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e começa agora o gabinete de guerra da
Rádio observador à segunda-feira sempre
com a análise do Historiador
investigador Bruno Card Reis Olá Bruno
Bom dia bem-vindo olá bom dia obrigado
Bruno o porta-voz do kremlin diz que o
destino de zelenski está celado e
vaticina que haverá pessoas na Ucrânia e
que vão questionar a sua legitimidade
como é que devemos interpretar estas
palavras de Dimitri
bem é confirmação de que toda esta
discussão no fundo aqui na na Europa de
que eh porque é que não se faz um acordo
de paz com a Rússia a Rússia só quer Uns
poucos territórios e que até tem pessoas
que será querem ser russas etc no fundo
ignora aquilo que tem sido Claro desde o
início que é o objetivo da Rússia É
realmente derrubar o regime
democraticamente eleito em Kev é acabar
com a com uma democracia pluralista na
na na Ucrânia que é que o regime vê como
uma ameaça ao seu próprio regime porque
no fundo mostra que numa região muito
importante da antiga União Soviética com
grandes proximidades culturais
históricas com a Rússia é possível
realmente haver eleições onde o governo
de vez em quando muda e a oposição de
vez em quando ganha portanto Esse é que
é um dos objetivos centrais da da
campanha H entretanto e depois da
Detenção do vice-ministro timur ivanov o
ministro da Defesa russa corre o risco
de ser também dispensado por Vladimir
Putin eh Bruno de que forma é que a
continuidade de serga chigu à frente do
Ministério da Defesa e uma possível
remodelação do governo podem interferir
na guerra com a Ucrânia bem eu diria que
eh a acontecer é porque Putin acha que
não vai interferir é até Provavelmente
porque acha que a guerra está a correr
relativamente bem não é portanto não
pode ser interpretado como um sinal de
fraqueza não é mas de força
eh realmente é um pouco estranha a ser
agora porque estas alegações são são eh
conhecidas há muito tempo era uma das
grandes acusações aliás de perigos ex
prio também tinha feito toda a sua
carreira com base na corrupção no fundo
eh à partida daquilo de acordo com
aquilo que nós percebemos do
funcionamento do sistema Russo e são
acusações que podem ser feitos eh podem
ser feitas contra qualquer dos dos
líderes dos responsáveis dos ministros
do atual regime inclusive contra o
próprio Putin eh portanto não será em si
mesmo a questão da corrupção que será
aqui o o problema portanto eu diria que
pode ser uma tentativa de eh recuperar
reconquistar apoio a nível interno e
pode ser realmente também aqui uma forma
de começar a preparar o afastamento de
shoigu ou e eventualmente de mostrar que
ele só se mantém digamos por obra e
graça de de Putin Ou seja no fundo
colocá-lo ainda mais na dependência de
Putin enfraquecer ainda mais a a sua
posição mas mas portanto penso que pode
ser as duas coisas é estranho que
realmente H ele tenha sido este vimix
tenha sido tido logo a seguir a uma
reunião com shoigu portanto isso eh no
fundo seria sempre uma visto é visto
como uma forma digamos de comprometer
shoigu não é e portanto isso pode
indicar que realmente se está a preparar
aqui a sua substituição eh mas do meu
ponto de vista Putin tem sempre gerid
isto com muito cuidado porque realmente
também não quer um ministro da Defesa
muito forte não é e portanto lá está
paradoxalmente até pode ser porque ele
agora está a ter alguns sucessos e no
terreno que Putin vai ser vai vai
substituí-lo colocar outra pessoa
digamos mais verde mais dependente ele e
que seja menos uma uma ameaça Joseph
Borel diz que os 27 vão apoiar a Ucrânia
até que Putin decida parar a guerra o
que admitiu não acontecerá em breve
Bruno Cardoso Reis os países da União
Europeia têm condições para este apoio
Sem Fim à vista ter condições T eh
Portanto o apoio à Ucrânia é um bom
investimento do ponto de vista
estratégico eh será muito melhor para a
união europeia do correr o risco de ter
membros da própria União Europeia como
os países bálticos por exemplo sujeitos
a ataques Russos eh se a Rússia
conseguir vencer na Ucrânia certamente
vai se sentir moralizada por outras
ações agressivas eu diria sear
provavelmente não logo contra países
membros da União Europeia e sobretudo
países membros da Nato eh se a Nato
mantiver a sua Coesão e a sua
credibilidade mas temos eleições em
novembro 2024 nos Estados Unidos que
podem afetar isso mas portanto eh acho
que faz todo sentido acho que pode não
tem sido essa a prioridade e embora eu
perceba que é difícil a um países que
não estão em guerra eh no fundo entrar
numa uma economia de guerra que tem
muitos custos Basta ver por exemplo o
nível de inflação na Rússia o nível das
taxas de juro na na Rússia eh mas eh mas
acho que se podia ter feito mais mais
depressa eh e tem de se fazer mais mais
depressa eh em termos sobretudo da
indústria defesa para para dar
credibilidade também a essa a essa
promessa eh sendo que aqui o grande
problema é que por muito mais que a
Europa possa e Deva fazer eh
independentemente dos Estados Unidos a
verdade é que é difícil contornar esta a
questão que é o apoio decisivo vem
realmente dos Estados Unidos Claro e
sobretudo em termos militares uhum
passamos para para o médio Oriente Bruno
o amas diz que o grupo islâmico não vê
problemas de maiores a proposta para
cessar fogo e libertação de refais feita
por Israel fala mesmo em atmosfera
positiva A não ser que haja novos
obstáculos israelitas Bruna acreditas
que desta vez estejamos mesmo Perto de
um acordo bem Israel e aceitou mudar
mais uma vez a sua posição portanto ao
contrário do mais tem sido aqui de uma
enorme rigidez portanto demonstrando que
realmente não tem como prioridade o fim
do conflito ou ou a questão da Ajuda à
população civil mas a sua sobrevivência
portanto Israel terá sinalizado que
podia pensar-se aqui numa num
estabilização da situação depois das
libertação de reféns eh para mim
parece-me haver aqui apesar de tudo uma
linha vermelha que acho que é decisiva
nessa questão que é o hamas quer as
tropas israelitas fora de Gaza como
parte do acordo portanto no fundo quer
uma quase uma uma espécie de confissão
de derrota e quer manter-se no controle
do território em termos militares e e e
isso parece ser uma linha vermelha para
muita gente em Israel e não apenas para
digamos paraa mais mais extremista ainda
há esse outro obstáculo que é esta aa
mais extremista que não admite nada
disto e que exige um ataque a Rafa não é
Portanto o Ministro das Finanças eh
smotrich que é parte desta aa mais
radical ameaçou der roubar o governo e e
realmente em termos da digamos das
contas parlamentares digamos do bloco da
Coligação que apoia ao governo isso não
é uma ameaça completamente V vamos ver
se se concretiza isso tendo em conta
também que há uma grande pressão eh na
opinião pública Israelita para a
liberação dos reféns e a nível
internacional de Aliados próximos de
Israel para que realmente se Chegue aqui
a um acordo nomeadamente Por parte dos
Estados Unidos para permitir eh
nomeadamente o mais apoio humanitário à
população Civil de Gaza já que falas nos
Estados Unidos Anthony blinken começa
hoje uma visita de dois dias à Arábia
Saudita depois viaja para Israel e
Jordânia eh Bruno Cardoso re já perdemos
a conta oo número de visitas do
secretário de estado norte-americano O
que é que podemos esperar desta vez H
quem falem muitas promessas mas nenhuma
com efeito no médio Oriente mas também
não podemos esquecer que não depende da
posição nem da vontade dos Estados
Unidos sim e e portanto aqui a função de
blinken é muito Ministro estrangeiros é
muito esta não é ir transmitindo
diretamente aos responsáveis na região
aquilo que são as preocupações
israelitas procurando também recolher
informação por ter aqui alguma ideia
mais clara de quais são as intenções
para onde é que a situação está a
evoluir porque realmente evolui também
muito rapidamente portanto eu não acho
todo que as visitas tenham sido in
agora como dizas muito bem quer dizer
nós temos é de pôr de lado esta visão
muito simplista e da política
internacional que é muito popular nas
redes sociais mas que não corresponde
todo àquilo que nós percebemos da da
história e da atualidade que é esta
ideia que simplesmente por uma grande
potência disz para fazer Isto ou Aquilo
isso acontece ora a história tá cheia de
exemplos inclusive recentes basta pensar
a invasão russa da Ucrânia não correu
bem De acordo com o plano da Rússia
mesmo que a Rússia agora esteja a fazer
alguns ganhos é evidente que Putin a
chog aquilo acabava em poucas semanas e
não acabou apesar da enorme assimetria
de poder basta pensar nos Estados Unidos
Por exemplo na no Afeganistão e e a
relação entre grandes potências e
aliados muitas vezes não é fácil os
Estados Unidos não querem simplesmente
abandonar Israel acham que isso é muito
perigoso para até para toda a região e e
portanto isso limita aquilo que eles
podem ameaçar fazer em relação à
cooperação com Israel e Israel tem os
seus próprios objetivos tem a sua
própria política também interna eh e
portanto isso limita aquilo que
sobretudo num conflito que que os
aliados que os beligerantes que os
países que estão al realmente no terreno
vem como Vital para a sua sobrevivência
isso limita muito o impacto da ação de
uma grande potência mas os Estados
Unidos realmente têm tido aqui um papel
do meu ponto de vista muito positivo
Mantendo as ponte ent entre os países
árabes moderados e Israel evitando uma
escalada Regional descontrolada Por
Exemplo foi crucial na questão da gestão
de toda esta crise recente entre o irão
e Israel e também para aumentar a ajuda
humanitária a a Gaza que claramente não
é uma prioridade para o atual ao governo
Israelita mas é mas tem sido muitas
vezes muito pressionado muito forçado a
isso também pela pressão americana para
mostrar alguma coisa aos Aliados
americanos Bruno cardos re muito
obrigada pela tua análise um bom dia
Bruno obrigado bom dia obrigada foi mais
um gabinete de guerra da Rádio
observador que também pode ouvir Nas
várias plataformas de Podcast
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