🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
A crise da que estamos a falar agora e ocorreu ao longo da década de 30 que foi uma década caracterizada ualmente por grande estabilidade interna mas grandes perturbações internacionais portanto no contexto internacional o mundo vivia as consequências da grande depressão de 1929 e mais tarde já na segunda metade
Desta década tínhamos aqui ao lado um país que atravessava um dos peros mais difíceis da sua história com a guerra civil em Espanha e portanto Esse é o contexto internacional que evidentemente teria grandes repercussões sobre a economia portuguesa não fosse o facto da economia ser nesta altura uma economia
Muito fechada e portanto muito protegida do impacto destas duas grandes perturbações internacionais pelo contrário o o contexto interno era um contexto de grande estabilidade ou de progressiva estabilização quer do regime político quer do regime económico portanto nós estávamos a assistir à estabilização ou à institucionalização Se quisermos do estado novo e eh um
Conjunto de reformas que eh instituíam um novo quadro económico [Música] também a crise tem eh três principais causas todas elas relacionadas com a produção agrícola a primeira que tem que ver com eh O esgotamento dos benefícios gerados pela campanha do trigo e portanto eh o fim dos excedentes que
Essa campanha origina depois eh os efeitos adversos das circunstâncias meteorológicas que penalizaram todas as Produções agrícolas em geral mas em particular as dos outros cereais e a do vinho e finalmente o facto de em 1936 estarmos num ano de contra safra na produção de azeitona e portanto o efeito
Também prejudicial sobre ou a quebra natural da produção de azeite são essas as três grandes e circunstâncias que se combinam num mesmo período para produzir então est esta crise que é iminentemente [Música] agril o comitê datou o pico Neste período em 1934 e e a cava em 1936 portanto nós fizemos e neste
Período trabalhamos sobretudo em frequências anuais o que nós temos claramente identificado é que o ano de 1935 é já claramente um ano de recessão que se agrava aliás em 193 e que depois termina em 1937 com uma rápida [Música] recuperação uma das fases mais visíveis desta recessão diretamente relacionada
Com a o clima económico interno é a redução do consumo privado há porém outras outras manifestações ou outros factos ocorrer ao mesmo tempo que de alguma maneira até compensam esta redução do do consumo privado por um lado um comportamento e menos adverso do investimento que n alguns momentos até
Eh tem uma evolução positiva precisamente e refletindo o início da aplicação da lei da reconstituição económica aprovada anteriormente e que depois vai ter efeitos no futuro mas também a evolução favorável das trocas comerciais e que refletem várias circunstâncias eh algumas relacionadas com ainda os resultados positivos da
Campanha do Trigo e a produção des centos comerciais que puderam ser ainda exportados durante uma parte final deste período de recessão mas também a a a a importação a preços mais favoráveis de ou a substituição de importação de determinadas mercadorias que passaram a ser importadas das colónias a preços
Mais favoráveis como era por exemplo o caso do café e e do açúcar o que eu penso que é peculiar nesta crise é precisamente o facto de ela ter origem num conjunto de circunstâncias que cada uma delas por si só não teria provocado a recessão ocorreu em várias outras épocas da Vida
Nacional e mesmo até nesta década factos semelhantes o que esta crise teve de particular foi que eles se conjugaram para acontecer na mesma altura e é da conjugação dessas três movimentos Se quisermos que resulta precisamente uma recessão que poderia não ter acontecido se eles tivessem ocorrido sucessivamente e não simultaneamente
1 comentário
Questão que nunca ouvi discutida noutro lado, apesar de lembro de ter estudado que um dos problemas do regime inicialmente ter sido a sobre-confiança no sector primário.
Interessante, obrigado!