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viva e bem-vindos ao dúvidas públicas a entrevista de economia da Renascença que para além de poder ouvir a esta hora também está sempre disponível para ver e ouvir em podcast e em rr.pt o nosso convidado de hoje tem toda a sua vida profissional ligada às tecnologias de informação e comunicação licenciatura mestrado doutoramento em engenharia eletrotécnica a que juntou mais tarde os computadores percurso feito no Instituto Superior técnico onde também acabou por dar aulas ao longo de 13 anos depois passou para a nova base que liderou como CEO e Presidente do Conselho de administração quem o conhece e com ele trabalha carrega nas qualidades dou exemplos pessoa afável e acessível Sempre disponível a fazer Pontes homem de consensos um verdadeiro Diplomata elogiam lhe a personalidade cativante a determinação e a serenidade bem como a experiência e a visão estratégica do setor onde trabalha generosidade e compromisso também são palavras usadas pelos mais próximos para descrever AL que será dono de um pensamento pragmático típico dos homens da engenharia não foram assumidos de feitos presidente da apdc a Associação Portuguesa para o desenvolvimento das Comunicações desde 2013 Rogério carapuço é o convidado deste dúvidas públicas uma entrevista que também é conduzida pela Sandra Afonso e por arsenio Reis começo por agradecer ter aceitado o nosso convite o congresso deste ano volta a contar com oradores de peso mas não só inclui também os reguladores anacom e Arc que não participaram nas últimas edições o o que é que mudou foram as direções está reposto o diálogo não nós nós bom em primeiro lugar muito obrigado pelo convite Muito obrigado pelas palavras e iniciais eh com gosto que estou aqui convosco eh e portanto nós o o programa do nosso congresso tipicamente incluía os chamados debates do Estado nação ou seja foi um nome que nós atribuímos eh e que basicamente significa que nós queremos fazer o ponto da situação do que acontece em cada um desses subsetores porque a nossa Associação é uma associação já lá iremos discutir esse ponto certamente é uma associação de ecossistema portanto em que temos empresas do do mercado da economia digital sejam eles operadores de telecomunicações operadores de mídia de Correios de empresas de consultoria tecnológicas etc eh a e portanto queremos fazer o ponto da situação nalguns subsetores e e nesses no Setor das Comunicações em particular e dos mídia e e os mídia não foi desde o início digamos dos nos primeiros congressos Mas um pouco mais recentemente começamos a fazer também esse esse estado da Nação e e isso implica enfim ouvir a opinião de quem são os reguladores e nós temos tido relações e de trabalho sempre fáceis com quer com a anacom principalmente com a anacom porque há mais tempo e os mídias juntaram-se enfim como grupo e mais recentemente e portanto também convidamos algumas vezes a erc para estar presente uma outra vez não foi possível por razões de agenda mas procuramos trazer numa outra situação também não queríamos abordar explicitamente os temas de regulação porque na altura e H que assumi relação entre entre o regulador respectivo e os operadores não era a melhor eh e não abordamos esses temas Mas voltamos a a fazê-lo por isso eh o convite é o convite que é natural e que a gente já fazia há muitos anos a comunicação está portanto de novo aberta e agora numa fase boa pelo que percebo eh bom eh nós não não não interferimos na relação entre os operadores diretamente enquanto empresas e os seus reguladores e por isso e temos a colaborações até de Vista técnica de participação emem conferências de de organização de de iniciativas conjuntamente com com a anacom por exemplo e e isso sempre aconteceu e tem acontecido e e temos relações próximas com com eles neste momento no setor qual iria que são os grandes desafios Que há Que há pela frente Ora bem Depende do que é que entende pelo setor não é certo portanto se calhar pode começar por explicar isso talvez explicar is para toda a gente que nos ouve pelo menos perceber essa parte melhor e até porque estamos no ano dos 40 da apdc faz sentido se calhar colocar aqui um pouco de história sobre como é que tudo isto nasceu portanto a apdc nasceu em 1984 e numa altura em que o país era completamente diferente e a televisão a cores existia há pouco tempo e os operadores eram praticamente todos públicos e que er ao nível do da das telecomunicações e dos mídias portanto em geral e e portanto a concorrência no ura eraa muitíssimo reduzida porque os os operadores sentro públicos separavam um pouco aquilo que era as suas áreas de intervenção cada um e e do ponto de vista tecnológico não havia ainda não tinha começado ainda a digitalização sobretudo da da própria rede telecomunicações e das centrais de computação que passaram mais tarde a ser digitais e que na altura eram analógicas Nessa altura ess essa questão não era tema não é digamos assim e essa questão era um tema importante ora como os operadores eram praticamente todos públicos houve um conjunto de pessoas que eram profissionais do setor que criaram a associação como uma associação de profissionais uma vez que não fazia sentido fazer uma associação de empresas em que era praticamente todas públicas eh e portanto a a associação começou com uma associação de profissionais e depois mais tarde com a com a abertura do mercado com a liberalização do mercado é que passou a integrar outras empresas designadamente operadores privados e depois empresas de vários tipos e por isso passou a ser também uma associação Empresarial e Hoje ainda temos alguns sócios individuais e apesar de termos essencialmente sócios empresas pronto e portanto o início foi esse e a ideia era os profissionais do setor queriam discutir a evolução do setor como é que se fazia a evolução do setor eh e queriam discutir isso com com com o com os governos da altura com com a com a sociedade civil etc e portanto trazer para cima da mesa a necessidade urgente de fazer a digitalização da rede de telecomunicações bom eh antes das centrais digitais as centrais de computação eletrónica ou seja as centrais que permitiam fazer a ligação de um de um assinante aou outro assinante de telecomunicações eram armários inteiros de relés portanto dispositivos electrónicos que faziam a computação e eletromecânica e portanto eram armários enormes em salas enormes em que se ouvia O Clique dos dos relés a disparar eh quando se fazia digamos a à medida que as chamadas iam sendo eh comutadas e isso era uma uma tecnologia que tinha tinha o seu fim à vista porque não era possível expandi-la muito não era rápida não era muito fiável eh e era preciso fazer então a transformação para a computação digital que já estava a acontecer que já estava a começar a acontecer no exterior e portanto era PR trazer essa inovação digamos assim para Portugal e de facto foi das coisas boas que foram feitas em termos de Economia portuguesa pós 25 de Abril foi a a remodelação completa das redes de telecomunicações para o digital e para eh dispositivos não só para as C Tris digitais mas também para meios de comunicação mais rápidos com maior largura de banda E chegamos à fibra Ótica chegamos a todos esse tipo e à e à própria e à própria telefonia móvel que não existia na altura remodelação outra vez para a fibra a fibra já há muito tempo aliás havia experiências de fibra Anes mesmo ponto a ponto antes mesmo da própria Associação ter sido criada eu aliás em conversa com um dos das pessoas que vai participar no congresso e que foi presidente da associação engen graça Bau ele contou-me que fez uma primeira ligação experimental de de de fibra salvo erro em 82 portanto ponto a ponto e só agora é que está a generalizar e a chegar à Casa das depis mas depois a generalização da tecnologia etc começou a acontecer nos anos 90 e e também é nos anos 90 que começaram a aparecer os operadores privados e quer na nas telecomunicações queer nos próprios mídia portanto a telecel que depois foi adquirida pela Vodafone a a ótimos que hoje faz parte da nós a a TVI a CC tudo isso são inícios dos anos 90 e a Ana com enquanto regulador que era necessário para depois poder regular o mercado que tinha eh operadores diversos eh foi criada ainda com o nome de ICP Instituto das Comunicações de Portugal e foi criado em 89 Salv erro e portanto e todo o mercado foi abrindo e evolução foi muito rápida essa evolução depois estendeu-se com a com a entrada no mercado de operadores eh em concorrência estendeu-se à própria inovação eh não só ao nível da tecnologia mas também ao nível dos serviços eh por exemplo nós temos televisão por cabo há muitos anos e muitíssimo generalizada comparada com com outros países e com aplicações que apareceram em Portugal muito antes de aparecer em praticamente todo o mundo portanto aquela aquela aplicação simples que a gente hoje usa muito de andar para trás com o programa para ver o programa que tinha começado há uma hora atrás não existia Praticamente em Sítio nenhum do mundo quando apareceu em Portugal e e portanto algo que caracterizou muito o setor e os operadores foi esta inovação contínua e que er ao nível da da da telefonia fixa queer ao nível da móvel com as sucessivas gerações 3G 4G 5g já lá vamos eh já lá iremos e e portanto toda essa inovação foi posta a rolar digamos assim a partir desse momento Inicial e de fundação digamos da própria Associação pois como lhe digo a associação passou a ter operadores públicos privados portanto normal mas entidades de diversos tipos porque eh não só as empresas de eh de operação estavam interessados no setor mas também as empresas que criavam as condições para que ó opação se pudesse fazer por exemplo inda até às empresas que faziam valas por exemplo na rua para passar os para passar os cabos eh e depois as empresas de que desenhavam e construíam aplicações empresas de consultoria acan o processo todo e portanto esta Associação é uma associação de ecossistema não é uma associação como a gente tá habituado a ver as associações empresariais em que todos os sócios são iguais panto por exemplo uma associação de hoteleiros São todos hotéis uma associação de farmácias são todos farmácias e portanto tendem a defender os interesses desse grupo específico como é muito natural e nós somos uma associação de ecossistemas e portanto discutimos os interesses que são do interesse conjunto desse ecossistema não podendo nós perder muito muito tempo com com hisória os temas de preços de concorrência nós não tratamos portanto são os temas que uma outra Associação que é aitel nós ainda assim vamos querer ter a sua a sua opinião sobre algumas algumas dessas vai vai gerindo porque essa sim é uma operação é uma uma associação de operadores que tem esse fim e no seu na sua missão dig chegados aqui Qual é Então O Grande Desafio do ecossistema como lhe como lhe Ora bem Ora bem Portanto o ecossistema passou por inúmeros desafios portanto anos 90 foi a aquilo que já vimos depois digamos assim exatamente depois o aparecimento da dos instrumentos digitais em larga escala é algo e das grandes empresas digitais é algo que começa nos finais dos anos 90 início dos 2000 etc portanto a transformação digital permitiu o aparecimento em todo o planeta das das empresas hoje mais valiosas do planeta e e com mais clientes etc e tudo isso ocorreu durante os anos 2000 2010 e Chegamos aqui hoje em que o tema são as aplicações e as aplicações sobretudo em áreas disruptivas como a inteligência artificial por exemplo de que se tem falado muito ultimamente e portanto hoje o desafio é precisamente o acelerar da transformação digital e possibilitada por este tipo de tecnologias e e que se acredita que será o maior salto de produtividade da história da humanidade portanto não é uma coisa simples em 84 Estávamos atrasados hoje estamos atrasados para esse Desafio ou não não é assim reparo nós depende depende Quem são Depende de quem somos nós e depende do que é que é um atraso país no me cas em 84 estávamos a falar do do país e o país tinha que recuperar em termos de digitalização e de liberalização do do do mercado e isso foi feito com sucesso eh hoje já não falamos só de país falamos de região e da Europa digamos assim certo eh porque um país é demasiado pequeno digamos assim para e para enfim para conseguir e fazer digamos a transformação digital e para fazer os as grandes transformações só para lhe dar um um um pequeno exemplo nós hoje temos empresas globais e que são maiores do que basta somar cinco empresas globais na área digital e temos a economia Americana e e portanto e enfim cinco não masos sete temos a a economia Americana e portanto e temos empresas que são maiores do que a economia da maior parte dos estados e e uma uma curiosidade A esse respeito é que por exemplo a Dinamarca salver em em em em 2017 nomeou pela primeira vez um Embaixador junto das empresas digitais que era o embaixador de carreira portanto era o embaixador na Indonésia e que a seguir foi nomeado como Embaixador junto das empresas digitais para ter o seu escritório é em Silicon Valley para estar próximo das das empresas digitais e o Ministro dos negócios estrangeiros da Dinamarca na altura eh disse no seu discurso que a razão porque nomeava o embaixador junto das empresas digitais é porque e as esmagadora maioria das grandes empresas digitais era mais importante para a Dinamarca do que a esmagadora maioria dos estados e portanto era necessário alguém que compreendesse as tecnologias que iam aparecer como é que Essas tecnologias podiam ser adotadas que atraísse investimentos para para à Dinamarca eh etc portant e Portugal precisava também de um Embaixador eu diria que precisamos de ter esse tipo de função quer seja materializado dessa maneira ou noutra figura eh qualquer mas é muito importante ter uma relação muito próxima e com essas empresas que são da dimensão de estados digamos assim em termos económicos eh e por isso eh hoje estamos numa situação em que um estado sozinho dificilmente consegue fazer uma transformação significativa na sua economia e portanto estamos a falar essencialmente de regiões e aí preocupa-nos naturalmente aquilo que que que é a situação da da Europa Porque a Europa é muito menos competitiva do ponto de vista tecnologia digital com outros com outras zonas do mundo Estados Unidos ou a China e portanto já já agora que está a falar neste tema As empresas a operar em Portugal T escala é assim as empresas a operar em Portugal que são grandes lá fora têm escala as empresas portuguesas não em geral não e esse é um dos grandes problemas da da economia Portuguesa que é a falta de escala isso nota-se em todas as todas as áreas inclusive os próprios operadores etc eh o o problema da escala é um problema nacional e crítico e que nós temos em vários setores e que nós temos que defende a fusão resolver defendo tudo o que tenha a ver com com o aumento de escala ou seja nós temos sim nós temos normalmente todos os incentivos errados para o aumento de escala e ficamos muito orgulhosos por ser uma economia de PMs e quando ser um uma economia de PMs é um problema não é uma vantagem eh eu diria se quiser abordar esse tema assim de uma forma simples eh que nós eh desde o 25 de Abril até hoje foi outro dia houve o aniversário do os 50 anos do 25 de abril e o 25 de Abril tinha os três dias lembra-se da democratização descolonização e desenvolvimento desenvolvimento e e de facto nós temos a liberdade que não tínhamos e e a Democracia que não tínhamos isso fizemos a descolonização isso é precioso descolonização possível e o desenvolvimento foi onde a gente falhou mais embora tivéssemos áreas que se desenvolveram bem e este caso do nosso setor acho que foi um dos casos que se desenvolveu bem mas isso não é fácil ou não é possível dizer relativamente à economia toda falta o d da dimensão e repare aconteceram duas coisas em paralelo que juntas causaram alguns problemas uma correu bem e outra que nem por isso a que correu bem foi o desenvolvimento de pessoas de da ciência o desenvolvimento da nossa academia formação a formação de pessoas a qualificação de pessoas a escolarização isso correu bem e nós demos um salto ativo absolutamente e inacreditável nos últimos 30 anos foi quando eu entrei para a universidade 7% das pessoas que que acabavam o ensino secundário chegavam à universidade e o ensino secundário não era o ensino obrigatório para todos hoje temos o ensino secundário todo os 12 anos como sendo o ensino obrigatório e 40% dos jovens terminam o o ensino secundário entram na universidade e depois vão fazendo os seus graus académicos e portanto o nível de escolarização desta geração mudou brutalmente a nossa ciência é de primeiro nível em termos internacionais em muitas áreas as nossas universidades são de primeiro nível em muitas em muitos rankings internacionais nessas áreas e portanto temos uma Juventude muito mais escolarizada e uma ciência muito mais desenvolvida e toda a gente mais móvel Isto é com a com a com com [Música] a enfim com a entrada na União Europeia e a bolição de fronteiras com os transportes aéreos muito mais baratos com com uma série de de desenvolvimentos que foram feitos as pessoas são mais móveis e são mais qualificadas enquanto que a economia desenvolveu-se menos e como a economia se desenvolveu menos e as pessoas são mais qualificadas e mais móveis vão para fora vão para fora e portanto nós temos os dois números de 30% eu diria da a nossa vergonha que são 30% de pobres e 30% de jovens que querem ir para fora de Portugal e isso porquê porque a nossa economia não ganhou escala eh porque a nossa economia não se desenvolveu porque não há projetos suficientemente interessantes muitas vezes não é só um problema de Salários como às vezes se quer reduzir o tema mas não há por vezes iniciativas tão tão interessantes tão Tecnicamente desafiantes como existem noutras economias MA aal e essa dualidade criou aqui perca o raciocínio ainda a falar da escala eh a venda da antiga PT agora altise é uma preocupação não repar eh os operadores eh fazem o seu caminho os donos às vezes mudam eh e quem sabe que se se alguma vez alguns operadores atuais for vendido quem sabe quem é que compra só depois é que eh a gente vê mas qualquer das maneiras é sempre normal o mercado fazer esses movimentos Não não é esse o problema e normalmente o mercado corrige quaisquer coisas que que possam não ser ideais do ponto de vista de concorrência outra coisa Qualquer porque alguém aproveita também as oportunidades portanto não não é isso que que me preocupa o mas preocupa é que este grau de desenvolvimento da este grau de desenvolvimento da economia não acompanhou o grau de desenvolvimento das pessoas eu já já lá volto mas queria só perguntar aí uma coisa pelo meio ainda em relação a alti mas na sua do seu ponto de vista qual seria o resultado em termos de pensando no setor e pensando no país qual seria o resultado mais favorável de um eventual processo de venda da eu não faço comentários sobre os negócios que os os nossos Associados decidem ou não fazer portanto não não vou comentar Pronto agora aí então ao seu ponto porque é que no fundo houve um desenvolvimento grande das pessoas e não houve um desenvolvimento grande em termos econic pergunta isso é uma pergunta Isso é uma pergunta muito interessante mas eu acho Na minha opinião acho que houve uma um fator absolutamente decisivo é que enquanto que na qualificação das pessoas é fácil e não é muito eh diferente a posição política dos vários partidos Ou seja é fácil montar a vontade política não é fácil ver um partido dizer não vamos qualificar as pessoas e outros a dizer que vamos é um objetivo que é mais fácil de consensualizada ser mais pode ser pode haver uma medida mais desta maneira ou mais daquela pode um partido defender e uma coisa um pouco diferente do que outra mas o o objetivo geral ninguém vai dizer que é contra ele enquanto que desenvolver a economia há eh duas visões completamente diferentes há se calhar metade do país ou assim dizer um número redondo que pensa que nós temos um problema de criação de riqueza que não criamos riqueza suficiente e por causa disso depois também não a distribuímos e há se calhar outra metade o país que diz que Nós criamos riqueza suficiente não a distribuimos é bem eh vimos agora na campanha eleitoral lembro-me de um debate por exemplo em que Paulo Raimundo dizia isso com todas as letras ele dizia nós queremos riqueza suficiente não distribuímos é bem é problema dos baixos salários e outros pensam o contrário e nunca se conseguiu eh uma estratégia uma estratégia económica única porque H estas duas visões e estas duas visões uma vez dependendo da da digamos da geometria da geometria dos partidos seu peso eleitoral foi derivando para um lado outras vezes para o outro às vezes dentro do mesmo partido uma equipa de gestão diferente do partido faz diferenças também significativas nesta matéria e por vezes estamos a oscilar para o lado e do problema da distribuição e outros outras vezes estamos a oscilar para lado do problema da criação isso não permitiu criar uma uma estratégia clar e distribuímos mal ou seja é as duas coisas ou de facto temos que criar e eu acho que esse há pessoas que gostam de ver isso no ponto de vista ideológico porque do ponto de vista ideológico é fácil explicar tudo é uma fé portanto a pessoa acha que sim porque tem aquela fé eu não gosto como dada a minha formação da da engenharia que já referiu não gosto muito desses temas colocados dessa forma e preferia dar alguns exemplos que eu acho que é essencialmente um tema de números eh se vamos imaginar e um país mais ou menos da dimensão de Portugal e com uma população mais ou menos parecida ligeiramente superior que é a Holanda em 2023 qual é que foi o lucro da maior empresa holandesa numa altura em que a gente aqui diz que as empresas portuguesas tiveram um lucro eh excessivo que é uma coisa que eu não entendo o que é que é isso de um lucro excessivo mas teve um lucro muito grande uma empresa holandesa a maior empresa holandesa que é Shell teve eh resultados líquidos em 2023 17.000 e tal milhões 18.000 milhões uma empresa se foros somar não interessa Mas é uma empresa holandesa Ok Ok eh se nós quisermos encontrar uma empresa Se quisermos encontrar esse volume de de de lucros em empresas portuguesas temos que somar as empresas ditas grandes portuguesas todas e não chega para esse número para uma empresa portanto a gente não tem um problema de criação de riqueza claro que temos só uma empresa holandesa cria mais valor do que todas as grandes empresas portuguesas mas também temos de distribuição como há pouco eh valor criado claro que depois é poss não é possível distribuir tão bém é o tal problema do ditado queem que caso onde não há pão todos rham e ninguém tem razão não é agora se nós tivéssemos um problema de distribuição temos que fazer agora a prova ao contrário significa que se nós distribuíssem o que temos tirávamos toda a gente da pobreza Então vamos pegar aí nos lucros de uma das maiores empresas portuguesas 1000 milhões nós somos 10 milhões de portugueses vamos imaginar que a gente distribuía os 1000 milhões todos p P pela população toda dava 100€ cada distribuir pelos pelos dava 100€ a cada um digamos os 4 milhões de pessoas que estariam na pobreza já lá vamos dava 100 € a cada um com 100 € a cada um alguém saía da pobreza por ano e se fosse só para os 30% eram para aí 300 e tal euros para cada um por ano também saia alguém da pobreza por causa disso não portanto nós não temos um problema de distribuição temos um problema de distribuição porque não criamos porque não há para distribuir porque não há para distribuir porque as empresas precisam de de que de gerar meios financeiros Para poderem reinvestir no seu negócio para poder Inovar para se poderem internacionalizar e Para poderem ser xels deste deste mundo porque essas empresas não nasceram do nada nasceram da Inovação ainda agora se fala também da da da empresa dinamarquesa e que que vende 300 bilhões que é aquela farmacêutica novo nordisk não é eh não nasceu do nada nasceu da Inovação e pode pode nascer na Dinamarca que é um país com 5 milhões de de habitantes enquanto nós temos 10 por isso eh apostar na qualificação das pessoas como fizemos apostar na inovação como fazemos n alguns casos e ter dinheiro para investir e isso aí é que a gente não tem eh é fundamental para podermos criar empresas com a dimensão com a escala com a projeção internacional necessária tivemos agora uma grande oportunidade com a chada basuca Europeia o prr que bem conhece sim eh foi aproveitada neste setor acha que foi está em curso e eu faço parte Como sabe da da comissão de acompanhamento do prr e portanto também não vou comentar porque a comissão tem uma forma de se exprimir que é através dos seus relatórios e através do presidente por is eu não quero que fale desse trabalho mas em relação a este setor acha que este setor aproveitou esta oportunidade Vamos lá ver o os os vários setores estão a tentar posicionar e e estão a Tentar aproveitar as oportunidades todas eh e eu Nós enquanto associação eh e agora no nosso congresso vamos apresentar um documento que tivemos a elaborar com sugestões para o desenvolvimento do país etc e uma das das questões que que colocamos no nesse documento é precisamente eh dizer que os instrumentos que aí vêm porque o prr está comprometido e vai está em execução os instrumentos que aí vê Portugal 2030 etc devem ser aproveitados essencialmente para as empresas e ter uma componente forte de transformação digital das empresas Para apoiar a transformação digital das empresas porque isso é fundamental para porque a transformação digital tá muito correlacionada com o desenvolvimento das empresas está a falar do que aí vem isso quer dizer que o que já chegou não foi o que está não o que está o que já chegou já chegou não vale a pena falar dele vale a pena falar é do Futuro e e e em termos de execução tem que ser bem executado Ok mas eu não respondeu à minha pergunta Pois não não nem vou responder porque esta minha esta minha missão eh compromete essa resposta Isto é não me vou pronunciar sobre esse tema mas aquilo que que é a missão da comissão a que eu pertenço é garantir que o que que o prr tem feedback suficiente para para ser bem implementado E isso tem curso não vou comentar agora os próximos acho que devem ser bastante vocacionados para a economia para as empresas e e em particular para a transformação digital obviamente também para a para a transforma para transição energética etc e mas muito para a transformação digital porque a transformação digital está muito correlacionada com a produtividade dos negócios e portanto e a produtividade desses negócios vai a tirar muito partido daquilo que se conseguir fazer ao nível da da transformação digital já agora posso-lhe perguntar quando é que teremos novidades da comissão de acompanhamento do prr eh os relatórios são semestrais portanto quando terminar o primeiro semestre há um relatório comoos pontuando esta conversa h e passando sempre pelo tema da Inteligência Artificial que é aliás o grande tema do congresso deste ano ano H como ela vai malar o futuro na prática ela já está presente nós nem Sempre damos conta disso mas de facto ela já está presente na vida pessoal e profissional todos a questão é é perceber se estas mudanças estão também a ser acompanhadas pelos serviços que são fornecidos pelas empresas do setor e se nos dá exemplos que nos ajuda a entender onde é que ela de facto hoje está ok H na vida de todos nós então Eh enfim é É parece Óbvio para quem está no setor Digamos que transid social vai ser o grande veículo de transformação eh não só da economia como enfim da sociedade em geral em termos tecnológicos sendo até difícil antecipar todas as consequências do que process que estamos TR enorme aumento de produtividade que que ele traz e Esse aumento de produtividade tem a ver com as pessoas em particular e tem a ver com as empresas e tem a ver com as economias do seu todo etc eh e por isso eh é uma grande esperança de que esse aumento de produtividade venha eh favorecer as economias os negócios vida das pessoas etc bom dito isto quero também fazer aqui um parênteses e que um dos nossos convidados que é o professor Pedro Domingues que é uma das autoridades mundiais em termos de machine learning O autor do de um livro designado por do master algorithm ele deu uma entrevista ao dar spel aqui há uns tempos em que dizia uma coisa que era assim e quando eu voa conferências aí pelo mundo fora e v a conferências nos Estados Unidos e toda a gente fala enormes oportunidades que a inteligência artificial nos vai trazer nos vai proporcionar e vou à Europa toda a gente fala dos riscos toda a gente fala de que temos que proibir isto e mais aquilo e mais aquil outro e e portanto Essa não é a posição correta não quer dizer que os riscos não tenham que ser prevenidos mas nós pmos os riscos e a regulação à frente da Inovação é um risco tremendo para a Europa e como alguém disse no outro dia qualquer Se continuar assim a Europa fica uma espécie de Museu que os chineses e os americanos Vão visitar nas férias para ver como é que eram as coisas no passado eh e não para concorrer no futuro e para abrir caminhos e para e para fazer as coisas primeiro do que os outros sendo deixa-me só fazer um parente sendo que há de facto alguns riscos importantes nós ainda na semana passada tivemos aqui o responsável dos recursos humanos da R stad que dizia que inevitavelmente os empregos destruídos pela Inteligência Artificial serão mais do que os construídos pela inteligência Aral isso é discutível tamb acho que ainda é difícil dizer ISO mas a ideia ele passava examente porque repar em todos os avantos tecnológicos que houve até hoje penso Por exemplo na máquina a vapor ou enfim e os empregos destruídos foram sempre menos do que os empregos criados porque esse tipo de de de avanços tecnológicos criam oportunidades que não existiam e portanto vão aparecer empr empregos novos vão ser destruídos alguns e Obviamente as pessoas têm que requalificar para poder concorrer aos novos para não ficarem trás e para trás pronto e portanto o mecanismo tem sido sempre esse a questão é que quando tratamos de software e quando tratamos de mecanismos que se replicam com muita rapidez é discutível ninguém sabe eh se de facto essa a criação de mais empregos vai suplantar a a destruição de empregos portanto é é difícil que alguém lhe responda comd dig exatidão uma pergunta desse tipo eh O que é verdade isso garantidamente porque aconteceu nas anteriores é que as pessoas têm que se qualificar e têm que se qualificar rapidamente porque esta tecnologia avança muito mais rápido e é muito transversal ou seja vai afetar tudo e portanto se as pessoas não não estiverem a par digamos da do que do que acontece nessa área eh vão ser menos qualificadas para poder concorrer aos postos de trabalho que vão existir e há aqueles postos de trabalho que vão ser eventualmente substituídos mas também há aqueles que vão ser transformados Ou seja vão ser feitos de outra maneira eu gosto de pensar que eh porque repar no que tem acontecido na história eh o homem começou por ser essencialmente agricultor depois quando com o aparecimento da máquina a vapor a indústria ganhou peso cada vez menos pessoas trabalhavam na agricultura com o aparecimento dos serviços as pessoas começaram se a deslogar para os serviços e menos para a indústria e neste momento a esmagadora maioria na economia americana 80% das pessoas trabalham nos serviços mas este é um fenómeno de facto mais Global diria eu só que este fenómeno mais transal di tanto permite automatizar mais a indústria comoa os serviços como tudo e portanto a pergunta é para onde é que os empregos vão agora vieram da Agricultura para os para a industria e para os serviços a minha a minha tentativa de resposta digamos assim no curto Médio prazo é que vão evoluir das áreas transacionais para as áreas emocionais Isto é as áreas transacionais aquilo que é fazer transações vão ser automatizadas rapidissimo quer sejam transações bancárias transações de todo tipo as áreas emocionais Ok ou seja aquela o bem-estar a saúde Aquilo em que falar com uma pessoa é fundamental eu acho que nessas os empregos vão Florescer e nas áreas transacionais haverá menos produtividade e portanto são precisas menos pessoas para cumprir as mesmas coisas mais automatizado assim no num num curto Médio prazo fazer previsões a longo prazo é uma coisa muito difícil e eu diria que esse seria o cenário mais mais relevante mas estava a falar da da questão da da inteligência artificial para lhe dar assim exemplos simples Por exemplo quando nós eh deixamos as nossas preferências no determinado operador de streaming ou num determinada empresa que vende livros ou que vende outra coisa Qualquer existem algoritmos que estão a ver o que é que aquelas preferências significam e que outros tipos de títulos é que nos podem sugerir sugerir e por isso e esse tipo de exemplos são exemplos que que permitem as pessoas perceberem Qual é o alcance desta tecnologia só que esta tecnologia também já se fala da Inteligência Artificial desde os anos 50 e e havia até um termo que os homens da Inteligência Artificial usavam muito que era os invernos da Inteligência Artificial não sei se ouviram essa expressão que era havia determinados avanços e depois havia um período em que aquilo parecia que não tinha acontecido Afinal nada era esquecido e era esquecido e tal o investimento Nessa altura baixava e depois voltava mais à frente e tal só que agora estamos perante uma uma categoria de sistemas diferentes que é uma uma categoria de sistemas capazes de aprender sozinhos ou com algum guidance mas eh eles próprios E como eles são capazes de de de de trabalhar a uma velocidade muitíssimo rápida eh aprender sozinhos significa que eles podem aprender muitas coisas eh e portanto nós podemos ter algoritmos quer do ponto de vista de eficiência das redes quer do ponto de vista de previsão de de de avarias de de equipamentos antes deles avariar eh quer do ponto de vista de simplificação da forma como como faz a manutenção etc que vão ser vão ser impactados e por esses por esses desenvolvimentos quer ao nível da das telecomunicações quer ao nível de outras áreas como energia etc e também ao nível das aplicações como há bocado viamos aqueles exemplos e como áreas inteiras e algumas delas que nunca praticamente mudaram Olha uma área que praticamente nunca mudou a educação a educação tá praticamente igual desde a última revolução tecnológica que foi a invenção da Imprensa século XV antes da da da da Imprensa as pessoas não tinham livros portanto era o mestre e os discípulos digamos agora já começa a ver aulas à distância passaram a ter livros e com livros passaram a a poder estar em aulas e depois irem estudar sozinhos e o modelo passou para isso e hoje está praticamente igual tirando o ensino à distância que é a primeira tentativa mas agora com a introdução de algoritmos de Inteligência Artificial que aumentam a produtividade quer dos alunos quer de toda da gente o chat gpts da vida etc eh o ensino vai ser radicalmente transformado e era al que já não era transformada a centenas de anos mas agora em termos práticos além das alas à distância O que é que prevê que pode mudar em termos práticos são os instrumentos de deportividad porque repare aquilo que foi colocado de tecnologia nas escolas até agora foi tecnologia digital por exemplo computadores projetores Multimédia e tal para fazer as coisas da mesma forma que fazia portanto não era uma transformação digital era uma transição Isto é eh transitava se de uma coisa que era em papel para uma coisa que era em formato digital mas a coisa era a mesma ou seja os instrumentos É que mudavam agora não agora a gente vai ter e instrumentos de produtividade como por exemplo os modelos de linguagem portanto os chatos gpts da vida eh que vão permitir procurar eh assuntos a uma velocidade extraordinária e por isso Vão pôr em causa uma coisa fundamental que é o professor como fonte do conhecimento os modelos de aprendizagem têm que ser revistos os modelos de de de ensino e de aprendizagem têm que ser revistos porque eles estavam baseados no Professor ser a fonte do conhecimento e e e agora Há outras fontes o congresso vai também discutir a situação dos mídia que não estão a atravessar um período fácil que Quais são os os principais problemas que identifica neste momento ora Essa é a tal pergunta difícil de dizer a um profissional da comunicação social que que em princípio sabe melhor a resposta do que do que o entrevistado mas vou tentar eu e começando por dizer que e eh a liberdade da Imprensa e a e a e termos jornalismo eh livre e independente é fundamental para a democracia portanto a gente não consegue ter uma democracia sem ter liberdade da Imprensa sem ter mídia eh não capturados por por poderes políticos etc isso é absolutamente fundamental ora eh Há que garantir que isso acontece eh mesmo quando há dificuldades económicas e ou financeiras mesmo quando há evoluções tecnológicas ou na presença de evoluções tecnológicas há sempre garantir que a liberdade da Imprensa se mantém ou seja vocês podem fazer o vosso trabalho sem que ninguém os pressione para fazer as coisas de uma maneira ou de outra ou que os persigam ou que whatever eh e e issso não é uma coisa garantida nós podemos ver coisas absolutamente terríveis que aconteceram por exemplo durante e alguns regimes e por exemplo a presidência de Donald trump nos Estados Unidos em que que se contestava em em que se contestava coisas como em que se contestavam coisas como as autorizações climáticas que foi ao ponto de que os meteorologistas começaram a ser perseguidos e alguns desistiram do seu trabalho eh porque davam mais notícias e diziam que o tempo estava pior porque houve as alterações climáticas e tal portanto quando se começa a a a a perseguir meteorologistas nível e como é que não será com jornalistas que podem fazer notícias sobre todas todas as coisas e portanto há que proteger o jornalismo não só do ponto de vista de liberdade de imprensa e da forma como as pessoas podem atuar Mas também de condições e para que os media sejam livres na medida em que ninguém consegue ser livre se não for economicamente independente esse esse outro ponto que é a sustentabilidade financeira sustentabilidade financeira a sustentabilidade financeira é um tema que tem que ser discutido e tem que ser tem que do meu ponto de vista tem que ser feito tudo o que seja necessário para que os mídia livres e Independentes possam continuar a operar é uma questão de imaginação de que tipo de medidas é que serão necessárias mas isso parece-me fundamental Já percebi que não quero falar de preços Mas vamos ter que passar por questões que andam à volta até porque na apresentação do congresso dizem que é a diferenciação e a Inovação são as grandes apostas das três maiores operadoras de telecomunicações no mercado sim onde é que está essa diferenciação exatamente quando as soluções apresentadas aos clientes se aproximam na forma na qualidade no preço mas isso depende muito da de repar quando quando existe uma eu estou a falar do ponto de vista do Consumidor particular não tanto do Consumidor Empresarial não para quem nos ouve perceber perce eu percebo eh quando quando nós viemos um um um período de grande inovação como aconteceu por exemplo com o caso da da TV por cabo H bocado de referir começam a aparecer inovações que de facto os portugueses tiveram primeiro do que outros é claro que à medida em que essas inovações vão sendo postas no terreno os concorrentes da entidade que coloca a Inovação em primeiro lugar começam também a ter as mesmas coisas e a tendência é que eles consigam aproximar as ofertas e depois cada um deles encontrar formas de diferenciação quando aparece uma diferença do ponto de vista de tecnologia quando aparece uma diferença de outro outro ponto de vista qualquer portanto as empresas tenderão sempre a a apresentar as inovações que conseguirem apresentar dentro do menor tempo possível para com isso consigam captar clientes e isso aconteceu efetivamente no mercado não quer dizer que um determinado momento não se não não não começa a aparecer um determinado equilíbrio porque entretanto outros que não fizeram uma determinado de inovação primeira parecem com uma coisa parecida que é que é é o que está a acontecer neste momento e depende há vários momentos e em cada momento há sempre uma tentativa de igualização concorrência no não porque repar o seguinte e nós temos os operadores americanos de telecomunicações têm 100 milhões de clientes nós temos uma média de eh de clientes por operador na Europa na na casa dos 5 5 milhões e temos em Portugal na casa dos 3,5 port nós em Portugal como muito tamos a perados a mais não não basta comparar com os clientes que têm também tem que se comparar com os preços que oferecem e os serviços que oferecem tem a ver com a escala também e com a capacidade que as empresas têm que ter de inovação porque e também não se pode olhar para as empresas dizendo olha elas ganham dinheiro Isso é mau não e nós temos que ter uma abordagem mais técnica e a abordagem mais técnica é é ver qual é o retorno desse investimento e a gente vai aos operadores europeus alguns até grandes e vemos retornos de investimento na casa dos 2,5% alguém quer ter um negócio cheio de risco com retorno 2,5% então deixa-me fazer a pergunta de outra forma o Mercado Nacional tem espaço para mais operadores em termos de dimensão não de de grande Dimensão em termos de dimensão não porque repar nós temos nós temos 3,5 milhões de pessoas por operador quando a Europa tem à volta de cinco em média e os americanos já H volta de 100 já vai entrar agora um novo operador grande operador mas isso tá feito tá feito agora eh a questão é mas não acredita portanto que essa entrada do digi no caso é o que estamos a falar possa alterar o que quer que seja no mercado posso ler isso das suas de maneira nenhuma eu acho que quando entra quando entra alguém num sítio onde não estava provoca alterações isso já aconteceu no passado quando entraram operadores novos eh a questão é há um compromisso há um um um tradeoff como como a gente gosta de dizer que a gente usa muito as expressões em inglês eh Há um compromisso entre aquilo que é a rentabilidade que um operador tem que ter para poder continuar a fazer inovação e continuar a existir e aquilo que é e aquilo que os clientes obviamente pretendem que é sempre ter o máximo de serviços possíveis pelo preço mais baixo possível não vai mudar com a entrada do novo operador Porque o mercado é o que é ISO o mercado tem as suas limitações e sem resolvermos o problema da escala não resolvemos o problema do não resolvemos o problema inerentemente do preço agora repar quando a timus entrou e no mercado também propôs preços mais baixos outros responderam etc portanto asas coisas acontecem sempre Eh agora a questão é que as empresas têm que ter a capacidade de Inovar tê que ter a capacidade de investir em inf que são pesadas e e se elas não conseguirem ganhar dinheiro não conseguem operar no nosso mercado Esse é um problema de o exemplo da ótimos acha que o mesmo pode acontecer com a digi vamos ver Quer dizer não a gente não não são os bruxos não é como se costuma dizer portanto há sempre quando entra uma nova presença no mercado há sempre reações do dos outros e e veremos a questão é que e o papel da regulação é o papel de garantir que as regras que existem regras e toda a gente Cumpra as regras e que as regras são justas para todas as partes Ou seja a regulação não se confunde com a defesa do consumidor a defesa do consumidor também existe a regulação deve ponderar aquilo que são os interesses do Consumidor com aquilo que são os interesses dos players de mercado que se não tiverem condições para operar em condições de rentabilidade numa determinada região acabam por desistir E isso também não interessa de aind a quem tem a a quem tem a a em quem é cliente não é deixa-me ainda perguntar o que é que aconteceu ao 5g tá a andar Eh vamos lá ver não vale a pena também estar sempre a a voltar ao passado e digamos a bater no ceguinho Como o povo costuma dizer o 5g teve um atraso significativo que provocou um atraso até nas classificações de Portugal nos rankings europeus do 10 e etc porque fizemos um concurso levou um ano e que era um concurso eh do do nosso ponto de vista e dissem na altura injusto do ponto de vista do investimento e mas foi feito tá feito tá a andar segundo os números da própria anacom hoje em abril de 2023 nós teremos uma penetração do 5g na casa dos 70% enquanto que a média europeia do 80 O que quer dizer que com muita rapidez os operadores responderam Para incorporar a tecnologia e prestar os serviços agora o que leva mais tempo é construir aplicações serviços diferenciados em cima dessa capacidade porque o que uma nova tecnologia traz são novas capacidades fazer chegar ao cliente exatamente portanto é é é fazer chegar por exemplo às empresas e as empresas Depois aos seus clientes porque as coisas vão por por etapas panto quando nós temos um uma tecnologia que permite uma maior largura de bandao velocidade e uma menor lactância ou seja tempo de uma ação que é feita aqui ser notada do outro lado há novas aplicações que se que se podem desenvolver mas depois é preciso tempo para desenvolver Portanto o facto de termos já 70% de cobertura não quero dizer que as empresas já estejam todas a desenvolver muitas aplicações para dar aos seus clientes mas iram lá chegar eu eu já ouvi alguns receios de que o 5g podia acabar por ser ultrapassado pelo 6G acha isto possível eh é sempre assim ou seja vem uma geração de comunicações ela é incorporada vem Outra Geração de comunicações ela é corporada e gerações de tudo a mesma coisa se nós demorarmos muito tempo a incorporar a anterior HS tantas já aparece a seguinte e a anterior ainda não está completamente incorporada e e o mercado terá que responder a isso por isso é que é tão grave ter-se posto em primeiro lugar por exemplo o valor económico do leilão em vez da velocidade fazer o leilão rápido para que os operadores pudessem fazer aquilo que tinham feito anteriormente sempre que foi incorporar as as novas tecnologias rapidamente di fundi-los e per permitir a criação de aplicações e não nos atrasarmos é muitíssimo mais valioso do ponto de vista de valor económico trazido para o país do que l o leilão ter gerado no e x ou Y de de valor final e portanto são essas são essas opções económicas que nem sempre são as melhores e e que comprometem o futuro parecendo e vendendo-se facilmente já agora a opinião pública como uma coisa melhor ou seja eu atrasei aqui o leilão à Brava mas à conta disso consegui buscar um encaixe financeiro maior mas o país Perdeu muito mais e e esse conta é muito mais fácil fazer muito difícil de Cont não vamos bater mais no no no no tema agora o 5g tá no terreno tá a andar vai andar e e as pessoas vão usar vamos entrar numa fase de começar a correr contra o tempo mas de qualquer forma não queria deixar de lhe perguntar uma coisa aqui as operadores de telecomunicações estão normalmente entre as empresas que recolhem mais reclamações dos clientes O que é que não funciona olha quanto maiores são as quanto maior é o número de interações maior é o número de reclamações por isso e se eu tiver interações muito frequentes também o número de reclamações é maior Portanto o facto de Isto é como a problema dos dos acidentes informáticos e tal o que conta não é tanto Eh quantos acidentes é que se tem mas como é que se recupera deles e o que conta não é tanto quanto as reclamações exas como é que se respondem a elas e e portanto e e todos eles estão a fazer esforço para para resolver esses temas obviamente mesm tempo resposta às vezes é motivo de reclamação não é mas todas as pessoas ou seja todas as áreas têm sofrem reclamações tudo toda a gente que tem muitos clientes sofre reclamações a área digital tem uma tem uma particularidade é que as pessoas estão habituadas ao tempo instantâneo eh e esse tempo instantâneo também obviamente que eh se reflete em todas as ações do das pessoas nomeadamente por exemplo nas reclamações portanto quem tem muitos clientes tem muitas reclamações eh tentam sempre baixar obviamente ningém a ninguém interessa do ponto de vista da operação ninguém interessa que as pessoas tenham sejam mal servidas não é eh e por isso é o é o tempo que leva e a própria inovação vai ajudar a que algumas dessas coisas sejam resolvidas de forma mais automática e e possa baixar esse número antes de terminar deixa-me só perguntar-lhe sobre esta questão os Estados Unidos querem proibir o tiktok já a partir do próximo ano caso a plataforma não substitua o investimento chinês a empresa diz que a decisão é inconstitucional e que vai contestar isto é uma ameaça à liberdade de expressão olha vamos lá ver eh isso há várias coisas primeiro eh isso é essencialmente uma medida protecionista e portanto as as medidas protecionistas como sabemos eh são prejudiciais ao mercado e não são a a digamos digamos fazedoras de um de um mercado mais mais competitivo primeira questão segunda questão os tema o tema da liberdade de expressão como é às vezes tratado eh nós temos que pôr a questão da seguinte forma a meu ver que é a liberdade de expressão de uns termina quando começa a liberdade dos outros Isto é a liberdade de expressão e a liberdade de outras coisas não é diferente da Liberdade a liberdade de expressão não é diferente Liberdade nós não podemos considerar liberdade de expressão ofender pessoas ou perseguir pessoas isso não é liberdade de expressão Isso é o que alguns e algumas forças e que hoje começam a ter representação em muitos países não é querem fazer passar e os americanos têm muito essa questão da liberdade de expressão mas a liberdade de expressão não pode ser à custa de tudo e sobretudo não pode ser à custa dos outros portanto nós não podemos considerar liberdade de expressão são perseguir pessoas dizer mal delas degras etc pronto Esse é um tema e esse é um tema que tem que ser resolvido e pelos Estados com os mecanismos constitucionais que conseguem desenvolver outra coisa é o protecionismo contra determinados interesses económicos de outras regiões panto está contra uma decisão do género que foi tomada em Portugal não em relação a uma rede social mas em relação ao u penso que não devemos ter que não devemos vamos ter políticas protecionistas e penso que se Há questões técnicas que devem ser colocadas à empresa devem ser se forem questões que têm que ser fiscalizadas por técnicos devem ser e agora uma coisa é fazer é resolver um problema técnico que as empresas certamente estarão interessadas em em também clarificar e outra coisa diferente é é é tomar atitudes dos protecionistas em relação ao ui houve argumentos enfim que apontavam para outro tipo de situações que não só a questão técnica ou a rentabilidade económica não é não vamos ver lembro-me de haver um representante do Governo dos Estados Unidos que veio a Portugal precisamente saudar o facto ou Pressionar para que nós em Portugal não assumissem a é o que eu digo medidas protecionistas não são boas eh questões técnicas ou de de natureza do que é que se faz com a informação etc e todas as empresas têm que conseguir responder e se responderem respondem se não responderem e são sancionadas por isso não queria terminar sem perguntar enfim o problema com a China é um exemplo mas eh na verdade a questão da cibersegurança está hoje muito presente uhum h e e o que eu lhe queria perguntar era por um lado se acha que vamos ter que reforçar e muito o investimento neste combate e se esta será uma fatura pesada no futuro para as empresas eh temos que reforçar e será uma fatura pesada e temos que fazer outra coisa que é começar por uma coisa fundamental que é a qualificação das pessoas em geral para lidar com esse tipo de temas ou seja as pessoas têm que saber como é que devem funcionar com os instrumentos digitais para não serem tão eh digamos tão vítimas facilmente e de ataques de vários tipos e essa luta vai ser cada vez mais difícil e dou-lhe só um exemplo muito rápido e o exemplo muito rápido é o seguinte havia aí essa fraude de receber um um SMS ou um a dizer pai mãe e tal agora mudei o número não sei quê agora imagine que é a cara do seu filho com a voz do seu filho a pedir uma coisa cada vez vai isso incia erto cel permite pronto e isso é uma coisa que vai ser vai aparecer porque os criminosos são extremamente eh imaginativos e portanto cada vez as ferramentas existem cada e as ferramentas existem portanto cada vez vai ser mais difícil às pessoas distinguir coisas e portanto uma das das coisas que a gente tem que aprender desde pequeno ensino tem que permitir isso eh é sabernos defender desse tipo de coisas eh e quando fala no ensino é formação escolar mesmo também a começar pelos professores logo quer dizer os professores são fundamentais para eh para digamos para formar os seus alunos e dar-lhes as competências necessárias e uma delas é distinguir o verdadeiro do falso eh que é algo que cada vez vai ser mais difícil eh e se os professores não tiverem receio de se expor aos alunos porque são Tecnicamente menos qualificados é um problema eh e portanto isso começa no ensino começa na qualificação geral da população ativa começa eh em todos esses aspectos e depois termina obviamente termina não continua nas empresas na na na na proteção e contra os ataques e e sobretudo na resposta também na na capacidade de sobreviver de de ser resiliente aos ataques porque ninguém é muito bom em cibersegurança por não ser atacado quem não é atacado é quem não é interessante quem é muito bom em cibersegurança é quem recupera depressa dos ataques consegue prever consegue evitar a maioria deles e se tiver algum recupera rapidamente Ou seja é resiliência que interessa e não propriamente ser muito atacado ao pouco porque isso quem for interessante é muito atacado a terminar pedimos sempre que os nossos convidados escolham um tema musical que de alguma forma lhes tenha marcado a vida ou considero importante gostava de de conhecer a sua escolha que explicasse um bocadinho para todos o que o que ol eu escolhi a uma canção escrita uma melodia escrita por Charlie Chaplin que eu acho que é um dos maiores artistas de sempre e artistas no sentido Largo do espet complo completo portanto foi ator realizador escreveu canções escreveu música enfim eh e portanto o smile é uma canção sobre a resiliência estamos agora a falar de resilência não de propósito é uma uma coisa que diz muito obviamente a quem está naquele negócio da comédia porque às vezes a pessoa tem que fazer rir os outros quando quando está triste não é mas toca-nos a todos nós nos nossos momentos mais difíceis todos nós temos momentos mais difíceis eh e portanto Nessa altura ter e uma uma peça que nos que nos mostra e que mesmo perante à adversidade a gente deve sorrir e deve e deve levantar a cabeça e deve procurar as coisas boas é é fundamental tal e por isso é uma busca contínua que eu pessoalmente sempre fiz ao longo da vida porque a gente tem ser alturas melhores e piores e e o smile é sempre uma é sempre uma referência para esse tema e já quase toda a gente cantou essa essa canção portanto é universalmente conhecida pena é que as novas gerações não conheçam tão bem o Charlie Chaplin Porque já já vive há muitos anos e portanto já fez coisas há muitos anos em 1800 e qualquer e 80 e tal e por isso é pena que não se conheça melhor a sua a sua obra mas fica aí o smile para para para essa aproveitarmos a escolha musical de Rogério carapuça Presidente da apdc Associação Portuguesa para o desenvolvimento das Comunicações o nosso convidado de hoje a quem agradeço obviamente a presença esta entrevista contou com o cuidado técnico de Rui Glória ação na plastia de João Campelo a imagem de Beatris Pereira regressamos na próxima semana até PR semana