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[Música] começa agora o novo gabinete de guerra eu sou a Maria João Simões e esta manhã contamos com a análise de Tiago André Lopes coordenador da licenciatura em relações internacionais na universidade portucalense muito bom dia professor muito obrigada por ter aceitado o nosso convite Olá bom dia bom dia a Irlanda pode anunciar já esta manhã o reconhecimento do Estado palestiniano o mesmo acontece com Pedro Sanchez que havia dito que esperar por mais países eh Eslovênia e Malta também já disseram que queriam avançar com este reconhecimento Tiago André Lopes é expectável que a lista aumente e que Impacto pode isto ter no conflito em Gaza eh eh Olá bom dia começar por dizer que a lista já aumentou porque há cerca de um minuto atrás o Noruega já anunciou formalmente que reconhece a Palestina como estado membro é o 144º país o que quer dizer que estamos a caminhar muito rapidamente para 75% dos Estados com acento na ONU reconhe terem a Palestina e Isso demonstra a tal questão que nós falávamos já H umas semanas atrás o reconhecimento da Palestina é cada vez mais uma realidade firmada onde a Europa Está isolada e não integrada No resto do mundo porque a verdade é que de África à América Latina passando pela Ásia a esmagadora maioria dos Estados já reconhece a Palestina e uma parte substancial deste bloco que não reconhece são estados europeus é os são os Estados Unidos é o Canadá e pouco mais e portanto Isso demonstra uma outra coisa se houver confirmação quer do lado de Espanha quer do lado da Irlanda quer do lado de Malta quer do lado da Eslovênia há o tal progressivo isolamento diplomático da parte de Israel porque a verdade é que o modo como esta Guerra tem sido combatida ao longo dos últimos 7 meses e agora obviamente a pressão maior e Entreposto pelo procurador-geral do tpi estão a aumentar politicamente a relevância dessa questão deixo última nota sobre isto eu continuo a achar peculiar e curiosa a posição Portuguesa em que estamos à espera que a União Europeia como um todo venha a Decidir sobre este assunto sabendo de nós que a União Europeia como um todo não irá fazê-lo porque há divisões Profundas dentro da ué parece num posição muito pouco corajosa e muito pouco inteligente entretanto O parlamento Holandês aprovou uma Moção segundo a qual preferir o lema do Rio ao mar a Palestina será livre constitui um ato criminoso de incitamento à violência Tiago na Moção defende-se que o slogan vem diretamente da carta do amasi que é portanto um apelo à violência contra todos os J Deus do mundo eh o o o o slogan em si pode ser interpretado por vezes como sendo um incitamento violento porque esse é um slogan contra a solução dos dois estados portanto nesse aspecto é de facto um slogan que e carece eh dessa dimensão de diplomacia de concessão mas é óbvio que a sua utilização P acima de tudo com a ideia do aparecimento do estado palestiniano e não necessariamente para todos os que usam do desaparecimento do Estado de Israel agora aquilo que que se tem dito é que o estado palestiniano quando aparecer não pode ser nesta atual configuração do ter dois blocos territoriais se Jordânia faixa de gasa desconectados eh eventualmente sem acesso direto ao mar e portanto tem muito a ver com a a configuração inicial de 1948 com as fronteiras que inicialmente foram definidas em sede de ONU e que já tinham Sid definidas anteriormente inclusive pela comissão pil antes do começo da segunda guerra mundial e portanto é mais por aí que o slogan eh que o slogan vai não me parece que seja perigoso e este tipo de eh condicionamento da linguagem agora o que tem que acontecer é do lado dos slogans também eh por por vezes exclusivistas e um tanto ao quanto violentos proferidos eh pela comunidade zionist eh porque também osá e e obviamente há a separação entre a comunidade que defende os dois estados e depois a comunidade que defende a exclusividade do direito eh de Israel a ter um estado às suspensas da existência da Palestina Então esse tipo de slogans também deveria ser alvo de algum condicionamento eu traço de um paralelismo simples é um bocadinho igual ao que a França fez quando foi a imposição da Lei eh por causa da questão do Véu o que a França fez na altura foi a imposição sobre os símbolos religiosos no espaço público mesmo com os países baixos portanto era sempre melhor que hesse leis mais genéricas e não leis direcionadas apenas a um lado específico eh Entretanto a Rússia prepara-se para unilateralmente alterar as fronteiras marítimas com a Lituânia e a Finlândia Moscovo pretende reclamar para si as águas que banham a parte leste do Golfo da Finlândia já sobre a Lituânia a Rússia quer aumentar as suas fronteiras perto do enclave de cin Tiago Isto é possível putino pode tudo não de de forma unital não obviamente essa essa uma Man tem um tanta quanto estranha e e do ponto de vista diplomático porque a alteração de fronteiras é sempre discutida em S de comissão dentro da ONU portanto há comissões de fronteiras para isso mesmo ela pode ser ativada e pode ser discutida de forma bilateral com os estados com os quais pretendem r a fronteiras e nós sabemos que uma parte substancial dos Estados do mundo ainda tem comissões de fronteiras ativas para resolver difer fronteir ises ainda em curso nós temos eh no caso europeu por exemplo a Itália e a Croácia ainda T fronteiras não estão plenamente definidas nós temos uma série de estados que têm de facto ainda fronteiras que não são fronteiras finais agora esta ideia de impor de forma unilateral fronteiras novas isso não existe e portanto nesse aspeto eh eh Confesso que quando a notícia saiu me causou alguma estranheza acima de tudo porque não percebo o objetivo de abrir uma nova frente eh eh de guerra quase aqui guerra diplomática numa altura em que do ponto de vista militar a guerra até nem está assim tão mal e numa altura em que parece começar a haver pequenos sinais no horizonte de que poderá haver vontade docial quer da parte de Kev quer da parte dos parceiros de Kev eh num Horizonte que não é assim um Horizonte tão Largo Quanto isso e portanto eh não consigo compreender muito bem a lógica e a racional parece uma ideia muito pouco inteligente uma ideia até um pouco atabalhoada de quem está sem criatividade diplomática para atacar outro tipo de iniciativas a o chefe da diplomacia europeia aplaudiu a decisão do Conselho da União Europeia de usar os lucros dos ativos Russos congelados para ajudar militarmente a Ucrânia Tiago André Lopes Putin havia dito que reagiria se isto acontecesse que mais pode o cremelin fazer além do que já está a fazer na Ucrânia pode fazer muita coisa porque está sabem aqui um precedente muito perigoso ou seja esta ideia de usar os lucros eh eh sobre a propriedade congelada e pelos pelos bancos é uma ideia que muitos especialistas em direito internacional privado contestam dizem que é perniciosa e que pode virar-se contra o ocidente a a brevíssimo trecho basta pensarmos que por exemplo o Iraque pode determinar que a ocupação eh eh norte–americana nos últimos quase 20 anos justifica a a nacionalização de empresas norte-americanas em sol iraquiano para fazer algo similar e portanto eh abse aqui e é isso que eu acho que a Rússia irá agora tentar fazer investigar os seus aliados onde quer os Estados Unidos quer a união europeia tenham investimentos Av voltados a fazer algo similar que é a apropriação e depois a utilização dos lucros gerados por essa apropriação eh invocando eventualmente argumentos de colonização Imperial e coisas a colonização económica portanto coisas similares eu acho que a uma ideia que deveria ter sido trabalhada de outra forma e é uma uma ideia que tem ainda um outro problema para mim do ponto de vista diplomático demonstra que há de facto alguma carência do ponto de vista económico eh do lado dos Aliados da Ucrânia já estão à procura de fontes de receita suplementar para aum para enviar dinheiro agora o problema é que inicialmente quando isto foi discutido dizia-se que esta que esta fonte de receita seria para a reconstrução da Ucrânia ora a reconstrução da Ucrânia obviamente só poderá acontecer quando entramos numa fase dear fogo e nós ainda não estamos aí examente e entretanto o Ministro dos negócios estrangeiros da Ucrânia diz que a Federação russa está em verar esforços extraordinários para sabotar a cimeira de paz que terá lugar na Suíça em meados de junho e e Tiago André Lopes foi mais longe co leba Diz que para a Rússia a cimeira de paz é atualmente o segundo alvo mais importante depois da região de carif por acaso aí não consigo acompanhar o argumento até porque me parece que a Rússia já conseguiu querer ou seja quer a China quer a Índia quer até o Brasil já indicaram pouca vontade de estar presentees na Cira A cimeira vai se transformar numa espécie de reunião do grupo ramstein mas agora não na Alemanha mas a acontecer na Suíça portanto serão os aliados da da Ucrânia a tentar reunir esforços e a tentar agir uma uma uma agenda conjunta para a proteção dos direitos ucranianos sem presença da Rússia nós sabemos que a China e uma série de outros estados Aliados ou parceiros da China da Rússia não consideram a simeira como viável portanto a simeira em si já está morta naquilo que é a sua essência não há cimeiras de paz para resolver conflitos sentarem presente as duas ou as três partes e neste caso esta simeira já nasceu e e morreu dessa forma portanto antes da visita à China e antes da China tornar claro que não tem muito interesse nesta simeira que eventualmente poderá enviar alguém na condição de observador aí parece-me que sim que para a rúsia isto importante a partir do momento que a China e uma série de outros estados já se posicionaram dizendo que não vão estar presentes porque a cimeira já nasceu envasada qura ao seu objetivo final eu acho que o propósito da Semira já já morreu e portanto já não já não causa esse dano diplomático para Moscou professor Tiago André Lopes muito obrigada pela sua análise Um Bom dia professor obrigado Muito [Música] obrigada h
1 comentário
Mas a Palestina já refutou várias vezes! Mais uma, o Fatah não defende o Hamas e não quer compor com o Hamas!