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bem-vindos a mais um episódio do manual
de boas ideias hoje comigo estão dois
empreendedores que partilham de uma
Paixão profunda pela comunicação e pelo
entretenimento cruzaram-se pela primeira
vez na MTV certo uhum e amamos enquanto
vjs compartilh uma paixão por viagens e
por novos desafios foi isso que os levou
a fundirem-se numa agência que que
posteriormente abriram chamada Milk and
Black O que é Milk and Black vão ficar a
saber sem dúvida nenhuma ao longo desta
conversa Diana Taveira Diogo dias
bem-vindos ao manual de boas ideias
obrigada eu começo por vos perguntar
h de tudo aquilo que vocês fazem de tudo
aquilo que fazem na Milk e fora
dela onde é que são vocês plenos de
realização profissional pessoal o que
quiserem começo eu sim supostamente isto
ser uma coisa inteligente
inteligente Olha eu acho eu falo por mim
mas eu eu e o Diogo estamos muito em
sintonia na vida de uma forma geral e e
macro portanto eu acho que eh nós
sentimos realizados precisamente nos
projetos e no crescimento da empresa
como a temos tido H acredito muito que
isso que isso é algo que nós temos em
comum porque nós falamos muito sobre
isto que é nós sentimos realizados com o
facto de termos feito uma empresa fixe
ou seja H nossa visão com projetos em
que não somos só nós estamos motivados
com Os projetos que temos e com os
clientes que temos e com as coisas que
trabalhamos diariamente mas também
sentimos uma equipa motivada para isso
Ou seja nós não temos estar ali eu acho
que há empresas onde tem que estar
sempre a puxar pela equipa na nossa
empresa nós temos a sorte porque eu sei
que isto é sorte muita sorte hoje em dia
e de termos uma equipa em pessoas que
eles próprios estão super motivados com
aquilo que fazem eu acho que conseguires
num espaço tão curto tempo porque a
empresa não tem assim tanto tempo
portanto a empresa tem 5 se anos e
conseguiste construir uma base tão
sustentada com projetos tão desafiantes
e tão interessantes que estão a dar
resultados muito bons e por isso é que a
empresa tem crescido como tem eu acho
que isso é é resultado de nós nos
sentirmos efetivamente realizados porque
aquilo é que nos desafiamos há uns anos
atrás conseguimos concretizar que era
fazer a tal empresa em que a Malta não
sente que é trabalho é tal coisa do
estar a trabalhar e estar a curtir
aquilo que estão a a trabalhar eu acho
que nós os dois somos muito realizados
pelo facto de termos de chegar a esse
ponto ok termos chegado a essa
concretização porque é que é uma questão
de sorte hoje em
dia quer responder eu não acho que seja
só imagina eu não acho que é só posso
posso agarrar e tu pegas assim eu não
acho que seja só uma questão de sorte
mas acho que a sorte também está muito
associada Ok porque às vezes tu podes
identificar um perfil numa pessoa e tu
metes as fichas nessa pessoa e depois
não é propriamente aquilo que era a
primeira imagem e a primeira máscara que
te apresentava não é isso acontece tanto
a nível pessoal como a nível
profissional
h eu já tive muitas pessoas na minha
vida que se apresentaram de uma forma e
depois uma outra portanto eh e eu digo
sorte porque tu podes estar a
identificar a pessoa com determinado
perfil mas depois revelar-se ser outra
coisa e nós Felizmente eu acho que na
MIL tivemos muita sorte nesse sentido
porque a forma como as pessoas se
apresentaram praticamente todas desde o
início são efetivamente ência que elas
são e os valores que elas são e ao fim
do dia o que importa também que são os
valores das pessoas e a forma como se
envolvem nos projetos e eu acho que isso
aí tem de ser identificado quando tu
estás à frente de uma empresa e TS a
escolher pessoas para virem trabalhar
contigo Além de que hoje em dia as
pessoas têm muita preguiça em trabalhar
e nós temos muita sorte em que ter
pessoas que não têm esse perfil de todo
as pessoas gostam de fazer o que fazem
dentro da nossa equipa eu acho que nós
temos muita sorte nesse sentido sim sim
e e não só ou seja é é o olho também de
escolher as pessoas certas eu acho que
tudo é à volta de pessoas seja a nível
de clientes seja a nível de de
profissionais que trabalham contigo e eu
acho que nisso aí e é a Diana que trata
muito deste lado do do dos recursos
humanos eh eu acho que tu tens mesmo uma
aptidão natural para para escolher
pessoas energia é sentir a energia
aquilo que estávamos a falar antes de
começar este podcast da energia
Exatamente isso eu acho que ela vai
guia-se muito pela energia eu acredito
também piamente nas energias e no
naquilo que as pessoas passam de vibes E
por aí fora e eu acho que isso aí
interfere em tudo em qualquer parte do
negócio seja na nas pessoas diretamente
com quem tu trabalhas seja depois num
cliente e eu acho que é preciso um
bocadinho de sorte porque cá está tal
como a Diana diz muitas vezes tropeças e
e e tens uma impressão errada de uma
coisa que não é realmente aquilo que é
eh mas até agora temos tido essa sorte
de estarmos no caminho certo tanto a
nível de de de pessoas que trabalham
connosco como dos clientes que temos
mas eu acho também com a idade há uma
coisa que nós ouvimos sempre desde
pequenos que é a primeira impressão que
tu tens de uma pessoa normalmente é que
bate certo só que depois do quando
começas a conhecer as pessoas começas a
ficar confundida com todo o ruído à
volta da interação com essa pessoa uhum
e e eu acho quando conforme nós ficamos
mais maduros emocionalmente porque a
decisão tu de um recrutamento também é
uma decisão que acaba por ser emocional
e tem muito a ver com isso se tu fores
pelo feeling que tens na primeira facto
que tens da pessoa na primeira conversa
normalmente essa tua primeira impressão
vai te indicar logo o que é que essa
pessoa te vai entregar e e muitas vezes
nós princialmente então na vida pessoal
quando nós nos apaixonamos depois
cancelamos todas as Red flags e a nível
profissional é a mesma coisa eu acho que
é não cancelarmos não fazermos de conta
que não estamos a ver os indicativos
piores da pessoa temos de ver logo a
pessoa como ela é de forma Imparcial e e
porque depois acaba por ser isso que ela
vai entregar no no dia a dia quando está
contigo num projeto quando está contigo
numa empresa quando está contigo a nível
pessoal eu acho que é efetivamente leres
as pessoas pelo que elas te estão a
entregar na primeira conversa que elas
estão a ter porque normalmente as
pessoas quando te conhecem pela primeira
vez e entregam-se de uma forma mais crua
depois é que começa a haver ali o
barulho das luzes quando tu começas a
conhecer uma pessoa a ter mais relação
com ela a gostar ou a não gostar dela a
ter problemas de convivência aí é que
começa a ficar o barulho da luzes
digamos por vezes ser ser só não
permeável a opiniões exatamente ou se tu
Consegues logo entender eu acho o o
caráter e o perfil da pessoa numa
conversa de uma hora eh ou seja aquilo
que tu podes contar do lado dela eh e e
nós acabamos muito por ir por aí que é
eu tenho normalmente a primeira
entrevista com as pessoas eu digo eu
senti eu gostei eu amei eu eu amo-a digo
isto quer dizer que eu adorei toda a
energia da pessoa e nós vamos muito por
aí depois a partir daí como é lógico
escolhemos e selecionamos a pessoa por
Basso Fazemos uma série de desafios
convidamos sempre as pessoas para virem
almoçar connosco para nós conhecermos
num registo assim mais descontraído eu
estava a pensar nisso a semana passada a
nossa fase de recrutamento envolve um
almoço connosco que isso é ótimo
exatamente Já viste assim e normalmente
um restaurante Boom atenção então Nós
escolhemos um restaurante fixe
normalmente Mas porquê Porque as pessoas
assim baixam um bocadinho a guarda estás
a entender estão ali numa refeição e
descontraem mais um bocado e mostram
mais quem elas são e e toda a nossa fase
de recrutamento tem uma fase de desafio
de uma coisa mais concreta de projeto de
análise como é que a pessoa se comporta
num num num momento de de profissional
Ok mas é muito baseado na parte pessoal
do que tu sentes da da do tato da pessoa
da energia que ela te passa se é
simpático se se é educado ou seja isso
para nós conta muito mais vocês
trabalham
com gerações diferentes na vossa equipa
há várias gerações H à geração portanto
então
H geração x millenials e alfa alfa
não geração z e
Alfa al Alfa não temos nenhum al não
temos nenhum Alfa não podemos não
podemos 14 anos para aí não é pois não
nós trabalhamos é para alfas para
comunicação de alfas e isso normalmente
é a geração de Malta de 21 22 anos que
que no passa muitas vezes esse tipo de
comunicação porque nós temos algumas
marcas que direcionam a comunicação para
esse segmento muito mais jovem agora
seria interessante nós dizemos todos
aqui geração alta e ele pá mas isso é
trabalhoo é melhor não é melhor não não
mas mas mas ainda bem que tocaram Nisso
porque na verdade vocês não só trabalham
não não só têm noção das Gerações que
trabalham convosco Mas aquelas para quem
trabalham também sim eu aqui há dias
ouvia numa conversa de café de corredor
aqui na na rádio que h
por esta coisa agora de as gerações
compreenderem um período de tempo muito
mais curto do que do que do que eram as
gerações H dos nossos pais por exemplo
que tinha um período de tempo muito
maior
hum é muito mais difícil para estas
novas gerações conseguir agarrá-los
durante muito tempo uhum vocês sentem
isso claramente por exemplo nós temos um
um cliente que nós tratamos de do tiktok
eh e o Ti toc é claramente para essa
geração e mais nova Uhum E a necessidade
de conteúdo para manter eh o a
fidelização digamos desse público nessa
página é muito complicada isso reflete
efetivamente o comportamento de
consumidor que nós estamos aqui a falar
o comportamento público que estamos aqui
a falar a Malta hoje em dia está sempre
a ser bombardeada por informação muitas
vezes errada e está sempre a ser
bombardeada com conteúdo certo portanto
já nada é novo para eles e trabalhar
esse segmento de de mercado eu acho que
é o mais desafiante porque é
efetivamente um segmento que nós não
somos impactados por ele pelo algoritmo
e inclusive às vezes chegamos a reuniões
e não fazemos ideia do que a Malta está
lá a apresentar mas dizemos mesmo até
que diamos com a situação que é isso é o
quê mesmo o que é que se está a passar
no tiktok e olha que eu eu eu eu tenho
tiktok portanto sou muito voer no tiktok
mas o meu algoritmo como o tiktok sabe a
minha idade não me aparece as mesmas
coisas que parece a Malta de 20 anos e e
esse esse Generation GAP é eu acho que é
brutal hoje em dia sente-se muito se
calhar HS anos atrás não sabes eu eu
ainda não percebi Aliás o fundador do
tiktok diz que o algoritmo é puramente
matemático eu
hum ou seja passas mais tempo a ver um
tipo de conteúdo determinado tipo de
conteúdo e aquilo vai estar
constantemente a a circundar aquele
ecossistema nós lá em casa eu e a minha
namorada temos mais ou menos a mesma
idade ela é uns meses mais velha do que
eu portanto somos da mesma geração mesma
idade
e o tiktok dela não tem nada a ver com o
meu S os gostos ela às vezes interes ela
às vezes ao almoço diz-me pá tens de ver
não sei o quê que está a bater m no
tiktok quê não faço mas é mas é o que
Diana estava a dizer eu acho que isto
hoje em dia há uma urgência de conteúdos
e tá constantemente a aparecer coisas
novas ou seja tu podes estar a ser Trend
mas não é tren para ti mas é treno para
para aquele segmento uhum a única coisa
é que tens que Estar atento agora eu eu
acho é que a nível geracional eu falo
por mim eu sou o extremo eu sou o mais
velho para os mais novos ou seja eu não
entendo mesmo não não entendo a
linguagem não entendo as piadas Não não
é o o o mesmo gosto que eu tenho no
entanto eu próprio sinto que eu perdi a
capacidade de me ligar a um conteúdo
durante muito tempo porque igual eu não
deixo de estar nas redes também estando
nas redes os conteúdos são rápidos e eu
tenho que ter a minha memória cá está
vou dar um exemplo música eu adoro
música A forma como eu consumo música
Hoje em dia não tem nada a ver com a
forma como eu consumia Antigamente eu
antigamente pegava num álbum e aquele
álbum era o álbum do ano e eu durante um
ano ouvia aquele álbum milhares e
milhares de vezes hoje em dia um álbum o
meu álbum Favorito deste ano saiu em
fevereiro consumi até mais não e agora
já já tá numa gaveta já estou a ouvir
outro álbum ou seja eu acho é que isto
esta rapidez de conteúdo faz com que tu
também te desinteresse ou seja aí já não
acho que seja uma cena tão geracional
acho que é uma questão de pá não é
necessidade causa Como é que se diz a
expressão a necessidade
criou pronto H uma expressão em qualquer
que agora tá-me FH é o comportamento
cultural neste momento exatamente a
partir do momento que as redes dão
coisas de forma curta tu também
interessas de forma cortar
co por masem hum pá sim e nesse nesse
estudo em particular o hábito o hábito o
hábito cri mon ai desculp é o hábito cri
mon acho que eu faz sentido ou não vai
passa isto não tá a ser nada inteligente
nunc ouv essa expressão assim nunca ou h
não mas dizia nesse nesse estudo que
também acabei por por ler esta coisa de
do do attention span acaba por e isto e
quanto mais evolui h enfim quanto mais
madura se torna a geração que cresceu
com o tiktok sobretudo na pandemia isto
está a estender-se a outros Campos da
vida
H É muito difícil hoje alguém ficar mais
do que 2 TR anos no mesmo emprego uhum
sobretudo quando não há promoções mas
whatever é é difícil ficares mais do que
dois ou três anos na mesma empresa h e
há quase que esta necessidade esta
ansiedade por dar o salto mudar e e está
a ser muito emancipada por pelas redes
eu eu sinto que nós vivemos na geração
do fomo
e e eu assim eu eu eu revejo- no fomo Eu
acho que eu sou uma pessoa hoje em dia
já não tenho tanto como eu tinha há uns
anos atrás mas eu princialmente há uns
anos atrás eu precisava de estar em todo
lado a fazer tudo se tivesse ir a três
eventos num dia ia não era pela cena do
show off era eu precisava de estar lá
porque eu podia estar a perder algo
incrível e às vezes era só mais uma uma
coisa que estava a acontecer igual a
todas as outras mas eu acho que nós
vivemos na geração do fomo nós estamos
sempre com Fear of Missing out on
something que faz com que também muitas
vezes nos estejamos a viver em Plenitude
aquilo que está a acontecer no agora e e
nós eu acho que a nossa geração é uma é
uma geração de de constante insatisfação
por causa disso por causa desse
comportamento
Hum que acho que é provocado pelas redes
sociais Ok porque estamos sempre a
comparar-nos com os outros e nós
passamos pela geração Não termos redes
sociais Ou seja que estávamos
efetivamente a sentir as coisas num
momento e nós sabemos essa diferença de
não ter redes sociais não ter a tar de
fazer nenhum Statement digital daquilo
que eu estou a viver ou experienciar e o
passar a a fazer isso e começar a fazer
isso e eu acho que esse esse esse ponto
de Fear of Missing out faz com que as
pessoas achem que estão sempre a perder
algo e faz com que nem é só a nível de
emprego é a nível de relacionamentos eh
as pessoas acabam saltar relacionamentos
muito mais eh tens muito mais Malta a
divorciar-se e a investir menos na nas
relações pessoais e amorosas tens muito
menos gente a dedicar-se efetivamente a
tentar crescer dentro de um de uma
empresa por acaso na Milk não temos
muito isso eh normalmente a a taxa de
retenção digamos de de talento na milc é
muito alta
H isso é bom portanto nós a Malta que
entrou normalmente fica connosco até
porque vamos criando desafios novos e
vamos dando oportunid dade progressão eh
às pessoas internamente ou seja há uma
série de de características a nível
recursos humanos que alimenta isso de
continuar a tornar desafiante as pessoas
ficarem lá a trabalhar mas eu acho
também que há empresas que fazem isso e
as pessoas por isso simplesmente acham
sempre que estão a perder algo Eu acho
que também há falta de resiliência não é
aquela coisa do eu à primeira tipo à
primeira diversidade eu vou desistir ou
eu vou sair vou soltar fora não é para
não é para mim eu acho que nós tínhamos
em gerações antigas uma capacidade de
aquela coisa de levar a cruz atrás tipo
pá embora é preciso Exatamente é preciso
erder para curar não é e e eu acho que
eles têm um bocadinho menos Uhum mas eu
também acho que era aquilo que a Diana
tava a dizer que é a partir do momento
que tu crias as condições necessárias
para uma pessoa se sentir bem em casa e
também fazes com que elas numa numa
situação de adversidade sinta Ok mas eu
tenho aqui um apoio que provavelmente lá
fora posso não vir a ter Então junta-se
eu acho que par o segreto também da mil
que passa um bocadinho por aí que é as
pessoas sentem-se ali um bocadinho em
casa e o facto de tratares as pessoas
bem e o facto das pessoas e darmos
abertura qualquer coisa podem vir falar
connosco Isto é mesmo real e eu acho que
isso aí faz faz toda a diferença e faz
com que as pessoas também ganhem essa
resiliência que naturalmente a sociedade
anda a retirar um bocadinho prto sim a
velocidade é que que vivemos hoje tudo
ex Claro que
sim eu quero vos perguntar como é que a
vossa experiência na televisão e na
música também Diogo Hum como é que as
vossas experiências acabaram por
influenciar a vossa abordagem com a
milken
black tu é que tiveste a televisão mais
anos que eu portanto eu acho que deves
ser tu a começar a responder então então
então vá eu eu acho que cá está eu eu a
Diana costuma dizer e e eu sinto-me
mesmo que sou uma pessoa afortunada na
vida as coisas foram acontecendo eu não
não é que tenha procurado nada é assim
procurei tinha uma paixão que era a
música ou seja meti-me na música e a
partir da música Fui fui desbravando o
mato todo até chegar aqui à Milk and
Black e eu acho que sempre tive muita
sorte e eu acho mais uma vez volta a ser
as pessoas e volta a ser a tua Essência
enquanto pessoa que te leva a ir pelo
caminho caminho
certo eu vou ser o mais sincer possível
eu por mim próprio criar uma empresa e
criar Milk and Black eu acho que seria I
algo completamente impossível teria de
haver uma Diana Taveira a aparecer e a e
a e a sentir que eu poderia ser uma mais
valia juntamente com ela para criar uma
empresa para isto acontecer porque eu
não é da minha natureza agora eu eu sei
que eu tenho uma capacidade de trabalho
que que se for necessário eu invisto e
cá está se eu tiver o gosto eu invisto e
eu acho que nós conseguimos isso que é a
Diana não tem nada a ver comigo mas nós
a partir do momento Começamos a
trabalhar em conjunto percebemos as mais
valências de cada um e e fomos
inteligentes na forma de
aproveitar as mais valenças de cada um E
eu acho que é isso um bocadinho que
muitas vezes nós temos que perceber na
vida e quando tu queres criar uma
empresa quando tu queres eu acho que tu
tens que perceber as tuas capacidades
porque tu podes não ser o melhor do
mundo a fazer isto o melhor do mundo a
fazer aquilo mas tu HS que ter as tuas
qualidades e tu aches de ser bom a fazer
alguma coisa só tens que talvez se não
fores tu a fazer tudo se calhar em
encontrar as pessoas certas para para
colmatar aquilo onde tu não és tão tão
forte eu pronto por mim é um bocadinho
isto diz Mas a questão que ele estava a
perguntar é televisão O que é que a
televisão trouxe daí e pá a televisão
para mim cá está trouxe-me as pessoas
não não não é tanto a parte da
comunicação eu era uma pessoa
extremamente tímida e passei uma pessoa
muito mais passei a ser uma pessoa por
exemplo mais mais mais aberto mais mais
capaz de estar aqui num diálogo contigo
ou com qualquer pessoa fazer conversa de
c Constância era uma pessoa
completamente incapaz de fazer um uma
coisa dessas eu morro um bocadinho cada
vez que tenho que fazer o quê o quê eu
morro um bocadinho cada vez que tenho
fazer conversa de circunstância porque
eu não sei claro que sabes és obrigado a
saber porque porque tu entrevistas
pessoas ou seja tu tens que ter esta Há
sempre um momento antes de entrar no ar
e a mesma coisa se passa depois para uma
empresa que éo muitas vezes estás ali a
falar com uma pessoa que é primeira vez
tens que convencê-la tens que C ativá-la
muitas vezes dig desculpa vezes digo que
não sei como é que como é que fiquei a
trabalhar na mega o meu primeiro ano eu
eu entrava mudo e saía calado o meu
primeiro ano eu acho que a minha sorte
foi ter calhado ter caído numa equipa
super pequenina na altura a Filipe
galrão e a TR Oliveira eu era produtor
delas e lá está com menos pessoas a
relação estabelece muito mais
rapidamente pelo menos comigo e e elas
conseguiram ver as Tais mais valias que
depois talvez possam ter comunicado à
direção mas eu lembro-me que ameio do
ano se meses envolvidos desde que eu
tinha sido contratado
eh o Nelson o meu diretor perguntou-me
pá estás a gostar ninguém te ouve pá e
tinham-se passado se meses e e a ideia
de me contratarem era falar não é exato
mas sim não mas eu eu eu acho que tu
enquanto comunicador ou seja tu aprendes
o teu lugar e tu aprendes a forma como
tu comunicas cá está nem todos temos
comunicar da mesma maneira eu sou
completamente diferente a Diana eu acho
que a Diana por exemplo eu acho que é
uma uma coisa que lhe é nata primeiro
cim que ela faz na MTV ela tem 18 anos
ela falava mais do que qualquer pessoa
que eu conheço era uma cena
impressionante eu a primeira vez que fiz
um cing eu era a pessoa mais
introvertida a face a terra ou seja eu
acho que tu encontras a tua forma de
comunicar e por exemplo o que é que a
televisão nos deu deu para nos
autoconhecer muito bem e tu saberes
fazer esta gestão mas uma das coisas que
cá está mais uma vez para a Mil para a
milc black extremamente interessante o
facto de sermos comunicadores
completamente diferentes isso também é
uma mais valia para a milken black no
sentido em que nós vamos a uma reunião
do de um cliente eu sei exatamente onde
é que eu devo intervir caso eu sinta que
ela não tá a conseguir captar um cliente
e vice-versa E então eu acho que a parte
da televisão foi importante na parte do
comunicar Sim nós tornamos comunicadores
nares pessoas voltamos à mesma coisa tu
podes ter todos os estudos do mundo mas
não deixa de ser pessoas e tu estás a
tentar Inter ligar-te com uma pessoa e
se tu conseguires entender como é que
hás de dar a volta a por aí fora faz
toda a diferença por mais tudos que tu
Tenhas não é não é estudar tu aprendes a
fazer isto é na prática e eu acho que a
televisão deu-nos essaa prática eu acho
que a televisão dá-te também mais uma
coisa eu acho que fazer televisão em
Portugal é duro
eh e e Há muitas adversidades em fazer
televisão em Portugal porque falta-te
uma rede de apoio muito grande quando
estás em frente à Câmara e eu acho que
as pessoas não têm consciência que e
equipas grandes em televisão em Portugal
há para aí cinco ou seis pessoas que têm
depois de resto eh é o selfmade é o o
repórter é o apresentador é quem faz o
guião é quem faz a produção É quem
convida as pessoas é quem escolhe os
espaços e e há muita gente não tem
consciência desta realidade televisiva
que é o desenrasca é o que normalmente
90% das pessoas estão em frente à Câmara
TM capacidades inacreditáveis de
desenrascar qualquer situação e eu acho
que esse esse ponto também nós
encontramos muito e em comum nesse ponto
que é o arranjar soluções e
principalmente a MTV eu acho que nos nos
trouxe essa essa melhor desenvolveu noos
essa capacidade num troue porque eu acho
que Nós já tínhamos isso como
característica como personalidade Mas
acabou por sedimentar mais essa
característica de conseguirmos encontrar
soluções para coisas que à partida nem
sequer sabíamos por onde começar para
encontrar essas soluções e a televisão
em Portugal para mim foi muito
importante ter feito televisão e e eu
tive 10 anos no ar sem parar e e eu às
vezes até me esqueço que eu tive 10 anos
no ar sem parar eu basicamente Parei em
novembro do ano passado eh mas foram 10
anos de em estruturas e em canais que
por vezes Tinha tinha apoios e tinha
tinha equipas grandes em alguns projetos
noutros era eu e o câmara eh noutros era
eu e o Diogo e o câmara com e o André
que andé era com quem vamos alçar a
seguir que era o nosso Câmara a nossa
equipa da MTV eh imagina não há essa e
esse apoio tu tens mesmo de ter
capacidade de
desenrasca cdade de desenvolver o teu
networking para conseguir chegar a
certas pessoas que queres entrevistar
porque sabes que vai ser um conteúdo
muito bom para ti se tu conseguires
aquela entrevista eu acho que a
televisão te dá isso que é o correr
atrás correr atrás e agilizar e e a
televisão em Portugal dá-te isso com
certeza isso não há sombra de dúvidas
porque não há
equipas queres desabafar
não não estava só a pensar que isto é se
eu vos disser eh na primeira temporada
eu não recebi ninguém de televisão acho
eu tive a nes moos que tá no lado de de
de makeup sim sim de alguns de alguns
grandes programas de televisão mas nem
foi ela que me disse isto mas vários
empreendedores de várias áreas ele
destacaram essa capacidade de
desenrascado uma das mais fundamentais
no nosso dia a dia em Portugal
exatamente por essa falta de máquina sim
porque não há porque não há capacidade
muitas vezes financeira para ter mais
pessoas nas equipas e sabemos qual é que
é a realidade portuguesa eu acho que
televisão é das áreas piores nisso é é é
chocante Até porque eu eu eu passei por
vários canais e essa foi a realidade que
eu vi em todos os canais por onde eu
passei e estamos a falar do mais alto
que temos sim exato ya olha vocês
trabalham numa área e sobretudo com
clientes que que muitas das vezes vos
apresentam projetos que vos obrigam a
Balancear criatividade e
estratégia como é que isto se faz e eu
vou voltar ao mesmo Ponto que é tem a
ver com a taxa de esforço ou seja tu
tens de ver onde é que tens de colocar
as tuas frentes e os e as o teu esforço
tendo em conta a expectativa do cliente
e eu acho que a expectativa do cliente
tem que ser logo analisada a priori tu
quando tens uma equipa com mais
experiência eles gerem logo a do cliente
Porquê a criatividade e a estratégia os
dois dependem do orçamento que tá
disponível e quer para a equipa dedicar
horas ao projeto quer o Budget Geral de
investimento do projeto em si posso só
perguntar porquê isto porque já já
recebemos comentários e aliás é o mais
fácil de de aparecer não digo no manual
de boas ideias mas é o mais fácil de de
de aparecer é alguém comentar pois eles
movem-se a dinheiro mas Há uma razão por
trás disto posso perguntar por porquê
porque é que essa porque é que essa
dependência de de orçamento é importante
para definir isso porque eu não posso
montar um projeto com ideias de 100.000
€ com 5.000 € é só ser realista ou seja
o trabalhar sente num Budget é trabalhar
de forma real e em Portugal tu tens
trabalhar de forma real que há poucas
marcas a quem tu podes efetivamente
chegar com um conceito criativo M Fer
inacreditável aliás eu tenho uma ideia
que eu ando a vender há tentar vender há
4 anos a marcas em Portugal que nunca
consegui mas eu quero acreditar que um
dia ainda vou não vou falar claro não
vou falar não vou falar que é uma ideia
incrível só que implica um Budget só
para uma ação mas é uma ação não não mas
é uma ação que eu sei que aquilo vai ter
resultados e vai ganhar 1000 prémios Mas
até hoje e nós trabalhamos com marcas
muito grandes ninguém quis não não é
ninguém quis não há possibilidade
financeira para isso E nós queremos ter
uma empresa primeiro temos que ser
realistas porque no fim do dia tem que
se pagar e tem que se pagar salá tem de
se pagar rendas tem de se pagar despesas
Mas acima de tudo tu não podes estar a
montar um projeto de 100.000 € com um
Budget de 5000 portanto nós temos que
ser realistas em todos os passos que tu
dás dentro de uma estrutura de uma
empresa princialmente como uma agência
de comunicação em que tem uma vertente
criativa que muitas vezes tem que ser
travada Ou tem que ser readaptada
digamos tendo em conta aquilo que o
cliente nos pode entregar nós não
condicionamos a criatividade da nossa
equipa mas desconstruir
vamos dizer assim OK porque tem de se
desconstruir e meter dentro daquilo que
é possível ser feito uhum numa agência
de
comunicação Isto é a pergunta vou fazer
pergunta de forma crua H podem
desconstruí-lo depois numa agência de
comunicação para onde é que vai o
dinheiro em projetos o que é que é um
custo O que é que são custos pessoas
pessoas aima de tudo pessoas boa ou seja
cá está era foi uma coisa que desde o
início nó nós nós percebemos de milk
black que é ponto número um ninguém aqui
vai ficar milionário era uma coisa que
nós estávamos sempre a dizer e e em
segundo lugar é isto Só cresce a
estrutura
crescendo queros boas pessoas a
trabalhar connosco que é um pouco
assustador porque se tu falas com
qualquer tipo de empresário que eles
dizem é não não cries estruturas porque
as estruturas é um fardo ou seja quanto
mais pessoas tu tens sobre a tua alçada
pior pode ser a queda por isso cuidado
mas efetivamente uma agência de
comunicação se tu não alimentas com
pessoas a tua agência tu não tens
possibilidade de crescer porque só tens
mais clientes com uma boa capacidade de
resposta isso são através das pessoas e
acima de tudo é aí que tá
tá o custo o maior custo de cada projeto
que não é um custo é um investimento e é
um investimento que tem sido bem feito
desde o início porque eu acho que temos
tido mais uma vez sorte e e pessoas que
algumas têm crescido com a estrutura O
que é ótimo para nós porque dá um gosto
particular uma pessoa entrar como Júnior
dentro da Milk e depois vê-la a crescer
e a Florescer profissionalmente e nós
temos muitos casos destes dentro da da
empresa mas por outro lado tu sentires
que efetivamente os teus clientes
viram-se para ti e dizem foga não sei
quem ela é mesmo uma máquina é tip é um
ótimo cartão de visita Claro é
maravilhoso é maravilhoso tu a ouvires
isso mas a maior parte do nosso
investimento e a nossa maior preocupação
é sempre direcionada para a equipa que
temos e para as pessoas que temos a
trabalhar connosco de efetivamente
gostarem do que estão a fazer estarem a
ser remunerados de de forma justa para o
o aquilo que entregam à empresa mas
também para o caro que estão a ocupar eh
e depois há outra coisa nós temos dentro
da mil que é a questão do do constante
crescimento Ou seja todos os anos nós em
setembro Fazemos uma uma avaliação do
ano eh e raros raros foram os casos em
que nós não demos aumentos salariais à
equipa porque se se a equipa se entregar
a empresa cresce e o que tem estado a
acontecer é que a empresa tem crescido e
a equipa também a nível individual
também tem crescido eh Isso refere-se
quer dizer a nível de do espaço que
ocupam e caros que ocupam dentro da
estrutura quer a nível salarial como é
lógico e deixa só dizer mais uma coisa e
e acho também que é importante uma coisa
uma pessoa não se tornar gananciosa hum
eh Há um Budget para por por um projeto
e tu sabes quanto é que custa a tua a
tua empresa tes a equipa a trabalhar
isso é um custo e depois tens o resto do
dinheiro que é como tu
pensas na tua estratégia e naquilo que
tu vais aplicar e e e eu acho que em
Portugal existe muito um as pessoas de
vez em quando perdem a noção das coisas
que é
H não vais ganhar mais dinheiro aqui
neste projeto porque cá está isto
costuma-se dizer isto é uma guerra isto
não é uma batalha e tu há certas
batalhas tu podes não vencer da maneira
que tu queres mas mas tipo ou seja ser
inteligente na forma Como usas o
dinheiro e não sejas ganancioso e queras
que eras mais para ti simplesmente para
não e podes não entregar um trabalho tão
bom e eu acho que essa gestão também tem
que ser da parte dos líderes cá está e e
e e eu acho que isso nós na Milk and
Black sempre tivemos que é nunca tivemos
quando eu e a Diana começamos a Milk and
Black nós tivemos durante do anos sem
sacar salário eh porque tínhamos essa
capacidade ou seja e tivemos essa essa
vontade de criar uma empresa tivemos
essa loucura mas tínhamos os pés bem
assentes na terra que é pá eu por
enquanto não posso sacar salário daqui
se eu quiser manter isto nesta Vitória
não ir buscar determinadas pessoas para
a equipa ou seja o objetivo era esse era
termos pessoas qualificadas a trabalhar
connosco mas para isso implicava nós não
podermos tirar dinheiro durante 2 anos e
eu acho que há muito esse fascínio dos
empresários em Portugal do passado um
ano eu estou a ganhar dinheiro passado
se meses passado se meses já ouvimos
isso são malucos e depois há os que
conseguem e perdem um bocadinho a noção
E aí também é outro problema Ou seja eu
acho que acima de tudo tu tens que ter
mesmo os pés na terra e perceber que
isto é é um é um percurso uhum e e cada
cada BD que tu tens e cada projeto que
tu tens tu tens que abraçar aquilo com
uma paixão pá não podes ser todo
ganancioso e há mais um ponto que eu
acho que eu e o Diogo temos temos isso
os dois e por isso é que nós também
funcionamos também eu e o Diogo não
temos deslumbramento com dinheiro nunca
tivemos
nós temos não é deslumbramento temos
[ __ ] por coisas fixes por estar a fazer
coisas fixes ok nós não temos
deslumbramento com dinheiro eu acho que
a principal característica para uma
empresa não correr bem é quando as
pessoas estão à frente da empresa a
gerir o dinheiro tem deslumbramento com
dinheiro OK isso existe muito em
Portugal porque o dinheiro nunca é assim
tanto a não ser que estejas a falar num
unicórnio que tem investimentos de
fundos perdidos de de milhões que são
não são assim tantos casos em Portugal e
mesmo assim e mesmo assim contece o que
aconteceu e sabemos que agora
recentemente a questão da far fetes do
que aconteceu é que acima de tudo não
ter a pessoa que gera o dinheiro toma as
decisões financeiras das empresas não
podem ter deslumbramento com dinheiro e
eu acho que isso é o problema da maior
parte dos empresários em Portugal mal
têm um fundo vão comprar um Ferrari e um
Porche eu sou de Famalicão e vi isso
acontecer muito na minha terra com os
empresários Especialmente nos anos 90 eh
isso há há coisas que eu vi enquanto
crescia a acontecer na realidade onde eu
estava inserida dos empresários ali no
norte que s a coisa que eu acho que
passou para a empresa que nós temos hoje
em dia é nós nunca iremos ser assim nós
temos o mesmo carro desde o início quer
dizer o Diogo trocou porque o dele parou
de funcionar só para vocês receberem o
nível o dele apiou só por isso que ele
trocou nós não temos deslumbramento
nenhum associado a nível financeiro uhum
nós gostamos de ter uma vida tranquila
não somos gananciosos e acho que essa
cultura e essa forma de estar também
passa para a restante eh empresa e passa
também essa energia para os os clientes
é muito isso aliás um dia de estava a
comprar voz na TAP para Londres e o
Diogo fazis pela Tap eu vou pela rayaner
não estou a perceber porque é que vais
pela Tap isso É bu é caro portanto Isto
é a nossa linha de pensamento estás a
ver olhem
H Diana e Diogo eh nós vamos aqui já
Assumimos que que estamos a a regravar
esta esta entrevista muito obrigada para
já já para ficar registrado Já vos
agradecer diversas vezes obrigada por
por isso mas já sabíamos que ia ser uma
conversa inteligente portanto voltamos
outra vez e voltávamos novamente se
fosse preciso eu não vou tocar outra vez
nisso porque da última vez Assumimos que
ia ser e olha no que deu
H estamos a ter Duas conversas
inteligentes Afinal é bom H bom não no
último dia eu tinha tinha vos pedido
para trazerem umas cábulas que desta vez
me esqueci de de vos voltar a dizer para
mas contextualizando na primeira
temporada do manual de boas ideias nós
fomos recebendo
algum feedback
que que a mim particularmente me deixou
muito contente saber que H Malta que
houve este podcast e que isto serve
quase de ignição para trazerem projetos
à luz do dia e muitas das vezes as
perguntas que me chegavam Depois dessa
fase era por onde é que eu
começo por isso estamos aqui a abrir uma
rubrica
H na segunda temporada do manual de boas
ideias chamada Action Plan uhum com
sorte no dia em que este Episódio sair
eu já mudei o nome à rubrica mas para já
é isto eu
pergunto-me e respondeste super bem eh
Não então então vá
eh eu não eu não te vou dizer aquilo que
se voltasses atrás que fazia eu acho que
nós sinceramente e modéstia à parte
fizemo fizemos bem então eu voltava ao
início da Milk Black e como Nós criamos
a Milk and Black Então eu acho que ponto
número um tu para criaste seja o que for
um primeiro ponto tem que haver a
loucura mas havendo a loucura com os pés
bem assentes na terra volto a dizer eu e
a Diana durante dois anos não sacamos em
C da da empresa simplesmente para ter
uma estrutura de pessoas que se fosse
assim não só confiáveis mas bons
profissionais que nos ajudassem a pôr a
empresa no sítio onde ela está hoje em
dia ou seja essa loucura é importante
mas é uma loucura minimamente sábia que
é V lá não se atirem de um punhas que
sem uma cordaz inha presa pá porque a
corda pode dar o seu jeito em caso em
caso de queda
eh segunda
coisa para mim que eu não fazia ideia e
que foi a Diana que me ensinou a 100%
organização não há nada que tu faças a
nível de trabalho se não tiver uma boa
organização que vai triunfar a
organização eu hoje em dia atribuo mais
de 50% do Sucesso da 1k organização que
ela conseguiu pôr na empresa eu acho que
isso aí é fundamental e para uma pessoa
desorganizada se queres
começar um projet um trabalho pá eu acho
que é fundamental tu perceberes que se
não te organizares de alguma maneira vai
ser impossível tu
triunfar já não me lembro bem dos outros
terceira que eu vou dizer É as pessoas
os recursos humanos como é que tu vais
agarrar as pessoas certas vai muito
pelos teus Feelings e não te esqueças é
muito aquele ensinamento quase bíblico
tu não faças os outros aquilo que tu não
queres que façam out a ti mas é tipo
trata as pessoas como tu queres ser
tratado nós finalmente tivemos
experiências de vida eh eu eu eu não
posso eh apontar muito dedo mas a Diana
teve alguns episódios mais mais mais
mais pesados eu tive alguns também mas a
única coisa é a partir do momento que tu
te percebes o que é que tu queres e o
que é que tu não queres essa sabedoria é
importante tu trazeres para a tua
empresa e eu acho que nós conseguimos
fazer isso muito bem
eh emcima diso tudo di agora espírito de
sacrifício e business plan essas cenas
sim ou seja eu acho que é espírito de
sacrifício pensar que quando TS a montar
uma empresa tens de ser otimista mas
tens de pensar que Pode falhar Ok nunca
podes tirar isso da da tua balança que
Pode falhar e como é que tu vais lidar
com essa falha e com É é quase tal
questão da rejeição nós falamos da outra
vez que é prepara-te muito bem
mentalmente para seres rejeitado por
toda a gente eh olha para a construção
do negócio como eh cada vez que uma
pessoa te vai dizer sim tu tens de
festejar por todas as outras 50 vezes
disseram que não eh e se não tiveres
essa estrutura mental e essa força
mental e emocional eu acho que é muito
fácil as pessoas desistirem de montarem
negócios especialmente em Portugal h e
posto isto portanto lidar bem com a
rejeição eu acho que é muito importante
ter essa capacidade de sacrifício eu
acho que tá um bocadinho também
associada a esta esta questão da da
rejeição mas eh por outro lado também
diria aqui a questão do Ter sempre um
plano b um plano b eu acho que é
fundament Mental para tu não estares
desesperado a montar um negócio nós
conseguimos conciliar o trabalho que
tínhamos na altura com a construção eh
da Milk ao longo de do anos só o
terceiro ano é que nós efetivamente nos
começamos a dedicar muito mais à Milk
and Black Mas isso foi sempre um ponto
muito falado entre nós os dois que é nós
não vamos entrar no ponto desespero
estarmos dependentes diretamente disto o
que implica mais uma vez sacrifício
porque muitas vezes estávamos a gravar
durante o dia à noite e ao fim de semana
íamos trabalhar para desenvolvermos a
empresa isto acaba por ser tudo ponto
que eu acredito S serem fundamentais no
início da construção eh de uma de uma
empresa e não ter o tal deslumbramento
de começares a ver algum dinheiro a
entrar na conta e o tirares porque tu
vais ter de pagar impostos e há impostos
não fazes ideia que vais ter pagar tu
vais ter de pagar no ano a seguir do ano
anterior portanto ter muito respeito
pelo dinheiro eh porque tu nunca sabes
quando é que ele entra e quando é que
ele vai ter de sair eh E isto é muito o
problema em Portugal da questão de gão
financeira por causa de todos os
impostos Associados às empresas em
Portugal que se tu não tiveres um fundo
de maneio confortável é muito difícil
uma empresa em Portugal se safar H É
muito difícil
H garantir que és Flow é muito difícil é
muito difícil em Portugal porque tu tens
porque tu tens cobranças cobranças
difíceis e isso é Mata tens tens grandes
empresas em Portugal que pagam a 120
dias ex 122 Dias digam-me uma coisa eu
não acho que isto faça sentido e e não
vamos enumerar empresas mas eu acho que
a política Financeira em Portugal eu
compreendo que a questão dos impostos é
muito pesada e é e não faz sentido para
o tamanho do do país que nós temos mas a
cultura de pagamentos em Portugal tá nos
anos 80 isto está tudo errado
especialmente com a rapidez com o mundo
neste momento se move H há há uma
cultura de de pagamentos que não faz
muito sentido e nós sendo mais
comunicação estamos um bocadinho aqui no
meio muitas vezes entre o pagamento eh
do do fornecedor final que pode ser
influenciadores pode ser eh empresas de
eventos pode ser uma série de coisas
ativações e o cliente portanto nós
estamos aqui a gerir o Budget Estamos
aqui no meio o nosso lugar muitas vezes
é ingrato por por por causa dessa
cultura de porque eu não estou a dizer
que há falta de noção por is
simplesmente já é uma cultura existente
em Portugal dos prazos de pagamentos que
faz com que seja muito difícil as
empresas terem fundo maneio no entanto
isto sendo um dos pontos importantes
para nós os primeiros dois anos da mil
que o objetivo foi e efetivamente
construir um fundo de maneio Isso foi
uma das principais razões de nós não
tirarmos dinheiro nenhum porque eu não
conseguia viver numa ânsia para mim era
impensável montar um negócio numa ânsia
constante de eu não sei se no próximo
mês vou ter dinheiro para para pagar na
altura da pandemia houve um exercício
muito engraçado uma série de estudos que
saíram relativamente às empresas quanto
tempo é que elas durariam se tivessem
fechadas eh e na altura a média em
Portugal acho que era cerca de 2 meses
que as empresas aguentariam tendo em
conta o fundo manei que tem o nosso não
era esse o nosso era bem mais longo e eu
uso muito isto com o Diogo a dizer-lhe
que eh a cena deu ser paranoica com o
fundo maneio eh se calhar permitisse com
que a nossa empresa passasse pelo
processo de de uma pandemia e ter sido
lá ainda mais forte e acho que todas as
empresas que têm responsabilidade
financeira e não são deslumbradas com o
dinheiro que entram são essas que acabam
por prevalecer no final do
dia eu vou aproveitar para para
partilhar convosco e também com quem nos
estiver a ouvir
um pá um episódio que que tive aqui há
uns anos eu tenho empresa aberta já aqui
h alguns anos anos suficientes para já
ter experienciado vários anos diferentes
no que toca a impostos e cenas
e e nunca foi porque lá está não é o meu
full-time Job não é ali onde me dedicava
até Há uns meses a mais do que 60% Uhum
nunca foi uma intenção minha garan que
no ano seguinte havia sempre mais
rentabilidade do que no ano anterior Até
porque não tenho estrutura que necessite
disso
uhum problema é o problema aliás é
quando o ano seguinte não é assim
tão fixe diria
eh e nós só quando chegamos a Maio é que
estás a pagar os impostos an an é
percebemos que se calhar devia ter sido
um ano mais fixe do que aquilo que está
a ser uhum eh portanto para quem também
está a pensar agora abrir a empresa eh
lembrem-se que no ano seguinte há sempre
impostos a pagar Face ao que foi a
rentabilidade da furação do ano anterior
obrigatoriedade estás sempre a crescer
isso também é uma coisa muito
capitalista não é tal e qual tens que
estar sempre a subir eu senti que hh
para Já aquele foi o meu pior ano
mentalmente
exato porque
hum pá porque tivemos um ano muito bom
na codia na minha agência de web design
tivemos um ano muito bom mas no ano
seguinte eu fui o meu mindset era não eu
qualquer me dedicar a outra coisa
portanto nem sequer tenho esta
obrigatoriedade de ter que continuar a
saltar degraus Na na agência vou levar
as coisas com mais
calma talvez tenha que repensar este meu
mindset eh porque o sistema assim o
obriga sem Mas tu falaste nesse ponto
que é a parte mental as pessoas não têm
noção Muitas vezes os ceos os os donos
de empresas patrões seja o processo
mental que é tu teres um negócio em
Portugal uhum principalmente em Portugal
por causa da carga fiscal que tem e eu
acho que isto afeta mesmo a nível de
saúde mental muita gente que tá emfrente
às empresas uhum porque acho que é uma
irresponsabilidade é uma desumanização o
nível de impostos que tu tens no nosso
país e pensa noutra coisa que é tu tens
efetivamente em 2020 e 2021 foram dadas
uma série de de pences e aumentados os
os prazos de pagamentos no entanto em
2022 as empresas tiveram de pagar tudo o
que deixaram de 2020 e 2021 a nível da
dos prazos de pagamento que foram
aumentados os impostos 2022 foi um ano
desesperante para muitas empresas era
desse ano que eu falava exatamente tava
a porque eu sinto que esse ano foi o ano
por exemplo eu quando compreendi o nível
de pagamentos que iríamos ter Foi a que
eu comecei a exigir mais à equipa eh e
foi aí que Nós entramos se calhar noutro
noutro patamar na empresa foi aí que
atingimos os objetivos que efetivamente
nós tínhamos desde o plano negócios ou
seja Foi aí que nós atingimos o nível
que nós pretendíamos e que eu sinto que
começamos a tornar uma empresa mais a
sério
mas mas porquê a minha o meu corre a a
minha coisa de de est sempre a correr
atrás deve-se também muito a essa
cultura de impostos que tá em Portugal
que tu não podes parar Tu não podes
relaxar um um segundo um dia em que tu
relaxes é um dia em que tu podes estar a
prejudicar para daqui a 1 ano e meio e
isto é chocante eh principalmente este
processo da do pagamento dos impostos
que se deu 2021 2020 2021 em que houve
uma sobrecarga das empresas em 2022 e
depois de repente eles aumentam o
salário mínimo do nada porque tem de
fazer as pessoas felizes mas não não
ouvem as empresas e as PMs em Portugal
para compreender o processo de de de
quase de estarem de cordo a de cordo a a
pescoço das empresas a nível de
pagamentos como é que há aumentos do
salário mínimo num ano em que nós
estamos a ser quase violentados no
pagamento de impostos é tipo é surreal
há uma falta de consciência mas há uma
falta de não há uma falta de consciência
é uma falta de noção porque nunca
fizeram porque nunca fizeram porque
nunca fizeram e era brutal se em
Portugal efetivamente houvesse um grupo
um workshop para políticos não nem é um
workshop políticos é um grupo de pessoas
que têm PMs em Portugal que há muitas
com PMs M bem sucedidas e o Estado tem
acesso às I de todas as empresas em
Portugal porque é que eles não tomam a
iniciativa de convidar uma série de ceos
e de cfos de PMs patrões de empresas em
Portugal de PMs em que eles vêm os i e
dizem [ __ ] esta empresa tá ótima
deixa-me falar com este gajo para
perceber como é que ele trabalha porque
é que não há essa humildade e não há
esse grupo de trabalho que efetivamente
junta uma série de pessoas mas numa base
mais regular para ouvir aquilo que
efetivamente movimenta Portugal e que me
Portugal ouvir est as pessoas estão à
frente destas PMs perceber como é que
elas fazem para ultrapassar todos estes
problemas e de que forma é que nós
podíamos beneficiar um bocadinho mais
nem é beneficiar é só dar mais condições
à às empresas para efetivamente pagar
melhor ao às equipas que T tal igual e
para continuarem a crescer isto muitas
vezes só se olha para os números e não
se olha para a parte humana e é aí que
as pessoas quebram Porque as pessoas não
são de ferro e quem tá à frente de
negócios passa por processos mentais e
emocionais muito pesados principalmente
com este processo da pandemia sim e há
pessoas que vão estar a pagar durante
anos eh empréstimo imperam fazer durante
este processo sabes Não é esse
pensamento sequer Sabes o que é que o
que é que eu senti nesse ano eu senti
que estava constantemente a fazer um
empréstimo mas ao estado estava
constantemente a a emprestar dinheiro
que depois iria reaver no irc do ano
seguinte porque aquele ano não foi assim
tão fixe uhum eh e senti-me eh
literalmente a fazer um empréstimo ao
estado mas foi is Tu fizeste Pois foi
isso Tu fizeste fazemos com o Iva não é
e houve uma série de países a nível da
União Europeia que perdoar parte do
valor uhum falou-se durante muito tempo
que Portugal iria fazê-lo e Mas acabou
por não haver nenhum nenhum uma parte do
valor a ser
perdoado eu acho também há uma falta de
humanidade quem faz a a gestão
financeira durante este processo Porque
se havia uma bazuca que ia entrar isto
depois isto já entramos por um lado que
eu nunca mais me calo mas havia uma
bazuca que ia entrar essa Bazuca em vez
de estar a ir para Fundos perdidos de
empresas que pertencem ao estado devia
ter existido uma parte para perdoar
impostos de PMs que estão bem porque é
só eles olharem para os i e perceberem
estes estes estes rapazes aqui estas
raparigas pá vamos perdoar uma parte dos
impostos com a com a questão da da
bazuca é é muito simples Sim queria só H
contest fizar aqui uma uma cena porque
há pouco falavas da da questão de o
enfim quem quer que seja governo de não
de não falar
com com quem Ger PMs eh e eu queria só
contextualizar aqui uma cena para quem
estiver completamente fora da do que é
que é o mercado Empresarial e como é que
se gera ou o que é que está por trás da
gestão de uma empresa para que um
funcionário receba 1000 € líquidos na
conta o dinheiro que é preciso
movimentar seja saído da parte da
empresa seja desconto por parte do
Trabalhador eh são 1.700 € para que
caiam líquidos numa conta 1000 € há 1700
que são movimentados na nesse processo
todo Uhum E é muito difícil subir
salários Neste contexto claro que é e
sobretudo se tu tivesses repercussões
depois n nesse nesse pagamento mas é que
tu não sentes essa repercussão ou seja
mas cá está Estamos estamos a picar
muito na política Mas eu acredito
piamente que um estado tão tão carregado
eh quando tu quando quase 50% do teu
país trabalha para o estado tu tens aqui
uma máquina que não não é saudável que
tem de ser alimentada e tem que ser
alimentado exato e eles não percebem
simplesmente que não deveria ser assim
Isto devias ter muito mais empresas a
trabalhar porque cá está há uma
necessidade da empresa de safar e há uma
vontade enquanto que quando tu TS a
trabalhar num estado se por acaso a
coisa não correr bem há sempre uma
maneira daquilo se safar porque há Dev
dinheiro aqui que que táa este buraco
não existe essa urgência do do estarmos
bem financeiramente e eu acho que a
partir daí tens aqui um estado que que
se torna aquilo que que tem hoje em dia
em Portugal mas não vale a pena estarmos
a ir muito pela política pronto é o que
é mas como pessoa quando começa tem que
ter consciência dessas
responsabilidades porque senão essas
essas adversidades que porque o que
acontece é é claro que nós temos pagar
impostos Calma eu não sou aqui
extremista baixo não não nós estamos a
morar em Portugal nós existimos em
Portugal nós descontamos em Portugal nós
temos aqui um espaço e o nosso negócio
tenho S diado cá não se Gere cá neste
momento a melcan black já tem uma parte
da exportação muito grande mas é aqui a
nossa casa logo É lógico que eu tenho
que pagar impostos eu acho é que o
sistema de impostos em Portugal Tem que
ser revisto é só isso porque continuamos
com o sistema de impostos da altura da
outra senhora e já não faz sentido
nenhum da forma como o panorama
empresarial em Portugal funciona neste
momento termos o sistema de impostos que
temos atualmente se todos os outros
países estão a dar mais leveza ao seu
sistema de impostos porque é que
Portugal também não vai nessa tendência
E porque é que os outros países estão a
fazer isso que é para fazer a economia
crescer ISO não é difícil isto não é uma
fórmula que ninguém descobriu Exatamente
é só copiar o que os outros fazem não é
muito difícil no entanto quando se
começa uma empresa eu acho que tem de
haver Esse estudo e essa dedicação para
compreender esse lado de impostos que
vai existir associado à empresa porque
tu podes ter de fechar a tua empresa só
porque no mês tu não pagaste o Iva
porque o a multa do Iva se tu te atrasar
1 hora ou 5 minutos da meia-noite do dia
de pagamento é 30% do valor esta multa
não faz sentido nenhum a menos que tu
sejas uma empresa que deve biliões ai aí
não há multas aí não há multas Pois é á
pois mas mas pensem nisto se tu tens se
tu tens uma empresa que paga Diva vamos
dizer 10.000 € uhum se tu te atrasar no
pagamento do Iva porque te faltou entrar
dinheiro Tu vais ter uma multa de 3.000
€ associada a isto isto é pornográfico
na minha opinião este Esse sistema de
multas que existe porque muitas vezes as
empresas quando não pagam princialmente
quando estão no início é porque não t
esse Cash flow não têm esse dinheiro
para pagar porque os fornecedores ainda
não pagaram e há um sistema muito
simples em Portugal que é porque é que
se se o governo sabe quando o as faturas
foram pagas nós temos emitir recibos
quando eh a entrada de dinheiro nas
contas porque é que os governos não
declaram os ivas não consideram os
os reb em a Doo que um pagamento é feito
o estado consegue ter acesso ao valor
real de ia que uma empresa deve pagar
porque é que isso não tá não tá
instituido já a responsabilidade deixava
de ser sobre ti que vendes um serviço
mas sobre quem compra Exatamente é que
isto não faz sentido nenhum isto para
mim é base da construção financeiro e do
crescimento financeiro de um país que é
tu não podes estar a exigir um imposto
que ainda não foi cobrado que ainda não
entrou na emesa
e nós temos isto tudo errado e são
sistemas que são muito simples de
identificar se calhar implementar a
nível de informático vão dar trabalho
mas tem que se começar esse caminho para
isto ser resolvido sear vão ali existir
uns meses em que não há h o tal Cash
Flow de de Claro nos cofres do Estado
mas bora aproveitar este exedente
orçamental deste ano exatamente era tão
simples não mas é que eu acho são coisas
tão óbvias estás a perceber que é tu nem
precisas de ser um CEO de uma empresa de
milhões para identificar este ponto até
Malta que trabalha de de recibes verdes
identifica este ponto Em 2 segundos até
porque há muita gente a recibos verdes
que também apaga a 30 60 90 1220
Exatamente exatamente é uma cultura do
caraças
Ah bom Diana e Diogo para fecharmos eu
não sei eu não tenho ideia de vos ter
feito esta pergunta da outra vez sim eh
mas gostava muito de ouvir as vossas
histórias em relação a isto eu tenho um
livro de um autor lá em casa chamado
Daniel priestley
Ele é aquilo que hoje é Fancy chamar-se
ele é um serial
entrepreneur serial ele monta empresas e
vende e em série pronto faz isso uma
velocidade muito rápida eh e aqui
recentemente ele deu uma entrevista a um
outro podcast que eu também gosto muito
do Ali Abdal o Deep Dive Onde partilhou
esta ideia
ah em cima disto ele é consultor de
outros negócios e trabalha com uma série
de empreendedores e ele diz que a
maioria dos empreendedores com quem
trabalha 98% dos empreendedores com quem
trabalha hã alguns na vida entre os 10 e
os 13
anos sentiram Houve um momento qualquer
da vida houve um episódio qualquer da
Vida em que sentiram
que eu vou à minha cáa é melhor eh lá
está há um momento em que em que pensam
uau eu não sou mais apenas uma criança
qualquer há aqui qualquer coisa que eu
consigo fazer que me pode soltar das
amarras dos meus pais ser independente
entre os 10 e os 13 anos por mais
simples e rebuscado que isto possa ser
Ok e lá está 98% dos empreendedores que
trabalham com ele trabalham de uma forma
ou de outra para voltar a esse Estado é
esse essa sensação que tiveram entre os
10 e os 13 anos isto materializa-se Num
Episódio para cada pessoa e eu sinto
numa demanda para ver se isto é verdade
tem algum episódio consigam identificar
entre os vossos 10 e 13 anos que vos
tenha marcado a ponto de hoje serem os
empreendedores que são take your time e
que lindo não é que eu tenho
claramente eu eu tenho claramente
Bora Imagina eu eu a minha a minha única
questão é é só a questão do da linha de
pensamento que é eu desde os 9 anos eh e
e os meus pais falam disto que é e o meu
irmão eu desde os 9 anos sempre tive
essa necessidade de inde dependência
muito grande
h e nunca senti que os meus pais me me
prendessem Ok sempre foi me dando aos
bocados essa essa liberdade com
responsabilidade porque sempre me
disseram que se fizeres alguma coisa de
má vai ser para ti at ter cons coisas é
na tua vida Portanto acho muito
engraçado esse exercício porque foi
nessa idade que eu comecei a chatear os
meus pais para a questão de eu ir
estudar para Londres ok foi exatamente
Nessa altura hah
que H chamar School em em Londres e eu
na foi nessa altura que eu descobri que
isso isso existia e comecei a persuadir
com muita argumentação e sendo muito
chata porque sempre que eu quero alguma
coisa os meus pais precisamente a ir
para Londres para essas chamas de SCS
eventualmente consegui fiz com que o meu
pai os meus pais assinassem um documento
sem eles saberem O que é que estavam a
assinar porque aquil estava em inglês a
dizer que me autorizavam ir para uma
residência Universitária isso podia ter
corrido muito mal não mas correu
otimamente bem eu acho que foi essa a
parte que foi boa porque se eu não fui
para uma família de acolhimento nem fui
para a escola eu fui para uma residência
Universitária sendo menor de idade com
autorização eh legal dos meus pais sendo
que eles não sabiam O que é que estavam
a assinar e eu na altura consegui que
isto acontecesse e eu acho que todo esse
processo de chegar a um sítio não
conhecer ninguém estar numa residência
universitária em Londres não esqueç que
eu sou de Famalicão portanto uma
Terrinha pequena estar em Londres numa
residência Universitária sozinha sem
conhecer ninguém a tentar me desenas e a
tentar descobrir o mundo que Londres é
um mundo ok e continua a dier hoje em
dia mesmo quando vou lá hoje em dia
sinto uma overw h eu acho que foi
determinante para eu perceber que
consigo fazer as coisas que consigo ter
esse detachment também e e consigo ter
essa Independência e o correr atrás e
conseguir fazer algo por mim portanto
para mim isso é muito claro é muito
engraçado este exercício que eu nunca
tinha pensado nisso para mim é muito
claro o momento em que eu comecei a
sentir isso foi aí
eh voue ser o mais sincero possível não
acho que não tenho nenhum episódio mas
vou tentar fazer tentar dizer aquilo que
eu acho
pronto sociologicamente e
psicologicamente e há psicólogos que
estudam isto e quando tu chegas à idade
dos 40 daí para a frente tu atinges o
teu Prime
de de autoconhecimento então é onde as
pessoas se sentem mais plenas de daquilo
que são e confiantes das pessoas que se
tornaram E por aí
fora ou seja eu sempre fui uma pessoa
extremamente insegura em tudo e e eu
acho que atingi neste momento a minha
autoconfiança máxima no sentido em que
eu mesmo que não saiba eu vou tentar
aprender e vou fazer e mesmo que erre eu
vou tentar novamente fazer até conseguir
fazer e eu acho que isso Demorou este
tempo todo até chegar a esta idade para
o poder fazer
eh eu acho que isto depende também da
confiança das pessoas nunca por ser
nunca eu aos 12 13 anos tive tinha esta
confiança que a Diana tem mas cá está
isto reflete-se na forma de ser da Diana
e na forma com ela com 30 30as e poucos
anos ser monstro que é na forma de fazer
negócio e isso tudo isso reflete-se
porque ela sempre foi uma pessoa
confiante e a confiança é uma coisa que
qualquer pessoa que queira fazer seja o
que for na vida se tiver essa confiança
Eu acho que vai ser 10 vezes mais fácil
tu podes não ter escutado nada podes ter
não feito nada mas tu demonstras uma
confiança tu tu tu tu tu tu vais chegar
longe basta verem um documentário que tá
na Netflix que é o pequeno Nicolás em
Espanha que é um documentário
inacreditável vale muito a pena ver mas
pronto pegando em mim eu por volta dos
13 14 anos cá está tive a minha primeira
experiência com música sempre quis
sempre tive uma paixão por música e e
pela primeira vez juntei um grupo de
pessoas e criei e criei ali uma banda e
fomos tocar pela primeira vez ao vivo
para uma pessoa extremamente insegura tu
subires em cima de um Palco eh e e e e
não demonstrar a tua insegurança que é
impossível se tu fores a ver os vídeos
dessa dessa atuação tu sentes uma pessoa
completamente acabada tem vídeos
maravilhosos mas no entanto Tive que me
automotivar e é uma coisa que que ainda
hoje em dia eu eu faço sempre que eu
tenho a confiança em baixo ou eu tenho
medo que alguma coisa não acredite e eu
tenho formas e tenho mecanismos de me
autoconf de de me dar a autoconfiança
necessária para o tentar fazer e eu acho
que isso aí talvez tenha sido aquele
momento em que eu consegui motivar o
suficiente para subir para cima de um
palco e para dar no meu primeiro
concerto vá digamos assim ou seja não
foi uma não foi desamarrar do meus pais
e agora não preciso de vocês porque eu
agora tenho mas foi mais do eu se me
empoderar a mim mesmo das coisas eu
consigo lá chegar e pronto foi n sentido
muito fixe muito
fixe última pergunta eu tenho que ler
esse livro porque agora fiquei curiosa
com c pá ele tem alguns livros
publicados Isto foi uma coisa que ele
disse numa numa entrevista H pá porque é
converso assim caminhou para aí mas este
é o trabalho dele enquanto consultor de
negócios com outros empreendedores sim
ele vai a cada um perguntar Ou seja
volta à taca zero o que é que aconteceu
entre os 10 e os 13 pois giro e a partir
daí começam a trabalhar panto eu ainda
não li nada dele em que isto viesse
escrito mas eu disse isso numa numa
entrevista agora última pergunta do
manual de boas ideias
H acreditando que quem vier a seguir vai
fazer um ótimo trabalho de de Campo
vocês também tão fartos a dar
entrevistas que eu agora Estou farto de
ver entrevistas vossas por todo o lado
isso é óo não temos duas mas apareceram
muitas vezes e renderam muitos cortes
renderam muitos cortes parecem muitas
duas só mas mas acreditando que quem
vier a seguir vai fazer um ótimo
trabalho de campo e vai ouvir este
episódio até ao fim qual é que é a
pergunta
que que vocês querem não é que querem é
que que se alguém vos fizesse iria
revelar uma parte vossa que o mundo
ainda não conhece e vocês gostavam que
conhecesse isto Nós já tínhamos falado
outra vez a análise que a a a
retrospectiva A análise que isto que
isto implicou foi muito engraçado da
outra vez mas eu vou responder a mesma
coisa porque efetivamente eu nunca tinha
chegado àquele ponto até tu tas colocado
essa pergunta daí isto ser uma conversa
inteligente que ele tá noos a fazer
pensar em coisas que nós não tínhamos
pensado não mas e efetivamente ou seja
nós hoje não falamos da questão do Da Da
minha parte académica da da minha
construção académica ou seja de tudo o
que eu fiz por exemplo em Coimbra como
dirigente associativo que eu fui a
primeira mulher a exercer vários cargos
em Coimbra no no ambiente associativo
que é que puramente machista e continua
ainda hoje em dia a ser ali Assembleia
da República neste momento é Reflexo eh
de efetivamente de uma política misógina
e machista que nós vivemos em Portugal
cada vez menos mulheres eh a serem a
terem cargos e isto também acontece no
ambiente Universitário e Coimbra é o
ambiente Universitário por Excelência da
construção de políticas políticos em
Portugal e eu acabei por conseguir H
construir um caminho diferente lá e e
conseguir Contrariar essa tendência
machista da estrutura Universitária e E
assumir cargos de liderança dentro da
associação académica de Coimbra e da
Universidade de Coimbra também eh sendo
a primeira mulher a exercê-los na na
história da da academia de Coimbra eh
mas há aquilo que eu tinha colocado era
a pergunta que nunca me fizeram foi o
que é que perdeste para conseguir isso
porque perde-se muito principalmente
quando tu és a primeira pessoa a querer
quebrar uma barreira ou a querer quebrar
uma tendência ou um pensamento cultural
eh que já tá pré-definido a priori e
estamos a falar de uma instituição com
123 anos que eu fui a primeira mulher a
conseguir eh efetivamente ter cargos de
liderança naquele espaço
hh foi um processo complicado foi um
processo complicado foi um processo
extenuante emocionalmente e e
pessoalmente e há muita coisa que tu
perdes pelo caminho para chegares até
esse ponto e prevalecer essa tua vontade
e conseguires atingir esse teu objetivo
há muita coisa que acabas por perder
pelo caminho e nunca me perguntaram o
que é que eu perdi ao longo desse
processo eu eh estava-me a tentar
relembrar do que é que eu tinha
dito e e e tava difícil mas eu acho que
eu que eu já me lembrei que era uma era
uma pergunta que eu próprio não sei
responder mas que é uma pergunta que eu
me pergunto muitas vezes que é vivemos
numa era que há estado muita informação
muito muito muitos conteúdos muito tudo
e as pessoas têm uma necessidade de
verbalizar tudo e e e de pôr as opiniões
cá para fora e eu acho que não querendo
ofender ninguém nem nem querendo entrar
certos pontos mais polémicos eu eu
simplesmente acho que todos nós temos a
nossa opinião e todos nós temos que
exprimir a nossa
opinião no entanto muitas vezes nós
podemos simplesmente guardar a nossa
opinião para nós próprios porque hoje em
dia há expertos em em todas as matérias
e toda a gente sabe sobre tudo e as
pessoas começam simplesmente a opinar
sobre assuntos provavelmente não não é
até podem ser doutorados até podem ser
tudo mas nem sempre a tua opinião tem
que ser exposta então eu eu acho
simplesmente e não querendo calar
pessoas mas eu acho que era era
fundamental que as pessoas se
percebessem que o silêncio também valoro
muitas vezes e que muitas vezes a parte
de de de tu não verbalizar tudo aquilo
que tu pensas é importante e eu eu acho
que tenho um bocadinho isso em mim que é
eu falo quando eu tenho uma certeza
intrínseca naquilo que eu estou a dizer
e e e e gostava que houvesse um
bocadinho mais isso do outro lado então
e a minha pergunta seria de que forma é
que tu achas que este conseguiríamos
silenciar um bocadinho este ruído todo
que existe porque há muito heit há muito
há muita coisa criada à volta disto tudo
porque cá está através de uma opinião H
alguém que te vai discordar e isso vai
gerar Tod desse jeito então eu por mim
era de que forma é como conseguiríamos
não calando as pessoas porque não é isso
eh tentar controlar um bocadinho este
ruído todo que tá Tá a ser feito no
mundo hoje em dia com toda a gente
constantemente a
falar muito obrigada por terem vindo ao
manual de boas ideias obrig obrigada a
nós duas vezes obrigado obrigado
obrigado