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Boa tarde bem-vindos ao palácio Nacional da Ajuda palco da sessão de assinatura do memorando de entendimento entre o estado português e a fundação livraria Lelo tendo em vista a exposição pública da pintura descida da Cruz de Domingos Sequeira vai usar da palavra o Presidente do Conselho de administração
Da museus monumentos de Portugal Dr Pedro sobrado bom dia não é um voto é uma constatação Este é um bom dia cumprimento o senhor ministro da cultura Pedro ão e Silva e a senhora secretária de estado da cultura Isabel Cordeiro Saúdo a senhora presidente da fundação livraria Lelo Rita Marques e a família
Pedro Pinto aqui presente caros membros da comissão para aquisição de bens culturais para os museus e Palácios nacionais tem sido um prazer conviver convosco e aprender convosco e caros membros do concelho de curadores da museus e monumentos de Portugal caros representantes de instituições e organizações culturais aqui presentes queridas colegas do Conselho
De administração da museus e monumentos Cláudio e marido de Jesus caras e caros convidados eu nunca li a Bíblia eu sempre ass sonhei lembrei-me desta confissão de chagal motivado pela atmosfera onírica da descida da Cruz de Domingos Sequeira mas também porque esta é uma cena imaginada Domingos Sequeira não a leu
Sonhou a os Evangelhos can canónicos dizem-nos pouco quase nada sobre esse momento em que Cristo é deposto do seu trono escandaloso é mencionada uma figura José de arimateia membro do sinédrio e discípulo secreto de Cristo que ousadamente se dirige a Pilatos pedindo o corpo do Cristo crucificado a deposição da Cruz
Converteu-se num dos temas sagrados mais glosados pela pintura ocidental a despeito do laconismo bíblico ou por ele incentivado a arte instala-se frequentemente nos Espaços em branco nas falhas ou interstícios dos acontecimentos e das narrativas explorando-os por vezes com uma energia hermenêutica fulgor como sucede com descida da Cruz de Domingos Sequeira
Obra de que António Filipe Pimentel nos falará dentro de instantes com um acerto de que eu não sou capaz os nossos museus TM ainda espaços em branco na verdade nunca estão concluídos fazendo in pelo a elos perdidos ou uma outra coisa que está em falta e se revela Afinal tão
Prente cada coleção é como a Muralha da China ou como o livro do desassossego estão sempre por terminar a descida da Cruz corresponde a um desses espaços em branco as próprias obras diz Humberto Eco conté os seus próprios espaços em branco são sistemas de sentido incompletos esperando a hora do leitor
Reivindicando aquele que os observa só ele o leitor o espectador aquele que vê lhes Pode conferir sentido também as instituições culturais têm as suas lacunas e tem os seus espaços em branco solicitando e desafiando o tecido social as Universidades as empresas os privados a desempenhar um papel próprio de relevo
No desígnio da proteção e valorização do nosso património cultural entre para os quadros apela a uma feliz campanha publicitária promovida pelo círculo Dr José de Figueiredo nas ruas do porto de todos esses espaços em Branco falamos hoje aqui chegou-nos nesta segunda-feira a pintura descida da cruz é a sua primeira
Aparição pública em Portugal Desde há muito tempo Salv o erro desde 1996 ano em que foi vista no Museu Nacional da arte antiga vemo-la finalmente com a dimensão e as cores que tem e a expressiva materialidade que é sua depois de se ter disseminado em formato e tons Apócrifos por tantas páginas e
Ecrãs esta circunstância é excecional mas deixará deer em breve a obra estará publicamente exposta e acessível no Museu Nacional com a luminosidade adequada devemo à Fundação livraria Lelo que adquiriu a obra no circuito Internacional e com quem museus e monumentos de Portugal assina nesta ocasião um memorando de ento preâmbulo
De um protocolo que fixará os termos da cedência da descida da Cruz de Domingos Sequeira mas também assim esperamos primeiro Capítulo de um romance inacabado entre estas duas entidades ambas recém criadas ainda que precedidas por uma história vasta e nela alicerçadas temos pela frente um trabalho de sistematização de princípios
E obrigações mútuas mas este memorando não constitui uma montra vazia nem pretende ser um paliativo para serenar crises e ânimos afirmamos desde já um compromisso público um compromisso que Visa a apresentação da obra de Domingos Sequeira num Museu Nacional desejavelmente até em mais do que um no contexto de iniciativas ou projetos
Museológicos específicos não estando excluído pelo contrário o seu empréstimo a instituições internacionais de referência quando favorável ao reconhecimento crítico da obra e à divulgação da pintura Portuguesa no estrangeiro saudamos a fundação livraria Lelo e a sua Presidente Rita Marques pela aquisição da descida da Cruz expressando o nosso vivo agradecimento
Pelo facto de este investimento visar o regresso da pintura a Portugal num contexto novo a saber o da sua disponibilização pública em condições que garantam a sua proteção e Conservação o seu estudo e investigação e valorização e antes de mais e depois de tudo a plena fruição da obra pelo público no Museu
Nacional é inescapável mencionar nesta ocasião o nome de Avelino Pedro Pinto ainda que ao próprio talvez agrade manter-se num reduto de descrição não posso deixar de reconhecer publicamente a lisura com que desde o nosso primeiro contacto o empresário procurou conciliar-se connosco excluindo liminarmente a hipótese de uma aquisição hostil ao estado português e
Prontificando para corresponder ao interesse público no preciso momento em que por parte da museus e monumentos de Portugal havíamos atingido um impasse negocial para comprar a obra recordo-me de que nem sequer reiterada alusão à eventualidade altamente provável da classificação da pintura e às inibições dela decorrentes pareceu desmotivar
Pedro Pinto ou ensombrar as nossas conversas telefónicas e mensagens durante o fim de semana eleitoral a obra de Domingos Sequeira não é hoje propriedade do estado português mas em Rigor a exposição e a fruição pública forneceram um móbil para a aquisição da obra constituindo-se como o seu Horizonte último talvez esta circunstância
Protocolar na algo intimidante sala dos embaixadores do Palácio Nacional da ajuda não nos inspire especial comoção mas iremos certamente senti-la em breve no dia em que integrada no contexto museológico favorável descida da Cruz estiver publicamente acessível a todos Magnific a experiência pessoal de cada um daqueles que nos
Demandam é de conhecimento geral que no final do mês de janeiro a museus e monumentos de Portugal recebeu do Ministério da cultura um mandato para aferir as condições de venda de descida de Cruz bem como das outras duas obras inacabadas que prefaz o conjunto pictórico que Domingues Sequeira
Produziu em Roma no final da vida prontamente abordamos os proprietários esforçando por respeitar o seu tempo e os seus interesses e aos quais dirigimos também nesta ocasião uma palavra de agradecimento este diálogo refira-se não se esgotou ainda implicando a necessária reserva e descrição convocamos oportunamente a comissão para a aquisição de bens
Culturais para museus e Palácios nacionais em cujo contexto foram avaliados e unanimemente deliberados os termos de uma proposta de aquisição a apresentar pelo estado português equilibramos a incontestável relevância artística histórico cultural da obra e o necessário escrúpulo na aplicação dos recursos públicos Fomos até onde podíamos e Devíamos ir
Formulando a mais elevada proposta de sempre para aquisição de uma pintura Domingos um privado pode ir mais longe ao dar esse passo não o fez sozinho conciliando desde a primeira hora com o público a museus e monumentos de Portugal foi criada também para provar que possuindo naturezas distintas público e privado desenvolvem vocações
Complementares vendo agir solidariamente no âmbito cultural o público cuida do que é de todos respeitando o que é de cada um o privado cuida do que é seu sentindo o que é de todos um e outro são a cara e a coroa da mesma moeda na economia na ciência na educação sabemos
Que é exatamente assim É Chegada a Hora de experimentarmos também mais cabalmente nas coisas da cultura no início assistência pública da museus e monumentos de Portugal adotamos por lema um passo misterioso de raná há um barulho No Silêncio dos museus não poderíamos imaginar o barulho que este quadro no seu interpelante mutismo
Poderia suscitar no espaço público não nos atramos a citar nesta ocasião um título de Shakespeare uma vez cado Fúria as polémicas deixam-nos frequentemente uma sensação de vazio como um fogo que lavrou noite adentro expondo pela manhã A Desolação das cinzas estamos conscientes de que desta polémica em particular deveremos extrair
As devidas consequências esforçar-nos por em sede própria desatar pacientemente o nó árduo em que a controvérsia pública enleou questões várias ponderosas da problemática dos os processos de classificação de obras e bens culturais que não podem reduzir-se a meros mecanismos securitários há o problema da sub-representação crónica da arte Portuguesa em museus internacionais
De referência alimentada por um protecionismo serôdio que o alarme mediático invariavelmente reforça passando pela definição de peças chave do nosso património cultural que devem imperiosamente incorporar as coleções nacionais ou pelo indispensável reconhecimento e consideração institucional devido a proprietários e colecionadores privados cuja relação de resto nos cabe relação de confiança nos cabe preservar
E robustecer os órgãos consultivos da museus e monumentos de Portugal o conselho consultivo e o concelho de curadores São a Instância própria para essa reflexão que se revela urgente mas que a dispensa aarea se não caso esperado não encontrarás advertia Heráclito desde o início desta operação de resgate
Pass o dramatismo da expressão de descida da Cruz a museus e monumentos de Portugal esteve sempre disponível para negociar o que parecia inegociável e para esperar o que parecia inesperado os cínicos dirão que o desfez feliz desta operação foi um golpe de sorte ou um acaso não os vamos
Desmentir nem sequer vamos cair na grosseria de dizer que a sorte D trabalho digamos antes com CS Lewis que não devemos olhar para as coisas inesperadas como acidentes ou como interrupções da vida real a verdade é que estas interrupções são a vida real Muito [Aplausos] obrigado vai usar da palavra a presidente da
Fundação livraria Lelo D Rita Marques muito bom dia a todos e a todas quero começar por cumprimentar senhor ministro da cultura muito obrigada por nos receber sen a secretária de estado senhor presidente da museus e monumentos de Portugal estimado Pedro sobrado na sua pessoa cumprimento toda a equipa da
Museus e monumentos de Portugal aqui pres também quero cumprimentar todas as entidades públicas e privadas aqui presentes que diariamente trabalham para valorizar e projetar a cultura em Portugal e Alemar muito obrigada também pela vossa presença e pelo vosso interesse e permita-me naturalmente uma palavra especial à família Pedro Pinto
Aqui presente membros do concelho de curadores da fundação livraria Lelo que com quem tenho trabalhado e com quem tem sido um privilégio de trabalhar também muito obrigada pela vossa pela vossa generosidade uma palavra também para os restantes membros do concelho de curadores da fundação livraria Lelo temos connosco O Cardeal América guiar a
Senhor professora Fátima Vieira vice-reitora da Universidade do porto para a área da cultura e também Luís Araújo Dr Luís Araújo enfim um homem amigo da cultura um homem amigo do Turismo e que tantos anos e que durante muitos anos coordenou também o turismo de Portugal eh temos de facto este
Privilégio de trabalhar com os melhores H quero cumprimentar também os seos jornalistas aqui presentes toda a cruz que tem suscitado este esta obra de arte tem nos impactado diariamente em boa verdade pedimos já desculpa por não ter sido possível responder a todas as questões que nos têm vindo a a chegar
Nos têm vindo a a dirigir mas em boa verdade tínhamos reservado para hoje para a manhã de hoje darmos algumas notícias ou algumas enfim informações que entendemos ser relevantes relativamente à obra e não queríamos de maneira nenhuma violar aqu ele tinha sido previamente acordado Entre todos e portanto pedimos desde já desculpa
Incómodo termos enfim atrapalhado os vossos trabalhos hh sintam-se enfim todos os demais naturalmente cumprimentados H é um gosto podermos contar com todos vocês aqui nesta enfim breve sessão de apresentação e de esclarecimentos relativamente à obra H penso que muitos dos Presentes interrogar seão sobre as razões que motivaram a aquisição da obra pela
Fundação livraria Lelo pois bem dedicarei alguns minutos relativamente relativo a essa matéria tentar enfim de clarificar as razões que motivaram a apresentação de uma proposta que já aqui foi dita não hostil por parte da fundação livraria Lelo no que toca esta obra emblemática de Domingos Sequeira enfim voume abdicar de ser considerações
Sobre o valor patrimonial e cultural histórico da obra teremos um especialista mais mais adiante que nos falará com maior propriedade e legitimidade sobre esse tema mas queria sobretudo relevar aqui duas razões que nortearam penso eu a aquisição ação da proposta por parte da fundação livreria Lelo desde logo dar conta quando a
Fundação livreira Lelo foi criada em janeiro deste ano 2024 Assumimos com muita ambição a nossa a nossa missão e a nossa missão passa justamente por colocar todas as pessoas em melhores condições para lerem o mundo utilizando naturalmente a arte a cultura ou conhecimento também o livro Como é óbvio como alavanca para essa
Curiosidade para essa introspeção para essa reflexão para esse pensamento crítico e nessa perspectiva entendemos que a colocação a fruição de uma obra pública como Aquela que estamos enfim hoje aqui em presença permite Justamente que reclamar melhores condições para essa eh para esse pensamento crítico a fundação eh alicerça a sua atividade em grandes
Em três vetores estratégicos desde logo promovemos tentamos promover o diálogo entre a Os territórios entre o património entre as comunidades também o livro e o conhecimento enquanto alavanca social e não menos importante e o pensamento crítico e a análise crítica que são competências atendidas hoje em dia como fundamentais para melhor
Desempenhos na nossa vida pessoal e profissional e portanto tudo isto faz-nos acreditar fez-nos acreditar que fazia sentido apresentar uma proposta para a aquisição eh do da obra de arte de Domingos Sequeira descida Cruz Para justamente potenciar a sua fruição pública por todos nós há naturalmente uma segunda razão eh e permitam-me
Também dedicar alguns minutos a explanar esta segunda razão eh Há de facto um segundo motivo que se prende com a necessidade de todos nós de forma individual coletiva a nível público e privado assumirmos eh e darmos à cultura uma maior papel e uma maior relevância nos quotidiano na nossa sociedade enfim
Todos nós sabemos e concordaremos com certamente que nos últimos dias fruto da agenda política pouco ou Nada se tem falado de cultura e portanto esta também é Um Grito de Alerta eh aqui para para jogar também com enfim as palavras falando de resgate e grito eh são sempre
Palavras que causam algum Impacto dando conta que a cultura deve merecer a atenção individual coletiva de todos nós sejamos entidades públicas e privadas e porquê bem porque na visão da laria Lelo e estou convencida de muitos dos Presentes também aqui a cultura pode facto ser sinónimo de bem-estar de
Felicidade maior prosperidade Aliás hoje é Dia Mundial da Felicidade nada melhor por estarmos aqui a falar de cultura e de felicidade que é justamente também faz parte justamente do ADN do grupo leonesa H tenho o gosto de acompanhar a atividade Empresarial dos empresários aqui presentes e de facto no grupo
Leonesa muito se tem falado e trabalhado e trabalhado materializado esta visão que a cultura o património o território são de facto peças integrantes do mesmo Puzzle que devem dialogar sempre com o objetivo final de criar bem-estar felicidade prosperidade e naturalmente reter talento também no território nacional e portanto Esta é a segunda V
Lá a segunda o segundo motivo pela qual estamos aqui hoje presentes eh a proposta foi apresentada Com estes pressupostos Ficamos muito honrados pela família proprietária anterior proprietária ter sido sensível a estes nossos argumentos e portanto a nossa proposta não s do hostil Como já aqui foi dito eh foi considerada como
Oportuna e válida pela família proprietária anterior e estamos muito hor rados naturalmente pela confiança H que que essa família nos deposita ao permitir a transferência deste ativo tão importante para para nós todos tão identitário também da nossa sociedade admito também que alguns dos Presentes puderam estar a interrogar sobre o
Futuro da obra Pedro sobrado gentilmente já fez nota ao protocolo ou ao memorando de entendimento que será está celebrado aqui aem minutos é bem verdade que temos sempre dissemos aliás e quero agradecer também este canal ágil que foi este centro estabelecido com monumentos e eh com museus e monumentos de Portugal
Durante estes últimos dias porque de facto penso que esta boa relação de alguma forma também assegura ao lado privado que temos do lado público interlocutores privilegiados para podermos valorizar e projetar a cultura e para todos nós podemos dar um contributo nesse sentido e portanto dizia eu que daqui a minutos vamos
Celebrar um protocolo de entendimento é um enfim um memorando de entendimento melhor dizendo eh que fixa as as as condições eh segundo as quais este esta obra h de arte será eh colocada à fruição pública eh nos museus ou em um ou vários museus
H da da da da de museus e monumentos de Portugal epe mas quero-vos dar nota que a fundação livraria Lelo at é para honrar a missão e a visão que ainda há pouco vos explicava h e e enfim em relação à qual dava detalhe detalhes queria vos dar nota que temos mais
Pontos de amarração mais pontos nós temos em relação ao futuro desta obra temos três pontos de amarração um deles já foi aqui falado fala naturalmente pelos museus eh da da da museus e monumentos de Portugal mas há dois pontos de amarração que também são importantes e ter em conta designadamente o contexto internacional
Que foi ligeiramente abordado também pelo Pedro sobrado nós temos a a missão e temos a responsabilidade sobretudo de colocar esta obra também à fruição pública internacional Esta é uma missão que cabe a todos e a fundação livreira Lelo tem esta Esta esta esta universalidade de valores que nos projetam para desempenharmos e
Desenvolvermos a nossa atividade para lá de Portugal e portanto temos Este também este ponto de amarração que está a ser de resto já trabalhado com entidades públicas internacionais entidades privadas internacionais no sentido de garantir que a obra circule e possa ser desfrutada por muitos e depois há um
Terceiro ponto da uma relação que passa naturalmente por locais inusitados eh Temos esta esta este Gene cá dentro que passa muito por eh passar por providenciar experiências um tanto ou quanto disruptivas ou desconcertantes e portanto promover porque não o encontro da arte de forma Inesperada incitando à à reflexão ao pensamento crítico
Inspiracional também porque não este ponto de amarração e portanto também vamos trabalhar nessa lógica Espero que desta forma possamos tocar muitos porque o nosso objetivo é justamente tocar muitos é darmos a possibilidade a muitos Para poderem inspirar-se com esta obra poderem pensar no valor da cultura e mais importante poderem pensar e definir
Que contributo podem aportar para a prosperidade para a cultura enquanto veículo de maiores níveis de prosperidade no nosso país também estou a terminar fui penso eu tocando nos pontos que mais importantes gostaríamos de tocar mas ainda assim não quero deixar de lançar um repto a todos os presentes e permitam-me enfim esta
Audácia mas acho que era importante dar conta que a fundação livraria Lelo felizmente não estará seguramente sozinha ao pensar ao achar que a cultura deve merecer maior centralidade na nossa agenda e nessa perspectiva lanço um repto para que possamos ser muitos para que possamos ser mais todos muito
Empenhados em garantir que a cultura adquira o protagonismo que merece e que nós merecemos enquanto alavanca também da prosperidade do bem-estar da felicidade que ainda há pouco noos dava nota muito obrigada pela vossa atenção mas ainda assim quero dar conta do seguinte nós no dia 18 de Maio o dia
H nacional dos museus temos a ambição de passar o testemunho passar esta obra de arte eh do mosteiro Leça de balio nossa sede a nossa sede é monumento Nacional temos muito orgulho em que tal aconteça ela foi eh regenerada requalificada pela mão do arquiteto Sisa H eh e portanto
Tem sido de facto um privilégio trabalhar também com os melhores e portanto no dia 18 de Maio a obra estará exposta eh no Mosteiro de Leça do balio sendo também nessa data eh transferida eh provavelmente a palavra não será mais certa mas transferida para o Museu Nacional de modo a podermos celebrar com
Dig dignamente o dia H dos museus 18 de Maio e podemos também de alguma forma celebrar a ponte que queremos que venha a ser cada vez mais sólida e mais forte entre o mundo privado e o mundo público sempre em prol da cultura e de maior índices de prosperidade muito obrigada a [Aplausos]
Todos para a presidenta da pintura descida da Cruz de Domingos Sequeira vai usar da palavra o professor Dr António Filipe Pimentel Historiador de arte e diretor do museu cus senhor ministro da cultura senhora secretária de estado da cultura minha querida amiga Cordeiro também sou amigo do Senhor Ministro senhora secretária de
Estado efetivamente tenho uma amizade mais longa senhor presidente do do da museus e monumentos de Portugal senhora presidente da fundação Lelo e meus Caros Amigos enfim autoridades e todas as pessoas que estão presentes h a livraria Lelo de facto acaba de a fundação da livraria Lelo acaba de
Nascer não é tem dois meses e já se inaugurou com esta obra com esta empreendimento adquirir de facto esta obra portanto está de parabéns o batismo de fogo está dado e acho isso de facto excelente h quando eu h pensei no que faria aqui na apresentação desta obra
Pensei que não faz Grande sentido estar a dar uma lição de história de arte aliás enfim o Pedro Sobral já já deu no no essencial mas talvez interrogar-nos sobre o que sentido faz o que é uma obra prima o que é que nós entendemos como uma obra maior da arte quando os nossos
Museus estão cheios de obras que De algum modo podem ser classificadas sem pejorativo como artesanato luxo Como dizia o Dr José Augusto França ou seja temos obras maravilhosas magníficas de execução mas no meio delas há um conjunto de obras que de facto são aquelas que nos interpelam de uma forma
Que nós não sabemos dizer qual é e não é por acaso que essas obras pertencem às três disciplinas chamadas as artes maiores por oposição às Artes ornamentais e eu que sou um grande defensor das Artes ornamentais devo dizê-lo portanto aqui não há uma questão hierárquica mas é uma questão de
Aproximação é quando entramos num Edifício como a Basílica de São Pedro ou como a ica nova de Fátima por exemplo que nós sentimos a emoção estética ou quando Vamos aos tempos da aboss simbel ou coisa que o Valha como perante uma escultura como o beijo do rodan ou
Perante uma obra uma pintura aí que nós na verdade sentimos esse arrepio que nos indica que estamos perante uma obra maior e domingos Sequeira Domingos Sequeira é de facto um pintor um grande pintor mas para que ele fosse reconhecido foi preciso uma campanha que foi feita pelo Museu Nacional de arte
Antiga em que na qual o senhor Ministro foi também protagonista que foi foi a da aquisição da adoração dos magos do Domingos Sequeira foi nessa altura que de facto aliás Apesar enfim de ter posto o pescoço no cepo nessa ocasião que Aliás com a boa colaboração da Isabel
Cordeiro que estava então no Museu Nacional de arte Antiga e na verdade sempre disse que o grande objetivo da campanha não era a reunião dos 600.000 € que então parecia uma miragem que foi necessário para para adquirir a pintura Aliás com com a colaboração do Milénio BCP deve dizer-se a fundação Milénio BCP
Portanto há aqui vários partícipes dessa Grande Aventura mas que a grande ambição da campanha era a de conseguirmos eh que toda a gente conhecesse o nome de Domingos Sequeira e reconhecesse pelo menos uma obra a adoração dos magos e eu acho que isso foi conseguido então e foi
Conseguido com um passo de gigante que foi o de finalmente haver um valor financeiro Digno Para a pintura para uma pintura Portuguesa que na altura foi considerado excessivo por muitos pois poucos anos volvidos já já mais do que se duplicou o valor dessa obra e portanto esse também é um lado
Importante nesta neste desfecho feliz de um episódio que começou mal mas que na verdade corre o risco de acabar bem ainda não estamos não terminou mas corre o risco de acabar bem ora bom da razão que o Museu Nacional da antiga teve para lançar essa campanha e para lançar o
Nome Domingos Sequeira faz parte uma prova da ADN que foi feita do anos após em 2017 con minei um projeto que tinha também sempre em vist enfim mostrar a capacidade que o Museu Nacional de arte antiga tinha como primeiro Museu Nacional é que chamei 12 escolhas e que passou
Pela escolha de 12 personalidades todas internacionais com exceção do senhor presidente da república que foi o primeiro que deveriam escolher 12 objetos aleatórios à sua escolha dentre as cerca de 8000 peças que estão expostas nas salas do museu e portanto era uma escolha inteiramente livre e não não condicionada que era apresentada uma
Vez por mês e que se destinava a de algum modo chamar a atenção por um lado para a capacidade que o museu tinha de chegar a personalidades como Mónica Belucci ou Cristin lutan ou Jaque Ranger ou Jaque ranj ou António Munhóz Molina por exemplo ou E do mesmo modo que
Também ter esse olhar externo sobre as obras do museu que era muito interessante e muito importante tendo em conta a relação que os portugueses têm às vezes tão estranha com o seu próprio património que não é mais do que do que a a enfim a ilustração da relação estranha que temos connosco próprios
Enfim o património na verdade é a nossa segunda pele e portanto se nós não tratamos do património é exatamente como se não tratássemos de nós mesmos Ora bem o que acontece de muito engraçado é que não sendo condicionadas as escolhas foram inteiramente Livres apenas ao senhor presidente da república pedi que
Tendo em conta a sua representatividade tentasse escolher uma peça de cada setor do museu coisa que ele fez h e depois havia um desdobrável que tinha enfim um mini texto de cada uma das pessoas explicando as suas escolhas foi muito interessante verificar um aspecto muito curioso É que na verdade Domingos
Sequeira apareceu escolhido por toda a gente praticamente e h e e as a duração dos magos foi juntamente com os biombos amban das obras mais escolhidas não se por personalidades completamente alheias à nossa própria cultura sendo que todas estavam ligadas a Portugal mas não eram deliberadamente vocacionadas nem
Relacionadas com a arte nem com a história nem com a crítica da arte basta dizer que da da a adoração dos maisos foi escolhida pelo senhor presidente da república por prícipe minha H cam Claro por razões lógicas por Mónica Belucci por Lídia kovr por lorendo zovi e por
Lorendo Zotti só os biombos nãoé é que tiveram seis escolhas foram nem as tentações de Santo Antão nem as nem eh os pes de São Vicente tiveram mais do que Duas escolhas portanto Isto foi muito interessante para além disto há um outro aspecto muito interessante ainda é que destas pessoas duas delas escolheram
Duas obras Domingos Sequeira e das e três outras pessoas escolheram obras Domingos Sequeira sem ser à duração dos magos portanto Domingos Sequeira foi o recordista Total deste projeto que terminou aliás curiosamente em Maio de 2019 de quando eu saí no mês de junho do museu mas na altura quando o lancei não
Estava estava previsto esse episódio ora bom isto serve para dizer que de facto Domingos Sequeira é um dos grandes nomes da pintura Portuguesa e que esta obra é uma obra magnífica que faz parte de facto de uma série que que é notável uma série que se Manteve sempre junta tal
Como os quatro cartões dessa série estiveram juntos no Museu Nacional de arte antiga desde a sua aquisição pelo Marquês sous allstein filho do primeiro duc de palmela no tempo em que ele era presidente da Academia Real de Belas Artes que está na no na ante câmara do
Museu Nacional de arte antiga e portanto bom era que de facto elas se juntassem na numa segunda vida graças à generosidade da fundação Elo até por uma razão muito importante que é que tem que ver com o restauro da obra porque veremos o que acontece quando for
Removido este velho verniz e quando a obra se se materializar em todo o seu esplendor porque há ali enfim h empenos e há coisas que a própria luz deficiente que com que está apresentada aqui naturalmente reflete porque a duração dos magos que a passar pela pela oficina
De restauro do Museu Nacional de arte antiga revelou-se outra obra completamente distinta daquela que era quando a campanha foi feita quando a campanha foi feita falava-se numa luz rran e a luz que ela at uma luz azul que nada tem que ver com isso e é de facto
Fascinante e é por isso mesmo que era de facto muito importante creio eu que estas obras permanecessem para o futuro com a mesma raiz que tiveram independentemente da questão de poderem circular por toda a parte aliás deve dizer se contei até o alvar Sequeira Pinto há pouco que é também membro do
Concelho de curadores do Museu Nacional de arte antiga além de ilustre presidente do grupo de amigos do museu Soares dos Reis que a adoração dos magos teve para ir para o porto em em num depósito de longa duração e num projeto que envolveu o o tribunal da relação
Depois acabou por não se verificar porque de facto são obras magistrais são obras finais do do de Domingos Sequeira todos conhecem a história que não vale a pena repeti-la não é e ele aqui faz o seu Testamento pictórico e são obras que têm estudos estudos estudos uma quantidade de desenhos extraordinária de
Que Aliás o museu Soares dos Reis possui também alguns relacionados exatamente com esta obra que estão expostos agora numa importante exposição da que da Catarina lobbe Gonçalves e com o que o senhor Ministro pôde ver também já soube antes de antes de eu lá passar e que e
Que de facto são obras de de de excecional valor esta a razão pela qual de facto eu defendi e como continuo a defender a vinda delas para Portugal porque um país tem que ter o seu próprio as peças mais mais significativas do seu património devem estar no próprio país
Sou pena de nós não não termos enfim a capacidade de nos respeitarmos a nós próprios não é porque na verdade defendendo embora que não podemos ser avaros da em relação ao nosso património e que de facto Ele deve estar presente na maior parte dos museus mas ele deve estar estudado por nós
Antes disso A questão não é simplesmente de disponibilizar obras no mercado é de ter uma política concertada que faz com que os estudos sejam produzidos e sejam traduzidos em inglês para que a nossa para o nosso património seja disseminado portanto é uma é um conjunto de atividades que têm que entrar todas no
Mesmo sentido e todas elas se dirigirem de facto à valorização do património português que é essencial à valorização dos portugueses eles próprios enquanto povo e enquanto dinâmica histórica e era sobretudo isto que eu queria dizer e muito obrigado pelo tempo que me dispensaram e muitos Parabéns quer ao
Ministério quer a museus e monumentos quer naturalmente à Livia Alelo e à sua Fundação que fizeram aqui uma obra notável que os portugueses todos reconhecem Muito [Aplausos] obrigado vamos proceder à assinatura do memorando de entendimento entre o estado português representado pelo Presidente do Conselho de administração de museus e monumentos
De Portugal Dr Pedro sobrado e a fundação livraria Lelo representada pela sua Presidente Dra Rita Marques vai usar da palavra o ministro da cultura Dr Pedro Adão e Silvão senhora secretária de estado da cultura cara Isabel Cordeiro senhora presidente da fundação livraria Lelo cara Rita Marques senhor presidente do
Concelho de curadores da fundação livraria L Caro Dr PED Pinto E queria aproveitar para saudar comentar a todos os seus familiares senhor presidente museus inventos de Portugal caro Pedro sobrado um cumprimento aos membros do Conselho consultivo e do Conselho de curadores da museus imentos de Portugal aqui presentes uma saudação também
Especial ao António Filipe Pimentel e e queria deixar eh umas Breves palavras e primeiro de agradecimento depois de regozijo e e também aproveitar esta oportunidade que aliás é das últimas que tenho para eh deixar algum sinal eh político sobre o que este processo eh que termina eh H tem hoje um momento que
Não é o final mas tem um momento importante nos diz sobre eh a política de cultura e não apenas aquilo que se prende eh com as coleções e eh e os museus e os monumentos bom em primeiro lugar naturalmente de enorme e agradecimento em nome do estado
Português H ao Dr Avelino Pedro Pinto particular pela forma articulada interpretando o sentido de complementariedade entre aquilo que é responsabilidade pública e a responsabilidade eh eh privada eh e dizendo que de facto é um momento de fundação de uma Fundação bastante auspicioso este que agora testemunhamos
E que eu Pudo testemunhar e e porque corresponde e e a uma interpretação eh também que eu faço sobre aquilo que são as funções da cultura que é claramente uma função de Constituição de uma identidade partilhada comum e que não pode ser só eh eh uma responsabilidade
Eh assumida pelo Estado deve cada vez mais eh envolver e mobilizar eh os eh privados e e por isso eh direi mais alguma coisa à frente sobre o entendimento que faço dessa responsabilidade partilhada mas queria no essencial aproveitar este eh momento para eh agradecer eh a forma como eh
Trataram deste processo a articulação com o museus entos de Portugal que eu pude eh também eh eh testemunhar queria também porque aliás também foi aqui mencionado agradecer também aos antigos proprietários Dr Alexandre Stein também a abertura e a forma como lidou com o estado português e também a abertura que
Mostrou para vender esta peça aos novos proprietários um agradecimento também que gostava de fazer e dar nota pública ao Dr Pedro sobrado e à museus imos de Portugal pela forma discreta mas também eficaz como nas últimas semanas eh trataram deste tema e não posso deixar de testemunháveis eh o António Filipe
Pimentel já eh fez aqui uma eh contou uma história eu fui um dos rostos e um dos protagonistas da campanha de vamos pôr o Sequeira eh eh no lugar eh e portanto há aqui uma espécie de ironia de e da forma como regresso ao tema Sequeira agora que me
Aproximo o momento de deixar as minhas funções como ministro da cultura e por isso eh eh foi possível de novo encontrar uma solução para voltarmos a colocar o Sequeira eh no lugar eh e eu Julgo que apesar de tudo isso é algo de de positivo e e positivo porque tem um
Elemento essencial que é como já foi aqui notado que é disponibilizarmos e à fruição pública a democratização do acesso à cultura é mesmo uma responsabilidade que deve ser assumida por todos e não apenas pelo Estado e a possibilidade de voltarmos a ver Este quadro do Sequeira é algo de de muito eh
Positivo Porque como podemos eh temos testemunhado nas últimas semanas eh isto gera interesse gera uma expectativa eh e o interesse é um instrumental para que as pessoas vão aos museus tenham curiosidade em saber o que é que está exposto nos museus eh e que não olh
Apenas para os museus como um lugar que se visitou alguns num passado distante e ao qual não vale a pena regressar nós precisamos de de fazer com que os portugueses regressem eh aos museus e precisamos suscitar e gerar interesse em torno daquilo que pode ser visto nos museus quando iniciamos a reorganização
Orgânica profunda do ministério da cultura também ela tem mais ou menos o tempo de vida que a fundação livraria Lelo começou a sua atividade eh em Janeiro foi precisamente porque tínhamos esta eh esta preocupação eh com um novo folgo para aquilo que é a oferta pública nos museus elentos nacionais a as minhas
Últimas palavras são para o sinal político que resulta deste processo H como o que todos sabem h o país aproximou-se e dos países com os quais devemos comparar em muitos domínios mas há um domínio insisti muito ao longo destes dois anos há um domínio e no qual mantemos um atraso muito significativo e
Que é na participação dos privados na cultura está ali o embaixador António Monteiro e eu já várias vezes disse isso eu durante estes dois anos encontrei quase todas as semanas o embaixador António Monteiro mas não encontrei muito mais Mecenas são poucos isso é um sintoma que nos deve preocupar a todos e
Diria que o estado e o ministério da da cultura tem talvez alguma autoridade eh hoje que não tinham eh não há muito tempo porque efetivamente a dotação orçamental para a cultura cresceu muito significativamente mas tem alguma autoridade para eh apelar a que mais privados se juntem a esta
Responsabilidade e a este esforço tem autoridade também para fazer alguma pedagogia sobre a importância de juntarmos os privados e Fundamental um reconhecimento dos privados que efetivamente se juntam ao esforço eh eh para promovermos as políticas culturais e é por isso que este reconhecimento é fundamental o reconhecimento daqueles que efetivamente contribuem para esse
Esforço como acontece hoje com a fundação livraria eh Lelo e isso implica também uma relação de de confiança eh e diria mais até de alguma intimidade e com os privados os colecionadores privados e uma relação de confiança e de intimidade que deve ser alimentada pela museus e Mentos de Portugal que tem
Precisamente a agilidade e é por ser uma empresa pública para alimentar e cultivar essa relação de e intimidade e de e de confiança o o Walter Benjamin e e numa frase que também citei várias vezes ao longo do meu mandato dizia que o prazer do colecionador é o prazer do
Solitário alguém que tem uma relação individual com as com as obras que são suas e ora se o estado tem a responsabilidade de disponibilizar à fruição pública a obras de arte também eh quer quebrar essa relação de intimidade essa relação de solitário precisa de cultivar eh uma intimidade e
Uma confiança com os privados isto tem várias consequências eh políticas e para aquilo que deve ser a atitude do Estado nesta e matéria H desde logo eh quando se fala em em classificações porque foi um tema que de que se falou muito nas últimas semanas não parece que seja uma boa prática
Prática eh consistente e coerente com esta atitude genérica e transversal que eu Julgo que o estado deve ter eh não deve não o estado não deve classificar sem antes estabelecer diálogo com os proprietários e E desde logo averiguar da disponibilidade dos proprietários para vender não se cultiva uma relação
De confiança com os privados com uma atitude que não seja esta de diálogo eh e de intimidade E é isso que é necessário fazer nós quando pensamos na reforma orgânica eh qu a museus inos de Portugal tínhamos vários objetivos agilizar naturalmente os mecanismos de gestão e a capacidade de planear a Médio
Prazo aquilo que se passa efetivamente nos museus e nos Mentos nacionais dar uma prioridade à programação fundamental à à formação de públicos precisamos de renovar os públicos que visitam os nossos museus e os nossos monumentos e também de capacitação das próprias instituições naquilo que é a investigação mas também
A Conservação e o Tauro h e mas há um outro lado que julo que hoje em particular é importante sublinhar que é também promover uma relação distinta com a sociedade civil eh os museus e menos de Portugal isto diria que é verdade para muitas instituições públicas mas
Diria que nesta área isto ainda é mais verdade precisam de cultivar e uma relação diferente com a sociedade civil com os colecionadores com as Mecenas e por isso criamos no contexto da museus entos de Portugal e eh o conselho de curadores e o concelho consultivo mas também uma outra dimensão e que se
Prende com a política para aquisições de bens culturais para os museus e para os Mentos nacionais criamos uma dotação e própria h e criamos uma uma comissão para aquisições com autonomia que é quem cabe tomar decisões sobre o que é que deve ser adquirido para os nossos museus
E para as coleções e e foi por isso que também nos últimos últimas semanas reconduz imos todo este processo a esta comissão que foi quem Coube fixar o montante adequado para o estado fazer e uma proposta e e também uma a comissão A quem cabe sinalizar sinalizar aquilo que
Deve ser e adquirido e no futuro e h diria que e a museus imentos de Portugal e todas estas entidades dentro da museos imentos de Portugal estão apenas a iniciar e os seus trabalhos e a pouco mais de de de 2is meses h e todos estes processos depende dependem de tempo para
Maturar para se consolidarem e e o que eu espero é que haja capacidade de haver continuidade neste domínio aimentos de Portugal arranca os seus trabalhos com minimização compensatória que permita algum fogo e portanto olhar para um Horizonte de de Médio prazo com alguma ambição mas o essencial dos Passos que
Há para dar são os passos que serão dados nos próximos tempos queria ainda dizer o seguinte para além daquilo que é a relação de confiança e que depende e de alguma pedagogia e de um apelo e de uma intimidade e de uma capacidade de diálogo eh Há mais coisas que são e é
Que é necessário fazer o o o o Pedro sobrado há pouco dizia que o público e o privado são duas fases Dea mesma moeda quando e olhamos para para a política cultural e e na verdade quando pensamos naquilo que é o sistema de incentivos existente em Portugal para que os
Privados se envolvam efetivamente na cultura há também muito caminho a fazer e Era este já o disse umas quantas vezes era este o passo seguinte neste processo de transformação que estávamos a levar a cabo na cultura depois da reorganização orgânica portanto por esta altura era isso que estaríamos agora a discutir e
Houve um processo de auscultação a um conjunto de entidades um conjunto de entidad ides bem vasto eh sobre uma um processo de aação estruturado sobre aquilo que era necessário mudar eh nos sistemas de incentivos para criar um ambiente mais favorável à participação dos privados na cultura esse processo
Foi concluído eh e nós concluímos também os diplomas legais que materializam esta transformação eh por ser diplomas que precisam de envolvimento da Assembleia da República Eles já não puderam ser aprovados pelo governo e em gestão eh mas antes de terminar o meu mandato vou devolver e e aquilo que foi este
Trabalho e estes diplomas e já e finalizados a todas as entidades que participaram no processo de exultação e na expectativa de que haja capacidade na sociedade portuguesa Num futuro próximo de materializar e aquilo que pensamos eh O que é que aquilo que que que fizemos tem no fundo e quatro propósitos uma
Simplificação transversal de todos os procedimentos e necessários à mobilização de recursos privados nomeadamente no mecenato tornar mais transparente e algumas das dinâmicas e alguns dos mecanismos que já existem e e muito importante levar mais longe aquilo que são os incentivos efetivamente existentes portanto melhorando e e finalmente inovando criando e eh alguns
Mecanismos novos em linha com aquilo que são as melhores práticas internacionais nesta matéria por exemplo é muito importante criando um mecanismo que permite permite capitalização do fundo para aquisições de peças para os museus entos nacionais e portanto isso permitirá ter mais recursos financeiros mobilizando recursos privados
Diretamente para este fundo e e que já se tem consagração no quadro da mão e menos de Portugal mas que precisa agora de ser regulamentado e na verdade deixamos prontos os mecanismos que permitem essa consagração Isto é muito importante porque é uma forma de alinhar aquilo que deve ser o discurso político
De envolvimento e de mobilização dos privados com um sistema de incentivos que permita eh eh eh eh efetivamente eh eh eh efetivamente que isso aconteça eh cabrá eh à próxima Assembleia da república e ao próximo governo eh avançar nesta eh matéria eh Na verdade são tudo passos que permitirão eh eh por
Um lado renovar as nossas coleções eh aumentar os recursos para a cultura eh e responsabilizar eh mais os privados por este desafio e por esta responsabilidade e que eu Julgo que deve ser mesmo eh partilhada entre o estado eh e a sociedade civil eh mas hoje o
Fundamental eh é esperar eh que 1000 eh casos como estes da fundação livraria Lelo floresçam no nosso país eh E que possamos cada vez mais ter à fruição pública aquilo que é o melhor do nosso património eh cultural Muito obrigado a todos e muito eh em particular Muito obrigado à fundação livr [Aplausos]
L está encerrada a sessão Obrigado pela vossa presença