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[Música] bem-vindos à geração V V devota um podcast em que provamos que é errado aquele clichê de que os jovens não se interessam Nem participam nós contamos e votamos nestes 18 episódios sentamos à mesa 32 jovens da sociedade civil e sem filiação partidária com representantes de todos os partidos com centro parlamentar para uma conversa informal mas esclarecedora o meu nome é Vasco Galhardo tenho 28 anos e fundei o voto e esta é uma parceria com O Observador hoje convidamos para um café Rita Matias 25 anos deputada à Assembleia da República pelo chega e é a deputada mais nova da última legislatura nestas eleições é mandatária nacional e cabeça de lista por Setúbal Olá Rita que obrigado por estares aqui connosco obrigada eu e comigo estão Madalena gradiz 25 anos trabalha em marketing e comunicação e em 2017 começou a interessar-se por política e ingressou no curso de comunicação e jornalismo uns anos mais tarde fez parte da Juventude chega tendo arrependido passado alguns meses e rapidamente se desfiliou do partido e fugiu da política por uns anos licenciado em design e trabalho em comunicação está Preste a lançar um podcast sobre coisas da vida Depois temos Manuel rito 33 anos de Lisboa e é diretor de projeto numa agência de publicidade trabalha há mais de 12 anos em marketing e comunicação passando por várias agências e marcas nacionais e internacionais das telecomunicações ao à hotelaria Sofia Magalhães 27 anos do Porto e é advogada em Direito fiscal tendo passado pela Faculdade de Medicina sendo licenciada em direito e gestão e pós-graduada em fiscalidade pela Universidade Católica portuguesa trabalha atualmente numa sociedade de advogados e procura ativamente encontrar a sua função na sociedade para torná-la num lugar melhor para todos e por fim Bernardo Faro 31 anos também vem do Porto e é e É ex-consultor da Deloitte Tornado empreendedor tecnológico formada em gestão pela Católica do Porto e apaixonado pelas áreas de tecnologia e inovação fez um trajeto nas áreas de transformação digital da delo e está hoje a montar uma Startup em São Francisco nas áreas de Inteligência Artificial Vamos então começar aqui a nossa conversa com uma pergunta da madalina Vasco obrigada pelo convite Rita Olá Ainda bem que feste aqui conversar connosco a minha primeira pergunta para ti e e a pergunta de todos também acho que estas perguntas são de todos acho estas perguntas são realmente de todos exa todos talvez de uma geração di sim talvez de uma geração até daí a geração as idades serem todas muito muito semelhantes minha primeira pergunta para ti é tu enquanto jovem também fazes parte a nossa geração sabes Com certeza que vivemos num país eh que vive eh em grande massacre com a esquerda mas tem também o terror da direita portanto qualquer partida direita que exista é toda a gente tem muito medo disto como é que tu que és mulher jovem num partido de direita Vês que podemos combater este terror e este massacre estas duas coisas como é que tu vês que podemos combater isto antes de mais cumprimentar todos ehh Madalena temos aqui uma dívida para contigo temos que perceber onde é que falhamos preocup vamos acho que aqui com esta conversa mas é importante a pergunta que fazes porque de facto é verdade eh temos um um eleitorado que era tendencialmente de esquerda um eleitorado jovem mas que atualmente parece querer muito mais apostar nos partidos de direita pelo menos as sondagens e os resultados mostram-nos isto mas ao mesmo tempo ainda demonstram alguma orfandade por um lado não se sentem em casa às vezes nos partidos à direita por outro também também se sentem pressionados pela sociedade como um todo cada vez que se chegam à frente e dizem que são de direita e e nesse aspecto uma vez que a esquerda conseguiu infiltrar-se mais nos meios de produção cultural eh penso que a pressão consegue de facto ser exercida de uma forma h soberba pesada para para um jovem Mas penso que o a principal forma de de combatermos Isto é é estarmos a desempenhar funções é darnos a cara pela pelas ideias mostrarmos que ser de direita não é ser retrógrado eh como nos tentam fazer sempre passar eh não é estares associado a qualquer tipo de eh antigo regime que nenhum de nós viveu e portanto com o qual Nenhum de Nós tem tem qualquer tipo de saudosismo e e quando tu estás e desempenhas Essas funções Tu vês que as pessoas acabam por querer aderir pelo menos Esta é a experiência que eu vou tendo a percorrer Várias escolas eh em todo o país e vou sentindo essa diferença Há dois anos atrás quando me dirigia eh aos jovens eh sobretudo jovens de ensino secundário pareciam extraterrestre olhavam para mim e tinham medo mesmo pensavam vem uma extremista é louca agora eh cada vez mais não só sentem adesão ao discurso como se identificam porque temos não a mesma idade Exatamente porque est vhe serer rápido mas mas falamos a mesma linguagem passamos por problemas idênticos ou passamos há pouco tempo por problemas deles e Portanto acho que é muito importante que a direita queira de facto ser a casa dos jovens também não gosto muito de políticas identitárias e portanto não estou aqui a querer defender qualquer tipo de cotas mas naturalmente e porque a direita é a casa do mérito dar lugar também a uma geração que é bem qualificada é preparada e que tem Cartas a dar na política isso tem-se visto eh não só nos chega aqui a fechar a Bras à minha sardinha mas n outros partidos penso que dos deputados mais interessantes que têm estado a passar na Assembleia da república e com capacidade de comunicar com o cidadão comum são os deputados jovens pela proximidade nas redes sociais pela forma simples com que falam isto creio que fará a diferença e tornará a direita mais acessível e ao cidadão comum mas mas não sento se aqui eu ponto também falar de direita a esquerda e é uma coisa eu acho que os jovens a nossa geração já não vê as coisas assim mas acho que é uma coisa que chega tem vindo a gravar que é cada vez uma disparidade entre esquerda e direita ou seja eu acho que há um alimento sou o que sinto falaste por muitos quase um tornar a esquerda o demónio a esquerda tornar a direita o demónio e estos cada vez mais separados uns dos outros ou seja não há pontos Inc comuns nós nós conversamos temos aqui um bocadinho a ideia que tudo o que vem quem a direita tudo o que vem da esquerda é mal tudo o que vem da direita é mal E andamos aqui um bocadinho a atacar E eu sinto muito um bocadinho isso do chega de uma das coisas e falar abertamente muito me afasta hh do vosso partido é e uma delas é esta demonização Se assim posso dizer da própria da própria esquerda e eu tenho essa curiosidade do vosso lado é se isso para vocês faz sentido numa democracia ou seja o quase colocar a esquerda de parte eu não quero saber e colocá-la sobre quase uma é isso um demónio em cima em cima dela se isso é bom para a democracia coisa que eu não acho eh e não e não acredito e se vocês até mesmo isso at de facto a esquerda não en não tem soluções para nada e por isso não interessa eu porque eu acho que é importante é importante isso acho que estamos muito partidos neste momento isso para vocês vocês vem Isto ou seja vocês vê esquerda como na verdade por palavras vossas o demónio e vocês vêm aqui fazer a salvação Nacional eu acho que isto é importante perceber olha podia te responder em em dois planos num plano prático dizer que o chega assim que surgiu ou desde o momento em que estava a tentar surgir automaticamente foi colocado e de fora e portanto foi demonizado por outros e portanto a reação natural não poderia ser de eh ah por favor di logo em connosco na medida em que nos fecharam portas e e portanto não sei se foi a chega que cavou esse fosso acredito que o fosso já estava cavado anteriormente sem entrar também em qualquer lógica de vitimização que também tentamos combater na medid doa a entrada foi dura e nós sabemos Ou seja a forma até então diferente ou não de fazer política Ou seja eu acho que a democracia política exige respeito e a entrada também do chega foi muito dura foi muito dura no sentido que é eu acho que na democracia H havia quase um um respeito próprio nesse sentido e acho que também vocês entram não se sentiram literalmente a matar e os e as an códigos para mim para mim eu acho para todos não são códigos da democracia e eu acho que isso também criou do próprios dos próprios partidos e da própria democracia de sentir que não é aqui que nós jogamos não é o campo que a democracia deve ser Jogada é isso imag frequentemente ho essa crítica mas sei lá há 20 anos que já existe o bloco de esquerda que introduziu discursos muito mais radicais e agressivos só que nós como éramos também mais novos não acompanhamos o impacto que foi a entrada do bloco de esquerda a primeira vez que cartazes são empunhados ou t-shirts são empunhadas com mensagens políticas por exemplo contra figuras de estado de outros países não foi o chega que introduziu na Assembleia da República foi o bloco de esquerda por exemplo e Portanto acho que a nossa geração vive isto de outra forma a entrada do chega porque vivenciamos éramos demasiado pequenos quando o bloco de esquerda teve o seu surgimento eh mas mas algo que te queria dizer é eu penso que H há uma questão Evidente é que a esquerda tem muito mais responsabilidade governativa e portanto responsabilidade no atual estado de coisas não só a nível da qualidade da Democracia mas também ao nível das respostas públicas e acredito que depois até vamos falar sobre isso e portanto é é fácil demonizar a esquerda quando atualmente tudo falha em Portugal havia um candidato que perguntava mas o que é que falha em Portugal falha tudo e portanto há uma responsabilidade mais acrescida à esquerda do que à direita que foi passando pontualmente pelo poder eh e muitas das vezes tentando correr atrás do prejuízo que já tinha sido criado mas depois eu gosto sempre de falar num plano paralelo em que de facto esta dicotomia vai sendo mantida também pela esquerda também pelos pensadores de esquerda que há 50 anos delinearam uma forma de tomada de poder em em todos os países através da criação de burocratas através de desta lógica de tomada de poder que foram passando e muito bem é preciso elogiar a esquerda porque eles têm método e a direita não a direita nem consegue dialogar uns com os outros e portanto nós nunca conseguimos ter projetos de poder temos projetos e para ganhar eleições mas depois quando ganhamos as eleições não sabemos o que fazer com com esses resultados e a esquerda não portanto não acho que nem é nem é bem o cheg ou não é bem Qualquer partido direita que tenta manter essa dicotomia é a esquerda que tem isto este plano muito bem traçado há muito tempo que se soube readaptar soube mudar do do plano meramente económico e começar a ter uma uma resposta também cultural e social e desta forma h incentivar os os cidadãos a terem uma predisposição diferente para as suas ideias e por isto eh esta dicotomia não foi criada por nós mas acho que é tempo à direita de deixarmos de ter complexos de o sermos porque não tem mal nenhum ser a direita não tem mal nenhum defender o que quer que seja que a direita defenda E por isto desta forma descomp xada eh fazermos este combate político que éa lutar para a democracia não não sem dúvida eu acho uma tema uma sempre foi eu acho que é as formas com absoluta e os registros com que que elas fazem eu acho que o registro com que elas fazem h e da forma como chega faz na a linguagem do chega cria uma coisa por isso Voltando às culturas populistas cria aquilo que é nós estávamos até numa conversa estávamos a dizer que encontrou aqui ou seja no registro e que nem digo duro ou seja quase às vezes um registro insultuoso e um registro de encontrar um inimigo comum e vamos todos porque o encontrar o inimigo comum já todos sabemos é como unimos uma população e acho que é um bocadinho esse registro que tem sido C chega tivemos tivemos um inimigo comum nas antigas elações que era os ciganos agora temos a falar dos Imigrantes ou seja há aqui muitos metodologias que é normal que é normal como eu a população que conviveu começa a assustar e a perceber estamos a caminhar exatamente para para os mesmos métodos que aconteceram e que estão a acontecer o que aconteceu na Itália por exemplo H que de facto que funciona na sua na sua linguagem na sua execução eh não sabemos isso é muito questionável mas é mas é é esse meu ponto Ou seja eu acho que a política tudo bem que podem chegar mas a política não é feesta destes registros e destes códigos ou seja de encontrar de encontrar esses ódios de dos dos dos mastigar ao máximo para depois criar as pessoas numa democracia que acho que todos acreditamos que deveria ser sim nesta linguagem constante eu acho que de raiva e de o nome do o próprio nome do partido chega vocês chegaram a numa altura em que as pessoas estavam cansadas estavam fartas e precisavam de ver outra coisa uhum H E isso se isso faz sentido mas achas que também faz sentido toda esta toda esta esta forma como Vocês levam a política de uma agressividade enorme da a forma como vocês agarram as pessoas Manel disse agora e bem que exatamente H mes uma conversa sobre Exatamente isto Há sempre um ponto quente Ok Isso faz sentido sempre mas lá está já foram os ciganos nunca mais vos ouvia falar dos ciganos agora SOS emirantes E agora como é que como é que como é que fal sim mas antes a palavra ciganos era muito vincada como é que vocês veem isso agora como é que vocês veem esta agressividade como é que vocês veem essa essa vossa linguagem constante eu sinto e acho que sentimos um bocadinho no geral até vocês devem sentir isso eu acho vocês sabem que são agressivos na forma como falam como qualquer pessoa pode dizer assim olha para espalho e diz eu também sou muito bruta Eu também sou muito agressiva eu acho que vocês funcionam um bocadinho dessa maneira perceb e alimenta uma frustração geral não é exatamente depois toda a gente vai por aí porque é é como uma boa energia tu entras numa sala se V sentes que a sala tá com uma boa energia tu tentas absorver essa boa energia se for uma energia Consegues fazer a mesma coisa não é absorv a energia e fica toda ali uma coisa muito muito escura e eu sinto um bocado isso da vossa parte essa brutalidade essa agressividade constante para quê mas sentem que só chegam Desculpa só para te perguntar sentem que só chegam lá assim P se há se há pessoas que em certa medida se revê nesta brutalidade neste dar o Morro da Mesa no dizer chega é porque realmente sentiam falta de uma representação e de uma representação nos termos Em que em que são Não noutros termos Não noutros termos mais moderados que deixaram de encantar as pessoas se deixarem enredar no Politicamente correto que ainda por cima foi criada à esquerda E que a direita ficou refém porque à tantas a direita começou a pedir licença à esquerda para poder dizer o que quer que fosse Há até aquela direita que diz que gosta de ser a direita que a esquerda gosta e portanto não é uma direita comprometida com o que precisa de ser dito ou com o povo é uma direita comprometida com uma tentativa de agradar politicamente adversários que não querem saber eh minimamente da direita quando chega a hora de formar soluções de governo riscam qualquer linha vermelha e se for preciso sentam-se com a Extrema esquerda ou com com a esquerda radical que também apoia regimes a aliás que também não vou tirar o também porque o chega não apoia qualquer tipo de regime Bárbaro mas mas sabemos bem os regimes que a Extrema esquerda e branqueia e que ainda hoje atuam na América Latina na China etc H mas mas gostava de dizer que este critério de violência não foi introduzido pelo chega a política sempre se fez de de tons elevados sempre se fez de palavras baixas basta verem como é que eram os debates por exemplo onde estava presente Jerónimo de Sousa verem os apartes que são são trocados com com insultos com palavrões agressivos acho que o chega trouxe uma coisa importante à democracia que foi eh eh quis estar muito presente nas redes sociais quis ter um contacto muito direto com o cidadão e em certa medida H criou abriu os holofotes para a assembleia da república e por isso se calhar agora as pessoas acompanham mais de perto vem mais no seu dia a dia enquanto fazem scroll numa rede social estão a ver o que é que está a acontecer mas quando dizes o chega dizes o André Ventura porque nós só vemos o André Ventura Pronto agora fico triste porque eu tento ap BR é deixa só uma coisa antes de mais e agora eu vou tentar levar a conversa um bocadinho para o outro lado H antes de mais agradecer ao Vasco pelo convite agradecer à Rita por aqui estar hum dar-vos a ti na tua pessoa aquilo que é o mérito da execução da vossa estratégia que é bem ou mal e podemos discutir os meios e mas acho que vocês estão a atalhar o vosso caminho com muito sucesso parabéns pelo checkmate ao CDs parabén pelo cheque que tá a ser feito ao PSD H acho que vocês estão a conseguir montar isso e e acho que agora neste momento a discussão tá muito em os meios para atingir o fim se estes são os meios corretos se passa pela demonização da esquerda ou não eu percebo aquilo que é Power Play que vocês aqui estão a desenvolver e portanto Já vos estou a dar-vos parabéns por isso a minha pergunta é mais o que é que vem a seguir eu acredito por exemplo naquilo que é um país que tem um cariz social próximo da doutrina social da igreja mas que não é refém da igreja e que tem aí uma uma um vertical e uma uma grande barreira eu acredito num país de um mercado livre onde o estado cumpre os seus requisitos e as suas funções mas que tem um papel regulador e não de criação da economia portanto eu acredito em muito daquilo que cá está são bandeiras de direita Eu acredito que a cultura não deve ser uma bandeira da esquerda deve ao contrário viver de umato e de uma filantropia também suportável pela direita e pronto podemos aqui continuar a minha questão é fugindo dos meios fugindo dos meios para atingir os fins que é aquilo que nós que estamos hoje a discutir uhum O que é que vem a seguir o que é que vem a seguir ao dia em que o Chega Chegou ao governo o que é que é o partir o país aliás desculpa que através de vocês nós jovens podemos ter a esperança que convosco vai ser construído eu acho que escreveste na íntegra aquilo que pelo menos é o meu ideal enquanto alguém que é militante ativo no chega e procura influenciar o chega para o caminho que desejo e faço Esta ponte porquê Porque vejo agora muitos jovens dizerem que estão algo desapontados com o chega por verem que aqui e ali tem medidas que se assemelham por exemplo a a um partido socialista ou àquilo que consideram ser o socialismo nos dias de hoje e E por isto digte ativamente procuro e Influenciar o chega com o papel que desempenho eh para que mantenha de facto uma visão Liberal na economia reconhecendo que é preciso fazer um caminho porque Portugal há demasiados anos que depende do Estado a economia depende muito de subsídios portanto não podes simplesmente virar a página e ser super liberal e de repente o estado o Aliás o mercado que se aman e salve-se quem puder hh gostávamos sim verdadeiramente que a cultura deixasse de ser algo que só a esquerda se preocupa e sabemos que é preciso fazer um um incentivo nesse nesse nesse sentido eh gostávamos verdadeiramente de virar a página ao socialismo e não falo só do ponto de vista económico de ter muito menos peso do estado na vida do cidadão comum nos rendimentos nos rendimentos das empresas mas também acima de tudo na cultura eh democrática porque as instituições foram ficando muito moldadas por dois partidos PS e PSD mas sobretudo pelo partido socialista esta lógica de nomeações hereditárias de quem moldou todas as as instituições tribunal constitucional Procuradoria Geral da República todas estas instituições que dependem do poder político e que por isto não tem isenção acho que isto é a grande conquista que eu chego a gostaria de fazer de verdadeiramente fazer algo que foi prometido eh após o 25 de Abril que era democratizar o país e que aos dias de hoje podemos questionar claro que é um país mais democrático sim sem dúvida ninguém questiona mas é um país verdadeiramente democrático não sei nem tudo pode ser dito não quando TS um país onde o estado é a figura Central em vez de ser o homem nãoo mais complicado examente exatamente e portanto um país eh e aqui eh uma linha que também procuro muito ver o chega a defender um país onde de facto a família seja E o Pilar da sociedade e que não haja esta procura esta deriva pelo individualismo que deixa mesmo as sociedades mais infelizes mais fragilizadas e portanto apoiar do ponto de vista dos rendimentos do ponto de vista da Habitação Isto é o plano que eu cheg tem mesmo reconhecendo que o estado vai precisar a continuar continuar de a intervir nestas áreas não podemos simplesmente dar o salto e portanto acredito que a proposta que o chega hoje traz num programa político não agrade todos sobretudo num contexto em que o chega conseguiu ir buscar vários eleitorados diferentes temos pessoas que ao sul eram do Partido Comunista português porque se reviam naquelas bandeiras do Partido Comunista português e que hoje olham para o chega e acham que faz sentido mas também temos libertários também temos liberais e portanto é difícil teres uma resposta política com com 200 páginas ou ou 100 e muitas páginas que grato todos em todos os pontos mas o que eu gosto sempre de tentar dizer é falamos aqui e agora vou voltar um pouco atrás é que o chega quero mesmo chegar ao poder H Para quê Para construir esta sociedade para virar a página ao socialismo E acima de tudo sabemos que podemos fazê-lo à direita com outros parceiros que até têm ideias idênticas Às nossas e que deveriam verdadeiramente deixar de crescer reféns da esquerda e do que é que vai parecer bem ou não porque porque temos mesmo convergência nas áreas de Economia nas áreas de de saúde nas áreas da Habitação que são as principais preocupações dos portugueses agora e portanto temo muito pelo o que é que vai acontecer daqui a um mês se não tivermos esta capacidade de diálogo e se ainda ficarmos preocupados com o que é que a esquerda quer de nós porque no fim do dia volta volta à nossa conversa Inicial então é isto a democracia ignorarmos 20% das vozes eh dos portugueses que se manifestam pelo menos nas intenções de voto para já neste partido por acaso tocaste num num ponto interessante eu acho que é eh que acabamos de ver aqui que esta dicotomia e que acontece muito que é nós quando vemos e partidos políticos Frente a Frente nos debates só vemos polarização extremismo barreiras e e espaço entre as ideias uns dos outros e tua tu o que tu acabaste de descrever aqui são medidas que tão de uma forma ou de outra em variadíssimos partidos como tu dizes E no fim do dia Afinal Parece que todos queremos não é todos queremos a mesma coisa todos os portugueses querem Portugal funciona melhor e e e as as medidas da direita e no caso chega são altamente eh deturpadas parece por este marketing supostamente agressivo que depois na prática afinal não é assim tão agressivo porque afinal também queremos socialismo Afinal também queremos que as pessoas sejam apoiadas e não vamos entregar tudo a a aos leões ou seja a estratégia de comunicação O que Rita estavas a dizer é depois na estratégia comunicação não é bem Isto ou seja ess estratégia eu não mas em desculpa interr em todos os partidos todos acabam por para puxar a brasa à sua s Sem dúvida S que eu quer e agora também Vivemos um período onde é natural em campanha todos dizem que querem ganhar ex sim é isso e ninguém se quer aproximar de ninguém porque eu queria que os meus votantes fiquem comigo e não vão para o para o meu vizinho do lado Sem dúvida mas Eu discordo um bocadinho porque eu acho que o trabalho chega tem feito mesmo obviamente que que as divisões são notórias em período eleitoral mas eu acho que chega vive disso ou seja vive dessa mesma divisão e dessa dicotomia apesar de agora Rita Estás a dizer que no programa tens um bocadinho de tudo a verdade é que na linha de comunicação nunca foi assim Ou seja é partir é chegar e partir e partir com tudo e rasgar com tudo é é é essa base Eu só não queria se carar desligar porque também por falarmos dos problemas reais porque acho que é importante também para os jovens sobretudo à habitação Eu acho que eu acho que era importante falar tinhas aqui tinhas aqui uma pergunta para F acho B também entrarmos dentro do ciclo económico eu acho que também é o que nós queremos ouvir h de uma pessoa de um jovem que vem de fora licenciado eu não sei se tu tens mais fé de licenciatura mas não é relevante seja uma pessoa instruída eh acabado acabada de sair da faculdade imagino Hum o que é que tu viste eh na na carreira política o que é que te puxou porque eu acho que tu podes ser um exemplo e uma inspiração não necessariamente para irem para o Chega mas para as pessoas mais novas seguirem política sim exato se interessarem realmente e na atualidade tu Olhas para a política e vês e tachos vês viagens do Ego vês e não verz ali um sentido de missão que era o que era preciso nós precisávamos de ser o governo precisava de ser a melhor organização e em Portugal e nos sentimos representados também não é e não nos sen Exatamente olha eu não sei se sou o exemplo mais feliz nessa a matéria porque a Dade do momento de por mim e percebi não há volta a dar Ou dou a cara pelo que acredito ou então estou absolutamente tramada porque comecei a ser militante do chega na altura trabalhava para pagar as propinas a vida de da maior parte dos Estudantes ou de grande parte dos Estudantes portugueses H estava a escrever uma tese de de Mestrado tive infelicidade de ver a minha orientadora adoecer e e precisar de de substituir a orientação e de não conseguir substituir a orientação eh à data tive que mudar radicalmente o tema e assumir mesmo o elefante na sala é um tema que a a barca também os chega para Pronto quem quem quiser orientar veio por bem e assim também beneficia de algumas informações que lhes são úteis também para para a sua carreira científica e para as investigações que desenvolvem hh mas a dente acabei mesmo por perder o trabalho que tinha em função do chega e por isso eh já desempenhava um cargo na direção do partido não tinha sinceramente ambição política Não nunca me imaginei a estar aqui hoje por exemplo eh Na verdade o que me fez estudar Ciência Política que foi se calhar o que me aproximou ligeiramente depois depois do chega hh tinha sido uma experiência com cristãos perseguidos portanto imaginava muito num trabalho humanitário ou ngs não de todo aquilo que estu a fazer hoje eh mas quando percebi que estava em certa medida a ser cancelada como se diz hoje eh em função desta desta cor política que abracei e que era meramente uma opção na altura nem sequer era a causa da minha vida achava eu e percebi que não ok isto está a acontecer comigo mas pode acontecer com mais pessoas e portanto agora tenho mesmo a missão de dar a cara ir mais além para que outros não Pass por esta experiência e portanto se calhar um bocadinho naquele espírito messiânico se calhar um exo daqui a uns anos vou pensar mais sobre isso H decidi de facto começar a estar mais ativa no neste caso no partido porque acredito que eh Portugal Tem que ser um espaço de liberdade o ensino superior que era o espaço onde eu trabalhava e estudava tem que ser um espaço de liberdade para eu afirmar tudo dentro do espetro democrático e eu chega é um partido do espetro democrático mesmo que muitas muitas vozes digam que não voltando à questão da agressividade fomos de facto reconhecidos pelo tribunal constitucional e passamos quase todos os dias a pedir e Eh por favor legitimos deixa-nos existir e Isto mostra que que a nossa democracia não está assim tão saudável e portanto voltando à questão do dos jovens poderem participar h de facto são fundamentais no meu caso foi mesmo um sentido de missão no sentido em que percebi que eh naquela àquela data não havia muitos jovens com coragem de dar a cara pelo chega e e e o porquê era Evidente era porque lhes aconteceria o mesmo que que me aconteceu a mim também e mas sei que hoje 4 anos depois é mais fácil também porque eu e outros jovens normalizaram esta presença e somos dos partidos que até tem mais crescido nas intenções de voto nesta nesta matéria agora é nosso papel devolvermos o compromisso e darmos voz a jovens as nossas listas neste momento até têm alguns jovens penso que tac taco com PS e PSD e portanto estamos a fazer esse compromisso de ter as novas gerações também representadas na Assembleia exatamente à primeira pergunta também não é aquela questão dos jovens eu posso fazer uma pergunta já que estamos já já acabaste descul I perguntar f não desistires ou seja tu continu tu Tomas todos os dias a opção de manter e de creser e de e de investir mais e mais e na tu neste caminho que estás a traçar e a minha pergunta é tu então é porque acreditas mesmo que isto pode mudar e que sinceramente sim acredito mesmo que pode mudar num designio Nacional mas também não sou assim tão heroína eh e portanto sinceramente há dois grandes motivos que me fazem querer continuar por um lado é para agradecer e Honrar um pouco o trabalho dos meus avós que foram muito importantes na minha formação e precisei muito deles para ser quem sou hoje e e por outro porque gostava mesmo o meu maior sonho é poder vir a constituir família ter filhos e gostava mesmo que eles pudessem estudar numa escola e eu estar descansada porque sei que vão ser Livres naquela escola eh que lhes vão tentar dar conteúdos mais objetivos científicos e não doutrinais que não vou ter medo que o professor use eh o abuso do poder que tem na sala de aula portanto foram um pouco estes este estes princípios que me fizeram estar mais ativa e que me fazem não desistir naqueles dias mais difíceis e pronto Portanto o país sim mas estas questões um bocadinho mais egoístas Rita a pergunta que eu tenho para ti é que tu falaste começaste nesta nesta neste caminho do chega por uma questão de cristãos que foram perseguidos eu tive a ver a tua lista de stal és parabéns é isso é isso é tens 25 anos e cabeça de lista no me distrito no teu distrito exatamente mas vi a ver o teu número quatro e o teu número quatro er um recé militante do chega é muito recente eh é morador no concelho de Cascais e é pastor de uma igreja evangélica e isso é uma pergunta que eu tinha para ti que é eh como é que justificas isto sendo tu tão representante de um partido conservador católico eh como é que tens um pastor evangélico em número quatro da tua lista sendo tu também já na verdade vou-vos surpreender há mais nas listas como também há mais e e acho que chega desde início desde a fundação teve um algo muito positivo que outros partidos se calhar à direita ainda não tinham conseguido que é sentar muitas pessoas diferentes e que dizem chega e neste lado do cristianismo que de facto tem várias como atque isto é uma pergunta porque faste exatamente nest assunto eu eu até acho isto uma uma coisa positiva que eu cheg a conseguiu foi colocar e evangélicos e católicos e e e às vezes sei lá ortodoxos pessoas que nem tinham muito interesse em em dialogar uns com os outros ou que nem tinham muita proximidade a partidos políticos juntos porque encontram algumas causas comuns e percebem que neste momento é mais o que nos une do que aquilo que nos separa e acho que chega teve essa capacidade interessante e de reconhecer que por exemplo há uma comunidade Imigrante que cresce que quer ser representada também quer ver a sua voz a voz das pessoas com quem congrega representada P vocês também sen não representar um bocadinho mais é isso sim quer dizer as escolhas vol dizer é tu que escolhes é és tu que faz quem é que escolhe quem é que faz estas listas Faz uma pergunta que muita gente tem que é então Afinal quem é que faz ok nós sabemos que existem estas listas mas quem é que faz faz estas listas eh olha as listas não é o líder não é de de de de cada lista as listas são feitas pelo pelo presidente do partido Ok com as estruturas distritais eh poderiam ter sido feitas noutros moldes em em em anos anteriores foi por exemplo votado no Conselho Nacional do partido portanto os nomes eram votados desta vez dada a proximidade porque nós tivemos também uma convenção para nos regulariz armos novamente do tribunal constitucional eh foi um trabalho mais próximo entre o presidente do partido e as estruturas distritais neste sentido h a minha função é a juventude do partido eh a nossa juventude também está em em situação de regularização e por isso não conseguimos exigir nada e também não queríamos não somos uma estrutura com esse objetivo de termos por exemplo cotas para jovens o nosso objetivo é muo formação eh de jovens e os jovens fazem uma militância no partido ativa eh e portanto os jovens que estão nas listas é porque são membros de concelhias ou de distritais ou não é porque são necessariamente a juventude do chega eh mas portanto neste caso em particular o presidente eh do partido falou com as distritais e houve uma negociação entre aquilo que deveriam de ser nomes dados para a direção nacional e nomes para as estruturas distritais eu em particular TVE um bocadinho mais ausente mas mas confiei nas estruturas eu acho que é importante estamos a falar dos jovens eu ia de passar eu acho que era B tu abrir sobre o tema porque eu acho que há dois temas importantes sobre economia sobre o trabalho sobre a habitação e sobretudo a habitação acho que é a nossa maior preocupação H por isso eu e aqui temho o Bernardo e acho que pode abrir aqui o tema e depois discutimos porque eu acho que é importante acho quem está a ver da nossa idade as questões que tem por isso Bernardo iria para tu para tu aqui abrires o tema e depois começamos aqui a a falar sobre ó Rita os temas que aqui estava agora a pensar trazer e estou aqui só a pensar ainda qual das três perguntas mas como o Manuel dizia temos habitação jovens Ah temos criação de riqueza emprego jovem e e temos também competitividade fiscal que naturalmente são temas os três eh vem a de ab escolha escolher qual é que é o mais complexo h e eu eu gostava de te fazer esta pergunta de um modo em que tu não só explicas o que é que são as soluções que hoje vocês veem para as eleições de Março Uhum mas também uma vez mais a ver se conseguimos fazer uma ponte para o que que é o amanhã para que nós jovens estamos a caminhar porque a partir do momento em que vocês passam a ser governo estarão lá 4 anos no trabalho dos quatro que vêm a seguir e portanto é impossível nós olharmos ao país sem ser a resolução do curto prazo e do presente o caminho Por onde vamos no médio longo prazo ou onde é que queremos chegar neste longo prazo não é e portanto se calhar eu começava com uma uma uma primeira aliás eu até deixo já que estamos aqui todos jovens por onde é que queremos começar a habitação jovem competitividade fiscal ou emprego jovem escolhamos hab olh habita que que achas habitação acordo pronto então quando nós hoje olhamos à habitação H nós estamos hoje a passar Portugal e nós jovens sobretudo somos uma geração que ficou aqui na interceção de grandes macrotendências jogos geopolíticos e etc muito superiores a nós a verdade é que neste esmagamento nós acabamos a ser cá está profundamente esmagados temos hoje em dia eu vive em Lisboa com uma renda de 900 € por mês que é completamente loucos quando o salário médio é de 10000 hum olho à volta de Lisboa e tenho que chegar a Mafra para por um T1 at T2 conseguir eh pagar menos de 1000 € Despois gastas em gasóleo isso gastas em gás óleo gastas em Du horas para entrar em Lisboa portanto torna-se completamente impossível viver em lisbo bo estamos entre os 10000 aos 1500 € entre T1 e T2 portanto e todos eles muito pequenos não é porque estamos a falar aquilo que é a nossa habitação neste momento é é fruto de uma pura especulação Imobiliária onde quem tem segura aumenta os preços não há construção a construção é muito cara e portanto licenciamento é muito demorado isso o licenciamento é demorado temos o Iva da construção a 23% temos um imt nos cerca de sete tudo isto aquilo que faz é com que o custo da construção passa para o jovem no momento da compra o jovem ainda leva depois com a imt leva com o imposto se leva com o imit tudo isto taxas altíssimas O que é que faz o jovem que compra o apartamento a 100.000 € passados 5 ou 6 anos que quer mudar para outra zona já só pode vender o apartamento nos 130 150 e ainda paga 28% mais valias e se não reinvestir o dinheiro em casa própria portanto posto isto a situação é muito grave o António Costa dizia há pouco tempo o o ex-primeiro-ministro que temos agora a construir 36.000 casas Ok eu não fao Ideia se o número é 36.000 se não é a minha pergunta é o que é que é a resposta do chega hoje no presente o que é que é esta o que é que é esta economia que nós estamos a querer criar no Médio prazo a 4 anos pelo menos e para onde é que queremos caminhar a 10 anos Olha eu também também estou como tu não sei se são 36.000 se são 50.000 uma coisa sei é que o diagnóstico que traçamos é é é igual é idêntico e por isso o chega tem dois tipos de apostas uma aposta que pretende fixar o jovem já hoje porque sabemos que 30% os jovens já foram para fora de Portugal e que nas principais causas apontam as questões da Habitação e as questões salariais e por isso temos uma proposta que é criticada porque parece socialista apesar de ter sido aplicada em governo por governos que não são socialistas no Reino Unido ou na Hungria H que é uma medida de que o Estado tem que nesta fase ser um uma espécie de fiador Portanto comparticipar o valor de entrada Porque como tu dizias se pagares uma renda de 900 € com o salário que tens dificilmente Consegues amealhar a verba necessária para dares entrada para uma casa portanto ficas sufocado nessa situação que descrev estee portanto consideramos que nesta fase o estado mais do que dar apoios aou subsidiar o arrendamento que não é a resposta que os jovens querem os jovens querem manter a cultura de proprietários E aí volta à ideologia interessa-me que que os jovens mantenham esta cultura porque me parece que é a melhor forma de se fixarem de manterem famílias de criarem raízes isto parece-me profundamente de de direita H E por isto temos esta aposta a parecer apesar de até parecer os que que é intervenção estatal desagrada aos liberais mas parece-me necessária para para estancar estes 30% e tentarmos atrair ir de volta mas depois por outro temos aquilo que falavas o licenciamento em Portugal é ridículo hh e portanto temos um problema de falta de construção também porque só de facto os grandes investidores é que conseguem vir investir em Portugal aqueles que o bloco de esquerda rasga às vestes e diz ah que horror os oligarcas que investem são os únicos que podem correr o risco que o mercado da Habitação oferece em Portugal sobretudo num contexto em que a legislação está constantemente a alterar e desincentiva imensa que alguém Coloque a sua casa no mercado para arrendar oou que queira construir porque não sente confiança no legislador que é inconstante muda permanentemente e por isso eu chega quero criar um portal eh único de licenciamento onde os prazos legais estão definidos e onde o processo é todo digitalizado porque não faz sentido muitas das vezes o papel perder-se na Câmara Municipal hh hoje ouvia que para uma caixa postal às vezes demoram 5 anos para para aprovar a caixa postal Isto é ridículo como é que uma casa fica pendente de Ou ou tu viveres em condições de receberes uma carta em tua casa ficas pendente de 5 anos para uma aprovação da Câmara Municipal e portanto achamos que apostar na nas novas tecnologias e na digitalização que leva milhares de milhões de euros ao estado por ano e que depois não se traduz em nada porque eu sinceramente não vejo nada muito mais digitalizado e muito mais prático eh e portanto queremos aestar nisto queremos de facto reduzir e o Iva na construção não só nos materiais mas também promover eh uma mão deobra eh de facto eh com mais condições eh e com mais incentivos para que não tinhamos só que importar lá fora quem quer fazer isto portugueses mais bem pagos se calhar também fariam Essas funções e não iriam para a Suíça ou para outros países fazer lá fora eh queremos também h desburocratizar o processo tirar aquilo que é repetitivo e que não é necessário às vezes há entidades a fazerem exatamente a mesma fiscalização e fazerem exatamente o mesmo acompanhamento e portanto este plano eh seria a quro a 8 anos e mas porque o mercado se regula a si próprio h e nós acreditamos nisto do ponto de vista económico queremos na mesma ter uma uma aposta para hoje e por isso é que volta à aquela proposta do do estado deixa-me Só deixa-me só fazer um contraponto que é eu ouvi estado a ter um papel de intervenção na economia através do subsídio Uhum hah eu ouvi o estado a querer investir na transformação digital que é sobretudo uma otimização de processos a partir dos momento em que os processos deixam de existir dá lugar por norma à redução das pessoas e ou de departamentos portanto eu aí hoo um equilíbrio entre duas coisas que é uma promessa que me parece no curto prazo bastante radical e a óp em termos de intervenção na economia real e dois só vejo aí lugar ao aumento da subsídio dependência portanto a minha questão aqui é como é que no vosso quadro ideológico hh e cá está como é que no vosso quadro ideológico nós respondemos a isto Olha uma boa uma boa questão eh a questão do do do Estado de ser fiador existe sempre um um critério de autoresponsabilidade que é uma das das grandes bandeiras do cha também e portanto não é o estado dá e nunca mais vê aquele valor pressupõe que que tu depois tens que ir devolvendo ao estado e sou pena de que o estado também é parte eh é proprietário da tua casa também e portanto No Limite o estado não quer ter casas Claro mas eh portanto funciona como um banco é mais um eh na na equação e por isto o estado não fica só a perder verbas com isto é suposto haver um um princípio de devolução eh por outro lado como dizias com a otimização de processos Não Olhe só a questão de se cortar em Recursos Humanos mas a burocracia eh sai muito Car a Portugal aliás eu ouvia um economista já não já não sei quem foi foi fazer Zapping mas que dizia nós nem conseguimos perceber quanto é que a burocracia leva em milhares de milhões de euros a Portugal em tudo mas sobretudo na área da Habitação também e portanto quando tu dizes que queres simplificar processos necessariamente estás a trazer liquidez para o estado estás a trazer fluidez estás a fazer com que serviços não estejam a despender tempo recursos dinheiro e não onde não é necessário E por isto há um equilíbrio natural mas depois também do ponto de vista ideológico e porque há distinções entre o chega e por exemplo e uma iniciativa Liberal que que acham um excesso este tipo de intervenção é de que o chega reconhece que áreas estratégicas que são precisas de facto apoiar ou subsidiar e neste momento os jovens é essa área Porque vivemos um período de desequilíbrio demográfico Isto é evidente Estamos todos alarmados com eventualmente a falência da Segurança Social e há uma forma Evidente de mantermos uma Segurança Social de facto com contas de sanges que é termos natalidade e a natalidade necessita de jovens Isto é a conta mais básica eh da da equação nós temos que avançar Desculpa só temos mais tempo tempo para C C minutos eu acho que também há um tema de de aumentar ou seja se tu crias incentivos à construção por exemplo saiu agora o o pacote de mais habitação o este pacote fez tudo menos incentivar a construção eh criaram uma série de de pacotes super restritos para pessoas irem buscar fundos para construírem com imensas regras lucrativos isto atrai zer o investimento estrangeiro e a vontade dos investidores e das pessoas que têm de criar habitação em fazê-lo em Portugal preferem ir para outros sítios onde há estabilidade fiscal há estabilidade legal sabem o que o que contar sabem os tempos que vão precisar para fazer as coisas isto tudo para chegar ao meu ponto que é dá-me uma sensação que tudo o que se vota na Assembleia da República é com é com instinto Ah isto isto parece-me que vai ser bom são 202 instintos não há por regra estudos financeiros dos impactos das medidas que se fazem acabou-se agora com o regime de residência não habitual com zero trabalho em fiscal como sabes com zero estudos sobre eico claro que é mínimo e que não é todo o problema da Habitação diz-se eu nunca vi o estado devia ser o mais interessado em ter as suas contas altamente controladas e e até vou ser extremista na minha ideia e dizer que até nos casos em que em que se discutem temas Morais como o aborto a eutanásia que se discutem devia ser obrigatório haver um estudo financeiro de base só para se saber o que o que é que vem dali e e e não porque lá está Tem que haver gestão e eu quer a minha grande pergunta é como é que tu vês Isto é mesmo assim são instintos as pessoas vão à votar leram a proposta de lei Ah isto parece-me sensato e contra a favor tanto que é que eu chega at propõe a redução do número de Deputados porque há uma série de pessoas lá que nem sequer leem mas desculpa não queria não não não eu só quero em em jeito provocação porque eu acho é assim que é feito os debates os debates não é debates uma conversa não é debate nenum acho que uma conversa e já se provou que é uma conversa é é é é a mesa a mesa que se fala porque o que tu acabaste de dizer Sofia eu acho que é muito importante no sentido nós questionamos ou seja é muito fácil dizer eu dou R o rendimento ou reduz impostos mas isso tem um peso e a verdade é que o chega e uma das coisas que também eu tenho sobre sobre iso é muito fácil dizer essas coisas e a verdade é tanto da parte do líder do partido ou como tu Como tu Rita aquilo que se entrega às pessoas nós vamos fazer isto nós vamos fazer isto então sobretudo eh eu eu acredito e daquilo que sai do chega também não tem suporte financeiro Aliás na última eh no último agora reunião F tiveram pronto tá-me está-me a faltar o nome ali congresso exatamente havia a questão das medidas que eram retiradas da corrupção 500 milhões tiramos ou seja não havia base financeira também sobre as propostas que são feitas do chego ou seja por isso é muito também essa ideia do populismo eu consigo chegar aqui perante e perante a câmara dizer eu vou agora mesmo fazer um projeto de transformação digital mas quanto é que isso custa quanto é que P valor e eu acho que isso também sentimos eu sim tudo cheg não há base não há base não há base não hcho não acho base acho que não há base e ESSEA transal acredito que sim mas mas só voltando ao início acho que há uma desproporção na forma como é comunicado sei lá ontem assistia a um debate eh entre o livre e o bloco de esquerda onde uma das propostas do livre que era uma espécie de rendimento mínimo eh para todos hh custava qualquer coisa como ou custaria qualquer coisa como 25.000 milhões a proposta que tem chocado o país do chega é uma proposta para que os idosos Tenham todos uma pensão mínima eh os pensionistas no caso e que custaria qualquer coisa como no máximo 9.000 milhões o que representaria ao longo de 7 anos num investimento ou num aumento do orçamento de estado no valor de 1.1% do nacional que é um valor elevado mas que quando se vê 1.1% eh anualmente portanto 7% não é assim tão dramático e podes ir cortar e de facto podes ir cortar podes ir cortar nos 20.000 milhões da corrupção podes ir cortar nos 80.000 milhões de Economia paralela tentar fiscalizar tentar criar mais valor para o estado mas podes também ver que este ano houve um excedente orçamental na ordem dos 6000 milhões de euros portanto Na verdade até é possível fazeres um equilíbrio de contas eh tens é que definir as tuas prioridades e o chega tem definido infelizmente não tem agradado a gregos e a troianos e acima de tudo eu penso que há uma tentativa de passar a mensagem de que o chega não tem responsabilidade governativa e isto é Um Desafio que o chega tem de de superar mas muit deixa sar aqui uma coisa desculpa lá que é sim eu eu acho que há aqui muita discussão do bom populismo ou mau populismo e portanto eu não acredito em populismo mas no entanto Já que vocês estão a fazer um trabalho de populismo Ou pelo menos é essa a vossa retórica porque é que vocês não tratam também por exemplo isto é uma ideia populista que já agora eu entrego adorava vê-la a ser executada porque é só populista zero planeamento financeiro neste caso que é enquanto o biden dos Democratas está a fazer um trabalho de o estado americano comprar parte da dívida dos Estudantes que hoje em dia estão todos individados até à ponta dos cabelos para estimular o consumo porque é que nós cá não fazemos outra coisa que é pegamos nas contas do estado subsidi na habitação para os jovens conseguirem reforçamos com o imposto mais reduzido aí porreiro e ao mesmo tempo pegamos no dinheiro do Estado compramos parte da dívida de algumas empresas que cumpram determinados rácios para que elas fiquem mais Libertas e possam pagar aos seus colaboradores melhores salários e portanto é uma ideia populista tens na aqui mas que não tem que entrar necessariamente Num ataque de pessoas cariz a criar esta demonização e acho que é um bocadinho isto que daqui hoje sai desta conversa que é um bocado Quais são os meios para atingir os fins D que todos queremos aqui uma mudança e e eu acho que há mais que não são assim tão dramáticos falávamos só para voltar à habitação o estado não tem noção não tem um inventário do património que tem e se tivesse até poderia colocar a render e reverter também para o estado muito desse valor e isso é uma das propostas que o chega tem é radical não é populista não e portanto na verdade H se podermos olhar iG é igualmente populista ponhamos aí um ponto porque isso é uma medida de curto prazo portanto não é um plano no entanto é verdade resolve um problema no curto prazo e portanto o populismo tem esse problema que é gerir um país como como se fosse um Excel ou as contas de uma mercearia quando ao contrário tem que ter um cariz ideológico e de futuro mas sim eu percebo o que estás a quer dizer a última pergunta muito rapidamente eu acho que é só acabando e com a questão da falavas muito em multipluralidade dentro do partido Hum e de trazer exatamente à depois pastor evangélico várias religiões mas volto a dizer que aquilo que que é transmitido na vossas tras comunicação menos o que me chega a mim não sei se chega aos outros é de facto a divisão ou seja dividir para unir já um bocadinho por aí e eu queria última pergunta é como jovem política se sentes representas Uma Geração hah e se não sentes ou seja esta geração a minha que vem a seguir é é muito eu acho que é bom não tem um tem uma bom ativismo no que é a identidade a igualdade de género a a Sexualidade não é eh e tem um trabalho cada vez maior eu vejo Ainda bem da nova geração nos incluirmos sermos empáticos sermos tolerantes trazemos aqueles que são diferentes aqueles que são eh ou não muito diferentes de nós hh e eles também merecem ser incluídos eh e se achas que também representas essas pessoas hã que são diferentes do espectro eh normativo eh e sentes que que que há um espaço para elas porque o que T visto por tempos tem que falar sobre elas também porque elas algumas que conheç sentem medo sentem medo daquilo que pode vir com qu chega no futuro sentem medo de serem transsexuais homossexuais não binárias se é um espaço de medo que vão ter se os chega a chegar ao poder por isso é a última pergunta que faço é eles também são abraçados hã eles também vão ter é porque isso é importantíssimo porque há de facto estamos a falar eu acho que vai ha muito espaço para para o André discutirem economia eu acho que isto era um que deixava mais humano porque é humano se podemos a humanidade a sociedade cai eh Se se vêz isso se há um abraço para essas pessoas ou porque é que é É isso que eu acho que deve acabar com com este tema que devemos acabar com este tema olha Obrigada pela oportunidade como jovem conservadora Tenho a plena noção de que não represento Uma Geração posso ser capaz de dar voz a problemas idênticos que que pensamos mas não tenho vergonha nenhum medo de dizer que se calhar há uma maioria que não se revê nos valores Nos quais eu me revejo e e que acredito e que Professo e também não vejo mal nenhum nisso desde que me deixem exprimir também aquilo que é são as minhas convicções E é isto que eu tento também fazer eh passar é de que num contexto em que cada vez mais se potenciam minorias há outras minorias também que também têm que ter uma voz mas durante muito tempo foram silenciadas São 30 40 anos de silenciamento e que eu acho que tem e que eu acho que tem que ter uma voz mas como dizia há pouco e porque em surdina muitas são as pessoas que se dirigem e que dizem Olha revejo- me nos chega porque não explora aquilo que me divide e porque de facto não tem que ser eh definido como uma dessas questões identitárias que identificaste se ISO for o que te preenches sinceramente Ok eh eh mas num programa político para transformar Portugal onde creio que nenhum dos direitos aqui consagrados ou ou das propostas aqui consagradas choca com com aquilo que foram conquistas eh que foram sendo feitas creio que se calhar não é a situação mais importante que deve afastar um jovem de querer se rever no chega percebes e portanto h não não me revejo nem acho que o chega propõe qualquer coisa que seja um retrocesso para para essas pessoasa ajuda propõe alguma ajuda propõe eh é é que vocês querem perpetuar o silêncio nesse aspeto e é para silenciar é para fazer o quê é é isso que é só que se que é que queremos saber é o quê O que é que é que ajuda o que é que que para fazer e o que essas ajudas trouxeram no fim do dia percebes não mas a minha pergunta mesmo S esta que é o que é que qual é a vossa proposta para isso então a minha do Manel também eu acho qual é que é qual é que é qual vossa qual vossa proposta fazer min a minha nenhuma porque não não faço política mas e não acho que seja eu a discutir ess eu só queria mesmo perceber é isto queita a dier Acho que chega ao final do dia Madalena não está no negócio da castração pública e não está também a tentar vender uma uma ideologia de castração social acho que eles têm um programa a pessoa pode votar e como lugar desse programa ou não não é sim sim percebo por Aí Mas a questão do Manel faz todo o sentido que é OK ou um silêncio muito longo Agora sim eh houve quem falasse eh e agora qual é que é a vossa ideia porque vocês tencionam realmente chegar agora agora é o que é eh no nosso entender o estado não tem que ter um papel nem de promoção nem de de não promoção do que quer que seja inclusão Eu n eu nunca cham promoção porque eu acho que se chama de inclusão e há políticas de inclusão e das colocar dentro do centro da sociedade e e des perceber mas volto a dizer ten alguma ten alguns problemas com medidas por exemplo de cotas ou o que quer que seja porque acredito que isso às vezes traz muito mais estigma do que na verdade inclusão porque porque é que tu tens que ser incluí em alguma coisa em função por exemplo de quem dormes ou do que é que tu gostas ou do que é que tu vais mudar ou não porque tu partes de uma meta que é mais que isto é muito fácil nós quando nascemos nós não partimos todos da mesma meta os partem mais à frente os partem atrás e e não e parte também do Estado esse equilíbrio social esse equilíbrio humano entre as duas partes mas e tens que criar uma série de variedade de de de variáveis tão tão latas ol mas mas tu podes fazer ou seja e e como partido e como política se podes fazer se podes incluir porque senão se não houvesse também movimentos que também são Associados S os movimentos parte dos movimentos sociais para os movimentos partidários mas se não fosse ISO continuávamos há 30 anos H eh muito daqueles muitas vezes se falam calados e silenciados e sem sem terem um direito não é sem terem sem poder não é vamos lembrar cá há 30 anos 40 anos e eh os homossexuais eram de facto eh marginalizados eh e criminalizados por isso foi foi fruto de políticas Graças di agora trazer aqui Deus mas Graças aos movimentos que se permitiu essa normalização por isso a política tem esse papel mas sabes que agora pessoalmente nem é só partidariamente que que até tem um lado perverso porque trata de tudo como um coletivo trata as pessoas que vivem a sua sexualidade de uma forma x como um coletivo as mulheres como um coletivo e na verdade não somos todos um coletivo porque eu por ser homossexual não tenho que me rever num político que é é homossexual ou que diz que vai defender a a homossexualidade e promover e ser inclusivo deixa-me rapidamente só aqui interromper porque eu sei que temos que concluir eu acho que este tema é um tema eh Brutal em termos de de de fraturante Hã Eu acho que aquilo que o Manel Aqui está a quer dizer e pelo menos é aquilo que eu sinto da nossa geração é a Malta com kin eh casamos estamos vivemos respiramos todos estes temas muito de caris social tornaram-se e foram armas de arremesso da esquerda foram altamente politizados e de repente viram-nos a todos uns contra os outros a solução a que a nossa geração chegou Foi a de aceitação empatia compaixão pelo próximo e aceitar noos na individualidade que naturalmente nos distingue mas que também a todos nos caracteriza e portanto eu acho que agora aqui a pergunta é um bocadinho Rápida sim ou não se quiseres para para nos ajudar a todos a encerrar isto que é o chega é ou não a favor da aceitação do indivíduo humano nas suas diferenças e Está ou não está aberto a esse indivíduo humano nas suas diferenças possa trilhar também um caminho e de se rever no chega acho que isto é assim muito simples e s CL é um caminho que que já acontece e algo que eu digo sempre é que o chega tem como primeiro princípio na sua carta de princípios e e orientações eh o princípio da dignidade humana que é algo que é intrínseco eh exato e que não tem nada que ver nem com Raça nem com etnia nem com eh orientação sexual e é por isto que temos todas Estas pessoas que se sentem representadas nos Chega mas que dizem algo muito importante é que a sua identidade não reside nessa característica Essa é um mais uma das características que têm mas são muito mais do que isso isso acho que é uma mensagem importante que o chega tem feito e que infelizmente alguma direita não tem não tem tido coragem porque eu acredito que até até tem um pensamento idêntico que é perceber que esta política identitária como tu diz dias e bem foi uma armadilha de esquerda e pensada na academia e aplicada que permitiu de facto criar mais divisionismo hoje a luta já não é de classes é a luta de géneros é a luta de sexo é a luta racial e nós estamos a ficar fragilizados na nossa capacidade de argumentação porque aqui e ali ou vamos ser homofóbicos só vamos ser xenófobos ó vamos ser racistas E deixamos de conseguir argumentar e expor as nossas ideias políticas e por isso tu chega que quer fugir desses lugares comuns mas dizer que tem espaço para todos os que queiram comungar deste programa que diz limpar Portugal acabar com a corrupção acabar com o subsídio à dependência portanto que no fim do dia pouco importa se és homossexual ou não és Se és mulher ou se és homem o que importa é Que queiras e te revejam neste programa político muito bem tenho pena de terminar esta conversa realmente estava muito interessante acho que ficávamos aqui a conversar durante mais mais duas horas simpatia vossa Mas agradeço imenso à Rita ter ter estado aqui connosco a Madalena ao Manel ao Bernardo e à Sofia esta é a geração obrigada eu Esta é a geração V geração voto eu sou o Vasco calhar e esta é uma parceria Eu voto observador e não te esqueças dia 10 de Março Não deixes que escolham por ti [Música] vota