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[Música] Olá Rui Ramos muito obrigado por ter aceitado meu convite Obrigado pelo convite e é doutorado as duas coisas alguma coisa que eu sempre me pergunto e aproveito que estão perto do Historiador que já de certeza estudou O que eu o que eu o que eu me
Questiono que tem a ver com e Faça aquilo parentes eu não gosto muito da generalizações eu acho que não há povos não são assim é há pessoas e as pessoas estão morrendo de outra mas de qualquer maneira os povos acabam por ter algumas características no fundo é Cultura né
Que nós dizemos a cultura de um povo que identifica os portugueses O que é que são os portugueses São pessoas que prestam a liberdade São libertários ou seja São pessoas que gostam mais da Liberdade ou São pessoas que só se dão bem ao longo da história com alguém a mandar
Pois isso é uma grande questão uma questão que nos colocamos e não sei se a história é capaz de responder a essa questão Isto é não sei se o estudo do passado tal como a os historiadores do fazem chega para responder a isso porque no passado descobrimos muitas coisas muito
Diferentes umas das outras nós descobrimos uma população que durante muitos anos eu diria vou falar só dos últimos dois séculos séculos 19 século 20 e princípio deste século uma população que tem características de rebeldia perante o estado de resistência ao estado de resistência à autoridade de contestação da autoridade temos
Imensas revoltas fiscais no século XIX por exemplo Isto é as pessoas não querem pagar impostos nos campos revoltam-se a maioria da Fonte em 18406 da origem depois à guerra da patologia em 184647 é uma revolta fiscal mas não é a única revolta fiscal As populações levantam-se revoltam-se queimam as
Paletas como eles diziam Isto é sal com aquilo que nós chamaremos repartições de Finanças e queima os papéis é uma população que vive muito a margem do Estado os responsáveis os governantes deixam-se disso os livrais os republicanos os próprios salazaristas também estão ao longo dos séculos as pessoas coisas que
Nós hoje até de um certo ponto de vista lamentamos as pessoas não vão à escola mas é também uma resistência uma forma de resistência ao estado fogem em algo recrutamento do serviço militar obrigatório no século XIX tentam fugir a isso tenta ou não pagar impostos Há uma grande a uma grande
Discussão sobre a invasão fiscal já desde o século XIX desde o princípio do estabelecimento atual a fim daquilo que nós chamamos historiadores do Estado fiscal quer dizer o estado o estado que é construído aliás por librais no século 19 há depois uma varrina contra as figuras públicas uma espécie de respeito
Das figuras públicas Isto é em Portugal quem está no poder é gozar não é usada sério nós encontramos isto e ao mesmo tempo podemos também encontrar como muita gente encontra autoritarismo os figuras mais ou menos com políticas consideradas messiânicas quer dizer nós encontramos as duas As duas dimensões quando andamos à procura delas
Isto é Encontramos uma população que vive à margem do estado social as pessoas basicamente a relação que tem encostado é para pagar impostos quer dizer ir para e pouco mais até aos anos 50 do século 20 portanto durante a maior parte dos últimos 200 anos portanto há uma há uma população
Do estado em 1911 levanta-se uma coisa que não sabia mas que se tem começado a saber agora com os estudos que têm sido feitos contra a lei da separação da Igreja Universal há imensas revoltas em 1911 gente que se revolta tenta enfim encontrar as novas constrangimentos aos cultos ao culto portanto Há tudo
Isso e depois sim a regimos ao autoritários há indivíduos na política que sentam apresentar como figuras de messiânicas que são que desenvolvem depois propaganda a sua volta Nesse sentido portanto nós encontramos as duas coisas Isto é encontrando o respeitinho e encontramos a Total falta de respeito até por coisas sérias encontramos
O conformismo e encontramos a rebeldia também é pode-se dizer as coisas mudaram os últimos anos com a construção e a intensificação do estado social e da dependência das populações em relação ao estado com o fim das Comunidades rurais um bocadinho às vezes com algumas dimensões da Auto suficiência e que
Portanto ajudará uma comunidade nós todos temos populações mais Integradas mostradas através dos serviços públicos e através dos impostos etc podemos dizer isso mas os sinais dessa dessa rebeldia continuam quer dizer portanto aquilo a questão que se pode colocar aqui é que provavelmente as formas de respeito não são aquelas que nós
Gostaríamos e as formas de rebeldia também não são aquelas que nós gostaríamos de um ponto de vista Cívico ou ou político mas encontramos as duas coisas Isto é importante eu pedir-lhe dar uma resposta Duas respostas e talvez as duas tivessem pudesse dizer que estavam sustentáveis por alguma evidência ou aquela afirmação ao jogar
Que os últimos 200 anos da nossa história foram a construção de coisas bastante novas como ao estado este tipo de estado que nós temos hoje o estado integrador quer dizer um estado que agarra no indivíduo Quando nasceu quer dizer uma pessoa nasce já dentro da digamos dos serviços
Públicos e morre dentro dos serviços públicos e viva através de serviços públicos numerado cheio de informação constrangido com uma série com toda a sua vida afetada limitada condicionada pela relação com o estado quer dizer tipo uma relação com os poderes públicos e isso é algo que nós hoje temos essa
Sensação digamos assim não foi o ponto de partida e não foi o ponto de partida e a construção disso exigia uma mudança de mentalidade uma mudança de comportamentos bastante grande quer dizer nós hoje aceitamos como normal normais coisas que não que os nossos antepassados não aceitam de maneira uma
A 200 anos ou mesmo há 100 anos quer dizer portanto habituamo-nos a muita coisa que não era costume e nesse agora quando nós temos isto presente reparamos também que nós ainda há muito de um tempo anterior quer dizer isto é muito daquilo que é uma resistência a esta intromissão
A este a este movimento os poderes públicos a nossa vida Envolvida Por estes poderes públicos muita dessa muita dessa Resistência é não apenas o resultado de novas concessões da nossa própria Liberdade do nosso próprio autonomia nós enquanto indivíduo mas é um pouco também uma espécie de ainda sobrevivência de uma certa
De uma relutância entregarmos a um poder que achamos estranho quer dizer que não é que não somos nós quer dizer embora nos queiram dizer que hoje o estado somos novos aquela aquela mentira que o nitcha dizia que o estado contava quer dizer o estado contava aquela mentira a dizer o poço sou eu
Quer dizer que era a grande mentira quer dizer do Estado quer dizer e nós olhamos para ainda para isso para o estado como uma coisa que está diferente que é diferente de nós eles agora vão fazer isto os anos este pronome quer dizer eles para uma para esta coisa importante temos é assim
Temos quer dizer não nos queremos governar e não nos deixamos governar [Música] Depende do que é que significa esse governo quer dizer porque o estado quer também que nós nos governamos a nós próprios quer dizer também que é isso depende também desse governo enfim o Michel focou estudou isso este
Governo de si próprio quer dizer que é uma é uma base do da relação entre o poder público e as populações nos últimos 200 anos quer dizer o o poder na o poder público na prática quer que nós quer nos governar ao ponto de nos tornarmos em instâncias de auto governação Isto é
Um movimento não pode ter um polícia vigiar cada um de nós e portanto espera dar-nos os elementos de Formação suficientes para nós nos governarmos também dirigido ou seja Malta governaram completamente exatamente eu não quero governar quer dizer não quero governar em sentido Não no sentido
Do que eu acho que é o governo que me convém mas talvez no sentido do governo que outros acham quer dizer e portanto que é uma prolongamento do Governo dos sobre mim próprio quer dizer e portanto Provavelmente nós talvez cada um de nós governasse a si próprio se dentro de
Outros parâmetros não é e se calhar governamos quer dizer nós governamos a nós próprios nós cuidamos de nós próprios eh nós temos esse temos esse cuidado temos esse cuidado mas a imposição do exterior de critérios de governação que podem não coincidir com aqueles que eu acho os mais convenientes para mim
Quer que quer isso seja o resultado de raciocínios quer seja o resultado de hábito de costumes tradições que eu nas quais eu possa reconhecer e querer manter enfim esse é esse é o problema Isto é o momento em que o governo pode corresponder ao meu consentimento a minha adição ao meu consenso
Existe uma expressão também que é muito usual na vida do dia a dia que é eles disseram eles fazem eles eles que é isso e depois aqui que dizia há bocadinho também que é os portugueses não reconhece a seriedade em quem governa e ninguém ou seja quase sempre mesmo
Aqueles que que são votados por nós a partir do momento em que governo não passam a ser maltratados e e por outro lado esperamos dessas pessoas que é uma coisa para mim sempre foi esquizofrénica é nós dizemos sempre que eles Ou eles estão eles eles só estão lá para para o
Teu benefício mas ao mesmo tempo podemos disto Esperamos que eles que são os gatunos tomem estes homens das coisas importantes da nossa vida que é uma skin da Autonomia quer dizer não pode ser nós vivemos nesse nesse com essa estranha esse essa contraditória processão de como é que podemos resolver os problemas na
Nossa por um lado temos a ideia de que da minha vida trato eu quer dizer e eles são sempre alguém que vem Contrariar ou levar-me para caminhos que não são aqueles que eu seguiria normalmente por outro lado acho que temos também a noção de que eles de
Que vivemos no universo deles quer dizer isto é que estamos demasiado [Música] constrangidos por eles e portanto também esperamos Deus que resolvam os problemas os pés Esperamos que eles resolvam os problemas eu acho que provavelmente o ideal seria não extinguir nas pessoas a esta [Música] o individualismo representa estanciamento em relação a eles
Acho isso saudável acho saudável que as pessoas tenham essa essa Auto sintam essa autonomia Mas por outro lado provavelmente precisamos também de criar coletivo em todos cada um de nós e todos mas sobretudo todos no sentido porque isso que tem a ver com o enquadramento institucional um quadro institucional em que a maior
Parte dos problemas possam ser resolvidos pelas pessoas quer dizer não tenham ser resolvidos por outros portanto um princípio quase como dizem lá os eurocratas da realidade Isto é os problemas serem resolvidos ao nível em que eles são mais relevantes e portanto deixar as pessoas resolvam resolver por si próprios cada vez
Um número cada vez maior das suas questões e portanto isso talvez resolvesse um bocado deste lado e essas esquizofrenia de que a falar que eu acho que essa esquizofrenia eu confronto entre o nosso individualismo e um e uma um quadro institucional em que muitas daquilo que nos diz respeito está
Externalizado quer dizer foi anexado por instâncias de decisão que são exteriores a mim e que tomam as decisões para mim portanto eu tenho ao mesmo tempo que desprezo essa gente espero que ela me resolva os problemas quer dizer o resultado um bocadinho dessa numa situação destas pessoalmente sou
Completamente a favor mas quando nós ouvimos a união europeia e a comissão europeia e existe tanta a falar sobre depois dos atos são muito pouco são muito pouco Qual era isso que na verdade são diretivas que vai em cima para baixo e que muitas vezes tem muito pouco de garantir
Uma ideia e sobretudo quando nós temos grandes estruturas de enquadramento seja de indivíduo esteja de vamos dizer a nível europeu essa estrutura de enquadramento tem uma tendência para gerar perspectivas sobre os problemas que faz se sistematicamente a favor deles Isto é conceber os problemas de um de maneira
Que pareça que só a nível dessas instituições englobadoras é que possam ser resolvidas quer dizer possam ser resolvidos as questões quando isso às vezes vai contra a evidência Isto é nós percebemos hoje em dia mesmo com no caso da sociedade portuguesa mesmo coisas instâncias enquadramento que exista e
Muito fortes as pessoas tentam resolver muitos problemas por si próprias é por isso que somos também um dos países que têm mais saúde quer dizer que é por isso que havendo a oferta públicas as pessoas procuram uma oferta privada Isto é vão resolvendo os problemas por si próprios
Não são satisfeitos com oferta pública em vez de de batalharem pela melhoria dessa oferta pública tentam resolver o problema principal quer dizer que com os meios que têm às vezes fazendo sacrifícios eh e portanto fazendo opções eh difíceis portanto esse lado esse lado resolveu os problemas por si próprio
Existe eu vejo até mesmo na Imigração atual que tem níveis bastante elevados e sobretudo inéditos a nível de uma imigração qualificada Isto é de pessoas qualificadas que estão a sair do país as pessoas que estão a sair estão a tentar resolver problemas que têm em Portugal individualmente Isto é não não são
Capazes de resolver no país e portanto resolvem desenvolvido muito importante porque essa que é verdade essa forma que nós temos portugueses de encontro ou seja não lutamos para resolver o problema estrutural vamos resolver no regulamento individual que isso tem uma consequência dramática é por exemplo na questão da
Oferta pública de vértice privada nas escolas e na saúde que é nós pagamos impostos para ter uma boa escola e boa saúde e depois vamos pagar duplamente O que tem no privado a solução privada tu não faz sentido mas porquê Porque nós desistimos ou seja nós não acreditamos
Que é possível estruturalmente mudar e Então como não acreditamos pá cada um vai tentar encontrar uma solução mesmo que seja gostosa mas isto é destruidor de da economia Ricardo eu acho que essa é que é o problema Isto é o problema dos dos portugueses não é não governaram
Isto ou serem aquilo se há um problema é um problema atualmente é uma descrença nas instituições isto é uma descrença na capacidade de das instituições públicas aqui o que nós achamos que é um problema Isto é nós não acreditamos nisso e por isso imigramos e por isso fazemos o
Seguro e por isso colocamos o o os nossos filhos quando podemos numa escola privada e quando não podemos temos Pena de não poder e quando não podemos também temos encontrar no universo do oferta das escolas públicas aquela que talvez seja um bocadinho melhor do que as outras e faz ali umas manobras depois
Para conseguir obter esse esse resultado portanto nós não acreditamos numa naquilo que se pode chamar uma reformas quer dizer aquilo que nós chamamos de forma Isto é reformas institucionais que permitam criar um quadro em que os problemas não existam desta maneira esta situação aqui em Portugal uma grande diferença em
Relação a possibilidade de reformar o enquadramento da nossa vida das nossas vidas aqui em Portugal nós temos de facto uma grande diferença A esse respeito não acreditamos eh que seja viável fazer isso e portanto cada um de nós tenta resolver as questões quer dizer Tenta resolver por si com os
Recursos que tem nos que têm mais recursos outros têm menos tenta resolver esse esse é um grande problema como é que o ultrapassamos isto quer dizer como é que nós conseguimos Ah passar isto Uma das uma das uma das vias que é aquela via que eu penso que é tentar várias
Organizações várias personalidades é tentar explicar o que é que se pode fazer isto é tentar dizer há outras maneiras de organizarmos a nossa vida de maneira a Não termos esse tipo de problemas e tentar ir as pessoas que podem elas próprias fazer opções a nível político que permitam depois fazer essas
Reformas isso é alterais enquadramento essa é uma maneira a outra maneira obviamente é quase uma espécie de descrença Virada do Avesso Isto é nós estamos tão descrentes em relação a este enquadramento e que temos pensamos que ele não é viável e portanto um dia um dia entrará em colapso e seremos obrigados
Independente independentemente das pessoas que tivemos alterar completamente este o quadro no qual vivemos portanto essa é outra é outras é outra digamos outra via quer dizer outra mas que é uma via mais terrível não é quer dizer porque é uma magia que nos convida a estarmos aqui sentados a assistir ao descarrelamento
Quer dizer agora o que é que podemos fazer bem eu creio que podemos fazer é continuar enfim explicar a tentar perceber não a outros que mentes podem ser percorridos mesmo dentro deste dos constrangimentos que temos quer dizer Podemos seguir para outras para outras vias evitar determinados erros e portanto construir um
Quadro institucional em que as coisas possam funcionar melhor de maneira mais eficaz e com melhores resultados é uma coisa muito importante que é eu tenho eu tenho por razões pessoais e profissionais contacto com vários estrangeiros que já estão em Portugal a viver outros que querem vir para Portugal outros estão a investir em
Portugal e tem aí uma coisa que tenha percebido e tem que falar até com os amigos também contacto constrangedor que é um bocadinho dissonância que é normal mas que Portugal nós portugueses que devemos todos os defeitos também é normal nós estamos cá Claro para Portugal de uma forma incrível [Música]
Portugal é um país Fantástico que é assim é um país que tem tem segurança é um país tem um clima bom é um país que tem que não tem extremos Ou seja quando toda a gente tá a ficar extremado Os Estados Unidos são extremados o Brasil
Está estrmado a Europa tá a ficar toda extremada em Portugal é é tolerante é calma ou seja eles vêm em Portugal de uma forma imensamente positiva e verdade e na verdade assim eu também vejo quando vejo os documentos deles mas é engraçado a forma como Ou seja eu diria que os
Portugueses quase em Portugal de 1 a 10 a três muitas vezes e eles não há 10 nem 8 O que é quem mas isso mas isso é isso é absolutamente normal Isto é nós comparamos a nossa situação sempre com os melhores casos Isto é nós sabemos que há cachos piores Isto é
Nós podemos compararmos com com países que estão em guerra civil há imensas anos onde há fome não dá miséria um descoberto em atrocidades e portanto deve considerar que temos uma sorte imensa de ter nascido em Portugal a verdade é que nós também temos expectativas isto perspectivas melhoria
E somos capazes nos comparar também com outros casos e que as coisas funcionam muito melhor do que funcionam em Portugal portanto As duas perceções são digamos certas Isto é certo para quem vem de um país como determinado tipo problemas e chega a Portugal e não os teta e peça
Que sorte que eles têm aqui estar a viver desta maneira Mas também é legítimo para nós irmos a um outro país onde as coisas onde percebemos que as coisas funcionam muito melhor de uma maneira muito mais eficiente e as pessoas são têm melhores resultados e contigo melhores resultados é melhor os
Resultados a todos os níveis destes escolares ou termos de saúde ou termos de riqueza temos prosperada temos a realização etc aqueles países por exemplo para um dos portugueses vem para Portugal Quais são esses fluxos quer dizer de onde é que vem e para onde é que vamos
Quer dizer nós vamos para aqueles países onde vamos encontrar mais oportunidades do que aquelas que temos no nosso país e há pessoas que vêm para o nosso país porque tem no nosso país mais oportunidades do que tem eh no país onde estavam as duas coisas fazem perfeitamente sentido não são
Contraditórios uma da outra Nós tomamos como adquirido como é normal o que temos aqui em Portugal e queremos mais e há pessoas que vêm para quem aquilo que existem em Portugal já é mais do que aquilo que eles têm no país deles quer dizer isso éfetivamente normal que que é
Assim que também tem um viésimamente logo à partida é que é muitas destas pessoas hoje os imigrantes os dois que são muito diferentes São pessoas que têm um bom nível de vida e que encontra no país muitas vezes até não só todas estas coisas que eles valorizam mas um custo
De vida para eles é baixo para os portugueses não só é elevado como até está mais ele [Música] nós questões dos países dele não é da das questões da insegurança dos extremismo etc portanto é ir logo aí há um descontentamento é aquela é aquela questão de nós achamos que as casas nas
Nossas principais cidades são caras e há quem no mundo as acho baratas para nós são baratos para eles mas eu queria dizer ainda uma coisa ainda em relação aos portugueses nós não podemos esquecer que nós todos e até há pouco tempo crescemos com a expectativa de que iríamos melhorar as nossas condições
Neste País Isto é que o país e a convergir o país e a convicção com as médias europeias que o país ia melhorar muito portanto Essas são as expectativa que nós temos quer dizer Nós não somos cria foi nos habituados a conformarmos com enfim com uma frustração com não podemos fazer o que
Queremos não podemos aquilo que gostaríamos ter quer dizer nós fomos convidarmos convidados a ter a Ter ambições a ter expectativas partia-se do princípio que era viável fazer isso e portanto é frustração dessas dessas expectativas e dessas ambições que queriam esse mal-estar que nós podemos constatar nas conversas e e nas razões que nos
Levam a sair do país ou pensar sair ou pensar sair do país mais importante é que quando era jovem e eu acreditava que a vida em Portugal ia ser melhor quando eu falo com jovens de hoje ele não é dramático eles acham eles acham ele já muitos deles existiram
Mesmo que é possível isso é dramático Isso é terrível quer dizer isso eu eu diria que quase o pior pode acontecer um país quer dizer quando as pessoas lá vivem e sobretudo os mais jovens deixam de é o pior que pode acontecer a um país de facto Isto é as pessoas mais jovens
Aquelas que são assim é um lugar como dizer isso mas é verdade as gerações do das Gerações que vem a seguir que deixarem de acreditar no país quer dizer deixarem de acreditar que o Ah que o que a sociedade onde nasceram e cresceram e vai dar condições para eles poderem
Aproximar dos seus fim das suas expectativas dos seus ideais realizar as suas ambições Isso é isso é o pior quer dizer é o pior que pode acontecer e porque está-se a perder aqueles que podem protagonizar mudanças aqueles que podem atuar adaptar o país para viver em contextos diferentes quer dizer estamos a perder
Isso tudo quer dizer estamos a perder aqueles que são mais são mais importantes e que não tens Como Portugal ainda por cima já São relativamente poucos quer dizer isto é nós temos uma sociedade em envelhecida quer dizer em que os jovens que eram a maioria há
50 ou 60 anos agora são uma uma minoria não estou a dizer que aquele tipo de pirâmide demográfica Que nós tínhamos há 50 ou 60 anos era saudável porque aquilo era indicação de um certo desenvolvimento mas é trágico Quando temos uma sociedade invernocida e sofrer este envelhecimento pela saída
Das pessoas que podem nesta sociedade precisamente criar um outro tipo de vida aqui fazer porque é Historiador e portanto tem até uma forma diferente eu acho que vai olhar para isto uma coisa que eu acho que todos nós temos resultado e eu vivo no porto e noto isso dá uns anos
Para cá de uma forma incrível que é a cidade taça transformar com com a como é que com a conquista da cidade que estrangeira ou seja há uns anos o porto essencialmente é por doença e nacionais hoje em qualquer sítio que nós andamos ouvimos falar todas as línguas e
Não é ouvir falar as línguas fazem diferença é a vivência destas pessoas são pessoas que têm muitas vezes mais filhos quase portugueses que andam mais com eles na rua andam de bicicletas já se vê gente que vai levar os filhos à escola de bicicleta não era normal no
Passado que passeiam que os outros seja aquilo do reino da nossa cidade de uma forma de muitas vezes nós não podemos e eu acho que isto vai causar uma revolução que eu não sei se é silencioso eu acho que está a ser Espetacular Eu acho que isto é espetacular que esta
Integração de tanta gente de forma tão rápida tantos países vai vai ter que nos mudar eu pessoalmente mas o que é qual é sua opinião eu acho que eu acho que esta o porto Lisboa e outras cidades se tornarem aquilo que já que não eram ou
Já não eram há muito tempo que é cidades muito bonitas cidades europeias Eu acho que isso só nos pode beneficiar digamos assim quer dizer isto só nos pode beneficiar ah termos nesta nesta nestas nossas cidades de repente uma nova população que têm outras exigências têm outras eh outras
Outras disponibilidades e que nos pode criar um ambiente que seja estimulante para todos nós quer dizer para nos adaptar na prática isso também é uma das coisas que nós íamos às vezes procurar procurar esse ambiente Em que em que se vivia em que os cafés e os restaurantes
Eram tinham determinado aspeto em que a vida tinha circulação na cidade tinha um uma dimensão que nós não tínhamos as nossa das nossas nas nossas cidades isso tudo Eu acho que eu acho que isso é é interessante e é importante agora o que também é seria interessante era a nossa
Nós próprios Isto É nós os o o os que que nascemos e crescemos a sensação de que nós podíamos acompanhar essa onda quer dizer que podíamos estar nessa onda quer dizer e não temos aquela sensação como eu acho que seria que se criou de alguma maneira que isso
Seria até uma forma de nos excluir quer dizer que nós estaríamos a ser excluídos por exemplo através da da nossa da dificuldade de nós eh por exemplo habitarmos nos eh nas cidades eh que estão a ser transformadas e portanto que estão a ser transformadas e ao mesmo
Tempo a emporrarmos eh para fora e isso tem a ver com uma coisa dramática quer dizer que é a falta de crescimento do país nos últimos 20 ou 30 anos quer dizer nós Ah esse contraste que nós vivemos neste disponibilidades entre aqueles que chegam e e e
Cá estão digamos assim tem a ver com isso isto nós ficarmos presos numa sociedade que não correspondeu a expectativas que tinha em 1993 94 95 quer dizer depois de ter gostado dos primeiros 10 anos da Integração europeia nós tínhamos uma uma expectativa de que atualmente mesmo que não fosse tão ricos
Como os mais ricos da Europa estaríamos numa situação muito diferente Isto é estaríamos a receber essas pessoas e integrar pessoas sem termos a sensação desse estrangeiros que que se estabelecem em casa em termos a sensação que estávamos com pobres a receber gente rica quer dizer e esse é que é o aspecto
Dramático e problemático desta desta situação nós gostávamos que isso tudo correspondesse precisamente isto estrangeiros virem para cá e encontrarem também uma sociedade rica quer dizer uma sociedade em que recebiam integrar e que nós pedimos integrarmos e aprender com eles e eles aprenderem connosco porque eles também estão por outro lado eles
Também vêm para cá porque nos nossos comportamentos nos nossos hábitos há coisas que os atraem em relação aos comportamentos e aos hábitos das sociedades um deles de um deles vêm quer dizer eles gostam de gostam de alguns aspectos de alguma maneira de ser que nós temos Mas penso que o aspecto
Dramático é esse nós estamos é como se eles viessem isto é uma coisa digamos assim quer dizer é como se eles viessem de 2022 e nós tivéssemos em 1995 ainda espero estamos a sentir essa eles vêm do futuro eles estão a chegar do Futuro quer dizer eles estão a chegar do futuro
E nós ainda estamos no passado eu quero fundamental era pôr porque quer dizer não era confiar só neles para atualizar eh digamos para atualizar a sociedade portuguesa porque há coisas que eles não podem fazer não votam não não escolhem o governo aqui em Portugal e portanto não
Não tem essa integração Ah era bom que nós nos pudéssemos dizer que o ambiente aqui em Portugal mudasse não apenas pela vida pela vida dos Estrangeiros mas também pela nossa capacidade de alterar aquelas coisas que não estão boas e que também evitam por vezes mesmo entre os estrangeiros eles possam desenvolver
Aqui todo o tipo de atividades que provavelmente poderiam desenvolver noutras circunstâncias Isto é vem para cá gente se reformas em para cá gente que trabalha porque trabalha remoto mas também nós gostávamos que viesse para cá a gente investisse aqui Isto é que Portugal a base das suas atividades
No mundo quer dizer e que abraço fosse aqui em Portugal em termos de investimento criação de emprego etc e provavelmente para isso não temos condições é pelo menos aquilo que constatamos quando comparamos as condições que existem em Portugal fiscais e a outros níveis de serviços com as condições que existem outros
Países é verdade nesses países às vezes existem também fatores de repousa que fazem as pessoas vir para cá mas nós aqui temos um Factor de repulsa fundamental isto é que é um que é algo que fundamental Não é circunstancial que é esta incapacidade de que em Portugal podemos Desenvolver atividades com o
Retorno Isto é remuneratórias de uma maneira a grande nível quer dizer é um nível elevado por exemplo poder fazer Portugal a base uma grande empresa internacional por exemplo a partir daqui poder desenvolver atividade noutros países a partir de Portugal e isso ainda nos falta quer dizer nós precisamos também
Desse estrangeiros quer dizer desses estrangeiros que não vem apenas para o lado do lazer para o lado é ótimo que estes que venham quer dizer infelizmente infelizmente quando vem sem querer acabam por vir os preços aumentam da do imobiliário em Lisboa culpa não é deles quer dizer a culpa não são eles
São os nós que estamos pobres os preços do imobiliário aumentaram imenso em Portugal na década de 90 Isto é entre 1992.000 os preços das casas penso que até devem ter e não fizesse comparações devem ter sido muito mais do que subir nos últimos 10 nos últimos 10 anos as
Pessoas que achavam-se disso não E porque não porque tinham recursos quer dizer porque estavam a ganhar mais tinham acesso a crédito Isto é porque estavam mais ricos portanto Nessa altura O Expresso aumentaram mas nós enriquecemos também e o que estamos a ver agora é que nós estamos relativamente empobrecer Sim nós estamos
Miseráveis como Infelizmente existem outras populações no mundo que vivem sem recursos nós estamos a esse é esse nível Ainda bem quer dizer mas não temos os recursos que nos fazem sentir confortáveis e sobretudo correspondem às expectativas legitimamente temos respectivas perfeitamente legítimas população na Europa querer viver como as outras populações europeias
Mas prósperas e mais desenvolvidas Oi Muito obrigado terminamos obrigado obrigado [Música] [Música]