquil é o revivalismo da União Soviética jáo várias ve eles criticam sech não tem nada a ver o o a lógica imperialista do Senor fazer uma guerra Deão nunc criaram ISO o que eles o o Os Comunistas sempre gostaram de fazer as coisas muito explicadinhas e não dar logo a resposta imediata como muitos outros políticos dão É verdade eles têm Eles tomam o seu tempo e a verdade é que eles depois ficam perderam-se e é mesmo falta de de de saber comunicar nos tempos que correm porque se ficam naquela numa explicação que vai Desde 2005 os acontecimentos na Ucrânia depois 2014 etc e que tudo aquilo tenho obviamente que eh o que o que ocorreu em 2022 já estou Como dizia diria o Guterres não nasceu do vácuo não é houve uma série de acontecimentos anteriores que até remontam ao tempo do gorbachov agora o Isto é para as pessoas que estão que se interessam que sabem do assunto agora a maneira como eles comunicam isso no imediato para aquele som do do imediato é que estava errada é que está errada porque que eu me lembra o primeiro e e eu estive no Congresso do PCP da do primeiro do Paulo Raimundo portanto há dois anos H foi a primeira vez que eu ouvi falar um líder do PCP ou seja o seu secretário-geral falar de invasão ele disse invasão os russos invadiram a Ucrânia foi a primeira vez que eu ouvi o PCP dizer ass aquilo assim desde então falaram um pouco em invasão mas foi a primeira vez e h e quer dizer foi em novembro a invasão tinha sido em fevereiro não é e acho que portanto no meio disto tudo ex ise aquela preocupação de explicar tudo e e dizer que aqueles não se não nascem assim Acho que os perdo muito acho que el is tem uma perspectiva elam para cois Evidente como todos os partidos mas o PCP olha para as coisas com uma determinada perspectiva quando por exemplo caros carvalhas penso que foi ele que vai buscar H os acontecimentos de 2014 masz é é é a narrativa russa é narrativa russa e do Partido Comunista que é que houve um gope de estado não não que houve um podemos discutir ISO que houve um golpe de estado H golp estado eu não sou eu não vou dizer o que o PCP diz eu sou absolutamente contra a rúsia ter invad Ucrânia mas a Rússia tem razão precisamos nos pôr no no no no papel nos sapatos deles só só se põe noos papel dos sapatos deles quando diz que houve em maidan que que o que houve foi um golpe de estado em em 2014 eh eh na Ucrânia esquece que o poder que Vig na altura matou 100 pessoas na praça de maidan matou a polícia matou 100 pessoas isso o PCP também esquece fala da parte dos militantes comunistas que morreram mas os as 100 pessoas que o poder e que na altura mandava na Ucrânia matou não e e a anexação direta da Crimeia também não problema nenhum mas eu há pouco estava a falar da legalização do PCP também mostra que que a democracia na Ucrânia Não Era exatamente uma coisa que funcionasse em pleno isso democracias que legalizam partidos e eh que não são partidos não estamos a falar dos nazis na Alemanha não é estamos a falar de um partido comunista na naer a história da Ucrânia em Portugal também são proibidos os partidos fascistas mas ali foi ao contrário descul ali foi ao contrário eles fizeram Renascer o velho partido fascista daí é por isso que o fala da n aqui há um partido comunista e na Ucrânia não mas o Partio o Partido Comunista o Partido Comunista na Ucrânia querem tem um problema sempre em relação à geopolítica internacional o o Partido Comunista quando existia a União Soviética e e toda a influência que a União Soviética tinha no mundo era muito fácil de gerir esse tipo de relações de repente o Partido Comunista não tem ninguém no na verdade ouvimos o Partido Comunista a ter que se agarrar a pedacinhos de e da Venezuela da da Coreia do Norte chegou houve um dirigente que chegou a dizer que a Coreia do Norte de de de certa maneira era uma democracia não é eh eh tenta agarrar-se a coisas que já não tê nada a ver com com o o comunismo porque tem que ter alguma ligação internacional e eu acho que muitas vezes por causa disso acaba por se perder acaba por estar a defender coisas que em Portugal é muito difícil que os portugueses consigam entender o que o PCP quer dizer quando se põe a a defender os chavas eh perante o o o que aconteceu na Venezuela ou agora o maduro com o que aconteceu na na Venezuela é muito difícil e o eum Eu não eu não consigo perceber o porque é que o PCP temima em defender e eh países que é suposto terem lá um cheirinho qualquer de de Comunismo ou uma coisa Qualquer que tenha a ver com o Partido Comunista porque claramente a Venezuela não tem e eh nada a ver com isso a Coreia do Norte também não tem aquilo é uma é é uma monarquia absolutista completamente que não tem nada rigorosamente nada a ver com com o comunismo mas continuam a querer dizer coisas sobre Eh que que lhes permita dizer que tem eh no plano internacional coisas que defender há pouco estavas a lembrar e é verdade o que é que eles mais vale que se agarrem apenas mais vale do ponto de vista de de luta política ou o seu antiamericanismo e é o que e é o que representou a influência dos Estados Unidos que nós sabemos também correu muito mal em muito lado do mundo quando eh eh eh alimentou guerras na América Latina na Ásia etc se se agarrasse a isso já tinha alguma no médio Oriente exatamente ainda hoje que estamos a a gravar e e a transmitir em em vídeo e e esta conversa ainda hoje os Estados Unidos bombardearam posições na Síria onde era suposto a guerra ter acabado ontem não é e portanto estão lá a bombardear como está Israel Como está a Turquia não é muito bem vamos fechar aqui este Capítulo internacional porque quero mesmo ainda voltar aqui a a mais um outro tema que passamos em revista na nesta entrevista um deles tem a ver com a interrupção voluntária da da gravidez Raimundo nós questionamos Paulo Raimundo sobre qual é que seria a posição do PCP perante às novas propostas que estão em cima da mesa Paulo Raimundo esclarece que a posição inicial do PCP sempre foi pelas 12 semanas que é uma das propostas que está neste momento em cima da mesa portanto diz em coerência com aquele que é nossa proposta era isso que eu queria saber H isto faz sentido este alerta de Paulo raimund todo sentido que dizer que e bem era o que faltava eh recuar a no direito à à interrupção voluntária da da da gravidez e mas na verdade aquilo que o PCP está a dizer faz sentido é Tenham cuidado nós tivemos uma campanha eleitoral em que um aqui na Rádio Renascença um um dirigente do CDs eh disse que nem sequer estava a falar em nome dele estava a falar em nome de AD eh que iria ser eh eh portanto iriam tentar e eh dificultar e eh a concretização da igv para para para as mulheres queo algum recuo exato não depois recuou que não é claro a mandou recuar isso é política faz faz parte dizer olha pá não é nada para dizer isso esqueçam isso não é não não era para para ser dito mas na verdade nós sabemos é é como ao 25 de Novembro golpes e contra Golpes etc que é se alguém tenta avançar para e eh evoluir na na no na interrupção voluntária da gravidez aquilo que pode acontecer é que a direita que tem com coração de forças que tem que tem uma maioria Aproveita e diz já que isto está acontecer Nós aproveitamos e e e queremos regulamentar assim isto isto e portanto fica mais difícil portanto se se o bloco quiser o bloco gosta muito de se atirar para a frente e de fazer este tipo de de coisas pouco lhe importa depois Qual é a consequência vai dizer que que defendeu que deviam ser 14 semanas eh o o partido socialista quer ficar ali no meio do caminho e defender as 12 semanas na verdade se olharmos aqui para o lado para Espanha e eh a lei é muito mais progressiva Progressista do que do que a nossa mas a verdade é que se fazer isto agora é dar pretexto para quem é contra o egv como ela existe hoje conseguir recuar Isto é o que vai acontecer o PCP tem inteir inteira razão eu eu respaldo e dou faço minhas as palavras do Paulo porque é exatamente eu quando ouvi estas palavras do Paulo Raimundo disse ele tem completa e absoluta razão porque tal como ele diz há louos sência na serra não é e aend é para recuar esta tendência para recuar portanto teremos que refletir se este é o momento para fazer avançar de 10 para 14 semanas as as o período para fazer a ivg só só para complimentar que estou a dizer que eu concordo mas o PCP também é um partido muito Prudente e é muito Prudente na avaliação e na análise daquilo que eles chamam muito bem correlação de forças tem 100 anos sabes examente norm entureiros que cunhal enfim como cunhal cava a Extrema esquerda não não gosta da de entrar em aventureirismo sobretudo se fizer uma leitura política de que não tem força naquele momento para fazer determinado tipo de coisas e e pronto agora sabedoria isso assim OK último capítulo nesta conversa que já estamos quase a escutar aqui o nosso tempo mas um dos temas que Também passamos foi sobre o regresso dos renovadores comunistas e já depois de termos ouvido Quer Carlos carvalhas quer Jerónimo de Sousa de alguma forma a lamentarem que tenha acontecido aquele processo embora eh eh reafirmando que perante os acontecimentos da altura tinha tinha que acontecer essas expulsões eh Paulo Raimundo também vem dar a mão como Aliás já tinha feito noutras ocasiões eh para abrir a porta para um Regresso do destes renovadores comunistas embora deixando claro que o partido é como é e que quem está deve alinhar com as regras do par a renascena já falou com Carlos Brito esta tarde que diz que toma registo dessas dessas declarações que pois isto tem que se falar tem que se falar logo que se vê toma boa nota da da das declarações mas a dada altura o nosso jornalista Pedro Mesquita pergunta-lhe o que é que era necessário para voltar ao PCP e Carlos brita traça duas linhas vermelhas uma o fim do centralismo democrático do do partido e o Marxismo leninismo Isto é viável não ele já está fora nessa ele o partido é porque aliás eles eles se regressarem ao partido é o PCP de sempre eu o o Raimundo aí não abre a porta a Qualquer mudança do PC mas agora na verdade eh é muito interessante vocês terem ouvido os três secretários Gerais cada um eh eh quer dizer Paulo mundo é aquilo que não tem nada a ver com isto não é compete-lhe Fazer um apelo voltem voltem porque nós estamos abertos volta estás Perdoado mas o o Carlos carvalh que teve uma duríssima luta e foi um tempo horrível não é Aliás ele é acaba por ser eu quase que usaria dizer descartado pela ele ele faz aquele processo dos conflitos portanto eh das conflitos internos das divisões aquilo ele Ele atravessou um período muito complexo da da sua da dentro do PCP e depois e h acaba por a sensação que uma que fica é que aquilo é foi um pouco a contra goosto mas aquilo fazse não é e depois entra e já quando ele tem a sala arrumada entra Jerónimo de Sousa eu não tenho dúvidas cada um deles é ortodoxo à sua maneira e Jerónimo de Sousa também é mas o jimo Sousa era é o líder Operário portanto acabou Os Delírios Intel e de economistas mas H ele já tinha a casa arrumada o o Jerónimo de Sousa quem fez esse o papel de mau aí foi o Carlos Carvalho papel de mau estou inteiramente entre aspas porque Claro é o partido comitê central é que decide tudo e faz e acontece eles mas o comitê central é não sei quantas pessoas 148 129 28 29 atualmente será mais curto na próxima composição a O que diz Paulo Raimundo mas todos eles são pessoas com voz não é portanto essa coisa do coletivo o coletivo tem uma voz mas isso é é é ouvir dizer que as coisas podiam ter sido diferentes mas não foram ao Carlos carvalhas Aquilo é doloroso porque Ele atravessou um período eu lembro-me desse tempo não é quando saiu aquela os os renovadores porque os antes as as as zitas é anterior não é e Paulo ainda faz sentido estarmos a falar do regresso dos renovador honestamente não eh eh não eu acho que faz sentido o PCP manter a sua Drina há pouco o o Vítor estava a lembrar aí bem o o PCP é um partido doutrinário não faz muito sentido estar para vir alguém e e alguém que fez um caminho muito importante no no PCP e muitos dos renovadores tiveram um papel muito importante no no PCP e mas acabou o tempo deles o PCP tem é que se preocupar em e e adaptar a sua doutrina aos tempos que vivemos hoje porque mudou As coisas mudaram muito o sistema económico e social está muito mudado precisa de se adaptar e precisa sobretudo de e convencer e eh pessoas mais novas pessoas que estão a entrar na política da da das virtudes que possa ter o PCP tem que ser capaz de convencer as pessoas mais novas de que há ali alguma coisa para a qual vale a pena olhar como forma de transformar a a sociedade e ir atrás eu percebo na entrevista e e é bom que o façam conhecer que as coisas podiam ser ter sido feitas de outra maneira significa que reconhecem que foram mal feitas e foram mal feitas Sem dúvida nenhuma era preciso dar algum espaço tiveram medo tiveram medo de de dar alguma abertura ao partido de não poder de não serem capazes de controlar aquilo que era o PCP portanto tiveram medo e só tiveram medo porque aquelas pessoas que estavam em causa eram pessoas que tinham força dentro do PCP porque se não fosse não não não LH ligavam muito resolviam o problema de outra maneira agora acho que é tempo de olhar para a frente e o PCP se não for capaz de fazer isso eh de facto vai vai deixar de existir um dia destes Paulo Raimundo não o disse nesta entrevista mas já ouvi diversas vezes eh durante nomeadamente durante as campanhas que eh eh fazendo um apelo a quem não concorda com tudo o que o PCP diz mas que concorda com muito do que aquilo que o PCP diz e a convidar a que votem a fazer o o seu papel não é o apel ao voto naturalmente Vítor tu achas que entre este Abrir de porta aos renovadores que se calhar não faz já muito sentido e esta nuance de podem não gostar de tudo aquilo que defendemos mas venham cá a votar à mesma Isto é o caminho de alguma flexibilidade não deixa-me dizer-te uma coisa eu acho que isso é de uma imensa e Total hipocrisia eh porque o partido que não admite qualquer revisão a flexibilidade não é naquilo que defende mas é nos processos internos de funcionamento eu acho a minha Eu acho que o PCP não é um partido democrático é não é um partido com com paredes de vidra é o partido mais obscuro da da pía Portuguesa porque é muito difícil saber o que o que Quais são as dinâmicas internas H exige um esforço imenso do ponto de vista jornalístico e o jornais hoje já não investem em alguém para cobrir só de uma maneira obsessiva um partido como aquele é geral também é dos jornais É verdade mas o quer dizer não há um conhecimento muito grande sobre o próprio partido e quer dizer essa a resposta do Casos Brito é é muito radora ou seja quer dizer se estão disponíveis para discutir ou não mudar Isto é b então se não tão porque que eles disseram os TRS disseram as regras são estas paciência ou os meus amigos ou se estão cá para fazer isto assim ou não estão fosse embora e portanto nos outros partidos não as pessoas que estão lá e que contestam aquilo podem-se podem-se ir embora porque não mudam as coisas por dentro mas não são expulsos à partida não é eh não sei por questões muito graves no PCP não é assim então estava aqui a recuperar uma notícia que os press em 19 aa foi a Rosa Petros Lima que cobria o PCP e no no jornal em que deu nota de expulsões no tempo da geringonça expulsões não de renovadores expulsões de conservadores de Ultras que eram contra a geringonça e também foram expulsos e portanto há aqui uma questão que o PCP tem que me parece enfim que é uma marca do partido e que talvez deixasse de ser o PCP se se se acabasse o centralismo democrático ou se tirasse o ifan e ou ao Marxismo leninismo que chegou-se a discutir o tempo do caros Brito quando foi essa chegou-se discutir se aquilo devia ser Marxismo leninismo ou se Marxismo e leninismo separadamente que é para não H mas h eu acho que é uma tremenda hipocrisia aquilo que disse o casco carvalhas que foi dizer isso não fui eu foram eles is foi o coletivo é que decidiu e tirou um bocadinho o corpo fora daquilo e não achei bonito H porque ele ele devia assumir que fazia parte do coletivo e portanto o partido não tolera a diferença e queem saia fora daquela padronização e eu não parece que isso seja lá muito democrático mas pronto se calhar sou que estou errado mas ele teve ali Acho que teve o pior pedaço dos três bom suceder a final acho que teremos que guardar o resto das reflexões para uma outra altura pois esgotamos o nosso tempo quero mais uma vez agradecer a presença da luí Meireles diretora de informação da agência do Vítor Matos jornalista do Expresso e do Paulo baldaia jornalista e comentador político a vossa presença para que escrutinar a entrevista que Carlos carvalh Jerónimo de Sousa e Paulo Raimundo deram à Renascença são trabalhos que podem ler e ver em rr.pt parabéns à Rádio Renascença pelo pel deuo bem parabéns Exatamente é verdade parabéns em nome da Renascença muito obrigada E digo isto com muo inveja mas não terá sido por acaso que foi à renascência sim obrigada boa tarde até próxima Até a próxima m