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bem-vindo ao sucesso PPT Esta semana vamos conhecer a história da casa Santos Lima que é a maior produtora de vinhos na região de Lisboa e a líder de vendas de vinhos portugueses em vários mercados internacionais Este grupo familiar fatura 86 milhões de euros e exporta 90% da produção total para mais de 60 países a partir de Alenquer José lu da Silva revela os segredos do Sucesso desta empresa que já vai na quinta geração numa entrevista conduzida por Diana Gomes José Luís muito obrigada por nos receber aqui na Quinta da boav Vista em Alenquer como é que está atualmente H em termos de volume de negócios Ora bem estes primeiros quatro meses de deste ano têm sido muito bons estamos a crescer acima até do previsto eh o ano passado foi um ano com alguma estabilidade eh no conjunto no conjunto das várias empresas que constituem o grupo produzimos o equivalente a 31 milhões de garrafas de 075 nó n momento vendemos para cerca de 60 mercados obviamente também o mercado português que é um mercado que nós precisamos muito o nosso quto destino portanto as perspectivas são são boas apesar de masuma já para este ano a meta a meta no fundo é continuar a produzir vinhos bons com Bom Preço e e é respeitar os consumidores que é essa a nossa o nosso lema portanto produzir vinhos com excelente relação qualidade preço pelo menos de acordo com aquilo que é o nosso o nosso juízo e e que enfim que alguma forma os mercados e as e o crescimento das vendas t t confirmado que estamos no caminho certo é difícil estabelecer metas obviamente gostamos de crescer todos os anos eh e acho que vamos crescer Agora depende muito também de fatores que não controlamos os vários mercados e atualmente cerca de 90% da vossa produção total e vai para mais de 60 países e sim mais de 60 e cerca de 90 vai variando mas cerca de 90 quais é que são os principais mercados de exportação E também como é que se adaptam são muito diferentes entre si não é são o enfim há há digamos há há características comuns e e e especifica especificidades de cada mercado em termos de de destinos principais os países nórdicos enfim são são monopólios estatais enfim onde é é difícil conseguir ter um vinho listado mas uma vez listado e desde que a qualidade continue consistentemente ou a melhorar e os preços sejam competitivos porque competimos com contra milhares de referências de todo o mundo portanto é é um é um um ambiente agressivo e muito concorrente pocial e portanto os países nórdicos Como dizia portanto a Europa em geral mas os países nórdicos em particular pois o a América do Norte Estados Unidos e Canadá Portanto o Brasil também é um mercado em em crescimento mas vendemos desde o Japão Coreia do Sul Nova Zelândia Austrália até a Islândia onde enfim não é nórdico mas é é semi escandinavo e e África também que é um e tem planos já para se expandirem mercados emergentes temos temos alguns mercados que vamos estrear as nossas vendas este ano já temos encomendas mercados novos na Ásia Eh agora os principais mercados em termos de de de volumes potenciais e de importância no ranking da importação são mercados que já cobrimos uhum apesar da vossa forte presença internacional Vocês também são dos maiores produtores aqui da região de Lisboa Nós somos o maior produtor da região Lisboa há muitos anos cerca de 50% dos vinhos da região de Lisboa eh saem daqui não é são produzidos por nós e comercializados eh somos também um produtor grande e no Algar portanto Quando penso de acordo com asas estatísticas o maior produtor e depis temos cobrimos outras regiões e vinhos verdes Douro dão alentejo e pico além de Lisboa e do Algar são sete regiões neste momento nós estamos aqui na Quinta da Boavista em Alenquer mas como disse vocês estão presentes de norte a sul do do país Quantos hectares é que é que estamos a falar aqui aqui aqui em Alenquer e aqui do avisto foi on tudo nasceu portanto é uma paridade que tá na família desde final do século XIX e portanto foi tudo nasceu e quando nasceu não tínhamos intenção de ter a expansão que temos que tivemos e que temos hoje em dia e nem a dimensão que temos hoje em dia mas nós aqui na região de Lisboa temos um pouco mais de 450 haar de vinha entre vinha a em produção ou ou recentemente plantada no conjunto do país temos cerca de 720 hees e com quantos colaboradores é que contam em média no conjunto do grupo e permanentes temos cerca de 320 e temos épocas do ano onde pontualmente temos que recorrer a reforço de trabalho sazonal embora já não tenha muito peso mas mas há situações que que o requerem portanto em 1996 salvo erro começaram a comercializar as primeiras garrafas e marcas próprias neste momento com quantas marcas próprias é que contam mais ou menos e quais é que são as principais marcas próprias em comercialização atualmente perto de 200 não chega referên perto de 500 porque a mesma marca pode ter o branco pode ter o ros pode ter o reserva pode ter várias portanto isto implica um esforço de logística muito grande mas mas é mas é uma forma de destar que que nos caracteriza desde desde que começamos perguntar Exatamente isso O que é que diferencia a casa Santos Lima de outros produtores E também como é que aliam este lado da Inovação que vocês investem estante com a tradição que é o outro lado do negócio pois o negócio o o o esta este setor do vinho é um setor que tem uma carga grande tradição mas e nos tempos modernos em que vivemos temos que ter consciência que competimos com com muitos outros produtos eh eh alcoólicos e não alcoólicos que no fundo eh concorrem connosco portanto quando quando um determinado consumidor tá a ver uma cerveja ou um sumo ou qualquer outro produto que não vinho enquanto bebe aquilo não bebe vinho portanto as alternativas hoje em dia são muito maiores do que eram há 20 30 anos e e portanto o que é que acontece nota-se a nível Mundial uma quebra do consumo de vinho apesar da população estar a crescer isto tem que ver um bocadinho com a demografia com a demografia porque os os os principais consumidores de vinhos são eh é classe etária acima de 50 anos e portanto todos os dias vamos ficando mais velhos não é e portanto há consumidores que não se que desaparecem e que não são substituídos por pelo menos com o mesmo nível de consumo por gerações mais novas que bebem vinho mas também bebem vinho mas também bebem outros produtos os tais produtos alternativos portanto desta as tendências de consumo têm-se fim de alterar há há uma alteração de consumo procura-se menos álcool ou não álcool o já deixa de ser vinho não é mas é H uma procura portanto há há há uma há uma tendência nesse sentido vos com menor grau alcoólico eh tanto há preocupações tem que ver com com a saúde e com equilíbrio calorias etc e com e obviamente que há um segmento mercado continua a ver os vinos tradicionais enfim com álcool 12 13 gra ah mas panto há uma há há uma há uma uma grande variedade e uma diversidade de de procura que tem que ver também com o escalão etário o escalão social também capacidade também financeira isso é outro problema com com com a rotura das cadeias de abastecimento e inflação que que se assentou depois da nos últimos 3 anos depois da guerra e na Ucrânia e os os os o preço final subiu não tanto porque o conteúdo vinho propriamente dito tenha subido não subiu o preço mas porque os consumíveis o vidro a rolha o cartão subiram de preço e depois reflete-se no preço final obviamente também esta quebra de consumo também está parcialmente associada a Esse aumento de a Esse aumento de custos e sobretudo ao facto do vinho não não sendo um produto essencial apesar de fazer parte da dieta da maior parte da e dos Portugueses e e de outros e de outros países consumidores e não é não é um produto essencial Uhum em relação aos temas de sustentabilidade Isto são temas que são incontornáveis neste momento para qualquer empresa portanto Imagino que vocês tenham também essa preocupação e pergunto como é que T realmente acautelado este lado mais sustentável também aqui em relação ao problema da seca no Algarve por exemplo onde vocês também têm produção Ora bem sustentabilidade e dois planos aqui panto temos ido muito em energias fotovoltaicas portanto temos uma superfície muito grande já de painéis fotovoltaicos que nos permite digamos eh reduzir o recurso a eletricidade não renovável portanto eh e com vantagens económicas além de e depois a nível da da Agricultura eh temos apostado nos últimos 2 anos sobretudo e cada vez mais em em numa agricultura regenerativa orgânica biológica não só aqui portanto como plantamos e e nas linhas entre as vinhas determinado tipo de de sementes no que diz respeito à água mas aqui na região da liner e não não irrigam as vinhas Aliás a regra a regra na vinha É não ser irrigada a irrigação é permitida em termos europeus apenas circunstâncias excecionais e que o sol na nossa região são solos com características que permitem reter umidade anos foi bastante e depois ir devolvendo essa essa humidade à planta até até à vindima no Algar Aí temos quear porque senão a reg é indispensável porque senão as planta podam sobreviver já já é um problema de produção agora temos compatibilizado as nossas necessidades com as disponibilidades de água que TM surgido apesar dos cortes que surgiram sempre com com controle e evitando desperdícios e penso que o problema tá mais ou menos ultrapassado com com a chuva que caiu este ano e com os não será um obstáculo à produção é um obstáculo clar que é um obstáculo se deixar de haver água mas isso a ver não faz é um problema é um problema transversal ao país é um problema de aproveitamento do potencial hídrico do país eh e e direcional para as regiões mais necessitadas mas isso é é um dos Desafios que o país tem e que quanto a mim já Já devia ter sido resolvido Ou pelo menos estar estar a ser resolvido neste momento eh Esta é uma empresa familiar já vai na quinta geração eh e começou com o seu bisavô no final do século XIX se erro H estar numa empresa eh familiar e já com tanto anos de existência traz um um peso acrescido na lider sim H há um legado que temos que respeitar não é portanto a eh uma empresa que usa o nome da família portanto e ao usar o nome da família obviamente que que temos uma responsabilidade acrescida porque eh porque há um histórico que tem que ser tem que ser respeitado e salvaguardado o José luí também nem sempre esteve aqui ligado ao negócio O que é que o levou a deixar em 1990 a onde trabalhava deixi em 95 deixei a banca em 95 em 95 O que é que eu levou a deixar na altura o emprego que tinha para se dedicar aqui ao negócio toda a minha formação é económica e financeira e portanto trabalhei de facto desde ainda estudante comecei a a trabalhar na área da banca em Portugal depois depois em em Paris e em Londres e depois regressei a Portugal e pronto e gostei muito dessa Minha experiência ah e não foi por não gostar que eu não continuei mas foi numa altura que estamos a dividir ativos na família surgiu esta oportunidade e portanto era um uma ideia antiga que alimentava se calhar aconteceu mais cedo do que em termos de minha idade eu tinha 45 anos quando quando quando fiz esta mudança profissional e e pronto e a oportunidade que surgiu e e decidi portanto um bocadinho surpreendentemente para para para quem conhecia a minha atividade na área financeira mas foi uma boa aposta Foi uma boa decisão e olhando mais para o futuro já tem algum plano para a suão aqui do do negócio a ver neste momento a quinta geração já está representada por salada portanto que é casado com a minha filha mais velha com a Maria e mas enfim temos uma estrutura profissional que que que assegura também sobre o comando conjunto meu e dele já e cada vez será mais dele e menos meu à medida que os anos vão passando não é eh neste programa Como sabe temos várias rubricas uma delas é à minha maneira e aqui queríamos saber um bocadinho quem é que é o José de um ponto de vista mais pessoal mas ao mesmo tempo também Qual é que é o seu estilo de gestão e de liderança Eu acho que o meu estilo gestão é mais é muito um gestão de proximidade portanto gosto de de ir aos sítios às várias locais onde nós trabalhamos seja a vinha seja a linha camento seja o escritório a parte administrativa portanto acabo por meter em tudo acabo acho que o meu contributo ainda é válido e que ainda ajuda a melhorar e aquilo que é a atividade da empresa mas obviamente que com o crescimento da empresa o grau de intervenção tem que ser muito mais distribuído por todos é uma pessoa que gosta de ouvir opiniões de terceiros ou tem um ponto de vista muito rígido no que ol as duas coisas gosto de ouvir as opiniões mas está também sou bastante tenho as minhas convicções portanto há que conciliar estes dois aspectos na rubrica sim conseguimos queremos saber qual é que foi a maior adversidade porque passou e ao mesmo tempo como é que enfrentou como é que ultrapassou adversidade aqui na na empresa Ora bem eu diria talvez duas uma na área na área da agricultura da viticultura foi um tornado que tivemos aqui um mini tornado em 2007 creio eu que nos devastou uma parte da propriedade e da produção n an eh causando-nos um prejuízo grande não coberto do seguro e portanto houve que dar a volta foi de facto foi de facto são situações que não controlamos tanto quando se quando se quando se tem um conjunto de ativos como são as nossas áreas de vinha e que dormem ao relento todas as noites portanto os riscos das atrocidades do clima São são sempre possíveis foi em Maio em Maio de 2007 mas passamos e ultrapassamos o segundo talvez tenha sido de facto a pandemia ou covid quer dizer e o tentar o tentar ultrapassar com sucesso e acho que conseguimos a as roturas de fornecimento de alguns produtos essenciais para o produto final desde garrafas a Olhas a paletes porque houve de facto quando dependemos a a montante de materiais que são indispensáveis para o produto final se há interrupções na Cia os nossos fornecedores têm dificuldades em segurar os de forma regular e normal os produtos que necessitamos pois isso ref na dificuldade em entregar o produto final apesar de tudo pelos dados que eu tenho de 2019 para 2021 até aumentaram a faturação foi porque o o e com houve muito houve muitas pessoas que já haviam vinho que em casa passaram a verem mais vinho e portanto quem como nós tinha Vinhos e disponíveis na grande distribuição seja em Portugal seja sobretudo em países onde nós temos uma presença forte e e onde também o comportamento consumidor aí foi igual porque todas as pessoas começaram a ver mais vinho em casa no fundo eram um pequeno luxo a que se a que se e que que tinham todos os dias para compensar aquilo que deixavam de ter e portanto eh correram bem eh na rubrica Portugal 2043 eh nós queremos saber aqui um bocadinho a sua visão para o país daqui a 20 anos mas também a visão para a sua própria empresa eh portanto daqui a 20 anos em 2043 Portugal vai celebrar os 900 anos de existência e portanto queremos saber um bocadinho que país é gostaria que tivéssemos E também o país que acha que vamos ter Olhe o país que eu gostaria que tivéssemos Era um país menos justificado portanto que entretanto são daqui até 43 são são 19 anos não que entretanto haja um um esforço Grande para corrigir as assimetrias da demografia que temos no fundo somos um país velho a envelhecer e há que criar medidas e estímulos para para para a correção da da natalidade a falta de mão d’obra também é uma coisa que a mão d’obra tem sido compensada com com com a imigração e e nós temos beneficiado dessa possibilidade e houve vários vários ciclos portanto houve um ciclo em que viam aqui um conjunto Grande trabalhores moldavos a maior parte deles ainda cá está e bem integrado muito bem integrado que foram muito importantes para o nosso crescimento também temos agora um conjunto também de de trabalhadores nepaleses que também tem dado uma ajuda e convive muito bem portanto a quem proporcionamos a habitação etc condições e que eu penso que eles apreciam e é a única maneira de poder ir crescendo porque há tarefas por muita mecanização que se faça na vinha que continuam a ser neste nesta atividade que devas paraas quais a mão do bem dispensado Portanto o que é que eu penso em termos do país acho que Devíamos corrigir esta desertificação do interior isso passa por por por de facto corrigir a demografia estimamos a natalidade passa por incentivos fiscais H que ser realista e passa por água ter água disponível no interior porque água é vida e na altura em que houver água e no interior e condições fiscais mais favoráveis vamos ver mais empresas e estabelecer-se cmente na parte alimentar nós temos uma balanço entar deficitária que não faz sentido com com as extraordinárias potenciais que temos a nível de clima e e mesmo de do território para as empresas e julga que deveriam haver mais estímulos por parte do Estado deveria haver Olha o principal estímulo era não haver desincentivos e nós vivemos hoje em dia para para concretizar um investimento qualquer obra por mais simples que seja e por mais a vontade que haja até das câmaras municipais às vezes há todo um conjunto de de legislação de regulamentos de excesso de de intervenientes que complicam atrasam e e e e criam de facto esta situação que é quase é para ter muita coragem hoje em dia para investir em Portugal porque desde a decisão de investir a decisão de aplicar e capitais próprios ou alheios eh até concretizar O mais difícil é ultrapassar a burocracia portanto a tem ver um esforço e imenso na desburocratização do país e na simplificação da atividade e portanto e obviamente que se houver incentivos fiscais é ótimo mas se não houver desincentivos já não é mau José Luís muito obrigada terminamos calhar aqui com brindes Com certeza então ao futuro obri a Portugal e ao vinho e é tudo já sabe que pode ver o sucesso p PT um projeto que criei em 2006 aqui no site amanhã PPT e também na euronews aliás fica disponível no canal YouTube em português pode também ouvir o podcast e claro ler a entrevista no jornal Portugal amanhã conte consigo na próxima semana h
2 comentários
😂😂😂😂😂😂
Com certeza e se for estrangeiro tem que ser louco