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vários campeonatos a decorrer sueca no Parlamento com duplas mais ou menos improváveis póquer entre os novos e os antigos inclines de São Bento quem estará a fazer Bluff sobre as contas públicas e batalha naval estão eh entre os alvos a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a direção executiva do serviço Nacional de saúde aqui o nosso campeonato também mete cartas mas todas elas fora do baralho convencional e já percebeu que a jogada da semana promete hoje com os nossos e três dos nossos quatro Ases a Susana paralta o Jorge Fernandes e o João Marques de Almeida O Luís aguer conraria está de volta para a semana esta reta final da semana fica marcada por 50 personalidades a exigir uma reforma contra as falhas da justiça e vamos começar por aqui e pela parte dos naipes pela Divisão das cartas o baralho não tem 50 cartas como essas 50 personalidades Mas tem uma de espadas para este Manifesto Jorge Fernandes é a tua carta espadas pelo conteúdo pela pertinência por quem assina porquê Olá Vanessa é um bocadinho por tudo e em primeiro lugar eu acho que há aqui na minha opinião uma estranheza por este grupo de pessoas e a estranheza vem do facto vem de uma coisa simples e evidente Estas pessoas constituem aquilo que poderíamos chamar vulgarmente o sistema São pessoas que há décadas têm estão no pinaco do poder político mediático académico enfim e sentiram agora a necessidade de fazer um Manifesto destes muitos deles estiveram já no passado em posições políticas nomeadamente através dos quais teriam tido a possibilidade de influenciar e promover uma reforma da Justiça aparentemente quando estiveram na no poder digamos assim preferiram não fazer rigorosamente nada como de resto já já fiz essa crítica aqui a António Costa há umas semanas porque António Costa nos últimos anos preferiu não fazer rigorosamente nada e muitas dessas personalidades enfim preferiram ao longo ao longo das décadas nada fazer e agora aparecem aqui quais virgens ofendidas a falar da necessidade de uma reforma do sistema judicial enfim portanto Essa é a minha primeira estranheza em segundo lugar o timing Claro bem sabemos nós sabemos todos que António Costa do qual de resto muitos dos signatários desta carta Estão próximos está numa corrida contra o tempo para conseguir uma um visto bom em Portugal uma decisão judicial para que para conseguir a sua a sua ambicionada carreira Internacional na Europa e este Manifesto parece ter uma preocupação Central em mente que é fazer uma pressão política e mediática claríssimo até pelos motivos que já vou falar a seguir para que seja tomada uma decisão o mais depressa possível eh e por última substância tu ver o manifesto e o Manifesto não diz absolutamente nada Isto é qual é a proposta que o Manifesto faz que modelo de justiça é que querem Estas pessoas todos os os os pontos que Manifesto elenca são são os chamado Óbvio o lulando sobre o qual penso todas as pessoas Democratas e que que estão no fundo de acordo com o estado de direito concordariam dizem reduzir a morosidade melhorar o acesso à justiça garantir a separação entre poder político e justiça garantir que o ministério público é independente penso que ninguém é contra isto eu sou completamente a favor portanto tudo somado temos um Manifesto feito por pessoas que quando tiveram a oportunidade de mudar ou de reformar alguma coisa Nada fizeram ou nada Ou pelo menos nada alertaram no mínimo fe Rodrigues Por Exemplo foi presidente da Assembleia da República nunca ouvia fazer um discurso com enfim a falar da necessidade da reforma da Justiça desta maneira h e portanto O Manifesto não aponta quaisquer medidas concretas tem um conjunto vago de coisas com os quais eu de resto concordo perfeitamente são asas coisas normais da Justiça mas há algumas medidas mais concretas Jorge reconduzir o Ministério Público ao modelo constitucional do funcionamento hierárquico o envio de relatórios para serem apresent apreciados nas comissões parlamentares embora já hajam o ev o relatório anual mas repara Vanessa dizer que o ministério público saiu desse modelo hierárquico pressuponho então que o ministério público está numa campanha de Law Fair uma coisa típica da América Latina e que está numa campanha política quer dizer isso isso aí passarmos para uma avaliação enfim aí eu já discordo mas eu eu como não acho que o ministério público esteja a fazer qualquer campanha política Eu presumo que as pessoas que se assinam este Manifesto achem isso porque o Ministério Público enfim fez um raide ao partido socialista e encontrou coisas que não devia ter encontrado enfim aliás há várias pessoas de resto que defendem esta tese que o ministério público está numa numa vela numa numa cabala contra contra contra contra o partido socialista de resto nem sei porque é que não convidaram José Sócrates por exemplo tenho a certeza que ele assinaria por baixo este manifesto e portanto eh eu eu eu eu este Manifesto é uma mão cheia de nada porque não quer dizer eu gostava de saber quais as medidas concretas Por exemplo essa medida que falaste anessa reconduzir o Ministério Público a sua independência Como é que vão fazer tenham a coragem e assumam Preto no Branco dizer queremos o Ministério Público sob a tutela do Ministro da Justiça uma reforma com o Rui Rio por exemplo aceitaria E aí depois aí poderíamos discutir por exemplo a separação de poderes mas quer dizer mas o Manifesto não diz nada portanto a minha única a conclusão que eu posso serrar disto tudo é que o Manifesto não é mais do que um mecanismo de pressão para o caso António Costa e essa quer dizer é é a leitura evidente que o que que que se pode fazero tudo hum eh eh João Marques de Almeida queres assistir o Jorge quero quero assistir o Jorge eh concordo quas com quase tudo que ele disse eu acho que estes manifestos são sempre um sinal de primeiro de impotência eh escreve manifestos quem já não tem poder para fazer alguma coisa e um segundo no caso de pessoas que exerceram cargos políticos um sinal de incompetência tem sempre ótimas ideias depois de ter exercido os cargos públicos quando os ex temos dois ex-presidentes da Assembleia da República um ex-líder do PSD exatamente quer dizer e depois também há aqui outra coisa que fica sempre esta esta ideia que eh que a classe política a maior parte deles são antigos políticos que a classe política se incomoda com o estado da Justiça quando começa a haver muitos processos a envolver políticos eh e isto começou mais ou menos quando começaram as investigações com com o caso de José Sócrates até aí era era raro eram casos excecionais os casos que envolviam políticos a partir de di a Sócrates multiplicaram-se imenso e obviamente que já havia problemas na justiça antes eh mas a classe política tá incomodada quando quando isto chega toca neles e depois há há aqui outra questão que também me parece importante e aqui é o único ponto que eu que eu quer dizer em relação se H uma tomada de posição se H uma forma de prão para ajudar António Costa não não consigo ser tão categórico Como como o Jorge quer dizer eu acho que há motiv motivações diferentes nas pessoas que assinaram aquele manifesto e há muita gente que assinou o manifesto que não tá a pensar sequer na na Ida de António Costa para Bruxelas aí não sei não não consigo não não não não concordo nem discordo do jorges deve haver motivações diferentes mas há aqui outro ponto que me parece também importante é que a classe política ou ou os próprios partidos políticos eu não sei se hoje em dia os partidos políticos ainda têm força para fazer reformas na justiça e e até legitimidade porque será sempre visto por uma grande parte da população ação com uma interferência política na justiça para acabar com investigações em relações a em relação a políticos há aqui uma espécie de um sentimento de culpa dos partidos políticos que sentem que devem ter cometido erros vários tipos de erros políticos e sentem que já não têm legitimidade nem poder para reformar a sério a justiça e isso pode ser uma coisa muito complicada porque ninguém quer também o Ministério Público assolta completamente em liberdade a fazer o que quer não é Mas eu sinto que estes manifestos são sinal de uma grande impotência do poder político que que sente que já não é capaz de reformar a justiça e e quantas vezes o que o que se houve mais é discurso e intenções para reformar a justiça e a verdade é que nada tem sido feito e o último ponto é em vez de coisas muito genéricas e abstratas e a separação de poderes não faz qualquer é o óbvio que toda a gente concorda com a separação de poderes porque não propostas concretas e uma e um problema concreto que me parece que a justiça até em Portugal e e e na generalidade não só em casos que envolvem políticos é que é muito lenta porque não tentar fazer propostas sérias ex cuí que tornem a justiça mais rápida porque isso é fundamental em muitos em muito até para os portugueses comuns quer dizer não se pode estar com casos de Justiça com investigações nem tribunais que que demoram décadas essa essa é uma reforma específica e que fazia muito bem ao país e a toda a gente não apenas à classe política João ó ó João João Tu eras ótimo para assinar aquele Manifesto porque no fundo Também estás a enunciar um conjunto de princípios Nos quais toda a gente se revê não não mas eu não assava nenhum Manifesto eu não quero não são estas pessoas que acam manifestas que vão fazer isso Isto é um apelo ao poder político é quem tem poder para o fazer e aí está é uma proposta muito concreta é uma reforma muito concreta tornar a justiça mais rápida 51 signatários digo eu 5 desculpa lá por amor de Deus eu era incapaz eu acho que nunca nunca assinei nenhum baixo assinado não era incapaz de assinar um baixo assinado sobre a justiça e mais era incapaz de assinar um baixo assinado com a maioria das pessoas que estão ali a assinar aquele Jorge só Rapid assinatura não estaria ali ao lado de muitas daquelas assinaturas garante AES de partimos para a próxima carta só rapidamente Jorge e e tendo em conta que falaste em António Costa reapareceu hoje depois de ter deixado o cargo do primeiro-ministro deu a primeira entrevista no programa da Cristina e respondeu a Marcel Rebel de Sousa sobre e o facto de o Presidente da República ter dito que o ex-primeiro-ministro era lento por ser oriental e a resposta foi esta Talvez seja uma autocrítica por muitas vezes haver menos ponderação do Presidente da República era a resposta que se impunha era eu achei a resposta de António Costa elegante por um lado e achei a resposta foi touchê como se costuma dizer e portanto a achei a resposta que se impunha portanto foi foi foi eu não vi não vi a participação da António coa na Cristina mas acho que acho que esteve muito bem claramente e provavelmente até já tinha essa preparada digamos assim se não viste como é que achas que esteve muito bem não eu estava aqui a citar aessa citou a resposta dele e portanto ah nessa resposta não no sim o resto o resta não pronunci o tens o fim de semana todo para ver Jorge agora vamos à próxima Goa ainda vai à Cristina achava que isso era só para ele queria ser primeiro-ministro será que vem a Cristina em Bruxelas fica no ar eh eh eh a próxima carta é de paus Susana peralta para ideia lançada pelo ministro da Defesa eh que respondeu a um Universitário e numa conversa que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem institucionalizados e nomel acrescentou mesmo que na maior parte dos casos essas instituições só funcionam como uma escola de crime para a vida e estou estou a citar e é uma carta de paus exato estas afirmações esta sugestão de nun Melo tem eh vários problemas Portanto o primeiro problema é uma Tem havido um debate informado interessante com várias pessoas qualificadas a participar nele a falar da da da necessidade de recrutar mais pessoas para as forças armadas devemos ou não devemos recrutar estrangeiros como é que se atraem e pessoas até houve um debate acerca do do serviço militar obrigatório com a grande maioria eu diria das pessoas que conhecem digamos as abordagens modernas ou problema das Forças Armadas a manifestar-se contra e mas que é um debate que faz o seu sentido não é mas de facto nós temos um novo ministro da Defesa recentemente empossado que no âmbito de um debate deste que me parece a mim que tem sido elevado interessante e informado no contexto português vir dizer que não vamos encher isto delinquentes eu não estou eh não estou a implicar que eh no Noel pretendesse resolver o problema da falta de recrutamento nas Forças Armadas com os delinquentes atenção mas ainda assim é algo que obviamente vem toir ruído neste debate importante e fundamental no momento em que a Europa Está em guerra e que Portugal Tem que levar a sério as suas forças armadas o seu investimento em defesa um primeiro ponto o segundo ponto H diz-nos Nuno Melo que estas estes jovens são institucionalizados por pequenos delitos Como Tu disseste a es em em instituições que funcionam como uma escola de crime para a vida eh então nós temos de resolver o problema dessas instituições porque se essas instituições efetivamente ensinam a estes pobres jovens que muitas vezes vêm de contexto socioeconómicos eh muito difíceis eh se em vez de servirem para lhes dar Enfim uma segunda oportunidade na vida servem para piorar a situação em que eles estão Então temos de resolver o problema disto não é não é eh tapar tapar o buraco digamos dando a volta e nos estragar também as forças armadas portanto essa é outra questão que é delirante não é no nomel assumir que nós institucionalizam jovens por pequenos delitos que depois saem de lá grandes criminosos então resolvam o problema isso é que não pode ser depois terceiro problema é uma uma concessão S também da solução dos problemas destes jovens quando nós sabemos que eles precisam de uma abordagem multidisciplinar que envolve assistentes sociais e psicólogos e não sei quê que são jovens que muitas vezes eu repito vê de contextos muito difíceis que no Nel certamente não percebe mas talvez pudesse fazer um esforço para perceber e então ele diz que é uma oportunidade um exercício de formação de autoridade de valores como se quer dizer é uma espécie de uma conceção da Educação do tempo da mala educa do filme do Pedro almed over não é como se estes jovens o que o queos que eles precisam é realmente de instituições austeras e com autoridade e não sei quê quando quer dizer era se calhar Don Mel devia falar com as pessoas que lidam com esses jovens para perceber que se calhar o que falta É muito mais recursos muito mais abordagens do ponto de vista da sua saúde mental e etc para de facto lhes permitir uma reinserção portanto aqui também esteve completamente ao lado e depois finalmente só para terminar Vanessa que eu já estou a perder muito tempo com isto eh mas no mel diz não eu nunca tive esta ideia e tal isto não é isto isto foi uma enfim ele desculpou-se não é depois veio um spin do ministério a dizer que normel não tinha dito o que disse mas de facto há uma entrevista de Nuno Melo ao Expresso que data de eh março de 22 Portanto tem mais 2 anos eh falando de uma Moção que ele apresentou ao congresso do CDs em que ele responde diretamente e o que é que o serviço eh e o que é o serviço militar protocolado de que também fala é a possibilidade das forças armári fazerem por exemp processo formativo de jovens em processos de delinquência portanto Nel tem isto na cabeça há muito tempo não ven a dizer que improvisou daí estes paus e agora uma carta de copas João Marcos de Almeida para André Vilas Boas foi eleito presidente do Futebol Clube do Porto sim carta de copas para André Vil lisboas porque foi eleito presidente do Porto porque foi eleito com um grande resultado 80% dos votos é esmagador e eu quero felicitar André Vilas Boas aliás posso dizer fui ao Porto votar e votei em André Vilas Boas não tenho qualquer problema em assumir isso e fiquei muito feliz com o resultado e mas também quero dizer que vejo com muita estranheza que é uma coisa extraordinária André Vilas voas foi eleito quase há uma semana com 80% de votos ainda não é presidente do porto quer dizer só vai ser presidente do porto passar duas semanas das eleições o que não acontece nem no Benfica nem no Sporting e só será presidente daçado no final do mês de maio que é verdadeiramente espantoso que as pessoas que perderam continuam a governar o porto continuam na Sado não querem sair sabe-se lá o que estão a fazer e o que vão fazer até ao fim do mês de maio e André vilasboas que foi eleito pelos sócios do porto não pode exercer não pode iniciar as suas funções portanto Isto mostra realmente que a atual direção do porto comporta-se como dona do clube e não tem qualquer respeito pelo voto dos sócios do clube já seria aí uma outra carta para atual direção os nossos ouvintes levam de aqui uma carta de ouros é a que sobra mas é boa guardem para a segunda parte até já jogada da semana no fora do baralho em dose tripla é uma espécie de jogo do monopólio já que mexe com dinheiro contas públicas Santa Casa portagens e tudo com significado político a proposta do PS para acabar com as portagens nas antigas scut foi aprovada graças ao chega apesar de outros partidos terem votado a favor a viabilização aconteceu por causa dos votos destes dois partidos é É como diz o governo e aad uma Coligação negativa ou é tão só o Parlamento a funcionar Jorge Fernandes é o Parlamento a funcionar eu não acredito em coligações negativas eh portanto na próprio conceito Coligação negativa que é uma figura política muito utilizada por enfim por vários partidos quando quando estamos nestas situações de governo minoritário existem coligações feitas na Assembleia da República quando os deputados com preferências que estão alinhadas votam de uma forma alinhada é tão simples quanto isto E no caso aqui o que acontece é que esta maneira portanto este alinhamento digamos assim vai contra as preferências do governo de turno que no caso até Enfim no caso particular até tem uma uma digamos uma uma uma maioria assim muito muito pouco Chinha mesmo para citar António Costa eh isto não torna naturalmente a Coligação que existiu negativa podemos agora e é isso que eu vou fazer falar do que do que esta do que esta Coligação significa bem é uma medida profundamente populista como é evidente quer dizer não há qualquer tipo de há muitos anos que este tipo que esta medida eh enfim houve uma altura que foi muito discutida em Portugal e foi muito contestada também houve muitas manifestações públicas em várias zonas do país h e portanto mas a dada altura enfim resolveu-se que que estas portagens que estas estradas passavam a ter portagens e e a dada altura o assunto ficou mais ou menos resolvido Eu Nem percebo exatamente qual é a necessidade de vir revisitar isto para aem de um populismo enfim que básico não é eh é verdade e aqui em defesa do partido socialista e do chega também que amb os partidos tinham esta medida no seu programa eleitoral e podem argumentar que estão apenas a cumprir o seu programa eleitoral e é o que tem feito e é o que tem feito quer dizer desse ponto de vista o o PS digamos assim não pode ser acusado de estar a juntar-se ao chega e por isso é que eu discordo absolutamente da ideia que algumas pessoas no PSD tem passado que há uma Coligação entre o chega e o p não há uma Coligação entre o chega e o PS o que acontece é num num Parlamento com geometria variável que é o que que é o que acontece neste momento não há nenhum partido dominante os partidos vão-se coligado a ao ao sabor digamos das suas preferências momentâneas algumas mais estruturais outras mais estratégicas e neste caso enfim o PS nem sequer pode ser acusado nem o chega de resto de estarem propriamente a tentar surfar uma onda porque a medida estava claramente expressa nos seus programas eleitorais Eu discordo desta desta medida quer dizer eu acho que era um assunto arrumado e não há nenhuma necessidade de reabrir isto porque Claro agora vem vem a minha segunda parte do que eu do meu comentário que é isto complica imenso a vida ao governo se de repente a política orçamental começa a ser assim uma espécie de um patchwork de decisões AD hoc sem qualquer tipo de coerência e sem qualquer tipo de fio condutor o governo pode ter a vida muito complicada e portanto aada altura eh passamos a ter um governo puramente de assembleia e isto não é dramático mas um governo da Assembleia necessita de coordenação eh digamos não é interno mas precisa de uma coordenação e de um fio condutor porque isso leva-me leva-me aqui à pergunta que quero fazer ao João Marques de Almeida se podermos ter aqui um primeiro capítulo da série como abreviar uma legislatura não quer dizer o primeiro ó ó ó Vanessa quero falar é óbvio que há uma Coligação negativa discorda em absoluto do Jorge primeiro TR eu digo que Coligação negativa é no sen é só que isso não existe não é o problema é esse conceito ex ó suana tá bem não existe para ti existe para mim o que é que queres que eu te diga eu vou explicar porque é que porque é que eu uso o termo col liação negativa Eu uso o termo Coligação negativa porque quer dizer o PS passa a vida a dizer que o chega é uma ameaça à democracia que é isto e aquilo que é de extrema direita o o chega passa a vida a dizer que a maior ameaça o maior o maior problema do país é o é o PS e foram os governos socialistas quer dizer Teoricamente são grandes adversários são mesmo inimigos políticos e no entanto já não é a primeira nem a segunda vez que se Alam eh no Parlamento e vai continuar assim para a semana deve haver um pacote sobre a habitação e depois outro pacote sobre qualquer coisa vai continuar assim é óbvio que há aqui um entendimento há uma Coligação e apesar do PS ter dito no programa e este é o lado populista que eu concordo com o Jorge apesar do PS ter dito no programa que queria reduzir as escudos sem nunca dizer que eles queria terminar queria reduzir as escudos a verdade é que o PS foi governo desde 2015 Houve várias tentativas de reduzir os C os custos as portagens nas escudos e o PS votou o governo votou foi sempre contra sempre contra eh e agora estão na oposição obviamente podem ser mais irresponsáveis podem ser populistas já são a favor e e fizeram uma e puseram uma proposta que sabiam perfeitamente que o chega i a votar a favor dito ISO o que esta Coligação mostra esta estes entendimentos entre o pcio chega é que o Governo está numa situação insustentável tá numa situação insustentável E isto é a demonstração que as linhas vermelhas não funcionam não funcionam e E de resto o lado positivo disto é que é o próprio PS que está a normalizar o chega e tem que normalizar o chega porque o chega a ter 50 deputados e é impossível um partido com 50 deputados está fora do sistema político como se vê o o chega hoje é uma parte central do sistema político democrático em Portugal goste-se ou não se goste custa ou não custo e a única maneira neste momento o governo só tem duas maneiras de acabar com a situação insustentável em que está só tem duas ou faz um governo de bloco central com o PS que me parece impossível ou faz um governo que o chega não há outra enquanto este governo não fizer não tiver uma maioria não conseguirá governar porque que o PS e o chega juntos não o vão deixar governar não vale a pena ter qualquer ilusão sobre isso portanto Na minha opinião o governo devia fazer uma Coligação com o chega e mais e mais uma Coligação com o chega no governo porque é a única maneira de partidos polícias deixarem de ser irresponsáveis o chega já tá a fazer barulho por causa das polícias querem resolver o problema das polícias tem a o ministério da administração interna resolvam querem resolver o problema da corrupção tem o Ministério da Justiça resolvam é assim que se responsabiliza aos partidos irresponsáveis veja o que Meloni está a fazer em Itália com salvini o Jorge quer fazer uma eu só quero fazer uma pergunta João relativamente a por exemplo esta questão das portagens que era uma bandeira populista do chega já já há muito temp e do PS pelo juí não é só do chega Mas tu achas que se o chega viesse para o governo abandonava esta bandeira eu não sei se abandonava mas se o chega for para o governo obviamente que uma coisa que tem que fazer é um entendimento com a AD Claro até que hav o entendimento e portanto tem em que há coisas que a chega tem que abandonar há coisas que a AD vai ter que abandonar vai ter que concordar com Chega mas há um entendimento e mais do que tudo Jorge há um governo neste momento Portugal não tem governo e esta situação esta situação é insustentável não tem governo Portugal não pode estar um ano ou ou mêses a viver com um governo no Parlamento com o chega e o PS a entenderem se a fazerem propostas impedindo o governo de governar E é isto que está a acontecer lamento diz eles chama o que quiserem Mas é isso que está a acontecer e Enquanto isto acontecer é é insustentável para o governo panto o governo tem o tem a obrigação de fazer uma coisa Acabar Com estes entendent essa ide já ficou Clara João vamos agora à Susana Até porque temos outros temas prometidos bom em primeiro lugar eu não tenho a certeza que haja neste momento uma Coligação ativa entre o PS e o chega no Parlamento até porque por exemplo a iniciativa Liberal absteve-se nesta proposta das escutes eu tenho uma opinião muito clara relativamente à à esta ideia do PS se chegar agora à oposição e se pôr a eliminarse cutos acho que é um erro e é muito difícil de perceber eh mas não há nenhum entendimento de que agora o psu chega se Vão pôr a aprovar leis até porque na maior parte das coisas estão em desacordo fundamental por exemplo quando chegar à altura de AD vir com as suas propostas eh de diminuição de impostos é mais provável que o chega esteja de acordo com essas diminuições o que não quer dizer que venha a votar a favor do que o PS o PS se quando a AD quiser diminuir o irc não vai estar a favor portanto mas já se entenderam no IRS mas est estávamos a falar do estávamos a falar de pin a história do IRS foi super mal contada são apenasas duas võ 300 milhões de euros e e quer dizer não isso 200 e tal e o e quer dizer e o PSD ponto foi que se entenderam entender-se mas não não há nenhum não há nenhuma razão para crer que agora o psu chega se vou entenderem tudo daqui para a frente porque de facto o que separ aquele país aqueles partidos é é é gigantesco eh em primeiro lugar eh em segundo lugar eh eh o que vai o que quero dizer por exemplo ter dar o ministério da administração interna a chega eu espero muito que isso não aconteça nós neste momento temos uma ministra da administração interna que é uma pessoa que enquanto foi da inspeção geral foi uma pessoa que se bateu eh com com com com muito afinco contra o problema do racismo nas forças de segurança não estou aqui a dizer que todas as forças todos os elementos das forças de segurança são racistas longe de mim mas que há um problema de racismo a ministra que nós temos neste momento está consciente disso aliás houve até alguma H houve até alguns setores das forças de segurança que não gostaram e o próprio André Ventura veio dizer penso duas vezes deixa-me acabar João desculpa penso duas vezes minuto espera e penso o o o o André Ventura pediu ao Luís Montenegro para retirar esta ministra entre o anúncio e a tomada de posse F er uma aon às polícias O que significa que a ministra é objetivamente boa e eu não quero eu não quero o ministério da administração Interna nas mãos do chega porque eu considero que isto são problemas importantes que minam a confiança dos cidadãos nas Forças de segurança que minam por isso a qualidade da nossa democracia que para Além disso colocam em situações de grande vulnerabilidade populações que já são discriminadas numa série de outros domínios e portanto eu não quero que o chega tenha ó Susana deix mas deixa-me só dizer eu obviamente que formalmente não defendi que eles tivessem o ministério da administação interna eu dei como um exemplo falei de um exemplo mas é um mau exemplo eu ia dizer que eu acho ess pésimo acho o pior de todos di pronto é um mau exemplo mas o meu ponto é E usei exemplos de questões que o chega tá sempre a falar quera responsabilizar mas uma min racis de segurança isso é gravíssimo é enorme atentado à nossa democracia mas no meu ponto então eu vou reformar o meu ponto é o seguinte os partidos que estão sempre na oposição e que têm características populistas ficam demasiado irresponsáveis é preciso dar-lhes responsabilidade para mostrar a sua verdadeira faceta e a única maneira de o fazer é pô-los no governo não há outra é esse o meu ponto tínhamos prometido neste monopólio hoje falar também bem eh sobre as contas públicas Susana tu já explicaste esta semana aqui na rádio observador que pode haver um problema de caixa isto porque passamos de um excedente eh no ano passado a um défice de quase 300 milhões de euros até Março eh mas também disseste que apesar de poder haver um problema de caixa eh isso não quer dizer que se vai refletir no défice no final deste ano tivemos acusações e do atual governo para o anterior eh o ministro Miranda sarm Mendo eh disse que o governo deixou uma herança pior do que aquilo que tinha anunciado e que o PS aprovou despesa sem cabimento orçamental já depois das das eleições de 10 de Março Fernando Medina refutou H está o Ministro das Finanças a dramatizar o atual E se sim essa dramatização pode ter consequências na imagem de Portugal nos mercados então Aparentemente sim Miranda sar Mendo está a dramatizar não quer dizer que ele não venha a trazer elementos que efetivamente mostrem que a Medina fez a tal despesa não prevista no orçamento se Medina tiver aprovada essa despesa não prevista no orçamento essa já entra essa digamos já coloca em risco eh os objetivos de défice no final do ano porque como eu aqui expliquei eh mas para repetir rapidamente o os o défice para ótica do Déficit que depois é submetida a Bruxelas é uma ótica de responsabilidades portanto eh e de e de de de portanto de compromissos de despesa e de direito a receber determinada eh receita independentemente do no momento em que ela entra em caixa e se de facto Medina tiver feito despesa que não estava prevista isso gera compromisos que não estavam previstos e pode perigar a o objetivo do do défice no entanto até ver nós temos a palavra do ministro contra o outro e e não há nenhuma razão quer dizer eu acho que Medina em termos de credibilidade do ponto de vista não tou a dizer que Mir necessariamente não a tem mas Medina tem uma credibilidade do ponto de vista da questão das contas públicas que não nos deve levar agora aqui neste momento eu não estou disponível para duvidar da pal de Medina agora o que eu acho é que se Joaquim Miranda sar e a sua equipa ten evidência mais concreta não é mais mais robusta de que Fernando Medina de facto fez esse tipo de de de de maring ancias estará aprovar despesa não não não orçament para para aqui nos últimos meses ou nas últimas semanas e tal para despachar isto e também não se percebe porque é que havia de fazer isso não é porque uma coisa era fazer isso antes das eleições agora Mira dizer não não ele fez isto depois das eleições mas para quê já acho tinha perdido também enfim é difícil perceber porquê H mas nesse caso são efetivamente eh parece-me acusações eh eh graves que de alguma forma também minam uma certa um certo consenso nacional que existe relativamente à importância de uma gestão cuidadosa das Finanças Públicas e que eu não não acredito que isto Vá biscar a a a reputação que Portugal neste momento tem nos mercado 300 milhões é nada é nada hisia a história diz-nos que não quer dizer que que um déficit nos primeiros meses do ano e conduza necessariamente a que de maneira nenhuma o a lógica que Miranda sarment trouxe ao debate foi uma lógica de caixa ele neste momento este este no mês de março o dinheiro que entrou foi foi inferior ao dinheiro que saiu no montante não tava não tava previsto Mas isso é uma lógica de caixa O que conta para a lógica do do cálculo do défice É a lógica dos compromissos portanto isso não quer dizer nada a única que tem impo nas lógica dos compromissos é a tal acusação Medina que me parece grave parece-me pouco pouco fundamentada desde logo por esse eventual risco reputacional que me parece que sinceramente não tá em cima da mesa tendo em conta as migalhas de que estamos a falar sim referia na abertura do fora do baralho outro jogo para hoje a batalha naval e Jorge foi longe demais nessa caracterização eh sobre aquilo que se está a passar na na santa casa e na direção executiva do do SNS falo claro da exoneração de Ana Jorge que se seguiu à admissão de Fernando Araújo esta decidida pelo próprio não tenho o Jorge acho que não tenho o Jorge Fernandes Ah sim quer dizer eu eu como temos sempre Jorge Fernandes o Jorge Fernandes está sempre connosco mesmo quando não ouvimos estou a ouvir-te Jorge Consegues abrir-me vanessao sim sim sim sim agora sim não não Consegues abrir-me sim ok perfeito não aquilo que eu tenho eu tenho uma coisa a dizer sobre sobre isto e é uma coisa muito rápida e muito simples Eu acho que fizemos um caso demasiado forte da questão de da An de perdão de Ana Jorge e mesmo do próprio Fernando Araújo quer dizer isto é aquilo que como Consegues ouvir-me sim acho que há aqui algum Deli na nossa conversa Jorge mas podes continuar sim Consegues ouvir-me Vanessa Vanessa sim sim acho que há aqui algumas dificuldades na ligação com o Jorge Fernandes que não nos está a ouvir nós ouvimos o Jorge H ó ó eu concluo já estav diz conheç o PR que que os casos são diferentes obviamente Como Tu disseste e muito bem e que houve algum exagero nas relações ao caso de Ana Jorge quer dizer que não valia a pena exagerar tanto e a verdade é que há este hábito de isto já não sei se o Jorge iria dizer sou que estou a dizer há este hábito de pôr pessoas de preferências política partidárias na Santa Casa da casa na misericórdia eh Ana Jorge era uma mista socialista eh não sei quem é que este governo irá lá irá colocar lá agora na minha opinião o que o que era importante há este hábito nós sabemos agora o que era importante era que lugares destes fossem e objeto de concursos imparciais concursos com juris independentes e e que fossem escolhidas as pessoas mais competentes e não fossem sempre pessoas da cor partidária e Pest este g de cargos mas também quer dizer em traços Gerais concordo com o Jorge que se exagerou bastante em relação a este a esta questão e Jorge acho que é agora que vais ouvir-nos posso posso só dizer sim Susana não eu acho que a Ana Jorge tinha tomado posse há um ano Ana Jorge tinha tido algumas demonstrações de uma certa transparência que é uma coisa que nós não tivemos até hoje na Santa Casa eh tinha identificado aparentemente e tinha trazido a público elementos de uma gestão que parecia ter sido digamos de decisão de gestão não muito cuidadosas da equipa anterior e a mim parece sem mais elementos não é chegar assim entrar a matar mandar embora uma equipa que aparentemente está a fazer pelo menos um trabalho de levantamento pedi uma auditoria etc parece-me realmente seja a minha interpretação Quando olho sem mais elementos para decidir é de uma Purga política e não gosto Jorge sim sim agora conseguem ouvir-me bem sim sim conseguem ouvir-me bem não conseguem manessa sim sim conseguimos ah ok ok está muito divertido isto está muito divertido está está complicado não eu eu tenho uma coisa a dizer que é que é que é o quer dizer que isto isto que se passou esta semana com Ana Jorge e com e eu não concordo quer dizer concordo com a Susana que é uma Purga política Só não concordo na ideia de que isto é uma coisa ya Susana também não disse isto mas quer dizer mas não é uma coisa nova Isto é o que acontece quando o PS quando o PSD vai para o poder os Boys e as Girls socialistas saem mas da próxima vez que o PS voltar ao poder enfim não sei de uns anos seja o tempo que for tenha a certeza que também os seus Boys e as suas Girls serão quer dizer Ana Jorge era objetivamente uma Girl do partido socialista na na na Santa Casa de Misericórdia como agora a pessoa que entrará do partido social-democrata enfim até se falou de mota Soares e depois aparentemente agora já não está disponível mas enfim mas como Mota Soares é um boy da Ad portanto é o que é infelizmente a questão é que sítios como a casa não deveriam ser parizad Sant da casa como muitos outros sítios não é mas enfim mas portanto eu não acho nada nada disto é estranho digamos assim Isto é só digamos o o grande sistema de portas giratórias dos Boys e das Girls digamos a corrigirem agora para a direita e depois corrigiram para a esquerda mais à frente numa instituição que não devia ser tão partidarizada ou faz parte do jogo João eu acho não devia ser partidarizada eu disse há pouco não devia ser parti ada devia haver concursos e com juros Independentes concursos absolutamente transparentes e e com mandados Claros que os governos apesar da mudança do govern os governos deviam respeitar e as pessoas cumpri o seu mandato uma pessoa Eleita pela sua competência por um juro independente era é muito simples quer dizer é assim é assim que devia funcionar acabarmos em bem ouvir-nos todos uns aos outros isto hoje foram jogadas em várias frentes voltamos a baralhar as cartas mas para a semana fica prometido estaremos fora do baralho Sexta depois das 7 da tarde já sabe deixamos uma pergunta no Spotify sobre este Manifesto com que começamos o programa O Manifesto para uma reforma na justiça vão lá espreitar se nos ouvem no Spotify ou se não apanharam o programa desde o início bom fim de semana para todos n