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viva está com o hora da verdade a nossa convidada é Elisa Ferreira a comissária europeia responsável pela pasta da Coesão e reformas a quem agradeço a disponibilidade para aqui estar eu sou a Susana Madureira Martins e comigo está a jornalista do público Helena Pereira bem-vinda há uma semana o ministro da presidência António leit amar dizia aos jornalistas no briefing do conselho de ministros que os Fundos europeus estão extraordinariamente atrasados pergunta é até que ponto é que esta execução do prr por exemplo está atrasada Olhe antes mais nada obrigada pelo vosso interesse e os Fundos estruturais normais são o fundo de coesão feder etc que as pessoas conhecem muito bem há muitos anos o prr é um instrumento absolutamente extraordinário que foi criado para fazer uma política anticíclica quer no período 2014-2020 para quem não tá muito familiarizado estes fundos de longo prazo que fazem o desenvolvimento Regional e que financiaram tanta coisa em Portugal esses Fundos são programados em períodos de 7 anos agora estamos a fazer os últimos pagamentos do período que acabou em 2020 que vai até 2023 esse Portugal tá com um nível muitíssimo elevado tá com eu diria 98% de execução e a maior parte dos países portanto a média europeia tá em 92 portanto esse esse que são os Fundos estruturais normais o último quadro que é aquilo que nós neste momento estamos a fechar Portugal está muito acima da média Portugal também está acima da média na execução do prr portanto está de facto já com o terceiro pagamento feito e em preparação do quarto esse terceiro pagamento não tá totalmente pago tá uma parte que ainda está mas uma parte relativamente menor para para para ser embolsada eh O que é que a que é que o senhor Ministro se estaria a referir eu não sei talvez ao período 21 27 portanto que é um novo período portanto mal acaba um quadro desses tais feder Fundo Social europeu fundo de coesão começa o outro portanto há um outro período de financiamento de 2127 aí Portugal está relativamente próximo da médian em termos de execução eh mas como o digamos a estrutura de gestão eh desses Fundos estruturais normais foi a mesma que foi utilizada em grande medida para gerir o prr é evidente que euve ali algum atraso mas esses Fundos podem ser facilmente recuperados Eh Ou melhor esse atraso não é os Fundos esse atraso pode ser facilmente recuperado na medida em que de facto há eh um período mais longo e há uma quantidade de projetos que neste momento em muitos países e também eventualmente em Portugal eh digamos à medida que o prr se vai esgotando e terminando e digamos caem na sua normalidade na gestão normal nos fundos estruturais de 7 anos digamos assim diria que esta estas acusações do novo governo da Ad fazem parte do combate político eu não queria muito estar a envolver sobretudo tendo as competências da política de coesão e quando eu digo que e quando é verdade que os períodos são de 7 anos o que é que se pretende com a política de coesão pretende-se de facto que os países selecionem aqueles projetos que fazem a diferença aqueles projetos onde há independentemente da legítima diferência e divergência e combate político que todos os países tenhem em democracia que de facto haja na seleção dos projetos uma certa convergência nacional no sentido de melhorar a eficácia a eficiência e também a coesão interna dos países portanto eu não não não acho não acho útil digamos assim eh digamos polemizar em cima de fundos estruturais E durante muito tempo Portugal conseguiu fazer exatamente isso e nós olhamos para o país e se vi se virmos a rede das estradas a rede das autoestradas saneamento básico os abastecimentos de água eh as escolas os centros de investigação Enfim tudo foi objeto de de de apoios estruturais e portanto aquilo que me parece importante é que nós continuemos a selecionar o que é essencial para o país e que nos concentremos na qualidade dos projetos e a execução enfim é um assunto em que de facto os números não mostram Eh esses atrasos eh à exceção exatamente eh de um processo que está difícil de arrancar em todos os países ao mesmo tempo que é o período 2127 já já referi esse aspeto e e parece-me que o importante é nós concentrar-nos coletivamente em selecionar projetos que façam a diferença e que de facto tirem o país de uma situação que prolongadamente tal como outros países na União Europeia os deixa com uma incapacidade de competirem aos mais altos níveis europeus acho que nos temos de concentrar aí e acha que a execução total do prr até 2026 é possível ou as metas são muito apertadas e o mais provável é ser necessária uma extensão no calendário e todos os países da União Europeia ou quase todos eh pedem extensões da dos prazos do prr note-se que eh há vários vários eh Portanto o prr é Financiado por essa tal por esse tal gesto que eu acho que é muito importante da comissão europeia que foi o de pela primeira vez perante uma crise que se avizinhava ser mais grave do que a a crise económica e social que sucedeu à Segunda Guerra Mundial era isso que se estimava se recordarmos os as notícias da da altura e de facto ir aos mercados e reforçar o seu próprio orçamento o orçamento da União Europeia é irrisório é 1% foi aos mercados pela primeira vez os estados membros concordaram e foi pedir dinheiro emprestado nos mercados financeiros normais e quase duplicou o orçamento para fazer um estímulo à economia um estímulo de curto prazo que que associasse investimentos e algumas Reformas e reformas que são importantes portanto foi esse o quadro é evidente que faz sentido haver um período mais intenso e mais curto nessas transferências e Portugal como lhe digo está de facto considerado a nível da comissão não sou eu que faço a gestão do prr é um gabinete específico que foi criado para esse efeito e são dois Comissários em particular meus colegas que tratam Portanto o valdis dombrovskis e o Paulo gentiloni que tratam dos detalhes mas todas as informações que eu L peço eles dizem que de facto Portugal não está pior pelo contrário está melhor do que a maioria dos países na execução eh O que é que o que é que limita a extensão do prazo e compromissos e importantes por um lado porque foi apresentado aos mercados financeiros um produto financeiro que em princípio é para começar a ser reembolsado a partir de 2027 e portanto a partir de 2026 os investimentos deveriam estar finalizados e de uma forma um bocadinho mais burocrática e alterar essa essa Norma passa por não só e digamos Rever essa ess essa ionamento junto dos mercados financeiros o que não é muito agradável mas também por outro lado exige alterações legislativas uma delas que é uma alteração que é votada por maioria mas uma que é votada por unanimidade ora alguns dos países que estão renitentes relativamente ao digamos ao papel e destes reforços e destas transferências veremos qu Em que situação sobretudo depois das eleições europeias se de facto obstaculizar a uma extensão de prazo dito isto eh de facto enfim Portugal não me parece dos países que estão eh mais permanentemente necessitados dessa extensão até porque Portugal Tem uma grande capacidade de executar financeiramente é um país como nós costumamos dizer velho da Coesão e portanto tem toda uma mecânica de geração de projetos eh que lhe permite normalmente eh digamos executar até ao limite os os os eh os envelopes financeiros que são atribuídos e portanto eu não estou a à espera de que seja necessário mas eh uma coisa é ser necessário outra coisa é ser possível portanto aquilo que eu normalmente sugiro aos países é que se concentrem em executar até 2026 Façam tudo o que estiver ao alcance deles é evidente com qualidade porque o problema é a qualidade e não apenas a execução financeira eh é Sobretudo o que é que o que é que se faz com esses projetos eh e com essas verbas e e portanto eu eu antecipo que a coisa não seja dramática no caso português ção a a transparência na aplicação de de fundos como o prr temos falado disso eh Isso é uma é uma realidade eu pergunto porque por exemplo há pouco tempo foi aberto um inquérito contra Manuel serrão e Júlio Magalhães por suspeita de fralde com Fundos europeus isto preocupa a comissão é um caso isolado ou o risco de fraude é real e tende a ser sistemático Ora bem eh é evidente que isso preocupa imenso a comissão e por isso digamos eh nós no entanto ao gerir estas verbas gerimo em parceria com os sistemas dos próprios estados membros e a primeira instância eh digamos a gerir os programas e os projetos eh portanto chamamos isso uma gestão de parceria portanto nós temos como parceiro o estado português as autoridades de gestão que os estados neste caso caso português e instituem e também as instâncias judiciais do país e daí todos os problemas que tivemos e que foram conhecidos com alguns países onde de facto o sistema judicial não nos dava garantias de idoneidade e de isenção perante os interesses instalados nesses mesmos países portanto é uma cadeia de responsabilidades de qualquer forma de facto um 1 € que seja mal gasto é um problema dito isto nós quando temos um caso digamos uma dúvida relativamente ao modo como está a ser gerido um determinado programa um determinado projeto eh imediatamente nós equacionamos dizer ao país isso sai do do financiamento europeu e o país normalmente tem outros projetos que não levantam problemas nem dúvidas e que podem introduzir nesse envelope financeiro e normalmente substituem Isto é e o processo normal no entanto nos casos em que persistem dúvidas ou que o projeto já foi terminado os reembolsos foram feitos e tudo isso e há de facto processos em que há direito a um retorno do dinheiro à comissão europeia não esse caso ainda está a abrir agora e portanto ainda não está nessa fase eh portanto aquilo aquilo que nós fazemos nós pedimos sempre explicações às unidades de gestão ao governo português basta haver uma denúncia nós começamos a pedir explicações eh Às vezes a imprensa divulga esses casos enfim Há muitos casos em que há investigações em curso e não são divulgadas nem publicitadas portanto porque a prática é de primeiro investigar se de facto há substância nessas matérias e portanto eh nós fazemos essa investigação eu gostava de sublinhar que Normalmente quando fechamos a gestão de um perío de um quadro e nós chegamos a taxas de e fraude de abaixo de 1% portanto abaixo de 0 à volta de 0,7 0,8 por. e que esses casos de fraude são casos que ainda estão pendentes nos tribunais no tribunal europeu nos tribunais nacionais é uma percentagem muito pequena eh mas de facto eh digamos a reação primeira por parte da comissão europeia é suspender o pagamento para esses projetos e e até que as coisas fiquem totalmente esclarecidas e para o país não ficar prejudicado que outro projeto Entre na linha em vez desse eh depois obviamente de perguntarmos de fazermos uma série de perguntas e de confirmações de que de facto há razões para haver suspeitas e como é que tem visto esta polémica entre o governo e o PS sobre se há excedente orçamental ou défice eh para Bruxelas e qual é a versão que vale eh eu também não sou eu é o meu colega Paulo gentiloni que faz o acompanhamento os dados que são enviados são depois trabalhados são conferidos são confirmados eh e normalmente enfim são validados por métodos absolutamente normais portanto não sei os detalhes da da polémica eh mas não ouviu a comunicação do Ministro das Finanças digamos Ouvi mas não tenho dados para me pronunciar sobre isso portanto os dados que foram enviados são normalmente eh confirmados há entidades autónomas verifica-se e portanto enfim não me parece não me parece que neste momento eu devo antecipar um juízo qualquer Que ocorrerá em devido tempo por parte das entidades e das eh digamos das unidades que na comissão europeia fazem o acompanhamento das contas mas há métodos absolutamente estabilizados e rotinademanhado uma crítica ou comentário sobre os dados que foram oportunamente enviados pelo governo anterior mas veremos mas acha que pode ter sido Portugal ficou mal visto e e no exterior devido a esta comunicação do Ministro das Finanças que foi ou que terá sido mais dramática não é eu acho que a União Europeia está habituada aos combates de de tipo partidário e portanto eh é evidente que Portugal muito do que aconteceu recentemente em relação a Portugal mas outras dimensões tiveram muito mais impacto do que este aspecto concreto a tiveram de facto muito Impacto Porque Portugal era considerado estou a falar da demissão do primeiro ministro eh de facto Portugal era considerado um país eh muito estável muito maduro eh e e de facto foi uma surpresa digamos todo o processo eh e sobretudo a falta de eh de Press S exatamente o que é que tinha acontecido e porquê e o que é que tinha quais eram os factos quando se fala em eh de missões de primeiros ministros em si é um tema obviamente por uma suspeita enfim já não me lembro o termo que foi utilizado de fraude ou de outra coisa Qualquer está-se normalmente há imediatamente digamos conflitos de interesses utilizações de fundos para fins pessoais coisas realmente dramáticas e depois há este vazio que é um bocadinho Difícil de explicar e portanto isto de facto foi um Digamos um um choque eh para um país que sempre é considerado um país bastante exemplar e há há lados eh que são muito valorizados por exemplo o facto de Portugal ter conseguido corregir depois daquele período mais atribulado em que houve a troica etc Portugal ter sido um país que conseguiu Compass social e com digamos com crescimento eh conseguiu cor umas contas públicas que tradicionalmente estavam muito desequilibradas isso trouxe uma imagem de e digamos de Excelência ao país de maturidade o modo por exemplo Como foram geridas e a questão todas as questões de vacinação e hospitalização e tratamentos de saúde durante o período covid foi Outro fator muito elogiado e muito positivo e portanto de facto esses aspectos tiveram Mas a questão facto Essa é porque há um novo governo que coloca em dúvida essas contas de excelência de que está a falar ou seja há uma invocação de que há um déficit neste momento e não um excedente orçamental e as contas têm de ser validadas relativamente a determinados momentos históricos e a seguir passa-se para outro momento histórico penso que no combate político que é habitual muitas vezes em relação a contas públicas e há sempre depois a verificação por parte das instituições e a clarificação de de facto se há despesas e receitas que estão mal imputadas não me parece enfim que isso vá acontecer mas se acontecer ver se há o que me parece é que de facto há eh debates internos que enfim que são que tenm obviamente relevância que precisam de ser dirimidos mas digamos nós em Bruxelas estamos bastante habituados a situações permanentes de enfim de combate política em todos os países faz parte da Democracia depois a seguir é Preciso limpar a a poeira que se levanta e ver o que é que fica e isso que fica o que fica registrado o conta o conta para Bruxelas também são as contas no final do ano não é agora são as contas no final do ano e portanto Veremos se há alguma base para e digamos e haver uma digamos uma correção ou o que seja dos valores de apuramento finais de ano Mas normalmente há critérios muito claros sobre o que é que se deve registar para fazer os apuramento de final do ano não é assunto de debate digamos assim nesta nesta fase da vida europeia e Nacional e Portugal eh Portugal com a com a situação como como está com o governo de maioria relativo de Maia relativa é visto com preocupação também por parte de Bruxelas h h um foco de instabilidade quando olham para Portugal eu acho que eh é evidente que há um um acréscimo de instabilidade relativamente a um dos raros governos que tinha maioria absoluta na na União Europeia e portanto nesse aspeto não se pode dizer que não haja uma certa perceção de alguma instabilidade aquilo que mas dito isto eh digamos eh governos com maiorias absolutas eh por isso é que Portugal era tão especial são muitos casos praticamente inexistentes quando há uma verdadeira democracia evidente que se houver uma democracia mitigada ou reduzida digamos esses governos têm lugar h e a Europa Está cheia de governos de Coligação de estruturas de Coligação regra sim é e para um país que Como Portugal e no fundo tem e uma trajetória a Cumprir em termos de conver desenvolvimento digamos há uma certa expectativa de que os partidos Democráticos saibam com a experiência que já têm e encontrar para enfim independentemente do debate político que é necessário linhas de convergência naquilo que são as os os fatores essenciais mas este governo nem sequer tem acordos de Coligação não é não mas enfim nós estamos habituados a isso também o governo do engenheiro Guterres também não tinha tinha uma minoria e conseguiu eh vingar portanto no passado há muito tempo Sim há muito tempo mas continua continua a ver governos minoritários com liações pouco estáveis enfim nós todos acompanhamos na Europa o que se o que está a acontecer portanto não parece que haja de facto eh uma tensão sobre a situação vigente eh aquilo que me parece importante nomeadamente eh na nas questões de política de coesão é que a alternância governativa não Gere algo que nalguns países não costumava acontecer em Portugal Como disse mas nalguns países europeus é eh muito prejudicial que é eh digamos alterar projetos de longo prazo que estão previstos e que para serem cumpridos não podem estar a ser metidos e retirados dos envelopes de financiamento eh porque depois chega-se ao fim e não e não se e não se consegue cumprir e já houve algum sinal da parte do governo português nesse sento moment neste momento tanto quanto eu sei não eh agora acho que é muito importante o país ter algum consenso partilhado que não seja só algo e por isso é que nós temos as unidades de acompanhamento e que já foram todas constituídas que envolvem também as Universidades as associações empresariais as associações sindicais as ONGs precisamente para que haja um consenso nacional que Garanta eh alguma estabilidade no núcleo duro de projetos que sejam de facto essenciais para o país cabe ao país definir isso é evidente que do lado de Bruxelas há algumas regras gordas digamos assim eh de ter alguma preocupação de utilizar tecnologias atuais portanto com o digital etc eh não Tecnologias do passado de ter uma preocupação especial em adaptar toda a indústria toda a agricultura aos novos requisitos em matéria de ambiente em matéria de clima eh que haja respeito pelos Direitos Humanos que não haja uma violação dos princípios ambientais mas dentro de regras gordas digamos assim ou latas ou amplas eh Há de facto cabe ao país decidir o que quer fazer E aí é que eu acho que era importante que não houvesse uma eh instabilidade eh eu faço notar por exemplo que em alguns outros países neste momento estão conseguem alguma estabilidade estou a falar por exemplo da Romênia eh relativamente ao que querem fazer com os Fundos estruturais Mas aquela tentação de dizer Ah então não vamos fazer isto vamos fazer aquilo se estivermos a falar em projetos de longo prazo como são estes é muito muito desestabilizador mas tem que dado da tensão que existe atualmente entre psad que eh esses essas duas forças po políticas não se consigam entender para as questões de de fundos europeus Ou seja que o Consenso eh seja não seja possível acho que neste momento o o governo e o partido liderante da oposição são dois partidos Democráticos são dois partidos com grande tradição em Portugal dentro do espetro democrático eh e portanto eu acho e são partidos que conhecem bem digamos toda toda todas as oportunidades e todos os riscos de uma presença europeia forte eh eu acho que sobretudo as oportunidades de uma presença europeia forte estamos num período que é um período muito eh crítico muito perigoso perigoso Porque a Europa eh é um espaço de referência para para o Todo o mundo em termos de democracia em termos de liberdade em termos de desenvolvimento económico mas está ameaçado ameaçado por fora portanto este projeto está ameaçado pelo exterior e estamos a ver aqui à volta de nós os ataques que vêm de países que não são democracias e que ocupam países que estão a lutar nós vamos vemos o que aconteceu acho que foi a semana passada em tibisi e na Geórgia as bandeiras europeias estavam lá vimos o que aconteceu na Ucrânia as as bandeiras europeias estavam lá em 2014 e estavam lá agora outra vez e portanto a ânsia de de destes povos de se juntarem a um pr um projeto como este é imensa mas os ataques exteriores a este espaço estão a ser mais materiais do que alguma vez foram mas também há estratégias para minar internamente dentro da União Europeia a estes estes princípios Democráticos explorando extrapolando cavalgando através de redes sociais através de jornalismo um jornalismo que não cumpre as regras do verdadeiro jornalismo mas de facto estimulando tudo quanto são descontentamentos eh incómodos e às vezes sentimentos até menos nobres de inveja e há de facto uma estratégia que depois se faz sentir internamente na própria na própria união e que se reflete nos digamos no reforço dos partidos antidemocráticos antieuropeia e de facto isso é um perigo portanto é um momento sobretudo a aproximar agora das eleições é um momento de nós nos centrarmos no que é essencial e em nome disso Desse período crítico a Europa atravessa e lembrando eh que nos anos 90 houve um governo eh de maioria relativa do PS que conseguiu governar com uma viabilização do orçamento por parte do maior partido da oposição em nome desse período crítico que também se vive atualmente na Europa acha que o AD e o PS também se deveriam entender para o orçamento eu não devo pronunciarmos sobre política interna portug eu pensei que era isso que era para aí que estava encaminhar a sua resposta eu não tou eu acho que isto não é feito de pequenos compromissos é feito de compromissos de fundo e depois e os partidos podem fazer e devem fazer a Luta pelos seus valores e pelos seus e pelos seus objetivos portanto não se vai aqui criar um unanimismo em que não há oposição tem de haver oposição tem de haver crítica tem de haver discussão dito isto acho que há determinados princípios e determinados valores que e em cima dos quais se fundou a própria União Europeia porque a união europeia naste exatamente de uma de um de um entedimento entre os sociais Democratas e os cristãos Democratas portanto os valores da Liberdade do respeito do respeito pelas instituições do respeito pela pelo Direito eh têm de estar lá e assim como objetivos de coesão porque os princípios da coesão coesão territorial e coesão social mas também territorial TM de estar presentes porque é para isso que existem também estes Fundos estruturais e portanto eh termos uma ideia Clara do que é que é para divergir e de Quais são aqueles pontos em que a amplitude do país tem de gerar alguma consistência e de projetos isto aconteceu durante a história portuguesa não vamos declinar isto depois em questões muito pontuais se um orçamento que ainda é desconhecido deve ou não deve digamos forçar e não se pode condicionar a qualidade dos projetos das seleções e das políticas e a este objetivo eh Há que haver um debate uma discussão aberta Franca mas a seguir há que chegar a um ponto em que se diz bem para o país a 7 anos de distância admitindo que os governos vão mudar há alguns projetos x Por que sobre os quais há convergência e depois pode haver discussões e divergências e em tudo o resto mas isto é um apelo que eu tenho feito exatamente não para minar mas para reforçar a qualidade da Democracia porque a discussão tem de ser feita não se pode comprometer uma crítica que era justa a digamos a um compromisso só para não desviar Digamos um projeto que que é considerado Central tem de haver uma grande discussão sobre Então o que é que se faz mas uma discussão que seja útil limitada no tempo concreta e qualificada no sentido de saber como quando e onde eh em relação às eleições europeias h e ou pós eleições europeias porque pasta na a comissão europeia que o governo Português devia lutar no próximo mandato a da coesão outra vez ou não funciona assim e é o que o que vier na altura h eu acho que há eh dois aspectos importantes a sublinhar um é que eh quem for quem for exercer a função de comissário tem de ir preparado para h muito trabalho físico muita resistência muita capacidade de defender os interesses europeus também numa perspectiva Nacional um comissário não é um agente do país mas é evidente que um comissário transmite toda a experiência que é também uma experiência europeia da sua vivência nacional e portanto há de facto aspectos que são importantes mas a comissão está controlada pelo Parlamento e eu acho que e é preciso também discutir os mandatos e em que comitês é que os deputados que vão ser eleitos vão trabalhar eu posso posso dizer e tenho todo o prazer em dizer em dizer isto os os os deputados Portugueses e neste mandato em que eu estive em Bruxelas foram foram deputados muitíssimo relevantes mas muito relevantes e eles formatam a agenda eles são coisad com os governos e a e portanto eu queria render aqui quer quer de de uns partidos como de outros a e estiveram envolvidos em temáticas muitíssimo relevantes Ainda bem que toca nesse nesse tema porque gostava de perguntar-lhe como é que viu esta renovação praticamente Total quer da lista do partido socialista quer da lista até da Ad Mas sabendo que tem ligação ao PS gostava de saber que opinião é que tem em relação a esta renovação total da lista do partido socialista eh vai exigir um grande esforço Aos aos que estão agora a entrar sabendo sobretudo e eu tou convencida que os deputados que saem e falo por exemplo do Pedro Marques falo da Margarida Marques falo da nas áreas em que eu trabalhei mais no Pedro Silva Pereira no não queria estar aqui a elencar todos eh mas de facto nas áreas da economia por exemplo eh e estes três nomes eh é evidente que pessoas como a Maria Manuel e Tom Marques etc mas estão na áreas em que eu eu trabalhei nas áreas económicas e portanto estou mais sensível eles eles subiram a um nível de credibilidade e que podem e estiveram a influenciar a agenda europeia a influenciar dentro do grupo político eh o Pedro Marques chegou a vice-presidente dos socialistas do grupo parlamentar socialista que é o segundo grupo eh e e de facto Isto foi muito importante panto e e é muito ficou Surpreendida com esta decisão da direção do partido socialista eu não não não não sou membro do partido e portanto também não digamos não estive presente nessa discussão acho que faz sentido a renovação inde eh tenho de conversar fiquei um bocadinho Surpreendida com a dimensão da Renovação porque penso sempre que uma mistura eh pode facilitar também a entrada e a familiarização dos novos com a a realidade Europeia justo para algumas pessoas para o trabalho e foi injusto para o trabalho que alguns eurad estav P eu não sei eu não não não sei o que é que qual era a ambição de cada uma dessas pessoas não sei o que é que lhes vai ser as oportunidades não não não queria julgar porque não estou suficientemente por dentro agora eu quero é testemunhar que foi um ótimo trabalho e que tinha muita influência assim como tinham muita influência na área económica o na área económica é mais o mais o o ministro ministro da da agricultura e a Graça Carvalho portanto a professora Graça Carvalho na parte da Inovação e na parte da portanto tinham tinham influência eh assim como tinha muita influência quando lá estava o Rui Tavares que era de um partido mais tinha um um portanto mas é foi uma pessoa que fez um ótimo trabalho portanto eh quer dizer eh eu acho que a ideia de que o parlamentar europeu eh tem boas ideias e vai fazer discursos é um bocadinho h caricatural porque não é é um trabalho legislativo e nós sabemos tentando responder à sua pergunta que eu acho muito importante nós sabemos o que é que vai estar em causa vai estar em causa o orçamento europeu porque há um alargamento em curso há novas tensões e novos pedidos de utilização de dinheiro ou novas necessidades nomeadamente a política de defesa e era preciso uma boa equipa preciso é preciso que estas pessoas é evidente que eu estou a a trans a transmitir uma área que para mim foi a área em que eu trabalho eu estou a projetar as minhas os meus próprios interesses não não estou a discutir a totalidade da agenda mas eh para Portugal digamos O que é que vai ser o futuro em termos de orçamento e o que é que vai ser a própria política de coesão de que Portugal ainda depende muito no futuro pensando no alargamento pensando na necessidade de reforçar a Inovação a tecnologia de reforçar a política Industrial europeia e estas novas equipas têm que ped T de pedalar muito T de pedalar muito seria uma equipa que já lá estivesse e têm de quando lá chegarem eh têm de escolher quais são escolher e lutar para terem lugar nos comitês e para mim o comitê econ é um comitê Fortíssimo e é um comitê muitíssimo importante mas no o orçamento é um dos aspectos a política de coesão é outro dos aspectos que depende de facto disso e Portugal pode ter perdido influência eh eu acho que ganhou influência não não mas com esta com novas equipas a entrar novos eurodeputados pode ter perdido pode pode perder a influência influ lá ah a influência lá vamos ver depende eu só estou a a a sublinhar eh digamos o esforço que vai ser pedido a pessoas que entram pela primeira primeira vez naquele ambiente portanto são centenas de Deputados eh organizados agora já não sei quantos são as as eh os comitês mas 20 temas ou coisa que eu vhe portanto há um grupo de que faz política agrícola há um grupo que faz política de coesão e regional e de há outro grupo que faz económico e monetário há outro grupo enfim e portanto as pessoas integram-se nesses grupos e depois têm de ganhar a influência dentro desses grupos que lhes permita de facto eh serem ativos e respeitados recebendo relatórios e fazendo emendas a relatórios essa legislação vai estar em curso vai estar em curso a revisão do Paco de estabilidade que já foi lançado eh e portanto há todo este conjunto eh que eu acho que requer uma atenção para Portugal sem dúvida e e em relação a António Costa que continua-se a falar com uma escolha para o conselho Europeu é para si uma escolha natural acha que tem hipóteses eh digamos é m difícil neste momento eh saber se tem ou não que ele tinha todas as hipóteses e havia um consenso alargados tinha isso eu posso confirmar suão ao nível de todos os Comissários que fal falavam quase como um dade adquirido que António Costa seria o próprio presidente da da do Conselho havia inclusivamente de outras forças políticas não socialistas um consenso eu falava imenso e falo com o meu colega por exemplo francês Terry Berton ele diz ah o António António porque ele tinha de facto e tem uma reputação fantástica e e agora com este processo quer dizer eu acho que o problema é do próprio Dr António Costa Ele tem muito aquela estura de todas as vezes que eu falei com ele eh de dizer eu não posso contaminar o lugar porque eu respeito as instituições e é evidente que caberá eh digamos no seu juízo e no conhecimento que ele puder ter do processo avaliar se esse risco existe ou não existe acho que o problema é mais digamos dele eh do que propriamente do outro lado onde enfim e partilhando muitos colegas Comissários diziam Ah ele nunca se devia ter metido ele nunca devia ter apresentado admissão porque para Bruxelas o problema judicial de António Costa não é um problema eh nesta fase não é seria um problema se fosse acusado Eh Ou melhor não é ao nível do senso comum das pessoas com quem eu falo eh digamos não sei se formalmente e digamos o assunto teria outro tipo de tratamento Eh agora é muito mais acho eu eh um problema de eh digamos do próprio o Dr António Costa que teve aquela posição eh muito Nobre meu ver de dizer não vou contaminar um cargo que é importante e sujeitar esse cargo a uma poluição digamos assim que venha associada ao meu nome agora é um processo continu aberto eh digamos do lado nos encontros do grupo socialista tem sido de facto eh sempre há sempre uma referência em todos os grandes encontros eh há sempre uma referência António Costa com de pé etc e algum tipo de crítica ao sistema judicial português as crític neste momento como o assunto é muito difícil de explicar eh está toda a gente à espera que mais uma vez que a água baixo e se Perceba o que é que que matéria é que há portanto é evidente que há uma uma um acompanhamento eh do digamos dos processos do dos sistemas judiciais de todos os países até a um relatório todos os anos e sobre o estado dos da da Justiça nos diferentes países eh mas normalmente o problema é o contrário é o sistema político que controla o sistema judicial e o transforma num sistema utilitário para para a política ou para os políticos eh veremos como é que este caso se irá refletir no relatório anual que no futuro enfim irá ser produzido e se se mantém essa tradição mas mas de facto enfim enfim neste momento há uma certa H uma certa dúvida sobre então Afinal o que é que aconteceu e então afinal qual é a substância E isto é a pergunta que toda a gente faz mas enquanto não houver uma resposta que seja percetível é difícil haver também um juízo não é hum estamos há um juízo sobre os prazos isso há isso há um juízo de alguma surpresa sobre prazos para se dizer enfim Num caso de um primeiro-ministro Afinal o que é que é e portanto o prazo é sempre um assunto mas haver uma crítica está to que não haja um prazo nas nos não ha um prazo ou passe tanto tempo sem que se Perceba o que é que se passa com digamos algo que gerou a admissão de um primeiro-ministro Mas enfim vamos tá toda a gente um bocadinho expectante estamos a um mês das eleições europeias o que pergunto é se o equilíbrio de forças entre socialistas liberais e e p pode ser quebrado pela extrema dire nestas eleições Olha eu acho que eh esta foi uma novidade recente eh haver aqui um um partido digamos a crescer eh enfim com um uma agenda que é que é está sempre em mutação eh digamos há coisas que foram ditas há há um ano há coisas que foram ditas Há uns meses há digamos é um partido muito muito difícil de compreender mas como como estamos a falar do chega imagino sim mas como o chega na Europa há vários partidos irmãos e a FB na Alemanha esses partidos estão todos em crescimento não apenas o chega simim s é uma tendência eh Há uma tendência que Portugal estava isolado dessa tendência até há bem pouco tempo e eu acho que no seu íntimo Acho que muita gente em Portugal e em determinado momento quando viu enfim alguma instabilidade do sistema político eh quis mandar um cartão amarelo quis dizer isto tem de mudar e e o voto eh encontro muito voto que é talvez mais explicado por essa vontade de de fazer uma crítica do que propriamente de encontrar eh nos chega uma alternativa porque de facto uma característica destes partidos é que alimentam-se todas as críticas críticas eh porque os salários não chegam ou críticas porque não há controle das contas públicas ou críticas porque o dinheiro vai para fraudes e portanto são no fundo eh digamos e palavras de ordem soltas e que juntam e digamos descontentamentos desconfortos eh que vêm de vários sítios mas poucos deles têm de facto um programa um projeto alternativas e o que é que acha o que é que acha que vai acontecer Ah eu não sei o que é que vai acontecer eu espero que o que o que neste momento a Europa fez durante este período e repare repare numa coisa se pensarmos bem a Europa num mundo que está todo em agitação todo em desestabilização com guerras com uma pandemia que nunca nos tinha passado pela cabeça que pudesse acontecer o que nos o que nos aguentou foi a Europa porque de facto em a pandemia começou em 2019 em0 21 22 com alteração dos Fundos estruturais que eu levei ao Parlamento o Parlamento aprovou o conselho aprovou foram 23.000 milhões de euros eu posso lhe dizer que 10% mais ou menos dos Fundos estruturais normais do feder Fundo Social europeu Foram em duas semanas transferidos à medida que os países precisavam para comprar aquilo que as pessoas nem se aperceberam e que era de graça máscaras e os o reforço dos equipamentos para os hospitais os apoios ao trabalho a tempo parcial ao leof eh os apoios às PMs que tiveram de estar fechadas tudo isso foi gerido através dos Estados membros mas com o dinheiro dos envelopes que estava para para projetos de feder Fundo Social europeu etc passados em 2021 a média das regiões pobres tinha voltado outra vez ao que estava antes da pandemia das ricas a mesma coisa e as intermédias a mesma coisa quando foi a crise de 2008 demorou 11 anos até que as regiões pobres voltassem outra vez a um nível próximo algumas ainda não voltaram daquilo que tinham antes da crise 2008 mas o crescimento que pergunta é o crescimento da Extrema direita não ameaça esse projeto europeu ameça imenso ameaça imenso mas por isso é que eu tenho a esperança de que os portugueses que são um povo antigo são um povo maduro na hora da verdade e na hora do voto primeiro vão votar e em segundo lugar votem a favor da Europa a eu eu eu acho que isto é o essencial votar a favor da Europa porque se nós queremos ter um espaço inclusivamente que nos defenda de uma invasão de um ataque que neste momento já não é uma teoria nós estamos a ver o que está a acontecer eu todos os dias tenho conversas ou todos os dias digamos todo ou com polacos ou com eu andei a visitar todas as regiões da Europa todos os países da União Europeia Visitei os todos e fui às regiões mais pobres algumas destas regiões fazem fronteira Direta com a Rússia eles vivem num estado de alerta permanente porque eles acham que se a Ucrânia cair eles vão ser os próximos e mesmo grandes países como a Polónia daí esta ânsia de se juntarem a falei com a vice-primeiro ministra de da Ucrânia ela ela disse-me ela disse uma frase que eu achei eh quase emocional Ela disse o que nos o que nos dá ânimo o que nos mantém vivos a esperança de nós entrarmos na União Europeia isto foi-me dito e e de facto há aqui uma um digamos uma ameaça só juntos só no espaço Europeu é que nós conseguimos de facto ter dimensão crítica para fazer uma quantidade de coisas nós fomos ultrapassamos o que Devíamos ter feito o que estava nos tratados para ir encomendar vacinas e distribuir vacinas quando é que Portugal conseguia ter vacinas ao mesmo tempo que a Alemanha ou a França portanto há estarmos juntos na Europa a Europa não é perfeita isto não é tudo perfeito agora não Vamos atirar como dizem os ingleses da criança com a água do banho Portanto vamos melhorar aquilo que houver para melhorar mas não vamos comprar digamos assim discursos que na internet eh nos digamos no nas nas redes sociais são discursos destrutivos e que não oferecem nada de concreto e que seja viável como alternativa e portanto eu acho que de facto é um momento em que em que temos de cair de pôr os pés no chão eh e de e de perceber a importância estratégica de estarmos juntos e de corrigir o que há para corrigir há sempre coisas para corrigir evidentemente falou da Ucrânia o que lhe perguntava é como é que vê a sugestão de macron de enviar tropas para a Ucrânia já não é a primeira vez o presidente Fran voltou a insistir nisso será inevitável Olhe eu preferia não abrir essa essa discussão neste momento porque é uma discussão que vai eh eh evidentemente eh digamos destruir a coesão interna na União Europeia e eu acho que nós temos de nos manter Unidos Portanto acho que essa discussão faz sentido eh a níveis mais restritos e não a níveis públicos eh neste momento aquilo que me parece que que é importante é a Europa abordar seriamente a questão de uma defesa comum que é um assunto que é impossível até agora tem sido impossível tratar e neste momento já começa a haver alguma necessidade o que também pode querer dizer que pelo menos haja uma coordenação de todas as forças de defesa dos diferentes países membros de maneira a que problemas que neste momento se sentem como por exemplo os e digamos não haver uma um normativo para os os equipamentos bélicos e portanto um país pode ter as armas mas os o as digamos os instrumentos que lançam essas mesmas armas eh que são fornecidos por uns não são compatíveis com as armas os mísseis que outro produz porque não há sequer esse tipo de coordenação é evidente que há uma coordenação de alto nível da própria Nato eh e acho que de facto reforçarmos essa dimensão é em si absolutamente essencial eh e é essencial nós começarmos a assentar também objetivos estratégicos comuns eh Há toda essa dimensão que vai ser que vai ser discutida e mas para Além disso e aqui voltamos à política de coesão é importante que esse descontentamento que depois alimenta eh digamos agendas destrutivas eh seja também muito cuidadosamente abordado neste momento nós acabamos de publicar um relatório que eu sugiro que quem nos está a ouvir possa retirar da net que é o nono relatório da Coesão e onde se prova que de facto facto muitas vezes a agenda da coesão Isto é dos vários territórios terem oportunidades de crescimento é uma agenda muito mais da União Europeia portanto toda a gente olha para a Europa para promover a coesão dentro do país e os países esquecem-se de meter a coesão nas suas próprias prioridades políticas nós vemos países que estão a crescer muito e que estão a crescer de uma forma equilibrada e há outros países que estão a crescer à custa de uma capital que depois acaba por gerar descontentamento em todo o resto do país porque de facto No resto do país o que é que acontece os mais qualificados vão-se embora porque não encontram emprego só ficam idosos que são centros de custos que se sentem completamente desmotivados e abandonados e há uma correlação Entre esses Tais votos antisistema e Os territórios onde as pessoas se sentem abandonadas precisamente Porque durante 20 anos não há ali dinâmica e há estagnação e há abandono e portanto a própria política de coesão tem de ser vista com outro sentido estratégico ao nível quer da União Europeia para a manter mas também ao nível de cada um dos países porque são as políticas se se faz uma política de infraestruturas ou uma política de educação uma política de ciência ela tem um impacto territorial e esse Impacto territorial tem de ser tratado e as cidades médias os centros alternativos têm de ser valorizados eu gostava só de a propósito diso estou referir que o presidente das eurocid que junta às grandes cidades europeias disse no fórum da coesão disse que tinha uma série de cidades membros que já não queriam crescer mais em mancha de óleo porque os custos em termos de preço da habitação em termos de transportes em termos de custos de educação começavam a ser excessivos e portanto eles fomentam que algumas empresas e algumas iniciativas se vão colocar cidades alternativas para que essas cidades mais dinâmicas possam de facto crescer e desenvolver-se na base daquilo que são as novas tecnologias a ciência e digamos aquilo que só as grandes cidades podem produzir eu acho que isto é uma matéria de reflexão coletiva gostava mesmo para terminar de lhe perguntar sobre o seu futuro já foi ministra já foi vice Governadora do banco de Portugal aqui já foi candidata à presidência de uma câmara do Porto a segunda maior do país está neste momento como comissária europeia em final de Mandato segue-se o quê vai por os papéis para a reforma ou ainda tem algum projeto por exemplo um novo eh eh uma nova aventura numa autarquia não eu não não uma nova aventura numa autarquia não falhei nessa e não vou e não vou e não vou outra vez não falhei noutras coisas e ainda bem eh portanto Isso acabou por me correr bastante bem porque entretanto Olhe veja lá o que aconteceu na minha vida mas eh não eu não faço eu não faço planos eh nunca fiz e as coisas vão sucedendo há uma coisa que eu farei sempre e que eu sou eu sou economista Sou professora Universitária eh continuo a querer investigar trazer para a ciência ou para a investigação eh todas as informações que vou colhendo destas fantásticas experiências que eu tive a sorte do país me oferecer ao longo da vida e espero ter sempre condições para fazer participação cívica eh de que forma de que modo eh não me caba antecipar nunca antecipei nada e as coisas foram acontecendo está assim terminado este Hora da Verdade estivemos à conversa com Elisa Ferreira comissária europeia responsável pela pasta da Coesão e reformas neste dia da Europa que se comemora esta quinta-feira tivemos a ajuda na gravação de som de Carlos Smith e também na gravação vídeo de Marta pedreir missão regressamos na próxima semana
5 comentários
😂 😂 😂 Conseguiu pagar sacrificando o povo. À gente pelo amor… Eu tenho que parar de ouvir porque me dá ancia de vómitos 🤮
Minha senhora pensa na sua nação, seja mais patriota com seu povo. Não sabe que a senhora está de bababla, e com os bolsos cheios…
Eu não sou portuguesa legítima, mais em todos os anos que vivo e dou meu contributo total em Portugal, tenho visto que Portugal quer ser uma coisa lá fora que não são capazes de ser para o próprio país português. Enquanto os portugueses gritam por ajuda no próprio país país. Não se pode fazer lá fora o que não são capazes de fazer para casa
O trabalho como comissária europeia tem sido tão brilhante que nem me lembrava da sua existência….sempre útil ouvir as realidades paralelas em que esse pessoal vive: “na execução dos fundos europeus Portugal está melhor do que os restantes países”.
Fora de Portugal, a loucura é endémica…
Porque não vão vocês para lá ou vossos filhos, a guerra nem é nossa, e os Pais,, que ficam sem os filhos, é muito triste, porque enquanto não deixam de ajudar eles não param….