Vídeo: CECÍLIA MEIRELES comenta a APRESENTAÇÃO do LIVRO feito por PASSOS COELHO

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e vamos começar precisamente e pelas declarações de hoje de Pedro passos Coelho Cecília e este antigo primeiro ministro que volta a colocar em causa o não é não de Luís Montenegro faz bem ao PSD bom boa noite antes de mais eu acho que ele sobretudo exerce o seu direito à liberdade de opinião é a opinião dele eu acho que é público e é notório ele tem todo o direito de a ter e eh eu assisti e a uma parte das declarações dele assisti também é muitas das interpretações que estão a ser feitas das declarações dele eu depois quando ouvi confesso que fiquei com uma ideia um bocadinho diferente H Vamos lá ver é a opinião dele agora eu acho que nó estamos a começar a levar esta esta discussão sobre o não é não acho que estamos a levar um bocadinho longe vamos lá ver a grande questão que se colocava e que se colocou durante muito tempo era perceber se a AD ganhar e não tiver maioria absoluta com quem é que vai para o governo e Luís Montenegro vai vai ou não para o governo con chega era esta a questão que estava em cima da mesa e Luís Montenegro disse não é não eu não vou para o governo con chega e tomou posse um governo com maioria relativa e portanto e desse ponto de vista eu acho que já ficou claro o que vai acontecer o que eu começo a notar aqui h uma tentativa cada vez maior de e condicionamento que é dizer a AD em maioria relativa os senhores vão ao Parlamento e o único partido com quem podem falar é o partido socialista portanto só é provado só é provado aquilo que o partido socialista quiser e eu isso é que acho que é uma tentativa de condicionamento perfeitamente inaceitável porque um governo com maioria relativa tem obrigação de procurar acordos e maneira de passar as suas iniciativas com os grupos parlamentares que estão representados no Parlamento isso parece-me uma evidência isso parece-me uma evidência não acho que seja uma tentativa de condicionamento eu como se conhece também a minha opinião a minha opinião é diferente eu acho que fez sentido eh estabelecer este limite e deixar claro aquilo que aquilo que hz estava disponível a fazer para governar e aquilo a forma como queria ir para o governo eu acho que fez sentido fazer isso e tanto quanto se pode perceber Pedro passos colho terá uma opinião diferente agora francamente e nós estamos a discutir uma coisa que já aconteceu o governo já tomou posse em maioria relativa portanto Qual é a dúvida é que o chega vai retrospectivamente para o governo É isso mesmo que nós estamos aqui a discutir eu acho que se percebe por e eu como acho que isso é absolutamente visível há uma enorme tentativa de dizer ao governo da Ad os senhores só fazem aquilo que o PS autorizar e isso eu aqui como alguém que votou na AD gostava de dizer era o que mais faltava porque eu não votei para continuar uma tentativa de condicionamento de Pedro passos colho que é alguém com responsabilidades é um antigo primeiro-ministro é alguém com um peso político antigo primeiro-ministro que sempre exerceu com deu com liberdade a sua opinião durante muitos anos viu estar em silêncio de vez em quando ele aparece e dá a sua opinião eu acho ABS quando diz Há muitas pessoas que começam a amassar deste teatro não é Genuino é posicional tático acho que é a posição dele Como já disse eu penso de maneira diferente mas era o que faltava também que Pedro passos coelho não pudesse eh vir dar a sua opinião era o que mais havia de faltar aliás eu quando vejo por exemplo a posição de António Costa na tomada de posse do governo e vejo o atual líder do partido socialista que não se incomodou sequer a ir à tomada de posse eu também vejo duas posições de diferentes e ninguém disse que António Costa estava agora a tentar condicionar o PS e o posicionamento de Pedro Nuno Santos é normal que duas pessoas diferentes dois líderes diferentes tenham visões diferentes sobre este tema sobretudo num tema que eu reconheço que tem as suas dificuldades porque obviamente nós não podemos nós por um lado não podemos normalizar aquilo que é radical e aquilo que é inaceitável Eu não acho eu nunca vou poder considerar normal por exemplo nem nunca me vai parecer aceitável estar a discutir a prisão perpétua para mim é uma é é uma linha vermelha absoluta não é discutível agora eh a ideia de que por e simplesmente não se pode falar com um partido que tem 1 milhão de votos parece-me também uma ideia um tanto absurda e port mas só para finalizarmos e Vimos a Catarina Martins Celes não acha que Luís Montenegro dispensaria este tipo de de opiniões públicas isso vai ter que lhe perguntar a ele eu acho que ele provavelmente terá perceberá que isto até pode funcionar a favor dele porque a ideia de que a única coisa que há é uma série de vozes a autorizadas pelo PS a dizer aquilo que convém ao PS não é uma coisa que me parece que interesse nada a Luís montenero só só porque porque eu acho que este assunto que é que é relevante e eu quero aqui fazer o disclaimer de que não li o livro e portanto eh não não me vou pronunciar sobre o seu conteúdo Mas vamos lá ver eh isto não é propriamente uma agenda isto é uma uma reação ou uma determinada agenda muito ativista eh muito vocal digamos assim e que eh eu diria eh se chamar lão de esquerda eu preferia chamar muito de extrema esquerda e que depois tem uma reação de sinal contrário e eu gostava de falar sobre isto porque eu acho que Como curiosamente dizia Pedro passos coelha há muita tendência para se meter tudo nas caricaturas e para se meter tudo em caixas e eu quando vejo Esta luta w anti eu sinto-me um bocado fora da caixa porque eu não me sinto confortável e em nenhuma das caixas e portanto eu hoje eu quando comecei a ver algumas destas pessoas eu gostava de dizer eu tenho extraordinária consideração por exemplo da Isabel gar aprendi muito com ela como ela sou contra a eutanásia eu não gosto de ser rotulada como sempre de extrema direita machista homofóbica racista por causa disto até chalupa hoje à tarde já já era uma coisa considerada mais ou menos normal se nós começamos a chamar radical a qualquer pessoa que não siga uma determinada agenda e acho que nos arriscamos a ter uma sociedade muito empobrecida sobretudo muito empobrecida na sua liberdade no mesmo ío de liberdade também aqui vários texos com que eu acho que não me identificaria que partam numa posição moral fala da sovietização do ensino isso não é uma declaração radical não contribui mais para dividir do que para fomentar um debate proveitoso ao essa que essa eh afirmação vem precisamente como resposta a muitas agendas que tentaram sim utilizar o ensino e as escolas como forma de veículo e de introdução de algumas ideias que são absolutamente legítimas em quanto ao união não são legítimas quando transformadas em factos designadamente em relação à questão de género partiram de uma ideia que eu acho que é absolutamente legítima que é da igualdade de género de outra ideia que é absolutamente legítima que é o princípio da não discriminação partir daí para a aceitação da chamada ideologia de género Nós entramos em mas o que é ideologia de género se alguém Algum dia me explicar o que é ideologia de géo eu vou ficar muito iluminada porque é uma expressão que eu uso ouço e nunca não sei o que eu vou mas mas eu tentarei explicar é pura e simplesmente nós partimos da ideia que do meu ponto e que eu que eu partilho de que alguém que não se sente bem no seu género ou no seu corpo deve ter acesso a todos os meios para que se sinta bem deve ser tratado com respeito eh e eu não diria com tolerância porque ninguém tem nada a ver com essas escolhas é partir dessa afirmação para a afirmação de que o género ou o sexo não tem nada a ver com biologia e que são algo que é atribuído seja pela sociedade seja por outrem eu não acho que seja algo que é atribuído e e isso é uma coisa que daqui se eh derivou para eh muitas ações que se fizeram sentir sobretudo nas escolas em relação às quais há uma reação que é conservadora com a qual eu concordo n algumas coisas da qual discordo de outras coisas mais radicais é isto grosso modo E é isto que levou a que houvesse tivéssemos passado um tempo que a mim me parece absolutamente desproporcionado a discutir a questão das Instalações sanitárias das escolas porque este assunto eh não fui eu que o trouxe aqui como Quem me conhece sabe que não é propriamente um assunto que eu tenha na minha agenda do dia mas é uma realidade e é uma realidade do que muitas famílias vivem e é normal que muitas famílias que têm filhos que não é também o meu caso que se sintam preocupadas com isto é normal e é legítimo e foram os extremos de um lado que conduziram aos extremos de outro é tão somente isto e eu acho que é eh uma visão absolutamente racional e fual absolutamente extraordinário seires parece-lhe que Pedro nun Santos de facto tem toda a razão ou está a jogar também com o calendário eh eleitoral Bom eu acho que Pedro Santos está desesperadamente a tentar eh ficar numa fotografia que ele próprio não tirou quando durante anos teve todas as oportunidades para tirar eh é evidente que se o governo do partido socialista quisesse fazer eh alguma destas medidas as teria feito ninguém ninguém o impediu de as fazer e portanto se agora Pedro Nuno Santos ainda no mesmo ano tá com tanta vontade de as levar a cabo eh pode Vi dizer que tá a propor um acordo mas ele não tá propor um acordo Ele acha que o governo pode vir a tomar medidas simpáticas e quer estar na fotografia atrás a dizer adeus aliás se for preciso eh eh orçamento retificativo para alguma destas medidas é uma coisa garanto é um orçamento retificativo que tem tudo para passar quase por unanimidade porque o que é difícil nos orçamentos não é negociar aumentos nem negociar descidas de impostos O que é difícil é fazer o Balancear entre os dois e portanto se houver espaço para isto eu não tenho dúvida que haverá muitos partidos a candidatarem-se a ficarem nesta fotografia eu eh ia ao pano de fundo porque eu acho que esta questão que vai ter nuances como é evidente e e vai ter discussões da fina mas de uma maneira geral já percebi que que há consenso sobre esta matéria agora um partido que seja sério e queira propor acordos aquilo que vem para fazer é propor acordos não vai propor sobre esta aumentos salariais desta ou daquela eh carreira o que ele podia dizer era Olhe vamos vamos noos sentar e vamos noos negociar aumentos realistas para a função pública para os próximos dois ou três anos ou então Setor A Setor porque eh na saúde eh O único problema é é a carreira dos médicos e a carreira dos Profissionais de Saúde na educação o único problema é a carreira dos professores na justiça o único problema é a carreira dos Oficiais de Justiça é que nós vamos resolver este problema mas continuamos com um problema Seríssimo eh nos serviços públicos E designadamente então na justiça eh num setor de soberania portanto eu eu acho que aqui poderia poderia haver uma margem alguma margem mas acho que o PS não tem nenhum interesse nisso Porque como como Pedro Nuno Santos hoje dizia eh ele está a disputar ele quer ser o partido da oposição e é natural e é natural que assim seja agora não se pode crer ser o partido de oposição ter estado 8 anos no governo e não ter tomado uma medida e um mês depois de sair do governo queria vir estar a dizer adeus e a dizer que foi coautor da da medida que ele próprio teve a não tomar durante 8 anos Isso é que é um pouco absurdo não permita noentanto a pergunta que é e o PSD vai ou não concretizar estas medidas que prometeu de início de mandato até ao verão e esse é o tempo útil seja com PS ou seja com outro partido porque porque a AD precisa sempre de negociar no Parlamento não não tem maioria de votos e portanto pode não fazer tambm será Inter responder poder responder a essa pergunta mas precisava de umas semanas eh no ministério das Finanças e Calculo que esse que essa tarefa esteja a ser porque em lá está aí muito bem eu não tenho essa resposta imediata nós estamos em abril estamos a falar de 60 dias Imagino que 60 dias é um prazo razoável para dizer se sim aou sopas até m agora acho que é razoável que se dê aqui uns 15 dias 30 dias para o governo conseguir perceber e para o pé na situação acho que isto não é assim também um período extraordinário para um governo conseguir perceber se tem margem para o fazer este ano ou não tem margem para o fazer este ano e em que termos e de que mes na campanha eleitoral do PSC Estava bastante seguro que tinha margem para fazer não eu acho que é evidente que se há coisa que eu ouvi na campanha eleitoral é que depois na noite eleitoral ia ser outra coisa para já aquilo que eu ouvi é que o governo ia estar em maioria relativa se não tivesse maioria absoluta o que eu vejo é um governo em maioria relativa portanto para já com promessa um cheque Vamos às segintes mas como mais concretas e pontuais forem as medidas mais fácil is acontecer mais fundo e mais abrangentes sejam as medidas agora eh Vamos ser Francos um orçamento retificativo que só traga medidas agradáveis eu acho que não será difícil recolher votos a favor difícil A grande questão aqui é como é a viabilização não é a viabilização do putativo retificativo é a viabilização do orçamento propriamente dito isso é que é isso é que acho que vai requerer um bocadinho mais de de arte Luis Monte tem sido acusado de de falta de humildade mesmo hoje na entrevista que Pedro Santos eh deu à à TVI fez esse e sublinhado parece-lhe que tendo em conta que Luís Montenegro vai ter que e fazer da negociação o seu modos Operandi Se quiser que o governo duro e perduro não tem sido de facto H ligeiramente pouco humilde na forma como tem colocado as coisas em cima da mesa eh eu acho que ele ele durante a campanha eh sobretudo na primeira parte da campanha eu acho que Ele demonstrou que tem que tem essa essa humildade e agora eh eu preferiria um governo mais mais dialogante é preciso perceber-se também que um governo nas circunstâncias deste está sofre tentativas de condicionamento todos os dias portanto é normal que também e estrategicamente faça faça o seu papel eu vejo isso com absoluta naturalidade eu acho que ainda é muito cedo para dizer a verdade eh para se tirar grandes conclusões porque os governos precisam de umas semanas para para o para sentarem nos gabinetes para constituírem um gabinete e para para começarem a olhar para as coisas embora eu tenha percebido que na Constituição deste governo há uma enorme preocupação em ter pessoas que consigam muito rapidamente eh estar por dentro das coisas precisamente porque já vem dos setores mas é normal que isto aconteça portanto não não acho que é muito cedo muito cedo ainda para estar a tirar conclusões seir agora agora Pedro Nuno Santos acho que o episódio da tomada de posse tem o simbolismo que tem e vale o que vale não estou a retirar daqui não é não é o fim do mundo mas mas o facto teria teria ficado bem a PED M Santos de ter tido esse gesto de humildade também