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[Música] começa agora o novo gabinete de guerra eu sou a Maria João Simões e esta manhã contamos com a análise de Bruno Cardoso Reis coordenador do doutoramento em História e defesa do is da Academia Militar e de Tiago André Lopes coordenador da licenciatura em relações internacionais da Universidade portucalense Bom dia aos dois e muito obrigada por estarem connosco bom dia bom dia obrigado bom dia Bruno oné à tarde houve quem celebrasse um suposto sar fogo em gasa mas logo depois Nataniel veio dizer que a proposta de tréguas aceito pelo amar ficou a quem das exigências de Israel mas que enviaria uma delegação para se reunir com os negociadores para tentar chegar a um acordo que mais sabe esta hora Bruno o Qatar também enviar uma delegação ao Egito eh sim eh o que sabemos é que aparentemente as negociações continuam portanto não foi realmente um um acordo eh que venha encerrar a questão Eh Ou seja eh tratou-se no fundo o mas aceitar uma proposta que Israel ainda não tinha aceito ou ou Se quisermos emendar uma proposta dizendo que aceitava aquela e mas sem que o outro lado tivesse dado esse esse acordo portanto eh enfim eh não acho que é um é é apesar de tudo é bom que as negociações continuem eh mas vamos ver se realmente não não passou aqui de uma espécie de truque retórico do eh do am mais para tornar mais difícil digamos a rejeição pelo lado de de de Israel do de um acordo e desse ponto de vista acho que provavelmente já conseguiu atingir o seu objetivo mas o que era realmente importante para a população Civil de Gaza e para os reféns sobretudo era que realmente houvesse realmente um um real acordo e não aqui Digamos um um acordo mais mais retórico ou ou uma jogada digamos de de espelhos mais mais política eh Tiago André Lopes a sua análise sobre este desenrolar das negociações ontem à tarde houve houve quem por momentos acreditasse que a guerra pesse ter acabado Isto pode ter sido também uma jogada do amar para que o ónus não não haver tréguas ficasse do lado de Israel depende como olharmos para isto aquilo que aconteceu ontem é relativamente normal a negociação ou seja dos lados para assumiu vontade para aceitar o acordo isto acontece sempre desta forma já nos acordos recentes podent arm meno Azerbaijão e e uma das partes neste caso o Azerbaijão assumiu primeiro e a Arménia entrou depois no jogo o mesmo tem acontecido nas negociações do Sudão ou no ieman portanto é normal que haja uma parte que faz a outra é óbvio que o faz para pressionar mas aquilo que diz o aret é que eh do lado de Israel havia expectativa de que a o hamaz não aceitasse o acordo e a aceitação levou alguma descoordenação política e e aliás devou uma contrar resposta que foi o endurecimento militar nós tivemos hoje uma noite mais difícil do que antes de haver esta sinalização política de vontade do ramaz aceitar o acordo é óbvio que nos faltam ainda algumas peças no taboleiro nós ainda não percebemos a 100% eh o modo como o acordo seria operacionalizado uma coisa são cláusulas políticas outra coisa aos detalhes da implementação e os detalhes são muito importantes para perceber o grau de exibilidade deste acordo portanto E aí há há sempre esse espaço de manobra que é Israel pode estar numa posição mais cética percebendo que o acordo tem uma série de intenções que depois do ponto de vista da implementação são difíceis de operacionalizar eu acho que é importante deixarmos essa janela aberta agora o facto desta manhã estarmos a ver uma série de pedidos internacionais de eh foquem na questão diplomática não se foquem na questão militar inclusive é com atores que nem sequer costumam falar sobre conflitos alheios como por exemplo a China esta posição da China é muito incomum o facto da China estar a pedir de repente a Israel que se foque na dimensão diplomática isto é uma novidade neste conflito que leva já quase 215 Dias eh e vamos precisamente focar-nos nessa questão mais militar enquanto não há acordo Israel realizou esta noite de ataques Aéreos no sul de Gaza e entretanto tomou o controle do lado palestiniano da passagem de rafá por este timing Bruno e bem eh o que Israel diz é que e eh houve um ataque a um outro a ponto de passagem não é com com morteiros a partir de rafá portanto Isso mostra que há mais continua e militarmente ativo e é é aliás um um um dos um dos pontos de passagens se querem Shalom de ajuda humanitária e e e portanto isso Deu No fundo aqui também um pretexto a Israel para fazer aquilo que do meu ponto de vista militarmente Aliás já tínhamos falado aqui várias vezes eh fazia algum sentido que é apesar de tudo não é preciso ocupar necessariamente toda a zona de rafá onde realmente Há muitos civis concentrados para tentar reduzir o espaço de manobra do do amas nessa zona e e sobretudo para tentar o mais possível controlar e cortar qualquer possível passagem digamos de material de guerra de equipamento militar ou de equipamento que possa ser usado para produzir equipamento militar a partir do do Egito e não é aquilo que nós também sabemos é que neste tipo de de guerra é fundamental realmente a questão de cortar e cortar no fundo a possibilidade destes grupos armados continuarem a ter apoio a partir do exterior não é se is se consegue a probabilidade de reduzir a sua eficácia militar e eventualmente a prazo e e até eliminar essa capacidade militar é muito maior do que se isso não acontecer se não acontecer basicamente o conflito eterniza não é como vimos em vários contextos como por exemplo do o do Afeganistão H ainda em relação à questão do do do acordo de paz realmente eu concordo há uma pressão internacional enorme eh so sobre as partes E e portanto isso é um aspecto positivo do meu ponto de vista e que e que nos pode levar a sermos um pouco mais otimistas e apesar de tudo não não me parece que se possa dizer que seja normal um dos lados anunciar unilateralmente que há um acordo quer dizer isso isso é verdade que é uma prática que às vezes acontece que mas o que é normal é os dois lados ao mesmo tempo juntamente com os mediadores anunciarem que há que há um acordo e portanto desse ponto de vista h a jogada do amaz é bastante hábil mas está longe de querer dizer que há um acordo não é e portanto e daí ontem no fundo essa ideia precipitada de que haveria tínhamos chegado aqui ao fim da questão realmente não não se justificava um outro ponto crucial realmente e é isso também que tem justificadas demoras no nas negociações é é realmente a questão da dos detalhes da implementação e portanto este acordo aliás é muito mais detalhado por aquilo que sabemos aquilo que já que já está no acordo e que os mediadores têm estado a trabalhar é muito mais do que no primeiro uma das razões é que eh um dos Um dos problemas com o primeiro acordo é que depois Israel queixou-se que e pessoas que era suposto reféns que era suposto terem sido libertados não foram eh e e portanto No fundo aqui a ideia que é preciso ter garantias e portanto uma um detalhe muito grande sobre exatamente quem é que é libertado Em que momento para tentar evitar que isso volte a acontecer sobre a operação em Rafa os Estados Unidos continuam contra então Joe biden pedia a netanel para não lançar a ofensiva e que chegar a um sar foco com amash é a melhor maneira de proteger as vidas dos reféns israelitas detidos em Gaza desta manhã também o apelo da China que falava há pouco Tiago quem ou o que pode demover o primeiro-ministro Israelita vai ser muito difícil nesta fase eu aliás não estou muito otimista quanto à possibilidade de de que esta inclusão militar não aconteça porque inclusive as notícias estão a sair do próprio governo com manobras internas de chantagem e pressão sobre o primeiro ministro netania são cada vez mais difíceis até de compreender na lógica com que nós funcionamos os governos eh na Europa ocidental eh por exemplo o INET esta manhã dava conta de que o Ministro das Finanças smotri se tem recusado a falar com o primeiro-ministro minú sobre a questão do da tentativa de redução do custo de vida porque obviamente o preço dos produtos alimentares por exemplo em Israel disparou o preço dos produtos pfos disparou eh e ele tem recusado a falar com o nanu até ao momento que começa incursão sobre Rafa portanto este tipo de chantagem o ministério das finanças sobre o gabinete do primeiro-ministro dá-nos bem conta do modo como funciona este Governo e da tal por vezes necessidade política para manter o governo a funcionário e o governo a funcionário implica a sobrevivência política de naanu pode depender obviamente de uma incursão sobre e sobre rafá que de resto levou ontem e quem ontem assistiu de resto essas declarações de Matthew Miller o porta-voz da da Casa Branca ele teve Muito desconfortável na sessão de de na conferência de imprensa com os jornalistas porque ele tinha pouquíssimas respostas para dar porque e e isto era importante ficar esclarecido porque eh eu acho que não deveríamos induzir os nossos ouvintes em erro aquilo que o ramas fez ontem foi apenas dizer que eles aceitavam o acordo eles nunca disseram que havia acordo Global seja da parte deles eles disam Nós aceitamos o acordo nestas cláusulas que estão aqui e uma das cláusulas avançadas inclusive é pela BBC ontem à tarde seria a que o ramas se comprometeria a fazer o que as fark fizeram que seria um processo de amnistia e determinar de combate claro que isso é uma visão otimista do mesmo mas isso é uma das várias clauses que está no acordo é das Tais que depois não tem o mecanismo de operacionalização Nós não sabemos como é que ela seria implementada mas a verdade é que isso está no acordo e foi isso apenas que o ramas disse foi este acordo como está desenhado Agora Nós aceitamos eh também para pedir incursão sobre rafá porque a verdade é que não há plano e a Casa Branca tem insistido nisso que queria ver um plano que minimizasse as mortes civis Borel Já disse que não há plano que Evite o horror ch verma incursão militar sobre rafá porque rafá relembro quem nos ouv e terminou aqui rafá tem um 1.4 milhões de pessoas neste momento concentradas em rafá porque porque Israel pressionou os palestinianos a saírem do Norte de Gaza do centro de gasa a irem para o sul e portanto não é possível agora fingir que esta concentração humana era natural e que já existia e não é também possível eh tentar empurrá-los para can Unis a mesma can Unis que em fevereiro é Imprensa internacional e nós chegamos a t isso aqui no observador dava já como tando parcialmente destruída portanto se se houver a preocupação com os civis a preocupação com a dignidade humana e a preocupação também aqui em Minimizar Os horrores numa altura que quer o tribunal penal internacional quer o tribunal internacional de Justiça estão ambos a olhar para para o que está a acontecer na faixa de gasa Então seria melhor parar a incursão mas eu volto a dizer eu parece-me que ela vai de facto acontecer vai tentar justificar política e diplomaticamente e vai ser muito difícil acima de tudo para o Washington manter este tipo de apoio meio que cego à aquilo que está a acontecer militarmente no terreno Bruna a tua opinião eh sobre não percebi esta referência a querer enganar os ouvintes Acho que ninguém aqui tá a querer enganar os ouvintes mas Portanto o que me parece não se calhar por eu ter dito no início que houvesse quem tivesse festejado provavelmente acho que era isso que ti queria dizer sim pronto então com certeza será isso ou seja o que me parece normal é o que aconteceu na primeira no primeiro acordo que é os mediadores anunciam que houve um acordo eh eh que as os termos que foram aceitos por uma parte foram aceitos pelo pelo outro esta é claramente Uma Jogada política do am mais para tentar dificultar e a manobra de diplomática de de Israel desse ponto de vista bastante hábil mas mais uma vez não é a forma habitual como se chega a acordos com com este grau de e de delicadeza eh em relação à à questão da da incursão em rafá e da dinâmica política em Israel estou no essencial de acordo Há uma razão militar para fazer a incursão em rafá não há Apenas razões políticas faz todo o sentido ocupar plenamente todo o território de Gaza do ponto de vista Militar de de Israel eliminar as forças do do amas eh o mais possível pelo menos as forças organizadas e e como eu digo controlar o conjunto do território e nomeadamente uma uma zona Vital que é a que faz fronteira com o Egito ao mesmo temp e tal como os civis também se deslocaram para o sul não é o h mais grande parte não é sim o o problema é que isso foi feito por indicação de Israel O problema é que grande parte do território está destruído O problema é que Israel tem uma tensão uma relação extremamente tensa com as urgências humanitárias nomeadamente as das Nações Unidas eh e portanto eh as as agência das nações unidas não está disposta a colaborar com Israel em deslocar a população para eh para outra eh para outra região o problema é que isso Eh vai criar enormes problemas aos aliados de Israel seja aos Estados Unidos seja aos países árabes moderados com os quais Israel tem procurado criar pontos ao longo de de várias décadas e que serão serão a partir da aqui um objetivo estratégico fundamental de Israel agora é verdade que realmente Este é um governo altamente disfuncional e também é verdade que para natania a para natania a a ideia de pôr fim ao ao conflito e arrisca-se a ser o seu a também o seu fim político não é o fim da sua carreira política ex eh e portanto mais uma vez Admito que esta incursão em Rafa eh correspondeu de acordo com o exército Israelita à resposta a este ataque que era o Molem que realmente existiu até e e até produziu baixas entre as tropas israelitas eh também corresponda eh no fundo a Nataniel poder dizer a estes esta fação mais radical do governo eh Israelita que eh que realmente eh tá a fazer alguma coisa em rafá não é eh portanto tudo isto até pode funcionar no sentido de chegar ao acordo pode aumentar a pressão militar sobre eh sobre a liderança do amas que está em gaz E que provavelmente estará nesta zona eh e e pode abrir alguns alguma margem de manobra política em termos do eh de do do governo Israelita para se chegar a essa acordo eh ou pode ser realmente o Prelúdio de de uma operação em muito maior muito maior escala teremos de ver o que é que acontece eh Entretanto a Rússia vai fazer exercícios nucleares perto do território ucraniano o objetivo dizem é manter a prontidão do exército para proteger o país das ameaças de líderes ocidentais nas reações Estados Unidos falam em retórica irresponsável e inapropriada a Nato diz que permanece vigilante e a presidente da Comissão europeia disse ontem em Paris confiar que a China Continuará a desempenhar um papel dis suzor em relação às ameaças nucleares da Rússia eh Tiago André Lopes eh o que dizer tudo isto Eu começo pela presidente da Comissão europeia Eu acho que o Vl continua a recusar a reconhecer a realidade daquilo que é o alinhamento chinês a China tem sido muito clara de que compreende e apoia politicamente as razões daquilo que a Rússia está a fazer a China de facto tem dito que não entendo a necessidade do uso da violência mas não tem criticada a Rússia em público tem de resto feito várias declarações em público da tal parceria sem limites da Amizade estratég pôs em questão a sua participação na assira da Suíça dizendo que irá participar eventualmente na necessidade de pôr na mesa o lado Russo e não esqueça que este mês é verdade que xijin Pingo veio à Europa mas também é verdade que xining vai receber em Pequim Vladimir Putin e portanto tentar ignorar o facto de haver aqui de facto um entendimento e diplomático bastante alicerçado em várias outras áreas de interesse eh só para fingir que se hiesse pressão sobre xijin ping eu parece-me que não é útil a ninguém quanto à questão da retórica nuclear Eu acho que o importante vai ser aquilo que acontecer hoje e aquilo que vai Adir putino diser hoje na tomada de posse para mais um dos seus inúmeros mandados como presidente o quinto mandato como presidente eh porque eh O que é que nós sabemos até agora sabemos muito pouco mas sabemos de acordo com o kremlin que a cerimónia vai ter algumas inovações o que não se percebe destas inovações e o termo é muito vago é são apenas inovações securitárias sabemos que Vladimir Putin tem um complexo com a a ideia de que está permanentemente consolido em risco e que vive nalguma paranoia securitária isso pode ser uma dimensão ou são inovações até do ponto de vista protocolar também para esconder em parte o facto de por exemplo o ocidente grosso modo se ftar à cerimónia quase nenhum estado da Europa ocidental e do chamado ocident alargado estará presente o que não tirará obviamente a Vladimir Putin aquele momento da entrada no grande salão de Santo André para falar aos dignatários e tudo mais mas será no discurso de Vladimir Putin que Possivelmente ente iremos ver o o marcar ou não de uma retórica mais acirrada ou menos acirrada com relação à questão da Ucrânia E aí percebermos esta questão dos dos eventuais exercícios com armas nucleares táticas para que é que serve se de facto vão servir ou se foi apenas uma vez mais o brandir o sab porque já vimos isto tantas vezes acontecer do lado da Rússia nos últimos dois anos que é o relembrar o ocidente permanentemente que é uma potência nuclear que é uma potência nuclear apenas para relembrar que há uma série de linhas vermelhas que não devem ser ultrapassadas ainda sobre a visita de xiping à Europa Bruno cardos sej O que é que fica deste primeiro dia da visita do presidente chinês ouvimos dizer que tudo quer fazer para terminar com a guerra na Ucrânia porque é que se permite este cinismo quando se sabe da relação com a Rússia que ainda agora o Tiago descrevia sim uma forma de acabar se carar a guerra com a Ucrânia era cortar relações económicas com com a Rússia mas obviamente isso não vai acontecer porque não é do interesse chinês pelo contrário a China queer uma Rússia relativamente enfraquecida muito dependente da China portanto sem alternativas tudo isso é bastante conveniente e e o próprio chia até apostou algum do seu crédito pessoal também neste reforço da da parceria estratégica com com a Rússia de de Putin e portanto um afastamento de Putin ou uma derrota total de Putin seriam eh potencialmente embaraçosas e perigosas Ou seja a elite chinesa vi vive obsecada com o colapso da União Soviética e com o contágio efeito contágio que isso teve levando nomeadamente àquela crise de eh de Tiana amen em 1989 que ameaçou eh foi foi o episódio que mais ameaçou digamos o seu monopólio no poder desde desde a fundação da República popular da China em 49 apesar de tudo eu acho que aquilo que fez vaner é compreensível ou seja não me parece que ela Ignore esta proximidade entre a Rússia e a China eh mas eh é uma forma de fazer pressão diplomática pública sobre eh sobre si é uma forma de sinalizar a importância que tem para a Europa e esta questão e que e que terá um custo eh à partirda terá um custo nas relações nomeadamente económicas entre a China e a Europa eh esta aproximação eh que é é uma potência que que a Europa vê realmente como a generalidade da Europa vê como amadora apesar de tudo estamos a falar da generalidade da Europa ou seja eh eh o o presidente a seguir vai eh à Hungria h e vai à Sérvia mas nomeadamente a Hungria que é um estado membro da União Europeia mas como sabemos muitas vezes eh não segue a linha eh a linha dos restos dos restantes estados membros e até cria dificuldades à à aprovação medidas por exemplo que tem a ver com e com a invasão russa da da Ucrânia portanto aí também há algum divid para reinar que que a China pode achar que consegue consegue explorar entretanto o thgo André Lopes segundo o Financial times a Rússia está a planear uma Sabotagem violenta em toda a Europa as agências secretas estarão a alertar os países do alegado ataque as evidências avaliadas por três países europeus aponta para um esforço Russo mais direto e concertado o que é que tudo isto significa E porque é que parece que ninguém está assim tão preocupado pode não significar nada esta retórica do do grande assalto que seja militar seja seja outro tipo de natureza nós temos visto ouvido lido sobre isto nos últimos 2 anos e em bom Rigor agora há aqui uma coisa que isso me parece que poderá ser real poderá haver aqui uma tentativa da Rússia reforçar os partidos de Matriz nacionalista de tal extrema direita e ultra conservadora agora no Parlamento europeu por exemplo o Parlamento europeu que no qual por exemplo eh uma configuração de forças de extrema direita do tal partido de identidade e de democracia como ele é conhecido poderia ser mais disruptiva até no apoio à Ucrânia portanto por aí não é descamar mas também pode acontecer o que aconteceu no caso italiano nós andá durante meses a discutir que a eleição eventual de Melon e a sua chegada ao governo levaria a um reforço do eurotic ismo italiano e a uma redução da ajuda para a Ucrânia e nós temos visto Meloni até mais resulta do que o seu antecessor e portanto estas questões nunca são líquidas nesse aspecto há que ter e eh e algum cuidado com este tipo de alarmist e depis o problema é que andamos há dois anos com um alarmismo excessivo que leva a população a depois ficar um pouco eh de sensitiv visada com relação a isto e e deixar de de sentir esse medo não não é que não haja manobras de fundo não é que a Rússia não gostasse ter um controle maior político sobre a Europa e portanto eu parece-me que nesse aspecto eh eh é uma vez mais um ratório apenas para manter os estados em prontidão dar apenas uma uma nota e complementar àquilo que dizia o Bruno há pouco da em relação à visitar Hungria eu parece-me que a visita a Hungria para é obviamente a Hungria ser um parceiro peculiar da Europa que já não está sozinha agora a Eslováquia vai alinhando politicamente com a Hungria eu acho que a visita à Hungria sincere num outro esforço chinês que é o esforço de falar com o próximo presidente da presidência rotativa do Conselho da União Europeia porque a Hungria h 1 de julho toma esse manto e pode ser num sentido de coordenar esforç e ver de que forma é que a Hungria poderá usar essa posição para beneficiar a China nós sabemos que é uma posição que é mais simbólica do que efetiva Mas eu creio que é por aí que xininho vai à Hungria é apenas cautelar o próximo líder da presidência rotativa do Conselho da União Europeia e entretanto e para terminar o ministério dos negócios estrangeiros ucraniano pediu aos países e organizações internacionais que não reconheçam os resultados das últimas presidenciais russas diz que não vê nenhuma base legal para reconhecer Putin como presidente democraticamente eleito e legítimo da Rússia Bruno o que pode a Comunidade Internacional fazer aqui é pode fazer muito pouco ou pode fazer aquilo que muitos países europeus os Estados Unidos farão que é não está presente na na posse no fundo distanciar-se deste processo eh mas mas há outros e não estamos a falar apenas da Hungria por exemplo mas por exemplo também da da França que optaram por estar presentes eh no fundo aí o problema sempre é eh nós podemos eh protestar podemos não reconhecer mas a verdade é que o presidente de facto da Rússia eh independentemente da legalidade ou da legitimidade ou da do grau de liberdade das das eleições mas é é realmente Putin e e a Rússia é uma potência nuclear eh é o maior país do mundo em área e portanto é é é é bastante incontornável não é portanto E eu aí Realmente acho que a diplomacia as relações diplomáticas servem para lidar não apenas com amigos mas também com adversários e com inimigos e muitas vezes competências perigosas e portanto Há Limites para aquilo se pode que se pode fazer eh em termos por exemplo cortar relações diplomáticas de deixar de reconhecer governos de facto eh e em nome do combate à democracia Acho que são são coisas distintas Bruno Cardoso Reis Tiago André Lopes muito obrigada pela vossa análise um bom dia obrigado Muito obrigada bom dia [Música]