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Esta é a história do dia da Rádio observador com que táticas e com que armas querem os partidos vencer as eleições europeias nós defenderemos o direito à habitação e elevação do direito umae de apoio financeiro a e com a integração fez para garantir a paz no nosso continente habitação integração Fundos guerras imigração pensões PS e ad apresentaram os programas eleitorais na semana passada e hoje começam os debates entre os cabeças de lista de que temas vamos andar a falar até 9 de junho o que querem de facto os partidos nestas eleições europeias e que Impacto terão os resultados na política nacional ganhar asias para logo a seguir ganhos Portugal vou conversar com mar liha jornalista de política do Observador Eu sou a Sara Antunes de Oliveira e esta é a história do dia segunda-feira 1 de Maio bem-vinda Mariana Olá Sara se tivesses de apontar os quatro temas de que mais vamos falar nas próximas quatro semanas quais seriam as tuas previsões is é uma pergunta muito difícil até porque o tempo político tem provado que nunca podemos fazer previsão nenhuma assim a mais de 2 horas mas h em primeiro lugar a habitação acho que se tornou Claro até pelas apresentações tanto do PS como da Ad que é um tema que engraçado perceber como é que cada partido vai lidar com ele e vai ora empurrá-lo para a Europa que é o que o PS faz dizendo que não é um problema exclusivamente Nacional nem do governos socialistas ou o contrário que é o que AD faz eh e aproveita precisamente para falar dos problemas nacionais que existem em relação à habitação e portanto é um assunto que todos reconhecem que é um problema eh vão o passa culpas é que vai variar consoante o partido e a imigração também é um tema que vai que vai evidentemente entrar na campanha que é particularmente delicado H à direita no sentido em que a esquerda o vai usar como arma de arremesso eh que o vai usar muito para a direita tradicional à do chega Eh Ou seja qualquer e ponto em que estejam de acordo que se fale de regras mais musculados etc vai eh causar alguma polémica o p o pacto das migrações exal ações que foi alvo também serão serão um assunto e portanto a imigração claramente outro dos temas H diria que as Guerras eh será um assunto também sendo que há um consenso relativamente grande em relação à Ucrânia menos eh no no PCP e isso é um dos assuntos que tem eh sido muito debatido é se vai de facto afetar a votação do partido nestas eleições e também em relação à questão da Palestina eh e de Israel Eh aí sim há posições um bocad bocadinho mais disparos mesmo a nível Nacional h e até enfim o PSD eh terá de de explicar também a posição do governo relativamente à solução dos dois lados etc mais clara exatamente eh e depois tu tinhas dito quatro temas eu confesso que guardei o quarto tema para questões nacionais porque eu acho que eh o resto do tempo vai Muito provavelmente ser ocupado por enfim pelos temas do dia pelos temas reações de trapalhadas que AC conteção ora no Parlamento ora no governo e e nestas eleições em particular é muito difícil evitar que se que haja essa enfim essa contaminação H dos temas nacionais durante a campanha europeia não vamos ouvir falar só de Europa haverá seguramente temas comuns entre as várias candidaturas mas já é possível perceber estratégias diferentes apelos a eleitores diferentes Sobretudo o PS EAD para além desse exemplo que deste sobre a habitação Quem olha mais para fora e olha mais para dentro Sim e eu acho que é possível como passar logo eh olhando para as escolhas dos cabeças de lista para perceber as estratégias dos partidos e desses dois partidos em particular eh porque tem muito base até nas características específicas eh dos candidatos que escolheram e alguns sinais que já deram nos primeiros discursos eh São ambos candidatos escolhidos claramente tendo em conta o fator mediático eh isso é muito Evidente eh nenhum deles tem aliás nenhum historial europeu específico que justifique a escolha eh Marta temido no PS existe a convicção é uma candidata eh muito popular que tem eh por causa da questão da pandemia que conta com uma uma espécie de sentimento de agradecimento sobretudo no eleitorado mais velho é uma tese que corre muito no PS está por provar eh mas é essa a sensação que existe eh que tem eh maturidade experiência enfim que isso pode apelar a esses setores e que pode ajudar a segurar uma posição que aliás PRS é muito importante segurar junto da faixa de eleitorado mais velho hh o Sebastião bogalho na AD eh Há várias estratégias que vão sendo apontadas para para justificar a sua escolha seja por um apelo a um público mais jovem seja eh pela questão de enfim daquela facilidade de discurso que funciona muito bem nas redes sociais num tipo novo de campanha que está a parecer que vai muito por aí eh no no eleitorado também mais liberal e já agora eh e e aqui estamos a ir a vários setores mas também nos mais velhos no primeiro discurso que faz H agora já aqui em modo campanha quando fala do cartão único europeu para idosos da rede de financiamento para lares está a falar para a tal fatia muito importante eleitorado que eu falava antes eh que nem nem o PS nem o PSD querem deixar fugir que tem sido muito associada nos últimos anos ao PS e que o PSD sempre quis recuperar e portanto claramente amos estão muito focados nisso um jovem talentoso um jovem que o país conhece aqui ali até polémico todos nós ao longo da vida somos testados muito poucos como foi a Marta temido estamos a olhar aqui para da já iremos aos outros candidatos de facto entre temido e Sebastião bogalho há perfis muito diferentes não é e experiências políticas muito diferentes como como dizias isso fará de facto alguma diferença na campanha eu queria começar por dizer que neste momento eles são um bocadinho como um melão como diria Marcel re de Sousa ou seja vai ser mesmo preciso abrir e partir para ver porque nós não conhecemos nenhum dos dois neste registro ou seja nós conhecemos Marta temido sobretudo como ministra eh que tinha uma imagem eh empática eh Franca às vezes demais ou seja Marta cometeu várias gafes eh sim enquanto ministra ela própria admiti isto que eh às vezes se deixava levar um bocadinho eh e que não tinha tanto esse treino político para para responder às questões e que em campanha eh tem é preciso terem permanência aliás eh os candidatos normalmente falam várias vezes aos jornalistas por dia além dos discursos que fazem etc e portanto vai ganhar uma tarimba diferente provavelmente nesta campanha a o Sebastião bo calho foi candidato há muito tempo a em 2019 se não estou em erro pelo CDs mas era Cras exatamente era o sétimo candidato por Lisboa como independente ficou de fora é uma experiência política curta evidentemente Embora tenha muita experiência e falar em público falar no no comentário mas isso é muito diferente desta questão de que falávamos de andar na rua falar com as pessoas e responder ao jornalistas sistematicamente H acho que ambos vão dar tudo na rua porque tem ambos muito perfil para isso eh andar na na distribuição dos beijinhos das selfies no concurso de popularidade na rua e é também isso que os partidos querem que que eles façam Na verdade acho que ambos podem funcionar desse ponto de vista eh aliás Marta tomito que lá está que apesar de tudo tem um bocadinho mais de experiência nisso eh no sentido em que tem mais vida política e que tinha começado agora a fazer um percurso até dentro do PS e na na câmara de Lisboa eh ou para a câmara de Lisboa eh quem a tem visto no PS Jura que ela funciona muito bem lá está Sobretudo com o eleitorado mais velho que tem esse tal sentimento de agradecimento em relação à pandemia e era o o triunfo que na verdade o p essa chave que ia ter contra Carlos moedas que acredita que é um presidente da Câmara popular e Marta tomida era visto vista como um ativo nesse sentido e portanto e neste sentido eu acho que são ambos candidatos que se vão esforçar muito na rua e e que não vão ter medo de entrar n alguns números de campanha para para atrair eleitorado esse perfil muito mediático e que pode encher muito por causa dessa popularidade que falavas é um problema para os outros partidos eh eh que estratégias é que esses outros partidos podem ter para garantir que psad bogalho e temido não monopolizam as atenções H é uma dificuldade Extra porque eh as europeias não são evidentemente uma campanha em que os partidos possam por exemplo como fazem nas legislativas eh não não há conversas sobre geringonças ou alianças ou seja não se podem colocar no centro de nada eh não podem dizer que vão ser relevantes no sentido de influenciar a governação nem nada do género e portanto nesta Escolha dos candidatos a até à esquerda por exemplo seou exatamente o mesmo critério quando nós vemos o PCP por exemplo a escolher o João Oliveira eh que aliás eh não corre um risco aqui porque é uma das figuras mais populares do partido Como já tinha corrido Quando e o colocou como candidato por é ele falhou eleição da última vez que tentou tentou ser candidato a deputado portanto desta vez não corre riscos Catarina Martins e d aspas são figuras medi com notoriedade e muito experimentadas estas sim em fazer Rua responder a jornalistas eh são duas figuras que com muito peso na esquerda João C Figueiredo igual e na iniciativa Liberal portanto há claramente aqui uma grande preocupação dos partidos em garantir que pelo menos os candidatos são populares e que são muito reconhecidos não são só cabeças de lista são cabeças de cartaz não é são mesmo cabeças de cartaz e não que tenham particularmente grandes backgrounds europeus porque claramente a preocupação não foi essa Acho que depois a esquerda se vai focar muito nos temas da da Extrema direita no contexto europeu e de tentar atacar à direita colar a direita a esse tipo de de enfim de partidos eh e a direita vai ter uma luta ainda maior para fazer porque conta com um quadro muito fragmentado Nós temos dois partidos que Muito provavelmente vão entrar e no nosso quadro de de eurodeputados que são a iniciativa liberal e o chega e portanto aí a disputa é capaz de ser ainda mais acesa já vamos voltar à conversa com Mariana Lima Cunha jornalista de política do Observador na segunda parte Vamos tentar perceber o que é que a corrida eleitoral a Bruxelas significa no xadrez político Nacional Esta é a história do padre obsecado com infiltração do comunismo na igreja que tentou matar o Papa em Fátima que rede coincidência no dia 1 de Maio e a partir desse momento o Papa voitila nunca mais deixa de olhar para Fátima episódio 1 O Anticristo em Fátima matar o papa é uma série para ouvir em seis episódios e faz parte dos podcast Plus do Observador um novo episódio a cada terça-feira os assinantes do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios desta série já disponíveis em observador.pt os podcast Plus do Observador tem o apoio daqu a estamos de regresso à conversa com Mariana Lima Cunha jornalista da equipa de política do Observador Mariana no início deste Episódio ouvimos Pedro nun Santos no discurso que fez na apresentação do programa do PS na semana passada ganhar asias log Air ganh portug em que é que o secretário Geral do PS está a pensar eu eu quando ouvi o discurso PED SOS e o remate sobre querer ganhar Portugal a seguir eh diria que nós até podíamos dizer aqui que era um daqueles momentos que acontecem De euforia de levantar os militantes no fim do discurso Acontece muito e mas é mais do que isso de facto eh acho que dentro do PS o que se fala é de uma alta probilidade de haver eleições antecipadas de facto Ou seja é uma coisa que está na cabeça do dos dirigentes e militantes do PS é muitas vezes um assunto um bocadinho Tabu quando se fala para fora por isso é que é uma surpresa Pedro Santos ter vindo eh colocar a fasquia tão alta e ter vindo a assumir quase como objetivo enfim ter uma uma corrida primeiro-ministro a curto prazo na prática seria o que isso queria dizer eh mas o o PS vai observando as dificuldades que o Governo está a viver sobretudo no Parlamento semana a semana e que lhes está a criar também H acho que o que é difícil depois é calcular Que efeitos é que isso teria na popularidade de cada partido porque enfim fazer cair o governo não é propriamente um um free pass para a seguir conseguir ganhar do contrário os partidos costumam ser penalizados nessas situações examente portanto isso até pode ser um risco acrescido por isso é que isto é uma jogada de alto risco para para Pedro Nuno Santos estar já a pensar numas próximas eh eleições antecipadas e isso dependeria imenso da arte de cada partida criar a narrativa sobre Porque é que o governo caiu E porque é que vamos para eleições antecipadas que normalmente como tu recordava não são propriamente o cenário preferido das pessoas nem nem gostam de premiar quem quem cria esse tipo de cenário eh portanto no o PS nesta altura o que se dá por certo é que um resultado bom nestas europeias é mesmo ganhar e assim a conclusão lógica é pôr o governo em cheque costuma dizer-se que as eleições autárquicas europeias enfim todas as que não são legislativas talvez não as presidenciais são sempre testes ao governo mas o governo atual é muito recente poderá fazer-se a mesma leitura habitual dos resultados eh eu diria nem sei se é um teste ao governo mas é um é um teste às às últimas eleições e às os resultados H embora mas terceira volta Exatamente é como se fôssemos tirar as teimas agora eh embora mas europeias nunca tenham posto um governo em causa já puseram lideranças como António José Seguro eh que que saiu da liderança até tendo ganhado as eleições mas não um governo eh mas Estas são de facto excecionais são excecionais pela proximidade às legislativas eh pela fragmentação do quadro político e pela distância muito curta que resultou entre o PS e o PSD dessas eleições até tivemos dificuldade ali durante uns dias em saber qual era o número exato de mandados de cada um e quem é que ficava com mais deputados eh portanto agora eh é uma espécie de aritmética que nos obriga a fazer quase um exercício de adivinhação cada cada proposta que é apresentada se vai passar ou não se o governo vai conseguir governar ou enfim a fazer aprovar as suas propostas ou não é como se fôssemos eh fazer umas lá está a segunda ou a terceira volta das eleições que eu acho que vai de facto vitaminar o partido que ficar em primeiro lugar como se fosse uma espécie de desforra e de enfim comprovação eh de de popularidade do insito de popularidade eh e destes primeiros tempos do novo Governo e da forma como a oposição se está a aportar e sendo assim quem é que está mais preocupado com os resultados e quem é que tem mais a perder eu tenho aqui uma lista extensa para para responder sobre são todos não é é são todos e acho que há imensos motivos para preocupação eh o PS como nós dizíamos agora mesmo queer muito uma espécie de adenda aos resultados das legislativas eo não tiver H evidentemente perde eh esse argumento que gostava muito de ter no plano nacional e Pedro Santos fez questão de deixar isso bem claro o PSD queer uma espécie de legitimidade eh renovada e evidentemente tem medo que isso não aconteça E que fique com uma imagem ainda mais frágil a esquerda tem encolhido cada vez mais por isso é natural que também esteja um bocadinho assustada com estes resultados eh e a direita sabe que está muito fragmentada aliás e que iniciativa liberal e chega é muito possível que entrem e que baralhas mais as contas no no quadro europeu portanto eu diria que o governo por causa dessa fragmentação pode ter muito a perder porque mesmo que não seja uma avaliação negativa já do governo Só o facto de iniciativa liberal e chega a entrarem e muito vai vai roubar votos eh o chega eu diria que talvez seja o que tem menos a perder primeiro porque entrará facilmente no no Parlamento europeu pelo que conseguimos perceber e porque no plano nacional e eu acho que André Ventura continuar a juntar-se às medidas mais populares E isso não depende propriamente do resultado das europeias mas enfim eu diria que todos têm muito em jogo como se vê pelo empenho nestas eleições e até pela iniciativa de alguns como Pedro Santos em colá-las ativamente às leituras nacionais obrigada Mariana obrigada Mariana Lima Cunha é jornalista e faz parte da equipa de política do Observador esta foi a história do dia a sonoplastia é do Artur Costa a música do genérico É do João Ribeiro eu sou a antos de Oliveira até amanhã