Vídeo: CECÍLIA MEIRELES analisa a ENTREVISTA de PEDRO NUNO SANTOS dada à SIC e à SIC NOTÍCIAS

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eh começamos com a cicília Meireles e temos basicamente um tópico único na agenda deste programa a entrevista que o secretário-geral do partido socialista deu hoje à Sic e também à Sic Notícias eh ficou com a ideia de que Pedro Nuno Santos terá uma atitude cooperante com o governo e coloque-a questão tendo em conta até duas afirmações concretas por parte do secretário-geral socialista o PS não cria não quer criar um problema orçamental e o PS não é é uma força de bloqueio bom boa noite eh eu acho que se se se era essa a intenção estas últimas semanas e estes últimos meses teriam que ter sido diferente eu acho que o Pedro Nuno Santos que nós vimos aqui na entrevista foi foi no registro animal pouco feroz que é aquele que vimos durante a campanha acho que ele está cada vez mais à vontade nesse registo agora acho que ele tentou um bocadinho para perdou suas pressão mas tirou a pedra e agora está a tentar esconder a mão porque não é por acaso que o grande tema da entrevista acabaram por ser as scutes e a verdade é que ele não conseguiu explicar grande parte daquilo que apresentou no Parlamento primeiro acho que ele não conseguiu explicar porque é que era absolutamente urgente tomar uma medida que ele próprio passou 8 anos no governo sem tomar depois eu percebo a lógica de quem é oposição tem que ser alternativa Mas então não se percebe Esta é a prioridade das prioridades é mesmo esta medida ele também foi parco a explicar isso e já já irei Depois aos outros argumentos e em terceiro lugar em relação ao chega e ao facto de ter havido uma aliança de facto para a aprovação de uma medida que francamente não sendo estruturante é determinante do ponto de vista orçamental porque tem um impacto orçamental que é óbvio e que é evidente e que é inelutável is foi outra coisa que eu não percebi na entrevista ele dizer não não isto agora é executar não é preciso orçamento nenhum bom é evidente sobre essa medida concreta disse dis disse que custa um dia de receita fiscal do país bem se é assim não sei o que é que ela andou a fazer nos últimos 18 anos não é porque já podia ter tomado há muito tempo e mesmo que custasse apenas um dia de receita fiscal do país eh é é óbvio que as medidas que implicam a diminuição da receita só podem ser tomadas no ano civil seguinte com outro orçamento em curso isso parece-me que a constituição é relativamente Clara eh desse ponto de vista e ele não conseguiu porer simplesmente explicar Vamos lá ver eh eh pode haver portugueses que legitimamente preferiam por exemplo pagar menos 200 milhões de IRS do que ver esta medida de Abolição de portagens eu acho que isto que é uma escolha perfeitamente legítima ambas as medidas têm Óbvio Impacto orçamental não há como fugir a isso como também me parece que não há como fugir que toda a teoria do PS acerca de cercas sanitárias e acerca de não ter nada a ver com o chega bom eh resistiu o quê a um mês de oposição nem a um mês de oposição porque bastou um mês fora do poder que qualquer perspectiva de lá voltar já fez destes destes dois partidos os novos melhores amigos e foi visível é visível do meu ponto de vista a diferente de atitude do chega em relação ao PS daquela que tem por exemplo em relação à AD quando a AD apresenta uma descida de impostos uma descida do IRS o chega diz nós não queremos assim portanto não votamos esta queremos outra quando o PS apresenta uma descida das portagens nós Não vimos o chegar a dizer nós não queremos bem assim e Aliás já tinha apresentado outro projeto que não era bem assim mas já servia o do PS está dizer ch nesta altura é mais cooperante com o partido socialista do que é com com AD acho que manifestamente nos atos é muitíssimo mais cooperante e acho que isso está a ser absolutamente visível Acho que são dois partidos que se juntam pela vontade que têm de de chegar ao poder independentemente do que isso possa causar porque eu percebo que em medidas de fundo que seja difícil para partidos que têm medidas de fundo alternativas irem ao encontro do governo acho ISS aliás tem dito Vas vez é normal que a oposição se oponha eu não acho que que os partidos da oposição tem obrigação de votar as medidas do governo mas acho que em medidas com impacto orçamental como primeira quase a primeira medida não diria a primeira aprovada no Parlamento mas quase a primeira de relevo aprovada no parlamento é uma medida com relevo orçamental e é uma medida executiva e portanto é claramente a condicionar a atuação do governo mas acha que quer PS quer chega podiam ter feito outra coisa tendo em conta que a questão da da scute fazia parte do programa Eleitoral de amos eu acho que podiam e deviam ter feito outra coisa aliás há inúmeras medidas que faziam parte do programa Eleitoral de amos não foi por acaso que um e outro escolheram esta acho que isso que é é uma escolha é uma escolha Evidente e mais a não é por acaso que o nosso sistema e a constituição diz que a iniciativa orçamental é apenas e tão só do governo Há uma razão para isso E para isso tem que emanar do Poder Executivo ao escolher como medida símbolo esta medida que vai direta à à ao poder orçamental do governo e à capacidade do governo apresentar uma proposta de lei de orçamento do Estado eu acho que é um sério sinal de quem quer condicionar e impedir o governo de e executar o seu programa por um lado e depois de se constituir alternativa e eu acho que se o chega e o PS querem constituir como alternativa conjunta de poder este governo e tem maioria para isso eu acho que o podem fazer agora tem é que o fazer com as cartas todas na mesa não é dizendo não não nós estamos aqui todos juntinhos a votar tudo mas depois somos os grandes inimigos um do outro são quando convém Pronto acho que é a realidade é esta sen quer responder a esta questão nomeadamente quando a a Catarina e acusa no fundo e o PST e também o CDs de estar a degradar as condições de diálogo bom eu eh sempre aqui disse que acho que no Parlamento se mantém diálogos e os diálogos um diálogo verdadeiro implica cedências de parte a parte agora para as pessoas dialogarem também é preciso que haja vontade quer do governo quer dos partidos eu não deixa de me parecer curioso que aparentemente o chega e o ps sem dialogar encontram aqui grandes pontos em comum e até capacidade de aprovarem propostas em concreto e propostas que tê relevo eh só pode chegar à conão calar são mais negociar com Com estes partidos para facilitar no fundo sua própr vi eu acho e já fui aqui absolutamente Clara nesse sentido eh quando se apresenta propostas e quando se governa em maioria relativa tem que se procurar apoios ou se procura um apoio para o governo inteiro e eu acho que não havia aqui manifestamente condições políticas para se fazer isso tem que se procurar apoios medida à medida e portanto eu acho que para cada medida tem que se procurar apoios e muitos desses apoios têm que ser procurados à direita do governo isso parece-me uma evidência parece-lhe que Ach aliás custa-me também a acreditar que não haja conversas no Parlamento só se só se agora estão todos relações cortadas mas acho difícil costuma ser uma casa em que se fala agora também eh acho que é preciso ser seco para não ver que há uma Evidente o PS não quer como é óbvio chegar acordo nenhum nem ter diálogo nenhum nem ter conversa nenhuma aquilo que quer é dificultar ao máximo ação do governo e o chega está exatamente na mesma lógica mas mostrou-se disponível para e negociar com o PSD eh a algumas matérias nomeadamente a questão dos professores Isto é não negociar mas viabilizar questão do serviço congelado dos professores e também em relação à justiça Eu já eu já percebi quando as medidas são agradáveis há sempre essa vontade não tem acontecido não aconteceu no caso do IRS a vontade de dificultar foi tanta que nem nem uma baixa de impostos conseguiu unir mas no caso da Justiça parce que são medidas agradáveis no caso da Justiça acho que curiosamente os acordos que são precisos aí vão um bocadinho para além dos partidos acho que se o Parlamento se fecha em si próprio imagina que vai fazer uma reforma da Justiça à parte e à margem de todo o setor da Justiça está enganado e não está a perceber a profundidade da crise na justiça a crise na justiça é muito séria é quase já uma crise de regime e é sobretudo uma crise de ausência de resultados e ausência de consequência daquilo que é feito eu de facto também não acho eh normal sistematicamente ser confrontada com processos judiciais com não saem da fase de inquérito ou nunca chegam à fase de julgamento ou se chegam acabam em em absolvições a enaltecer a atitude de Pedro Nuno Santos que está disposto no fundo a a dialogar com eu tinha eu tinha enaltecido a atitude de Pedro Nuno Santos se ele nos últimos 8 anos tivesse feito alguma coisa nesse sentido eh como não fez perceba que ele depois tenho dificuldade em levar muito a sério as intenções L respondid neste caso em concreto que não era primeiro ministro era só Ministro das infraestruturas n Nessa altura era um destacado membro do partido socialista e portanto se isto lhe parecesse um problema absolutamente estrutural que é e eu gostava de lembrar que nós ouvimos muitas vezes falar de casos muito mediáticos e são sérios e são graves eu não lhes Retiro a gravidade H mas eu gostava de lembrar que o país está cheio de arguidos e tá cheio de de Réus por esse país fora que esperam e se esperam por uma decisão e que T estes mesmíssimos problemas Isto é eh eh um uma situação absolutamente grave e que eu acho que requer um bocadinho mais do que um acordo mas acho excelente que os partidos estejam disponíveis para esse acordo gostava de de deixar isso muito claro também queria dizer em relação a uma coisa que Pedro Santos disse aqui que disse as portagens são como impostos h e Eu discordo e é uma posição pessoal não é sequer a posição do meu partido e e a do PSD mas Eu discordo disto porque se nós eh chegamos à conclusão de que as portagens nos sítios em que não há alternativa e eu acho que os sítios em que não há alternativa são substancialmente mais do que aqueles que hav aprovados no Parlamento porque não é só no interior que não há alternativa eu o quem quiser que vá pelas autoestradas do litoral e que Tente fazer o percurso alternativo vai andar em ruas durante centenas de quilómetros se nós chegarmos à conclusão que todas estas portagens que são impostos e vamos abolir as portagens no país inteiro h não vamos ter uma descida de impostos nos próximos 10 anos porque não chega não chega não chega eh nada chegará para compensar essa essa perda de receita e portanto eu também acho que há aqui uma questão do meu ponto de vista de Justiça relativa que me parece ter sido avaliada mais em função de promessas e do que da Justiça relativa da medida em se mantém exatamente as mesmas opções orçamentais e se faz uma política diferente e eu acho que isso PED nun Santos não explica se for uma política baseada na despesa pública não é não é explicável porque é impossível é evidente que que não é possível aumentar a despesa como como se não houvesse nenhuma exigência orçamental e depois chegar ao fim e dizer que sequer contas certa é são são absolutamente impossíveis que que eu não concordo depois é da forma como se como António Costa provou porque aquilo que fez para para criar a ilusão de que isso era possível foi basicamente cortes no investimento cortes mudos cortes através de cativações de vetos de gaveta mas foram cortes brutais no investimento que só agora começa a recuperar aliás nós vamos gastar parte substancial do prr a fazer investimentos na função pública e na administração pública que passaram quase uma década sem ser feitas Aliás mais de uma década porque no tempo da troika também não havia espaço para isso portanto mais de uma década sem ser feito e e é e basta olhar e qualquer pessoa conhece o estado de qualquer serviço público é absolutamente transversal porque o chamado investimento de manutenção por e simplesmente teve bloqueado anos e anos e anos a fio e isso é um custo mas também precisam precisam que as gerações seguintes não tenham a seu cargo uma dívida que seja incomportável quando fala em aumentar o déf significa que nós não estamos disponíveis para pagar a essas pessoas com os nossos impostos e portanto estamos a deixar a conta para os impostos dos que os nossos filhos hão de pagar para essas pessoas serem pagas hoes e eu queha mado opinião c aado duas cois B certo e tem que bater certo no presente porque essa lógica de vamos fazer hoje e pagar amanhã foi precisamente a lógica que levou a que toda uma geração esteja agora a ser sacrificada a pagar as dívidas de ontem e portanto convém não se continuar a fazer isso fazer de conta que os professores são um problema fazer de conta que os professores são um problema Esse sim é um é o maior ataque que se pode fazer às novas gerações retirar a qualidade da educação isso não tem nenhum sentido os professores das carreiras não são blco de esquerda dizer não S um problema nós vamos propor aqui um aumento de impostos precisamente para fazer Face a esta despesa isso é que eu não vejo isso é que eu não vejo não o dinheiro tem que vir de algum lado não é porque ele não ca do céu não há outro sítio de onde ele possa vir que não seja dos vossos contributos não há há há claramente marg orçamental para se fazer muito melhor pelos trabalhadores do estado que aguentam as funções fundamentais e seguramente pelos professores há margem Mas onde é que ela está como é que se faz pois essa parte é que já é mais difíc até o governo aceita o programa deidade aquela coisa é comoos di é assim não não mas isto não é preciso orçamento nenhum isto depois já em funcionamento isto isto aliás é é do ponto de vista orçamental nem nem quer dizer nada pois é é na teoria é tudo muito fácil não é pois na prática é que coisa tem