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[Música] Hoje vamos até colos em Odemir a conhecer Isabel Silva natural de Lisboa mas amante do campo esta artesã encontrou nas narrativas ilustradas com artes manuais uma forma de contar histórias aos mais novos é o gente com bom interior desta [Música] semana que acontece aqui é uma coisa que já começou lá muito atrás nasceu quando eu era mesmo muito pequenininha ouvir a minha avó contar histórias e começou aí com a parte manual começou sei lá desde pequenina também o meu pai tinha uma oficina de carpintaria eu passava muito tempo lá embalada no balois vê-lo criar as coisas então acho foi a primeira noção que eu tive de que com as nossas mãos nós podíamos criar coisas incríveis eu queria muito bonecas e a situação económica da minha família não era assim a melhor então a minha mãe arranjou tecidos uma tesoura umas agulhas e ensinou-me a fazer uma boneca de trapos pronto parti a eu tive as bonecas que queria e que imaginava mais tarde pronto eu percebi que gostava de artes fui estudar Artes mas não não não consegui fazer um percurso Um percurso linear portanto não sabia muito bem o que é que queria eu gostava disto gostava daquilo e eu dei por mim a certa altura a fazer uma uma formação de acompanhante de crianças e nessa formação Começamos a trabalhar Hora do conto a animação do conto então acho que foi a primeira experiência que eu tive em animar histórias para crianças através da criação de adereços e coisas e pensei Ah isto pode ser uma profissão comecei com oficinas criativas passei para a animação do conto fui para o teatro de marionetas mas eu queria um bocadinho havia coisas que eu queria [Música] mudar eu cresci em Lisboa nasci em Lisboa cresci em Lisboa mas eu cresci com o ir à Terra hoje o meu pai é da Beira a minha meir atrás os montes e nós e eu passava muito muito tempo férias e essas coisas na terra com os avós portanto tinha esta ligação muito forte com este meio pequeno Aldeia pequena e isto também ficou adormecido em mim durante muito tempo e um dia o meu filho vem da escola com uma daquelas plantinhas um feijãozinho que eles germinam na escola e depois quando cresce vão para vai para casa e ele pergunta-me então e agora onde é que eu vou para isto mãe e eu pensei bom hum Na Varanda Do Sétimo Andar é que não vai ser aquilo acho que foi ali assim um clique de chegou a hora de irmos à procura onde é que vamos e por esta semente que germinou que tem germinado em nós fiz o meu processo de transição não é da cidade para o meio Rural portanto adaptar todo um estilo de vida e também entrar em residência com com o que é que eu quero fazer portanto tinha assim um um sonho de passar um inverno à lareira a fazer bonecos passei nasceu a história do tempo da Aldeia e então tudo ISO Isso acabou por ser a depois a cemente para ortes an histórias [Música] também quando eu estou a contar histórias eu não estou ali eu não sei muito bem Onde é que estou eu vou para um outro lugar é um momento maravilhoso e aquilo que eu penso e Ou pelo menos aquilo que eu quero dar a quem vê é muito primeiro o escutar e e o escutar com calma tudo o que nós temos para as crianças tem que ser agitado tem que ser fonético e vivo e eu faço o oposto Ou seja eu levo uma coisa mais calma e mais tranquila para proporcionar Justamente esse momento de ouvir de conseguirmos ser transportados para dentro da história e depois as mãos quem as crianças que estão a ver saírem dali e irem para casa fazer o mesmo com as suas bonecas com o que têm ah ou terem vontade de fazerem os seus próprios brinquedos que é uma coisa que nós hoje não temos a porque o formato que eu estou a apresentar Ultimamente é sempre um formato de uma história seguida de uma atividade eh manual que vai criar algum elemento relacionado com a história mas que vão levar com eles para criarem outras histórias outras por exemplo as casas das fadas que eu conto a história onde moram as fadas e depois fazemos a casa das Fadas todos os momentos em que que conto uma história esse momento é único eu posso ir ao outro lado e levar os mesmos cenários e os mesmos bonecos mas a história vai ter ingredientes diferentes vai vão acontecer coisas diferentes Então essa essa essa coisa única escutar uma história porque perceber não é ouvir conseguirmos ser transportados conseguir imaginar o escutar uma história é o que nos vai fazer e imaginar não estamos a ver nada panto temos que im embora ilustro um bocadinho a história que estou a contar mas mas temos que imaginar muitas coisas não sei eu olho para a maioria das crianças e vejo isso também nos meus filhos que se eu não estou sempre em cima deles se não tiverem um ecrã à frente já não sabem o que é que hão de fazer então é o meu objetivo é manter a arte do brincar com as mãos [Música] viva Y