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[Música] gabinete de guerra na rádio observador já sabe que é por aqui que todos os dias analisamos os dois principais conflitos a nível Mundial não só a guerra na Ucrânia mas também no médio Oriente ora para nos ajudar a analisar os principais momentos do dia de hoje junta-se a nós o historiador Bruno Cardoso Reis Bruno bem-vindo boa tarde olá Boa tarde obrigado vamos começar pela guerra na Ucrânia e vamos começar principalmente com a a polémica em torno do mar Báltico isto porque a Rússia quer alterar as fronteiras marítimas sendo que as autoridades finlandesas já estão também e admitem que estão a investigar aqui algumas informações que dão precisamente Eh caso disso há aqui uma alteração unilateral das Fronteiras marítimas depois a Rússia acabou por recuar o que é que está aqui em causa nesta polémica no mar Báltico Bruno bem eu acho que em primeiro lugar tá-me pressão da frustração russa com o facto de depois de muitos séculos enfim Desde o tempo pelo menos do Ivan o Terrível e do Pedro grande portanto final do século X século início do século X que a Rússia realmente procura tem como uma das grandes prioridades e no fundo conseguir Portes nos chamados Mares quentes ora para a Rússia europeia ISO basicamente significa o mar Báltico e o Mar Negro certo eh ora a verdade é que e era importante conseguir esses Portes mas também conseguir o mais possível e relações cordiais Ou pelo menos neutral idade com os estados ribeirinhos do mar Báltico para evitar que esse mar que é praticamente um mar fechado pois eh fique fechado à navegação russa por exemplo em termos de guerra ora o que aconteceu como resultado da invasão e russa da Ucrânia foi que dois desses estados e e e e e dos mais importantes a Suécia e a Finlândia a Finlândia Porque tem uma fronteira de mais de 1000 km terrestres mas depois também tem uma uma fronteira de várias centenas de quilómetros marítima com com a Rússia e depois a Suécia passaram a ser membros da Nato e portanto isto no fundo é a expressão daquilo que a Rússia pode ir fazendo que é tentar criar aqui alguma perturbação alguma incerteza eh mas eh realmente em termos práticos não quer dizer que possa fazer mu muita coisa e evidentemente não faz sentido mesmo que os argumentos Russos fossem válidos que é agora temos mais informação geográfica cartográfica e portanto devemos rever isto obviamente não se faz isso de forma unilateral não é portanto foram assinados múltiplos acordos tratados e portanto essa alteração teria sempre de ser negociada com com os outros estados e portanto é uma expressão também da do grau de hostilidade de incompatibilidade e de isolamento Até que a Rússia tem mas também é significativo que eh no fundo foi mais uma manobra de propaganda de perturbação e depois aparentemente esse decreto unilateral foi terá sido retirado depois de Protestos de todos os estados bálticos basicamente certo Bruno eh ainda a marcar a atualidade no dia de hoje na guerra na Ucrânia o governo Polaco está a ponderar envolver as suas defesas aéreas no abate de mísseis Russos eh sobre o território ucraniano é o que diz o o porta-voz do ministério das relações exteriores da Polónia diz que a Polónia está disponível para abater estes mísseis Russos esta entrada da Polónia que entrada entre aspas na na ação da Guerra pode ter também alguma implicação na Nato ou ser perigosa para a Nato havendo aqui a próximidade maior de um aliado com este conflito bem a Rússia vai certamente dizer que sim mas diz que sim em relação a tudo não é os leopard os f16 enfim todo o próprio fornecimento de armamento eh durante imenso tempo dizia que havia tropas dos países da Nato disfarçadas Mas que havia depois quando foi dito que podia haver tropas isso já era isso é que já ia levar à terceira guerra mundial portanto eh realmente a Rússia está nessa chantagem permanente e portanto isso torna até difícil depois perceber exatamente onde é que estariam as linhas vermelhas eu já já referi isso aliás há bastante tempo atrás quando por exemplo surgiu aquele incidente eh em que acabaram por morrer dois dois dois cidadãos polacos depois percebeu-se que até teria sido a própria defesa antiaéreo ucraniana que teria provocado o incidente e e como eu também disse na altura não me parecia provável que mesmo que fosse um um míssil Russo um projeto Russo que tivesse liberad atacado a Polónia mas o problema é que a Rússia faz ataques mesmo junto à Fronteira da Polónia mesmo junto à Fronteira da roménia e portanto quando é assim alguma coisa pode correr mal e e e e e portanto é normal que eh esses países digam nós não vamos estar aqui passivamente à espera Portanto vamos coordenar com a Ucrânia para garantir pelo menos nesta zona mais próxima da Fronteira por exemplo nós vamos proativamente abater esse tipo de eh de ameaças porque são ameaças à Ucrânia mas também são ameaças potencialmente Como já se viu aliás eh ao nosso próprio território já Houve várias violações de território já houve vários incidentes só um felizmente é que provocou mortos portanto claro que objetivamente isso também interessa à Ucrânia não é portanto é uma forma de aliviar um pouco a sua defesa antiaérea de eventualmente até poder deslocar alguns meios para outras zonas eh e e é uma uma concretização no fundo desta parceria crescente entre eh os países ocidentais os países da Nato e e a Ucrânia portanto também tem algum significado político agora não é à partida digamos uma escalada aqui descontrolada até porque aquilo que também é dito é que eh seria eh e seria feito em relação a mísseis e não a aviões tripulados até porque eh a aviação russa não se arrisca a entrar dessa maneira no território no território ucraniano portanto eh apesar de tudo seria um um grau diferente digamos des escalada do que haver aqui a possibilidade de termos mísseis de países da nata a bater e aviões e pilotos e Russos uhum Bruno vamos passar à guerra no médio Oriente Vamos até à faixa de gasa mas H Primeiro vamos à voz portuguesa na ONU isto porque em relação a este conflito médio Oriente Portugal pela voz de Ana Paula Zacarias que é representante permanente do país na ONU defendeu reconhecimento internacional da Palestina na Organização das Nações Unidas eh Diz Ana Paula Zacarias que eh está convicta de que este dossier vai evoluir apesar da oposição norte–americana e que é fundamental continuar a apoiar a solução de dois estados portanto temos aqui Portugal de certa forma a defender o reconhecimento internacional da Palestina Esta é uma mudança de posição ou foi sempre este do nosso posicionamento H principalmente no seio da da Organização das Nações Unidas bem as declarações no fundo podem ser aqui um pouco tlid pelo contexto porque estamos a discutir isto ao mesmo tempo que foi anunciado que a Irlanda e a Espanha a parte da Noruega que está fora da União Europeia que iriam reconhecer o estado da Palestina e e Portugal disse que achava que ainda não seria o momento e que importava haver um consenso também a nível da União Europeia aquilo que aconteceu foi no fundo elevar o estatuto da Palestina para um estatuto de quase estado membro mas não de estado membro porque isso implicaria e por exemplo o direito de voto não é e e também implicaria passar pelo conselho de segurança e portanto o direito de veto dos Estados Unidos e e portanto parece-me que é aqui na verdade e bem entendidas as declarações é aqui uma tentativa de equilibrar as coisas e bem ou seja Portugal sempre foi favorável à solução dos dois estados sempre achou que devia haver um estado da Palestina ao lado de um Estado de Israel com garantias de segurança para os dois de relações pacíficas entre os dois eh A questão aqui é se isso é eh se se avança nesse sentido com o reconhecimento unilateral de um estado que não existe eh e portanto isto é uma medida simbólica nas Nações Unidas de pressão política sobre Israel mas não não altera o fund fal que é Israel a Palestina não é ainda um estado membro de pleno direito porque não é um estado independente de pleno direito porque não é um estado soberano pleno direito a questão é toda essa se não houvesse ocupação Israelita não haveria problema digo eu não é portanto não se pode ao mesmo tempo dizer que está mal a ocupação portanto que a Palestina não é verdadeiramente um estado independente mas ao mesmo tempo reconhecê-lo unilateralmente e porquê fazer isso em relação à Palestina e não em relação a estados de facto já Independentes como Taiwan por exemplo ou a somalilândia aí o argumento também é bem porque isso vai criar conflitos armados potenciais vai criar conflitos com outras potências é fundamental que se dê espaço à negociação portanto é muito essa a linha que me parece fazer fazer sentido esse tipo de de digamos de postura não alterar os dados no terreno pode iras adicionar e já agora convém não esquecer ainda por cima hoje e que e em que tivemos o encontro entre o líder máximo do amas Ismail ania e o líder máximo iraniano o guia Supremo ali camne e o o e Supremo mais uma vez disse ao há que concordava com o amas que a eliminação de Israel eh era um objetivo eh não só louvável mas que seria possível atingir no curto prazo portanto é importante lembrar que H continua a haver estados no médio Oriente e continua a haver eh uma parte muito importante da eh no fundo desta destes movimentos palestinianos que é o hamas que não reconhecem o direito de Israel a existir em segurança e cujo o objetivo declarado é a eliminação eh de Israel e do e dos israelitas não é Ou que isso implica em termos de uma de uma intenção genu cdara Bruno h para Além disso temos aqui também E apesar disso apesar da deste ponto agora que que falavas H temos aqui o gabinete de guerra Israelita a autorizar retomar negociações indiretas e sublinho com o ramas eh Enquanto isso o irão o irão não o Egito está aqui em contacto com os dois lados para retomarem as negociações o Egito Pode ser aqui a peça fundamental Ou seja pode fazer a ponte entre entre os dois entre o ramas e também Israel neste momento em que parece que as negociações podem retomar é aqui os atores sabe nessa mediação tem sido realmente o Egito e o Qatar o Qatar visto geralmente como um pouco mais próximo do e do amaz o Egito um pouco menos eventualmente os estados árabes moderados eh É talvez aquele que tem menos simpatia pelo Há porque o hamas está historicamente ligado à Irmandade muçulmana que o atual regime egípcio prendeu e afastou do Poder etc mas realmente as coisas também evoluem com o tempo e e portanto sim o Egito tem tem aqui um papel crucial também pela por ser vizinho da da faixa de gás e portanto permitir no fundo um contacto depois com a liderança do amagno no interior do território e portanto tem aí um papel fundamental e e é uma boa notícia que que as negociações sejam retomadas embora enfim infelizmente tem-se confirmado sempre aqui o meu ceticismo eh o facto de me parecer claro que dos dois lados há falcões que são muito resistentes a cedências que seriam indispensáveis para um acordo eh e e portanto temos que ter aqui mais uma vez muita prudência e portanto não não estou necessariamente otimista mas em todo caso é melhor haver negociações do que não haver negociações Claro Bruno card de Reis o gabinete de guerra está de regresso à manhã à mesma hora depois das 4:10 da Tarde depois do Jornal das 4 da tarde os treinador Bruno Car de Reis ajudou-nos aqui a ver como é que estão as atualizações da guerra na Ucrânia mas também no médio Oriente Bruno marcamos encontro para mais uma edição do gabinet Guerra Obrigado até [Música] manhã t