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a canção que te faz sonhar tem tanto para contar pois o caminho a seguir é a missão de incluir nós vamos desvendar melodias Olá este é o desvendar melodias o podcast rfm onde falamos sobre música e inclusão das pessoas com deficiência eas eu sou Marta Vitorino e vou estar aqui contigo sempre mas não vou estar sozinha a cada novo episódio vou trazer um convidado musical com quem vou ter uma conversa que de certeza não vais querer perder podes ouvir-nos nas plataformas de podcasts ou em www.rfm.com.br entar o nosso convidado de hoje ele veio algures em 2016 num Comboio que dizia que parava em todas as estações e apiade nesse dia vinha com a mala cheia de sonhos mais do que todas essas Estações e a padeiros por onde passou hoje já ganhou o The Voice Portugal e é um dos convidados anunciados para o palco mundo do rocking Rio Lisboa obrigada por teres vindo fern Alô tudo bem Está tudo obrigada por estares aqui no obrig Obrigado Marta obrigado como é que é pensar que de 2016 Até agora foram tantas músicas tantos concertos o que é que isso te faz sentir olha H acho que é é é constante a cada lançamento a cada cada música que sai mesmo aquelas que não saem porque há muitas músicas que ficam por publicar digamos assim por sair h a cada música Que Que gravo e cada concerto h a cada espetáculo mais especial como meu caso agora do Rockin Rio todos esses momentos H fazem-me lembrar que sou um sotudo por poder fazer aquilo que gosto acima de tudo hum não me vi a fazer outra coisa hum música sempre foi eh algo que que me acompanhou nem sempre foi aquilo que eu quis fazer mas sempre foi aquilo que me deu hã ou que me fez neste caso mais companhia e poder agora hh usar a a música como ferramenta de trabalho para chegar a outras pessoas para fazer companhia a outras pessoas hã e para de certa forma devolver tudo aquilo que a música me deu a mim eh através da da própria música acho que é acho que é uma sensação inexplicável é é um gosto enorme é um orgulho poder fazer isto poder H trabalhar sobre eh aquilo que que mais gosto de fazer porque nem todas nem todos eh temos essa sorte Há muitos se calhar da das as pessoas que nos estão a ouvir agora que neste momento trabalham num sítio que que que até nem é o sítio que sonham ou não gostam ou simplesmente é uma coisa mais temporária h eu felizmente posso posso me sentir muito sortudo por poder fazer aquilo que gosto e acho que trabalhar onde se gosta acho que é é é é é das melhores coisas que se pode fazer é verdade confirmo confirmo quando é que percebeste que a música Era exatamente o caminho olha h eu como como grande parte eh todos os rapazes a idade jovem h o meu sonho começou por ser e querer ser Aliás o próximo Cristiano Ronaldo e a música aparece um bocadinho na na altura em que o futebol começa a deixar de ter uma importância grande na minha vida eh não que não tivesse jeito até acho que tinha jeito mas não me saciava da forma que a música Me saciava e dava por mim muitas das vezes a ir para o treino ouvir música a cantar pela rua muitas das vezes nos intervalos ou até mesmo no próprio jogo quando parava por uma substituição ou uma fal uma cobrança de falta pronto dava por mim muit das vezes a cantar Lar sozinho dentro de palco ou ou ou aiar uma música que não me saia da cabeça e começo a perceber que o corpo estava ali em campo mas a cabeça não estava não é e e não não me sinto confortável em em em em momento algum fazer seja o que for onde não esteja a dar 100% de mim então senti que não estava confortável e senti que não era por ali o meu caminho e começo a perceber que a música Sim tinha outro Impacto e é ali por volta dos 14 anos anos a 15 em que a música se começa a tornar um assunto mais sério e ali com com 17 anos hh depois de alguma preparação em em em bares e e a fazer vídeos para o YouTube tomo a a a h a decisão de de de participar num programa de televisão como é que foi essa decisão de porque não fazer um vídeo para o YouTube olha isso parte muito da da da de culpa não é neste caso culpa mas é uma boa culpa ou neste caso é cai sobre responsabilidade do do meu do meu melhor amigo e também é o meu o meu teclista que é o mendosa h nós formamos uma banda hh e E começamos logo a pensar bem tá na moda a Malta fazer vídeos para o YouTube surgiu a ideia através dele de Olha bem vamos fazer as nossas canções vamos fazer uns covers Vamos ouvir vamos gravar e depois se tiver fixe a gente faz um vídeo e fazemos um Lips faz um Lips e nós fazemos uns vídeos e pronto lembro-me de ter feito o primeiro vídeo e que não gostei não me senti nada confortável para postar e não nunca o postamos e temos esses tores todos num disco rigido hum fiz o segundo de uma música dos dir Seconds to Mars e o closer to the eds mais uma vez o cover estava fixe mas depois em vídeo não não me sentia confortável porque tinha uma uma preocupação da música Como era uma música muito puxada Eu faia muitas caras feias a cantar porque pronto estava em esforço estava tava a sentir aquilo que estava a fazer e para mim isso era um grande não Ou seja estar aqui a colocar eh eu fazer caras havia uma uma certa preocupação já com a imagem hh e não pus pronto só o terceiro vídeo é que é que efetivamente temos upload e pronto vamos ver o que é que isto dá e lembro-me perfeitamente quando chegamos às 1000 visualizações pronto hoje em dia não é assim muito não é h para a minha realidade agora mas quando tive 1000 views eu fiquei super contente foi assim uma coisa surreal já achava que ia ser a o próximo o próximo it lá da escola o próximo uma pessoa assim Estrela da escolaa va a The Voice esperavas ganhar o que é que tu esperavas daquela experiência h eu não esperava nada e procurava tudo então eu já tinha participado no Fator X e duas vezes em 201 e 2015 não 2013 e 2014 depois decidi dessas duas participações que não correram assim tão bem tirar ali um ano sabático digamos assim e continuar a tocar em casamentos bares restaurantes festas de da da da minha Freguesia da minha cidade e ganhar ali um bocadinho da chamada estaleca em 2016 lá está não esperava nada vou participar não espero que que saia vencedor não espero mas procurava ser o vencedor procurava ter grandes prestações queria acima de tudo mostrar que estava muito melhor Ou seja que este ano de 2015 me tinha feito bem e e procurava no fundo vencer aquela aquela aquela aquela edição e pronto com algum esforço com alguma dedicação e com com com muito com muita pressão também porque acho a prova cega ter começado daquela forma e se ter Tornado das mais virais no mundo acho que me pôs em mim uma certa pressão logo de início e eu senti que aquilo estava a correr tão bem as pessoas estavam todas a falar daquilo que agora tinha obrigat tinha Obrigatoriamente que vencer h e pronto fui tentando gerir essa pressão essa responsabilidade e Mas acima de tudo fazer as minhas prestações e as minhas atuações com gosto pela música e tentar dar sempre uma melhor porque no fundo eh acho que tinha o melhor dos dois mundos que era vencer e vencer a fazer aquilo que eu gostava e com com orgulho nas prestações que estava a ter eu acho que ISO também é uma lição muito importante que podemos dar aos nossos ouvintes porque Tu ouviste nãos e de repente quando veio o Sim foi um grande sim começamos com uma prestação viral logo na primeira prova e depois todo um caminho que levou à Vitória acho que é uma boa forma de dizer aos nossos ouvintes que não desistam não é por haverem nãos na vida que depois não podem aparecer grandes Sims Claro com esforço e trabalho como estavas a dizer mas vale sempre a pena acreditar nos Sims vem uma vitória e depois todo mundo de sonhos que se começam a concretizar como é que é lidar com os concertos com o ter pessoas que te admiram pessoas que ouvem as tuas músicas como é que é olha eu eu eu eu quanto mais desconfortável estou est mais confortável fico ou seja porque eu gosto de estar desconfortável porque isso faz-me querer tomar as coisas e fazer as coisas com com certa com certa calma mas ao mesmo tempo com com com uma certa certeza daquilo que quero fazer h e eu quando comecei e e quando lancei minha primeira música e vieram os primeiros concertos eu estava no fundo também muito assustado com tudo isto né Eu agora Venci um programa agora o que é que eu vou fazer eu queria eu lembro-me de ter pressionado muito a minha Editora Universal para lançar a minha primeira música porque eu tinha medo que se esquecessem de mim então o programa acaba em dezembro eu em janeiro já estava a querer lançar a minha música ainda não tinha qualquer tipo de música Tinha algumas composições Ok fracas H mas que fazem parte do processo de de de de criação Hum mas depois chega ali a uma altura de de Março Abril Maio em que começa a receber esses telefonemas da da da editora dizer olha vamos para estúdio vamos lançar estamos a prever lançar a música em Julho e depois começar com os concertos e etc a começar a divulgar começar a criar uma agenda isso assustou-se porque eu eu eu crii tudo isto não é mas e de repente não parecia real e parecia que bem agora agora é que vou ser lançado aos tubarões Agora é que eu vou H é como é como qualquer outro outro outra assim para os nossos ouvintes se calhar se relacionarem é como isto para a escola não é h e de repente bem chega-te a primeira oportunidade de trabalho e de repente OK tudo que eu aprendi ali tinha as professas que me ajudavam tinha colegas com quem eu poderia tirar dúvidas o primeiro trabalho é aquele cho de bem será que eu estou à altura Será que vou safar será que as pessoas com quem eu vou lidar são fixes Será que não são pronto todas essas questões existiam num jovem de 20 anos hh e eu na altura tava com com algum receio de não consegui corresponder agora a expectativa com uma música minha só que lá está começa também de uma forma boa eh o espera Foi um sucesso eh saiu a meio do ano e ainda assim foi a música portuguesa mais tocada nas rádios em 2017 isso tudo começou a a a assustar cada vez mais que é isto vai subindo cada vez mais e quando parar não é e quando porque isto não vai ser sempre assim há de chegar no momento em que vai estagnar Hum E isso tudo me causava alguma pressão e deixava-me desconfortável e é e era por isso mesmo que eu estava tão confortável em porque eu tinha coisas para fazer eu tinha com a minha cabeça ocupada porque eu agora tinha que lançar uma música melhor que eu espera depois uma música melhor que eu nada mais depois e por aí fora h e tudo isso todo este desconforto me deixava confortável porque eu também partilho de opinião que se tu estás demasiado confortável no teu trabalho primeiro acho que não vais ser H bem sucedido e ou seja como Poderias ser se tivesses desconfortável porque já estás tão adaptado àquela realidade que acabas por te deixar um bocadinho eh confortável demais e acabas ter por ter algum desmazelo eu acho não tens nada que desafia exatamente eu acho que eu sempre disse isto aos meus músicos e e e felizmente Espero que isto Du por muito por muitos anos eles às vezes perguntam antes de entrar em palco em alguns concertos feiras grandes com milhares de pessoas como por exemplo o caso do Altis Arena H se eu estava nervoso eu já não eu não fico nervoso e e lá estás que nervoso nervoso fiquei no primeiro concerto eu fiquei ansioso por entrar em palco enquanto esta ânsia barra nervosismo porque H sempre um bocadinho de nervosismo ainda durar é sinal que eu gosto daquilo que faço e estou desconfortável porque eu quero que as pessoas gostem né Acho que não não não não devo dar o público como um dado adquirido acho que há muito público ainda por conquistar e mesmo o p que já conquistei acho que se deve é como uma relação acho que nós conquistamos uma pessoa seja homem ou mulher Hum E acho que pronto não não não ficamos por aí né as pessoas têm que ser cuidadas as pessoas têm que ser bem tratadas Hã Eu acho que Enquanto existir este este esta esta ânsia esta preocupação e este desafio eu vou sempre gostar daquilo que faço a partir do momento e é isso que eu digo aos meus músicos a partir do momento em que eu não me senti confortável ou a partir aliás confortável não a partir do momento em que eu me sentir pouco nervoso ou até bem vamos fazer dier isto tá tá tá feito ou tá tá no papo quando eu tiver este tipo de postura por favor tirem-me porque porque eu já não tenho que fazer uma pausa porque eu já não estou a saborear aquilo deve ser saboreado da forma como deve ser saboreado as tuas músicas e já disseste abertamente que Muitas delas são inspiradas na tua vida tens agora uma nova música que foi inspirada no momento da tua vida tens uma música dedicada ao teu avô Aníbal uma à tua filha como é que tu sentes que músicas que são inspiradas na tua vida acabam por se também tornar as músicas da vida de outras pessoas olha e é uma pergunta interessante H nunca Já me fizeram várias perguntas mais ou menos neste neste género nunca eh a falar no nome das pessoas e no nome das pessoas é que eu às vezes percebo h no no no que está por trás das canções não que não que eu me esqueça das pessoas porque não me esqueço mas às vezes é verdade como é que a minha música por exemplo que eu fiz para a minha filha Matilda ou para o meu avô nível como é que impactaram tanta gente não é h e sem sem os conhecerem não é porque pronto neste caso da minha filha as pessoas às vezes conhecem porque daquilo que vem que eu vou postando de vez em quando até mesmo a minha noiva e mas do meu avô meu vô não não não viu nada disto sequer não é as pessoas nunca o conheceram publicamente porque ele faleceu antes de eu de eu me tornar artista né Hum e a verdade é que eu acho que passa por acima de todo por sinceridade acho que quando as coisas contam e cantam verdade e Sinceridade acho que isso é mais fácil de chegar às pessoas acho que também a forma descrever ajuda por exemplo nesse caso e por exemplo no caso da minha filha e no caso do do do do do meu do meu avô e ambas as músicas são totalmente autoria minha ou seja eu tento escrever nestes casos tento falar daquilo da da importância destas pessoas na minha vida mas também ao mesmo ao mesmo tempo tento não não fechar demasiado à imaginação das pessoas gosto de deixarem aberto porque eu não sou eu não sou o único pai no mundo eu não sou a única pessoa com filhos eu não sou a única pessoa que perdeu alguém na vida e alguma pessoa importante ou seja tento cantar sobre aquilo que sinto e da importância dessa pessoa mas tento deixar em aberto o Imaginário do ouvinte para que as pessoas possam também interpretar a canção à sua forma e imaginarem h o rosto da pessoa que perderam ou da pessoa que mais amam ou do filho no meio de tantos concertos e de diversos álbums publicados tens algumas história curiosa que tenhas vivido na estrada que tenhas vivido e numa composição de música sei lá olha posso dizer há aqui uma há aqui uma música que eu costumo não nos nos concertos elétricos mas nos concertos acústicos onde sou só eu e dois músicos e há assim uma uma uma dinâmica diferente em auditórios eu às vezes paro um bocadinho entre músicas para falar mais conto histórias conto isto conto aquilo pronto falo sobre as canções e é uma canção em particular que acho que tem uma história muito bonita no fundo é bonita porque correu bem não é porque calhar se não corr bem se calhar não era assim uma história tão bonita mas e tem a ver com a música O voltas h eu tinha o voltas feito em 2018 para entrar no disco no meu primeiro disco no salto que saiu em março e mais ou menos ali em fevereiro pouco antes do disco ir para a fábrica ou seja já para para para gravar as canções e etc eu sentei-me com Universal e disse olha eu não gosto muito desta canção da forma como ela está eu não vejo que esta canção temha algum potencial h e eles chamaram-me atenção para sentido dizer nós tínhamos divulgamos este e a set list do disco ou seja o que é que tem o disco e então surgiu a ideia de já não sei de quem foi ou seja sei que foi da Universal mas não sei da pessoa em questão que foi foi lançar esta música Eu nem sabia que isso se podia fazer mas numa faixa bónus e unicamente única e exclusivamente na na Apple music ou seja as pessoas que comprassem o o disco em pré-venda tinham acesso a esta música eh Então pronto era o meu primeiro disco nós sabíamos que não havia muitas pessoas a comprar e que não iriam comprar assim massa o disco ainda assim ficou ficou bem ficou logo em primeiro lugar no top de vendas mas não foram assim muito muitos discos vendidos e hoje em dia os discos não se vendem como antigamente portanto não estava muito preocupado eu não gostava da canção mas também era ali um número reduzido de pessoas queria queria ter esse esse brinta digamos assim na na Apple music eh só que Entretanto a música sai eu senti necessidades também de ou seja sai no disco nessa nessa nessa Tal estratégia eu senti necessidade nesse nesse ano em 2018 na minha primeira Tour de ter mais músicas minhas na altura tinha 10 músicas mas precisava ali de 13 14 para ter ali já um concerto bem composto pronto incluí alguns covers e entretanto senti que eu tenho que mostrar mais ao meu público então vamos repescar aqui esta canção e vamos dar-lhe aqui uma nova roupagem pá e começa a perceber ao longo do ano que as que as pessoas no verão neste caso que as pessoas h sentiam a música e quando falavam comigo depois já gosto daquela música das voltas que a vida dá diso e daquilo e pessoas já cantavam os refrões h e e a verdade é que eu começo a pensar aquilo vai-me ficando aqui na na na na minha cabeça depois eu sou muito temoso então comecei a batalhar muito naquela ideia de então se eu se eu der uma nova roupagem isto mas se calhar é feio porque se calhar já já já umas pessoas já tem esta música e depois outras vão ter outra como é que isto funciona falei com a minha Editora melhor que eu percebem destas coisas e disseram que era uma possibilidade de voltar a reeditar a canção H E então no final do verão Creio que lá para Setembro talvez já é pronto Setembro mais tardear outubro já não tenho a certeza decido lançar então o espera o espera não desculpa o voltas h e a música Pronto agora não a m da Saudade ultrapassou esse esse Marco mas foi a minha primeira música a chegar aos 30 milhões de seremos no YouTube e atualmente conta com 31 ou 32 já não sei e não e foi durante muito tempo a minha música mais ouvida tanto no Spotify como no no YouTube eh isto para dizer o quê que era uma música que eu não gostava que ao início não não não não vi mas ela sempre teve ali aquele potencial e e e foi um bocadinho o público responsável por por esta música sair porque foram-me dando lgum feedback eu fui percebendo através do público que gostavam da canção eu faço música também para o meu público não é há músicas que faço porque quero porque gosto Há outras que faço para eles eh e neste caso se se di sal seja a uma a aos conselhos deles à aquilo que eles ao feedback que eles me me davam e decidi lançar a música com o videoclipe lá está com uma produção um bocadinho diferente e a música tornou-se muito maior do que aquilo que eu estava a imaginar quando Olhas para trás e e Olhas para a tua carreira agora vem o rocking Rio há uma música que está muito recentemente publicada fala-nos sobre isso fala-nos sobre o dois Olha o dois eh tu H bocado destes e uma uma uma iniciação da da da da história da canção esta canção começa por ser um bocadinho autobiográfica e uma fase de do meu relacionamento com com com a minha agora noiva eh que na altura não era nada mas eu queria que fosse namorada e nós andávamos a conhecer e a Sara eu gostava pronto estava mais preparado para ter uma relação do que a Sara e na altura a Sara houve uma altura que me pediu espaço porque não sabia bem se era isto que queria se era entrar numa relação se se o que era pronto Isso foi um mote para eu escrever a canção porque atualmente se calhar se hoje não tivéssemos juntos se calhar o dois seria uma canção com outro desfecho não é mas uma vez estando juntos Hum eu fui falando depois um bocadinho sobre a importância de às vezes uma pessoa pede espaço e só está a adiar aquilo que é que é que é inevitável que é a junção duas pessoas que é o que foi o caso não é há casos que são diferentes há casos que às vezes o espaço até serve para acarear melhor as coisas e perceber que não é melhor eh eh solução digamos assim h e acontece que que o casa o que o que o dois depois lá está Eu Eu começo como é uma música autobiográfica mas eu não gosto de ser demasiado hã peculiar ou meticuloso com com as coisas tento deixar eh em aberto um bocadinho à imaginação e fui criando Ou seja a partir de uma história autobiográfica não é e fui desencandear aquilo para para para um lado um bocadinho mais generalista para que as pessoas também se pudessem identificar e E é claro uma música que vai estar sem dúvida e no alinhamento do Rockin Rio já já espero Aliás já já imagino mas eu espero ter ali 80.000 pessoas Acho que a lotação é de 80.000 pessoas ter ali 80.000 pessoas não refam a cantar o dois h e até lá ainda vão sair mais e talvez mais uma música outra não sei lá está Não não quero também apressar quero fazer as coisas com calma e e bem feitas que que acho que é isso que que torna uma carreira longa bem agora não somos 80.000 pessoas aqui somos bastante menos mas queres cantar um bocadinho de refrão para nós posso posso cantar Ok se calhar vem um bocadinho de trás ok ok sei que também tenho de aprender juntos podemos crescer então não me peça espaço quero ser aquele braço que te mata o cansaço para que nada volte ao mesmo não me deste um guião para eu ficar sozinho em cena sem a tua mão não Abras a porta a lidão porque sozinhos somos só meia canção Ah tão bonito obrigada obrigada obrigada fico fico muito contente por este momento hum este podcast como eu disse no início tenho também aqui uma vertente para falarmos um bocadinho sobre inclusão das pessoas com deficiência e surdas tu dás muitos concertos h o que te vou contar a seguir não tem própria amente a ver com uma pessoa com deficiência mas uma das primeiras notícias dos primeiros assuntos que eu me lembro de trabalhar aqui na rfm foi precisamente uma notícia tua que tinha saído quando decidiste cantar com uma menina que estava com cancro e quando decidiste levá-la ao palco para cantar a melodia da Saudade H qual é que é a tua Sim qual é que é a tua ligação com este tipo de causas encontras muitas pessoas com deficiência ou com alguma necessidade específica nos teus concertos sim eu eu eu tento sempre ou seja quando percebo que há pessoas H neste caso com com alguma deficiência seja motora seja visual seja auditiva Eu tento sempre que essas pessoas tenham outro tipo de de tratamento não por serem inferiores Porque não são mas para desfrutar tard se calhar de concerto de uma forma mais segura e e e e e merecem outro tipo de tratamento no fundo hh e por isso eu tento sempre falar com a minha equipa quando encontramos esse tipo de situações esse tipo de casos ah ou seja se for seguro porque depois temos muitas questões a ver com o som que às vezes não o mais seguro não nem é estar em frente ao palco às vezes até é estar mais atrás eh Às vezes tem a ver com com com a quantidade de subs que existem na frente ISO já são termos mais técnicos de de de do som eh mas tento sempre que tenha um um um lugar diferente e e mais sossegado para para assistir ao concerto seja na regi seja depois da frontline ou seja na verdadeira frontline hh da mesma forma que na questão de autógrafos e de e de de ou seja do Meet and Greet que que existe depois do concerto ou seja falar comigo estar comigo tirar fotos autógrafos merchandising são sempre pessoas que têm h e prioridade tem exatamente era essa a palavra tem sempre prioridade pelas razões óbvias e são sempre situações que que me despertam despertam meu lado mais sensível e e e e há há casos por exemplo tocaste numa situação que que que foi a situação da Maggie e que eu recebi essa notícia no próprio dia no Sound cheque que que a megi estava em Fase Terminal h eu decidi vev lá jantar connosco e depois subiu ao palco também fez o Nosso Grito também e o o eu dou uma palestra sempre antes dos concertos e depois faço um grito com com com a minha equipa e ela fez também connosco eh Há situações que me tocam mais que outras somos todos humanos e há situações que nos tocam de formas diferentes h e ainda bem eh Acho que cada um se tiver a sua sensibilidade apurada para um sítio mais específico e se conseguirmos chegar a todos os sítios ótimo eh no meu caso a questão do cancro é uma questão que que que mexe mais comigo porque eu perdi uma uma das das pessoas mais importantes da minha vida para o cancro que foi o caso do meu avô Aníbal h e e é sempre uma situação que me deixa de certa forma mais s e no geral todo o tipo de deficiência todo o tipo de de doença merece merece a minha atenção e tem sempre a minha atenção o caso do cancro é uma coisa que me que mexe um bocadinho mais comigo e seja em que em que em que fase for seja terminá-lo ou não seja benigno ou não h e é é algo que merece sempre a minha a minha a minha atenção falando um bocadinho de de certas H decisões que se tomam nos concertos como como eu falei questão de de de de ver concertos através da Regi que é Onde estão e onde está a minha equipa de som e de luz eh ou ou até mesmo à frente da frontline E no caso do Altis Arena por exemplo eh juntamente com rfm numa emissão que tiveram ali no campo pequeno eh creio que foram 28 horas de emissão seguidas h eu eu cruzei com com com duas pessoas H uma com com H deficiência visual e outra cont deficiência auditiva H E estávamos a falar sobre sobre sobre sobre a a a problemática que é pessoas com com com alguma deficência a assistirem a concertos grandes e importantes na carreira de artistas e eu ia ter o Altis Arena e nós tomamos a decisão de de ter h no caso das pessoas H surdas coletes sensoriais para poderem assistir ao concerto e quase vibrarem tanto como como uma pessoa que tem perfeitas condições auditivas e acho que ainda há muito caminho a a a percorrer e acho que a inclusão deve deve ser um tema H na ordem do dia todos os dias h para que que tenhamos um mundo também mais equilibrado em que existam as mesmas oportunidades Se bem que eu já também começo a ver e tocando aqui outro ponto e dar os parabéns a a certas a certas empresas que começam a empregar pessoas H com com autismo eh com síndrome Down Eh Ou seja esta parte da inclusão é super importante para que sirvam de exemplo para que as pessoas à partida não não acham E já não lhes ditem o seu próprio destino ou seja as pessoas com com com seja qual for o tipo de de deficiência acho que não lhes devem marcar um destino Acho que cada pessoa deve deve traçar o seu próprio destino Hum acho que não não há uma não deve haver uma uma uma diferenciação entre uma pessoa que que vê e que não vê ou que houve e que não houve sobre o que é que vai fazer da vida eh obviamente vai ter mais dificuldades H mas também Cabe a nós e no geral o público quando digo público as pessoas no mundo as pessoas da humanidade h servirem de de braço direito para todas Estas pessoas que precisam desta ajuda porque mais uma vez não faz qualquer tipo de sentido ninguém eu nasci perfeitamente saudável graças a Deus eh e ninguém me traçou o meu destino porque Ah ele pode fazer o que ele quiser e uma pessoa que é invisual também uma pessoa que é surda também uma pessoa que é muda também com mais dificuldade Mas pode fazer aquilo que ela quiser uma pessoa com síndrome Down também uma pessoa estou H com autismo também ou seja temos que encontrar o espaço que que que sempre existiu e que nós é que não quisemos preencher por por receio das capacidades H destas pessoas portanto no fundo acho que inclusão e e acho que é um ótimo podcast este que dá oportunidade que dá a oportunidade para falarmos H sobre sobre assuntos que são importantes que muitas das vezes não há tempo nós já sabemos como é que funciona às vezes a televisão e a rádio às vezes é tudo muito contado e e nem sempr dá para falar sobre temas que que que achamos que podem impactar as pessoas eh na medida certa e para aquilo que é certo eu acho que o estarmos aqui a falar sobre isso contribui também muito porque a verdade é que e agora tenho que falar a título da pessoa com deficiência porque os ouvintes não sabem que eu ainda não disse eh mas eu sou cega e portanto sou parte envolvida aqui na na questão da das pessoas com deficiência e o o que é que eu posso dizer eu acho que este tipo de iniciativas eh serve também para normalizar porque o caminho não pode ser na discriminação negativa eh em que tal como estavas a dizer se duvida da capacidade das pessoas com deficiência e surdas eh e também não pode ser na discriminação Positiva em que tudo o que nós fazemos é algo incrível exato não nós fazemos aquilo que temos que fazer porque aí está temos uma vida temos Um Destino que é o destino que nós queremos construir e não o destino que queremos que construam para nós E para isso nós temos que trabalhar e às vezes parece meio que um discurso revolucionário mas é um discurso real que é muitas vezes nós temos que fazer um caminho eh que dá um bocadinho mais trabalho porque quase que temos que provar duplamente que Ok eu sou uma pessoa tenho estas capacidades e sim estás a ver a minha deficiência em primeiro lugar mas eu sou muito mais para Além disso para mim ser cega é tão natural como ter o cabelo castanho mas eh Isso só aconteceu porque a sociedade também me permitiu que eu conseguisse lidar dessa forma tão normal com isso permitiu-me ir a concertos Inclusive é o teu que já fui gostei muito Hum e permitiu-me fazer todas as coisas que eu gostaria de fazer inclusive é estar aqui hum e eu acho que é muito M importante eu ia de fazer eh muitas perguntas às quais tu já respondeste eu acho que isso diz muito daquilo que tu estás a fazer em relação à deficiência enquanto artista Porque a partir do momento em que eu te faço uma pergunta e tu me falas sobre como organizas os teus concertos como tratas as pessoas com deficiências surdas como falas já na questão dos coletes sensoriais que eu própria até à emissão da rfm não conhecia e sou pessoa com deficiência eu acho que mostra um interesse incrível da da tua parte e e eu só tenho em nome das pessoas com deficiências surdas de de agradecer o trabalho que já fizeste nesse nesse sentido e marcaram mas H há há uma pessoa que eu acho que acho que foi a pessoa fundamental também para que eu tivesse este tipo de sensibilidade h para com para com a deficiência no geral eu eu eu no eu tive tive uma prima que eu não com quem eu não lidei muito H que se chamava Patrícia H que que era que ou seja foi a minha primeira realidade com com com aciência né Eu era muito novo ela morreu muito nova também com 20 e muito poucos anos ah Hum mas teve um um problema cognitivo desde nascença e nunca saiu da cama dela h e foi minha meu primeiro impacto com com a deficiência e acho que me tornou uma pessoa mais cautelosa também para com pessoas com com com com deficiência porque nós sabemos se calhar as crianças hoje em dia e não por mal mas lá está são crianças e às vezes H foge um bocadinho até a responsabilidade das mesmas hum se calhar brincam e às vezes não sabem até onde é que podem brincar até onde é que pode ser ofensivo pronto mas eu acho enquanto criança sempre tiv esse cuidado porque tive muito dentro dessa realidade também H mas ainda há uma pessoa com quem eu lidei muito mais e essa pessoa sim acho que de forma indireta me alertou que é minha avó minha avó materna ela é cega teve um tor cerebral h e e ficou cega perdeu a visão após após o o tumor Hum e e sempre é uma é é um cuidado que eu tenho é sobre onde estar como virar ou seja onde ou seja ajudar naquilo que é que às vezes é necessário h eu eu quando ela ficou em visual nós vivemos em casa dos meus avós Nessa altura hã e pronto e lidei também muito com com com a frustração e e lembro-me da frustração da minha avó porque a minha avó era uma pessoa que via perfeitamente e de repente começou e h pronto perdeu a visão primeiro num num num olho e depois eh tem cerca de 5 ou 10% de visão no outro e passou só a ver sombras assim relances e hum luzes hã e e acho que é que é uma realidade com com a qual eu eu eu eu me familiarizei muito muito novo h e me alertou para para a necessidade de existir um certo Cuidado um certo apoio não desprezando acima de tudo as capacidades porque a minha avó continuou a cozinhar a minha avó continuou a andar pela casa continuou como ela gosta de fazer no pátio a descascar e feijão e a fazer essas coisas todas e minha avó pendor a roupa a minha avó continuou a fazer a vida dela toda igual e existiu ali uma certa frustração e se calhar ainda hoje existe h mas não deixou de ser a minha avó não deixou de ser a Amélia faz continuar a fazer tudo agora se calhar até mais pela idade do que propriamente pela e e pela parte de ca invisual começa a fazer menos coisas H mas sempre pediu para que não a tratássemos de forma diferente eh porque continuava a ser exatamente a mesma pessoa e acho que foi uma realidade com que com com o qual eu eu me que me identifiquei muito cedo Isso ajudou-me a ter também alguma sensibilidade para isto disseste aí uma coisa é muito importante que é ela teve alguma frustração mas é normal é uma realidade que muda mas no entanto ela pediu-a continuarem a tratá-la como se ela fosse a mesma pessoa porque era a mesma pessoa só tinha uma uma nova diferença e eu acho que isto é muito importante ao nível da sociedade e é por isso que existem este podcast e e outros projetos relacionados com a inclusão porque as pessoas são exatamente as mesmas a única questão é que a deficiência é uma característica como outra qualquer se calhar é visível aparentemente tem algumas limitações mas também isto leva-nos a questionar porque é que essas limitações são limitações se calhar se a sociedade estiver disposta a acreditar nas pessoas com deficiência e surdas Então se calhar elas também vão acreditar de uma forma muito mais fácil nelas mesmas se eu não tiver que ir a um concerto e ficar a pensar não sei quantos dias como é que eu vou será que vai seguro para mim se eu me puder e divertir com os meus amigos então a questão da deficiência já nem sequer é sequer uma questão porque olha eu quero ir e vou exato exato e E é isso que me leva à questão seguinte que é quando é que tu te começaste a despertar emquanto músico para esta realidade olha H foi foi muito foi muito cedo foi basicamente quando eu quando eu comecei a a a cantar senti muito presente aquela coisa de eu eu agora sou sou pronto sou música a minha voz sempre me ouviu a cantar lá por casa mas agora não não pode ver h então de que forma é que é que eu posso fazer chegar a ela e aquilo que eu vou vivendo não é sempre que estou com ela ou quando eh aliás eu por exemplo eu vou ter agora um concerto no dia 17 de Maio estive agora na Páscoa em casa dos meus avós e convidei-a para ela ir ver e ela pronto riss um bocadinho com aquela coisa de eu não vou ver não é H sim eu eu vouv mas pronto é é é de certa forma eu expliquei-lhe o que é que ia acontecer que é um concerto com com a orquestra da Marinha pronto e eu eu eu eu sempre tive muito presente na cabeça que foi a minha avó apesar de ser viva e infelizmente por exemplo o caso do meu avô nível é o é exatamente o contrário meu avô via em perfeitas condições neste momento não neste momento e durante os últimos anos não pde ver atuar porque já que não estava entre nós ha mas a minha voz está entre nós mas não me consegue ver também h hum por outras razões e e a forma como que eu tenho às vezes até de de lhe explicar é é é falando é comunicando é explicando o que é que vai acontecer é interessante porque a minha avó tem também tem recordes de revistas lá em casa e ela não lê ela não consegue ler ela é invisual mas a minha tia coloca os recordes Lê as revistas quando quando há uma notícia minha pronto sai uma uma uma uma notícia qualquer a minha tia lê a notícia o que levanta aqui também uma um um um um um pequeno apontamento que é porque não revistas com ou com ou em bril ou até mesmo em dispositivo móvel áudio ou seja termos um como este este este podcast ter entrevistas disponibilizadas online para pessoas que são em visuais e que gostam de saber sobre x artista já existe a questão é que a tua avó e é de uma geração a geração antes da minha eu acho que fui cega na altura certa porque tudo isto que está aqui a acontecer também atrás éa impossível n exato Ah eu não diria que era impossível porque há meia hora atrás antes deste podcast começar por acaso comentaram comigo que há muito muito tempo a renascência tinha tido um loc tor cego mas não não quando eu digo é impossível é o facto de Não exir este esta questão da internet e das as coisas estarem disponibilizadas de outra forma hoje em dia é muito mais fácil de chegar a mais pessoas e acho que lá só podemos utilizar isso mesmo para conseguir servir o maor número pessoas possível sim é isso porque porque já existe só que nem todas as pessoas ainda têm acesso a esta tecnologia que faz com que ter uma deficiência não seja assim tão difícil porque se está a fazer este trabalho de eliminar Barreiras eu pergunto-me nesta questão da das revistas que é interessante mas o que é que achas que ainda seria interessante fazer Olha isso é uma boa questão H porque lá está vou-te ser muito sincero não sendo invisual não sendo não sendo uma pessoa surda ou muda eh é difícil conseguir ter ter um dia a dia H em que sinta que ok Isto é preciso isto era preciso isto aqui se calhar era preciso aquilo aqu lá H posso dizer lá está da experiência que eu vou tendo H que no caso da minha avó vejo lá que que eles têm revistas e foi o caso assim que mais me chamou a atenção que é bem como é que a minha avó estiver aqui sozinha como é que ela vai ler não é alguém tem que lhe virar contar mas a minha avó pode ser se calhar mais h autónoma não é H E como é que po pode ser autónoma tem que ter ferramentas para ser autónoma e felizmente essas ferramentas como tu falaste já existem aqueles telefones que são bem preparados Já e já bem preparados de fábrica para para ser utilizados por pessoas invisuais Hum e neste caso sites de jornais ou revistas terem as revistas na íntegra lidas não é hum acho que era que e lá está é vou dar aqui um exemplo acho que poderia ser uma forma de inclusão h de mais uma vez de de ter pessoas vamos vamos vamos vamos tentar ver isto deste Prisma que é no caso de de da A minha avó não pode pronto não consegue ler um jornal ou uma notícia que sai sobre mim e porque não termos pessoas que com com algum Impacto mediático eh que possam ler uma edição um jornal por exemplo são pequenas coisas que às vezes podem fazer a diferença Porque vão criar algum Buzz em torno da da da situação isso vai fazer com que H pesso com que mais pessoas se calhar se se toquem mais não é que que que se que fiquem mais alerta para para para estas questões estava-te a ouvir e estava a pensar numa ideia que tendo em conta aquilo que tu disseste porque não por exemplo nas tuas redes sociais não teres um um sítio em que Tu lês algumas coisas que sintas que são relevantes para o teu público e coloques por exemplo legendas para as pessoas surdas conseguirem acompanhar também começar tu essa iniciativa que estás aqui a divulgar e que eu não tinha pensado nisso e que é que é bastante interessante não isso isso é interessante e Imagina eu por acaso durante este ano que passou e eu eu lancei uma série para para o para o YouTube que se chama a digressão é uma vai é uma uma série composta por duas duas temporadas que basicamente são vlogs mas mais longos de dos meus dias de concerto ou seja desde que saio de casa até que chego ao sítio do recinto faço faço o concerto aparece um bocadinho do concerto aparece o que acontece depois aparece o que acontece antes a preparação até eu me deitar é quase como um um um um Reality Show com alguns cortes e não 24 horas e Mas é uma espécie de série que dura mais ou menos 20 e tal minutos com os momentos mais importantes do dia h e de facto eu alertei isso para para para a minha equipa porque disse-lhes bem nós isto acho que está uma coisa interessante eh inclusive já havia agora mais artistas e a fazer o mesmo Mas pensei isto não está a chegar a toda a gente né hh uma pessoa uma pessoa em visual ou aquilo que eu estou a dizer eh uma pessoa que é surda ela não ouve ela está a ver mas ela vem-nos a mexer a boca mas Mita das vezes há pessoas surdas que consegue acompanhar a questão a questão o que a gente vai falando eh se nós falarmos com algum com com algum vagar as pessoas conseguem através da da articulação da na nossa boca perceber aquilo que nós estamos a dizer mas nem todas isso são casos raríssimos portanto como é que nós podemos chegar a pessoas surdas é se calhar colocar legendas eh e agora para esta temporada que aí vem nova é uma das coisas que estamos a tratar porque lá está felizmente também a inteligência artificial Vem nos ajudar aqui em algumas coisas h e hoje em dia já é muito mais fácil de gerar e legendas através da da da Inteligência Artificial que rouba digamos assim o nosso som e escreve transcreve aquilo que nós estamos a dizer eh coisa que se calhar há três 4 anos atrás tínhamos que ir palavra a palavra e se calhar um um episódio eh e Mita das vezes se calhar é por isso que às vezes as coisas pecam nesse sentido que é se calhar em vez de demorar meio-dia a fazer legendas não é demorariam se calhar três ou quatro dias porque tinham que ir ali frame a frame escrever letra a letra pronto H Portanto acho que a inteligência artificial também vem aqui um bocadinho ajudar h a criar uma uma igualdade ainda ainda maior que ela de facto existe só que a gente tende em em em diminuir um bocadinho ou afastar essa igualdade olha muito obrigada por teres vindo foi tão bom ter este primeiro convidado que tá tão consciencializar para esta realidade e que pode inspirar porque no fundo nós estamos aqui a falar para o público mas estamos também a falar para outros músicos que estão a ouvir e que também se podem deixar inspirar por estas ideias de inclusão que são tão necessárias e que a música é tão para mim é um bocadinho indescritível e aquilo que a música me faz sentir e tal como para mim é para muita gente porque se não fosse os concertos Não moviam tanta gente não chegavam a tantas pessoas eu acho desculpa eu acho que pela música ser tão indescritível para toda a gente eu acho que a música devia ser considerada um sentimento também a Malta pensa que às vezes é só lazer que é um entrenament eu eu vejo a música mais como uma forma até de sentimento porque às vezes dá transmite-os coisas que nem nem conseguimos caracterizar com tristeza ou com felicidade ou com alegria ou com saudade ou com Tem tantas coisas misturadas ali um mix de sentimentos que acho que se poderia considerar um outro sentimento Sim concordo muito e e por isso fazer com que chegue a todos é fundamental e pode ajudar tantas pessoas A a estarem bem a confiarem eu lembro-me da primeira vez que fui a um concerto sozinha não é uma coisa que eu faço muito confesso normalmente vou sempre com pessoas mas lembra-me da primeira vez que fi um concerto sozinha eu senti-me Mega realizada não só por querer ir ver a música que eu queria ir ouvir como também aquela coisa de eu fui consegui ir e tá tudo certo não precis ir de ninguém T só forma sim ex a música pode mudar a nossa vida e por isso é muito importante haverem iniciativas destas E haverem acima de tudo músicos que estejam consciencializar para que o mundo da música seja cada vez mais inclusivo e por isso termino com uma última pergunta para ti o que é incluir é um dever Obrigada foi assim a nossa primeira entrevista com o Fernando Daniel para a semana a mais por isso conto contigo dias [Música]