Vídeo: ANÁLISE ao 1º DEBATE das EUROPEIAS com CECÍLIA MEIRELES e MIGUEL MORGADO

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ca de forma genérica H antes de irmos aos detalhes O que é que achou deste pontapé de saída e dos debates das europeias que tem um formato atípico bom boa noite antes de mais é um cumprimento especial à Marisa que estará aqui e enquanto a Catarina Martins estiver e na campanha eu eh acho que correu bem acho que foi sobretudo um debate sobre questões europeias O que é uma coisa de de certa maneira refrescante sobretudo quando nós vimos ainda há pouco tempo tivemos debates sobre legislativas e portanto eu eu acho que é refrescante por um lado e que permitiu também conhecer um bocadinho mais do que do que se vê apenas no telejornal portanto desse ponto de vista acho que que foi interessante acho que no primeiro tema aquilo que se percebeu curiosamente e não era isso que era que seria o espectável mas aquilo que se percebeu é que no fundo entre a maior parte dos candidatos há mais concordâncias do que discordâncias em relação ao que Cada um pensa sobre o pacto para ação ações à exceção do livre Liv e eu sobre esta matéria eu por eu eu acho que eh a única coisa que eu acrescentaria à aquele debate e à aqueles temas é que eu acho que eles foram muito discutidos nós temos muito hábito parece discutimos Europa é uma coisa que se passa noutro sítio eh Nós também fazemos parte da Europa O problema é que a Europa não é um todo homogenia os países são realidades muito diferentes e em relação às migrações são também eles realidades muito diferentes agora H há um problema eh que pode ser um problema ou pode ser uma coisa boa mas há uma realidade que é o facto de haver muita gente Air para a Europa portanto só isso logo a partir é sinal de que este espaço alguma coisa fez bem mas isto implica de facto nós temos sermos capazes de tomar aqui algumas decisões porque a solução e simplesmente e esta é aquilo que que me parece que as pessoas às vezes Têm alguma dificuldade em assumir com clareza a solução de dizer nós temos as fronteiras completamente abertas quem quiser vir é bem-vindo não é pura e simplesmente exequível no atual estado porque a verdade Se nós formos completamente honestos que nós temos que dizer é que nós não conseguimos integrar com humanidade todas essas pessoas é impossível e uma das coisas que se percebe é é a fronteira que vai entre discursos muitas vezes bem intencionados e a realidade Portugal é um excelente exemplo disso porque em Portugal ouviu-se durante muito tempo um discurso de fronteiras completamente abertas de Total abertura e a realidade que nós temos é imigrantes em filas de espera sem conseguirem regularizar a sua situação a viverem na rua e a serem explorados eu não acho que isto seja uma boa forma de receber as pessoas e não acho que seja à procura dessa vida que eles vê acho que eles vê à procura de uma vida melhor não vê à procura de ser explorados nem de viver na rua e portanto eh isto implica dizer que tem que haver regras na entrada e tem que haver planeamento na entrada é uma coisa tão simples como isto e acho que muitas vezes ouço debates e bem de como é que se combate a extrema-direita a Extrema direita não se combate a dizer que se quer combater a Extrema direita a Extrema direita combate-se ouvir as pessoas a perceber os problemas que elas têm e saber distinguir aquilo que são problemas daquilo que é preconceito quanto ao preconceito ele tem não tem lugar não é aceitável quanto ao que são os problemas eles têm que ser resolvidos ficaste mobilizado Miguel borgado com este debate para as europeias mobilizado para ir votar de qualquer forma fazer Vado até eu vou responder ao apelo do Presidente da República do primeiro ministro para ir até votar antecipadamente para não provocar e desfiles desnecessárias aos meus concidadãos eu estou muito mobilizado sou muito europeísmo quando na verdade as coisas que defendem e que dizem não corresponde exatamente à ideia da Europa mas aos aos seus interesses perfeitamente legítimos eh ideológicos e partidários que nem sempre coincidem com o que é para mim a ideia da Europa eh aqui no caso dos nossos dos nossos participantes nos debates achei que eles faziam a mesma coisa que fizeram os seus antecessores em outras eleições hh que esta tentação para não serem capazes de exprimir consequentemente ou tirar todas as consequências daquilo que defendem e por isso eles depois aparecem como muito contraditórios e dnos um exemplo concreto para começar aqui pelo Miguel Prat me disse que o discurso tinha sido particularmente mobilizador da da Marta temido eu acho que foi pior do que isso acho que nós temamos numa fase da nossa vida democrática onde as pessoas estão disponíveis para aceitar todo o tipo de ideias dos políticos da esquerda à direita acho que os portugueses estão o mesmo saturaram foi de uma certa e de um certo hermetismo político lexical retórico o politiques ISO é que acho que as pessoas estão a criar uma tolerância cada vez menor e sobretudo para um tipo de comportamento que é e hipócrita ou contraditório não Marta tomit não pode dizer que o pacto das migrações não é o pacto dela simplesmente não pode por uma razão António Costa defendeu e com unhas e dentes convém dizer e não é do ppe a menos que se diga que António Costa também foi reboque da Extrema direita ó Marisa deixa-me lá acabar deixa-me lá acabar defendeu com unhas e dentes não foi com reservas e aliás com uma componente que é inaugurado do ppe muito antes ainda com a comissão junc que é a política de migração tem de ser complementada com investimentos europeus massivos em África António Costa deu continuidade a isso que nem sequer é uma política socialista vend da comissão junc mas ela não po dizer que discorda apesar do do partido socialista ter aprovado não porque se faz lembrar o ministro da ciência de António Costa que fazia manifestações contra ele próprio estava ao lado dos signatários do Manifesto contra a política de ciência que ele era de que ele era responsável Marta tomid é cabeça de lista do partido socialista não é o Miguel Prat rooc Com certeza como eu Ele tem liberdade para criticar lá as posições do PS ainda que Vote no ps e eu tenho liberdade para votar na AD voto ou não voto na AD é diferente ela é a cabeça de lista de uma pessoa que tá al ainda por cima fez uma ag geografia de António Costa é que se ela não tivesse feito uma geografia no final um culto do Santo António Costa no final pronto como pedroo Santos quer-se marcar de António Costa explicó Não foi isso que ela fez eu lamento portono é é é hipócrita ou contraditório e aliás ela fê-lo ao longo do debate com a defesa do CEF da extinção do CEF quando na verdade toda a gente já percebeu que aquilo é tudo um desastre enfim e Marta tomid estava na posição mais difícil e não se saiu bem dessas contradições mas eu acho que houve mais contradições deste tipo só para não se pensar que eu sou parcial contra o partido socialista João Cotrin Figueiredo o Miguel Prat que apontou isto não este este detalhe mas mas o o desempenho geral ele também é contraditório quando na verdade ele é a favor de todo o tipo de aumentar o tipo de investimento europeu na defesa ele ele mostrou-se favorável e se calhar se tivéssemos a falar de outros de outros e pontos de políticas públicas europeias Ele também era favorável a mais investimentos europeus porquê Porque nenhum político em Portugal se pode atrever a dizer e pá mais investimentos nesta área não pode ser Marta temido a dizer temos que ir a todas as prioridades bem se tudo é prioridade Então nada é prioridade não podemos sacrificar a habitação à defesa não podemos sacrificar a saúde à defesa não se pode sacrificar Nada à nada então nada é prioridade mas que o tri Figueiredo também cometeu o mesmo o mesmo erro e eu acho que isso começa a ser detetado do eleitorado e qual foi o s para concretizar onde é que João C Figueiredo fez isso quando ele está a dizer que é contra haver mais recursos próprios até não não despica ali com Marta temido que também não é capaz de dizer às pessoas que mais recursos próprios é mais impostos enfim na terminologia jurídica não é em Rigor impostos mas é taxas dizer que se vai tributar as grandes as grandes plataformas digitais as grandes empresas do digital é tributar as pessoas pode ser dizer eu prefiro tributar grandes empresas grande capital algumas pessoas algumas pessoas do que trab Não exatamente mas não se pode dizer que não é mais impostos não é isso não se pode dizer tal como João Ciro não pode dizer eu sou contra haver mais recursos próprios e pá mas venem aí muito mais investimento até porque ninguém já já ninguém tem dúvidas que também não vale a pena dizer às pessoas Acho que Sebasti bucala tirou para aí que nós também não temos que escolher entre defesa e economia temos sim é um dilema muito chato mas temos Não basta dizer que as indústrias de defesa São indústrias de ponta tecnológica como ele fez aquele disparate aquela comparação que nó vivemos em 1945 em 1945 era carne para canhão a guerra era carne pac canhão agora é que é de tecnologia é falso quer dizer em 1945 a indústria de defesa era de alta tecnologia muitas das invenções inovações inova Playstation inovações tecnológicas que foram aproveitadas pelo setor privado por muitas empresas vieram inicialmente do desenvolvimento de investigação e desenvolvimento a indústria militar e já agora não foi só na América e na União Soviética Nós aproveitamos muito a tecnologia militar que foi utilizada por exemplo na Alemanha naz a corrida ao espaço para a União Soviética e a América seria impossível nos anos 50 nos anos 60 se não se tivesse derrotado al manha naz tivéssemos ir portado lá os cientistas que eles tinham portanto os os políticos estão a ser incapazes de dar dizer às pessoas quais são as consequências das suas escolhas como se as escolhas fossem todas fossem todas fáceis aliás mas o o candidato do livro comete o mesmo erro ele pode dizer como nós est somos todos aqui é muito fácil para nós dizer que queremos ser tratar as pessoas com humanidade Os migrantes com humanidade Acho que ninguém pode dizer e pá eu quero tratar os Os migrantes com muita desumanidade ninguém diz isso bem por acaso já tenho ouvido algum alg evident e nós dizemos mas não esta mesa hoje em dia já não é mas não aqui é esta mesa mas não certamente aqui esta mesa agora nós não podemos é dizer que temos de abrir corredores humanitários quando lhe perguntam Então qual é a alternativa a regular a migração Abrir corredores humanitários naqueles termos é a mesma coisa que uma política de portas abertas E aí lamento não é a Extrema direita até porque a Extrema direita não é todo igual e direita política não é todo igual são as populações europeias que agora querem ver regular a imigração e na maior parte dos países europeus a imigração tá entre os três principais assuntos políticos internos externos e nós temos que lidar com isso com responsabilidade com ousadia humanidade acrescento eu com humanidade e sem vivermos as fantasias do livro relativamente às políticas de habitação relativamente relativamente também à habitação relativamente à habitação exatamente a mesma coisa nós não podemos permitir que cidadãos europeus possam circular livremente no território da União EUR e instalar-se em países que têm um salário médio muito abaixo desses cidadãos que vivem noutros países porque isso faz sentir-se uma pressão Imobiliária sobre os valores das Casas dos países com menos Rem o possível e o impossível para para eles virem de políticas reiteradas ao long a Cília fez como secretária de estado do Turismo de facto é verdade fiz mas o governo do as câmaras municipais as câmaras municipais do partido f o que fizeram as câmaras municipais do partido socialista foi limitar justamente o alojamento local ao ind detrimento daquilo que quer fazer agora Carlos moedas que tem o apoio do CDs seio que estejam a nacionalizar contra dois representantes da não fosse necessári nós não tínhamos 90% dos trabalhadores na agricultura nas pescas na hotelaria ou seja porque ali foi na conção social que se exigiu Vamos então voltar às questões europeias e à questão do alargamento acabou por não ficar completamente respondida não eu eu esta ideia de houve houve de repente houve muitos reformados com dinheiro e e e grandes Prof que resolveram vir para Portugal e Portugal não fez rigorosamente nada para que eles viessem e até está aqui um bocado atrapalhado como é que usado integrar bom também eh com franqueza Não é vamos ter alguma seriedade é evidente que Portugal teve uma política reiterada de atração de pessoas precisamente por perceber porque por entender que essas pessoas vinham para aqui criavam postos de trabalho gastavam dinheiro pagavam impostos aqui criava uma uma um movimento económico que era bom para o país foi isto que aconteceu bom eh portanto esta ideia de nós nem queros nada que eles viessem agora é priso Europa viros ajudar a resolver o problem esclarecimento Bom vamos lá ver primeiro confusão de competências há Sem dúvida mas eu eu desafio qualquer um dos presentes a ir a uma assembleia de Freguesia a uma assembleia Municipal e ver a quantidade de moções e votos de protesto e de louvor que lá são discutidos e acho que percebemos que o problema da confusão de competências quer dizer se nem entre câmaras freguesias e governo Nacional nós nos conseguimos entender dificilmente vamos perceber as diferentes competências dos os europeus e depois há de facto aqui eh Há Há Há muitas coisas em comum eu acho relativamente normal que num espaço eu acredito no projeto europeu não acredito num num projeto federalista eu acho normal que não se passem que há pessoas de várias nacionalidades que elas em muitos casos têm problemas comuns nas soluções se agrupem em função das suas nacionalidades não é isso que dizem os tratados a arquitetura do sistema não é feita a pensar nisto mas eu acho que a realidade é esta E é isso que acontece e é isso também que explica que depois deputados portugueses encontrem mais pontos de acordo do que porventura os grupos políticos em que estão em que estão em que estão inseridos depois quanto às escolhas Vamos lá ver há aqui uma enorme hipocrisia Isto é verdade porque sempre que se fala nós queremos eh vai haver alargamento Mas isso não vai ter nenhuma influência em Fundos nenhuns nem no equilíbrio relativo dos países nós queremos mais dinheiro para a defesa mais dinheiro para as questões sociais mais dinheiro para a habitação e é também é preciso mais dinheiro para a agricultura para o clima para a coesão social e sempre que se fala em haver mais ah queremos mutualização todos estes dinheiros são precisos são recursos próprios o grosso de recursos próprios não pode ser outro que não impostos e isto parece-me que é absolutamente Evidente e ninguém quer assumir isto nenhum dos candid única maneira nenhum dos candidatos a única maneira de Europa passar a ter mais dinheiro e dinheiro para fazer Face a estas coisas todas sem fazer escolhas é ter mais impostos como é que tem mais impostos passando a ter poder tributário que é hoje em dia e bem do meu ponto de vista um poder soberano dos impostos e portanto se nós não dos dos Estados membros se nós não quisermos passar esse poder soberano para a união europeia todas estas soluções vão ter que implicar escolhas e nós vamos ter matérias específicas como as transações financeiras F sempre de matérias específ todos os impostos todos os impostos começam sempre com matérias específicas nunca não são as pessoas que vão pagar impostos no fim do dia essas essas empresas empregam pessoas e distribuem lucros que estão aqui na Europa deixarem de estar é evidente o que é que vai acontecer e há um último problema que eu gostava de ter ouvido falar que é de facto o abrandamento e o declínio económico da Europa Europa é um bloco com cada vez menos peso económico Isto é debatido não aquilo que nós debatemos é como é que vamos tributar mais e como é que vamos ter mais onde que vamos gastar mais dinheiro Miguel Morgado O que é que gostavas de ter visto e debatido hoje que não terá havido oportunidade de debater até tendo em conta que a União Europeia vive provavelmente a maior crise desde a sua Fundação e bem eu não eu não não eu acho que não é verdade que nós vivamos a maior crise Desde da nossa Fundação acho que o o período entre 2010 e 2016 culminante do brexit e a crise das migrações foi muito mais grave do que aquilo que vivemos e antes disso a crise financeira também eu que eu estou a dizer dois 2010 até 2016 portanto crise da zona Euro com tudo o que isso implicou sobretudo a situação da Grécia Portugal também mas situação da Grécia foi a mais delicada depois brexit e as crises das migrações em simultâneo acho que esse foi o período mais difícil e a guerra na Síria para onde a Europa demonstrou toda a sua impotência e não foi a mesma coisa na guerra da Ucrânia Apesar de eu ter sido muito crítico como sabes no nos primeiros dias da nossa da reação europeia à invasão da Rússia agora eh eu acho que nós ainda vamos ter muito tempo para ver outros debates ser debatidos por eu não vou antecipar eu só queria chamar a atenção para dois pontos deste debate em dois minutos que é o que nos resta M muito rapidamente primeiro sobre a questão do alargamento eh os países que estamos a falar que é basicamente os balcãs ocidentais não vão acarretar perda de fundos para Portugal eh a união europeia hoje em dia tem outros tipo de instrumentos financeiros do que tinha na década de 90 nós alargamos a países muito maiores como a Polónia a Hungria e houve dinheiro ainda maior quantidade para Portugal e para a Grécia a aguentamos isso outra coisa muito diferente é a reconstrução da Ucrânia depois da guerra aí Portugal vai ter que ser muito mais solidário porque lamento informar Portugal não tem sido solidário com estas novas democracias que também querem juntar-se como nós nos quisemos juntar para conquistar a nossa democracia a nossa cultura de direitos humanos a nossa economia de mercado só mais um ponto sobre a preparação dos candidatos Eu acho que eles estavam todos preparados é ótimo mas lamento dizer que Sebastião bugalho e Marta temido fizeram uma grande confusão que num país como Portugal é imperdoável que é sobre a questão da mutualização da dívida que é um tema que sobre o qual hoje já ninguém fala a mutualização da dívida não é emissão de dívida pela união europeia que foi aquilo que financiou chamemos assim o fundo Next Generation a questão dos eurobonds e mutualização da dívida é um assunto que ficou arrumado era outra coisa era dividir partilhar o esforço de de de emitir dívida Nacional exatamente nós agora estamos a passar para outro plano já ninguém vai voltar à mutualização da dívida e houve uma uma confusão sistemática Sean galho e Marta temido entre mutualização da dívida e os novos instrumentos eh de endividamento O que é que nós vamos fazer com esses nov são uma dívida mútua no sentido em que é Europa que temos é dívida da União Europeia é dívida da União Europeia são os estados nacionais que são responsáveis por ela mas no seu conjunto a união e isso faz toda a diferença faz toda a diferença eu só queria chamar atenção Para ISO já não temos mais tempo é só uma coisa quer dizer é um tema que eu quero ver debatido a centralização do poder político que advém necessariamente do acréscimo de instrumentos financeiros da União Europeia