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bem-vindos Jé Manuel bem-vindo António Obrigado Ah vamos aqui conversar um bocadinho sobre sobre O Observador sobre este este projeto onde é que vocês estavam com a cabeça há 10 anos quando se lançaram nisto quando podiam abrir uma loja de CDs ou DVDs e decidiram lançar um um um órgão de comunicação social não não foi propriamente há 10 anos nós começamos a pensar o projeto antes de lançar o CL exatamente há 10 começou não é exato mas foi no final de 2011 princípio de 2012 eh Que Nós já tínhamos tido alguma cidadania ativa eu próprio o Rui Ramos eh o Zé também não é e também já tinha sido joist H muitos anos e e eu e o Rui Ramos eh pensamos eh falar com com o Zé porque soubemos que ele estava também a pensar num projeto novo e comunicação social a partir do digital uhum eh e assim foi encontramos e Vimos que tínhamos logo ali um grande alinhamento e começamos nós como fundadores eh do Observador do seu conceito da sua ideia do seu projeto e que demorou do anos depois a vir ao público mais tarde juntou-se ainda antes do lançamento ao público o duar smit Lino e portanto nós fomos vamos dizer quatro os fundadores principais do obad ou seja desde o momento da ideia até à concretização passaram 2 anos 2 anos e meio quase 2 anos e meio qu sim a estaram o mercado a aqui outras oportunidades se calhar falamos com um ou outro grande grupo de comunicação social a ver se eles estavam interessados n algum tipo de colaboração mas na altura havia uma certo denal do portanto não não acreditar dos grupos de comunicação social que isto ia haver uma grande transformação portanto os principais grupos de comunicação social estavam longe de pensar o peso e o ritmo que ia suceder com o digital e portanto estavam crentes ainda nos seus modelos de negócio nas suas estruturas alguns também historicamente tinham estruturas mais familiares outros menos mas não estavam tão recetivos alguém que fizesse uma associação com eles ou que participasse no capital para fazer uma mudança e portanto nós vimos que o caminho era arrancar do zero e não temos nada arrependido Manuel trabalhaste nos jornais a vida toda praticamente não é como é que foi tu tu percebeste que o digital era o passo seguinte claramente há 12 anos quando quando quando a ideia surgiu sim eh sim e por vários motivos primeiro eh eu tinha trabalhado num jornal que tinha sido Pioneiro na área do digital e onde tinha constatado que apesar de haver uma aposta digital havia muita as organizações são muito T uma grande inércia e uma grande resistência à mudança e portanto apesar de muitas vezes dos esforços aquilo não mudava Como eu sentia que necessitava de mudar depois eu na altura dava aulas na na Universidade Católica e i perceb uma coisa que era também muito interessante que é assim aa altura eu perguntava fazer sempre uma pergunta no início de cada ano letivo que jornais é que você que vocês leem e num curso de Comunicação Social último ano os que liam jornais Liam os que os pais ainda compravam em casa na melhor das hipóteses isto era a melhor das hipóteses eu tinha uma uma amiga professora que costumava dizer que os intelectuais eram os os que apareciam com a bola e portanto e EUA altura comecei a perguntar lá vocês estão aqui nas aulas participam estão informados como é que é H redes sociais internet mas vocês não compram jornais não não compramos e vão comprar verz jornais Não não vamos dis mas a gente tá a trabalhar para quem nós jornalistas eu continuava a ser jornalista não é estamos a trabalhar para quem esta gente vive no outro mundo vai ter vai ter vai ter outros hábitos eh eu próprio hve uma altura em que meei de casa das casa onde eu morava ficou para os meus filhos e deixei lá ficar a assinatura do público e e às vezes ia lá visitá-los e estava o monte dos sacos de plástico por abrir por Abrir quer dizer de borle ficava por Abrir disse mas quer dizer estou Estamos equivocados H aqui uma coisa que não está a funcionar temos que chegar às pessoas de outra maneira e foi assim que começamos a a a pensar nisso e sim Ant mas não era não Era óbvio que ainda hoje há pessoas que acham que para lançar um projeto de comunicação social tem que ter papel ainda H pouco tempo hou quem fizesse ISO em Portugal repetisse o erro em Portugal ex não nós e o pensamos logo é que o digital também não inibia se amanhã quiséssemos avançar para o papel ou para a rádio podíamos avançar quer dizer é melhor começar pelo digital ter a base digital e o modelo de funcionamento digital não é de agregação de dados das pessoas colaborarem muito mais flexível e a partir daí é mais fácil depois criar sinergias mesmo entrando em novas áreas porque tem ali todo um no residente e de partilha de informação e de obtenção da informação que depois por exemplo quando fomos em 2019 para a rádio Foi bastante fácil fazer as sinergias também inovamos quer dizer julo o senador marcou este século XXI como realmente o jornal de referência que surgiu e que inovou em várias áreas na por ser digital mas também nessas sinergias conseguiu explorar bem entre a rádio e o jornal e as coisas estavam a mudar por exemplo uma das coisas que nós nos apercebemos que estava a mudar era estavam a bucar os smartphones exato os esporos força os sportin quer dizer já havia alguns antes final da primeira década mas ainda não havia quer dizer ainda havia dúvidas ainda havia vários tipos de aparelhos e ainda havia os smartfones as pessoas tamb vez não se recordem ao princípio acreditava-se que tinham que ter teclas havia até um modelo com teclado e pronto e estava a chegar e e e depois havia alguns preconceitos que existiam relativamente ao online Um dos preconceitos era pá Isso é só para coisas rápidas tal tal tal tal acabou não não é e eu a certa altura comecei primeiro Verifiquei que havia estudos nos Estados Unidos para variar que demostravam que o tempo de leitura podia ser mais longo do que no Papel e houve uma vez olha vinha para uma para um encontro precisamente no no escritório do António que na altura era na Avenida da Liberdade e eu na altura na altura e hoje moro para lado de Cintra apanhe o Comboio portanto é uma coisa que hoje faço m apanhei o Comboio E ao entrar no comboio e fui ao telemóvel portanto eu já tinha telemóvel fui ao telemóvel e reparei que no público não hav processador ainda nesse dia havia uma entrevista com o Vítor Gaspar Hum eu comecei a lê-la comboy leva 40 minutos a chegar em Lisboa e eu levei todo a viagem de comboy ali a entrevista pronto achei interessante li até ao fim e depois em Lisboa comprei o público não tinha comprado em Cintra e e e f o seguinte raciocínio se eu tivesse comprado o jornal em Sintra abria verificava que era uma entrevista de seis páginas e provavelmente fazia aquilo que muitas pessoas fazem guardava para logo à noite e ao fim de uma semana ia para o lixo sem ter LD eu aqui no telemóvel ia toda no comboio onde não incomodei ninguém à minha volta portanto há se eu não era propriamente já novo não é já faço isto As pessoas vão fazer isto e fizeram isto é o que estão a fazer e isso é muito interessante porque no observador temos sempre esta esta perspectiva e na rádio também Isso também funciona de eh ser ser o órgão de comunicação social a adaptar-se às pessoas e não esperar o contrário não é António há sempre essa nós tentamos eser O que é que as pessoas querem como como consomem esse a formação e adaptamo-nos nós a isso é aqu é o que nós costumamos Eu costumo dizer mais vem da parte mais da da gestão orientação para o cliente isso não isso não cai não cai não cai muito bem nos jornalistas esta expressão cliente mas eu depois di cliente quer eu dizer oou 20 leitor claro como é óbvio como é óbvio não e e realmente isso é é muito importante todo o a aplicação digital e e o funcionamento digital permite adaptar e flexibilizar a plataforma de acordo também com as necessidades do utilizador e para ser chamado user friendly portant isso foi sempre uma preocupação Nossa eh não só no funcionamento mas depois obviamente também nos conteúdos não ter vários tipos de conteúdos e sabê-los organizar E estruturar da melhor maneira porque a nossa visão desde o início foi sempre fazer um jornal de ação mas generalista a fim ao cabo que desse toda a informação necessária principal e aos cidadãos Então vamos aí o qual qual era a visão qual era a parte da visão do Observador Qual era qual era o objetivo o objetivo desde o início foi fazer realmente um jornal de referência como se tornou um jornal um projeto de comunicação social da referência não é e e portanto um projeto que fosse referência em termos e começar de uma base digital Mas muito em termos de independência e de qualidade e de inovação a e e orientado para todos os segmentos do mercado mas mais para as pessoas obviamente com uma apetência à partida pela informação e que que não seiam as suas necessidades satisfeitas com o papel é que sabemos que havia uma tendência crescente o papel ir diminuindo peso quer dizer todos os anos últimos 10 anos as as tiragens do Papel as vendas de papel de jornais em papel de miram mais ou menos 10% ao ano todos os anos portanto agora fração 10% sempre Praticamente em média mas não houve grandes flutuações nessa percentagem e portanto nós Eh vamos sentindo naturalmente o os leitores e os ouvintes temos uma grande interação eh com eles e vamos adaptando e quendo produtos para esses leitores e ouvintes e quando nvz estavam à meia-noite do dia em que o observador saiu naturalmente nervosos recentemente coro bem quantos lá essa parte da história recentemente nas nossas redes sociais o nosso diretor técnico o Leonardo Leonardo chavi Léo como a gente trata partilhou uma imagem da do ecrã que estava na sala dos do dos coders como nós lhe chamamos os os informáticos e partilhou o ecrã com um um relógio e até à hora do do lançamento e obviamente que havia muitos eh houve praos por exemplo nós durante até para aí se meses antes do lançamento do Observador estávamos a construir uma plataforma completamente diferente hum a nível informático e de repente percebemos que a firma com que estávamos a trabalhar não ia entregar Aquilo em condições aquilo estava a dar problemas atrás de problemas e mudamos radicalmente de um dia para o outro foi máximo uma aposta de género Tudo ou Nada não é porque estávamos a mudar muito em cima da hora e correu tudo muito bem desse ponto de vista e fomos para uma coisa que eu acho que é interessante nós estávamos a fazer isso com uma firma de informática tradicional numa plataforma que eu diria tradicional e construímos O Observador em cima de uma plataforma aberta num software aberto perdão o que também é um sinal dos tempos e um sinal de desta capacidade de ver o que é que se está a passar e de e e de Inovar coisas que fizemos Logo no início que são muito diferentes do do do do habitual não é ainda há pouco até o presidente falou das newsletters quando nós arrancamos não havia Praticamente newsletters em Portugal hoje toda a gente tem não é e e isso permite ultrapassar uma barreira que é a barreira as pessoas têm hábitos e um dos hábitos é verem a caixa de correio a com ridade durante os durante o dia e às ve é um hábito mais firme do que abrir 10 sites diferentes para ver o que é que eles estão a oferecer e portanto percebemos que isso era aquela orientação O que é que as pessoas estão a fazer como é que nós podemos chegar perto delas que que fizemos isso mas só só para perceber Portanto o site do Observador é construído por nós é construído por nós e na altura porlo isso isso não deixa de ser incrível não é sim em cima de uma em cima de de uma plataforma PR PR existente e como uma preocupação muito grande que era precisamente a preocupação de tornar hoje já hoje já quase não faz sentido falar disto mas na altura não o mundo não era assim eu vou dar um exemplo disso que era os chamados sites responsive o que é que é um site responsive é um site tu abres num ecrã deste tamanho ou num ecrã deste tamanho ou num ecrã deste tamanho e ele adapta-se e hoje tu sabes que é assim se abrires mais o site ele mostra-te TR quatro notícias ao lado fechares fica só uma se vieres para o telemóvel tudo aquilo se rearrumar porque a forma como as pessoas estavam a aceder à internet estava a mudar no princípio começou em aparelhos fixos com ecrãs de secretária na altura meu parte dos ecrãs ainda era um secretária Hoje quase ninguém usa quer dizer mas há 10 anos ainda era o tempo dos tablet Hoje há menos tablet do que H 10 anos porque os popros smartphones foram substituindo mas o tablet há um um tamanho de ecran intermédio e isto não Era óbvio houve um outro um outro órgão de informação muito importante em Portugal que relançou o seu o seu site o seu sítio na internet pá uns meses depois e fez um site antigo à antiga não sem Cap passado resposta tinha tinham fazer um para para para para para os telemóveis e outro para os computadores não faz sentido nenhum portanto as coisas estavam a evind muito de pressa nós logo desde o arranque agora já sa melhor o que eu digo agis logo no arranque nós percebemos que era muito importante a área tecnológica quer dizer que não podíamos estar a depender provavelmente de ninguém podíamos ter Claro que vamos sempre recorrer alguns serviços em casos particulares mas tínhamos de ter a nossa própria equipa tecnológica e isso foi uma coisa que fomos os primeiros a reconhecer isso e ade altura até mais tarde que se foi pensar porque cada jornalista tinha que ser uma pessoa com características tecnológico ao lado e não chegamos a esse ponto ainda mas somos seremos do órgãos os órgãos de comunicação social que temos uma equipa maior de tecnologia Face ao número de jornalistas que que temos e portanto as coisas têm sido feitas muito eh dentro de casa mas há certas plataformas ou packages que às vezes usamos de fora por exemplo até há pouco tempo usamos um package conhecido internacionalmente na área das assinaturas Mas mesmo isso H há pouco tempo e as pessoas não notaram nada fomos capazes de criar um mais adaptado a nós que pudesse nos permitir ser mais flexíveis no tipo de subscrições e de ofertas que temos e mudamos isso em dois em 2is TR meses substituímos uma plataforma internacional de de assinaturas sem ninguém notar por uma outra que obviamente no Sai mais barata quer dizer tive o custo das pessoas que tiveram volvidas mas foi relativamente eh diminuto eh e que é muito mais flexível e que responde muito mais e às nossas necessidades E dos nossos leitores e O Observador é um projeto de direita António que repou eu não não o defino assim quer dizer eu digo que O Observador e nós não Def não definimos de modo geral os os fundadores Não essa é a característica essencial se alguém como sabe a questão da direita esquerda é uma questão bastante polémica como é que se define Onde é que estão as fronteiras ou não mas por isso mesmo o que nós definimos é que temos um ponto de vista e esse ponto de vista é um ponto de vista que tem uma prioridade principal que é que é a liberdade que é o cidadão que é ver existir em cidadão cidadãos qualificados Independentes que é o estado ao serviço dos cidadãos h e que é ver ex também obviamente solidariedade social eh e portanto esse é o nosso ponto de vista sento na Liberdade na independência e na qualificação dos cidadãos e e da sua autonomia e é isso que que que nós de afirmamos isso também nos diferenciou temos um ponto de vista Claro nessa matéria e ter a coragem também para o explicitar Como sabe a coragem é uma das primeiras das virtudes que é necessária ter para depois haverem existirem muitas outras virtudes e nós tivemos essa coragem e tiveram também os nossos acionistas que desde o início apoiaram esse projeto com este ponto de vista e e isso foi isso foi pensado desde o início António sim não o ponto de vista foi definido desde o início e praticamente não se alterou é impressionante tanta visão que eu já disse Qual era como o ponto de vista desde o início foram estabelecidos e definidos e apresentados aos nossos acionistas que que também estão alinhados connosco nesse ponto de vista CL camaral eu acho que vale a pena sobre esse ponto de vista recordar o que nós escrevemos na altura e e e que não não foi modificado no estatuto editorial que parecem coisas parecem algumas vezes parece Óbvio mas não é não é sobretudo se pensarmos no que se passava naquele tempo e no período em que nós preparamos em que era um período difícil para o país de grande também de grande divisão política mas nós dizemos aqui algumas coisas está escrito está qualquer pessoa pode consultar por exemplo O Observador assume os princípios fundadores da civilização ocidental derivados da antiguidade greco-romana do cristianismo e do Iluminismo esta espécie de tripé não é completamente Óbvio sobretudo se nós consideros o mundo um bocado em que vivemos hoje ter isto como referência a de alguma forma distingos dizer que vê com cepticismo utopias dirigistas e prefere as mudanças graduais subjetivas de teste e correção é de alguma forma uma uma afirmação de que não queremos revoluções preferimos que as que as sociedades mudem mas e mudem não não mudem por engenharias sociais portanto eh a liberdade no centro das suas preocupações e defende uma sociedade aberta com instituições respeitadoras da Lei e dos direitos individuais acreditamos que o desenvolvimento harmonioso tem de ser inclusivo e não pode deixar ninguém para trás portanto isto eh não é uma um posicionamento eh partidário de maneira nenhuma mas é um posicionamento aberto permite muitas sensibilidades diferentes mas de alguma forma exclui sensibilidades dirigistas exclui sensibilidades revolucionárias e dos dois extremos os extremos que de alguma forma podem violar eh estes estes estes princípios e isto Eh vamos lá ver as Tá mas porque é que isso é importante eh no jornalismo eu eu nestas alturas costumo citar uma coisa que sobre o que é objetividade em jornalismo uma coisa é ver Independência outra coisa é acharmos que nós somos 100% objetivos e há uma frase que eu acho muita graça de um escritor espanhol em que ele costuma dizer o seguinte eh eu eh sou um ser subjetivo não sou um ser objetivo portanto eh eu como ser sou subjetivo e e isso é verdade quer dizer qualquer um de nós jornalista ou ser humano quando descreve um acontecimento eh mesmo procurando descrevê-lo sem com com objetividade descreve-o a partir da sua da sua matriz de leitura portanto e nós em vez de fingirmos que isto não existe e é mais positivo é mais positivo para o a clareza da da da da até da própria opinião pública que sabe que conta assumir isso desde o princípio isso em Portugal não é nem sempre é feito por razões históricas is que eu tip perguntar porque em Portugal isso não não se sente Continua sem sentir e em países incivilizados como os Estados Unidos isso é claro ou em França ou em Espanha Claro porventura até de forma Às vezes o incivilizado era ironia também veas áa não é por exemplo levado ao extremo n alguns casos levado levado ao Extremo e uma vez estava a dar estava a falar com uma jornalista Estava a fazer um estágio em Barcelona e que tinha ido a Madrid num fim de semana e e estava a fazer aquilo que os nistas habitualmente fazem chegam a banca de jornais e compra quatro ou cinco em Madri Há muitos diários não é portanto ela comprou o abc o El mundo o l país não sei se mais algum pelo menos este comprou e ao lado dela estava um um senhor eh um espanhol um madrileno que lhe perguntou porque é que está a comprar tantos a senhora é é é é de esquerda ou direita e ela não sei o que é que respondeu é que se for de esquerda leva ao país se for direita leva a abc escusa de levar todos portanto e era muito quer dizer em Espanha isso é muito mais acentuado do que cá em Madrid eu sei que se for para Barcelona ou se for para ou para a imprensa Regional fica mais matizada até por causa da dimensão dos mercados eh mas Inglaterra ninguém tem dúvidas se comprar o guard o telgraf ou em França o figar ou lemonde em Portugal por razões que eu acho tem a ver com a nossa com a nossa história em que houve um período em que isso foi levado a extremos o período revolucionário não é e o pós-revolucionário e levou à destruição de algum de alguns títulos que desapareceram por e simplesmente depois houve um bocado a reação a reação inversa Só que essa reação inversa às vezes é enganadora porque vendo-se gato gato por lebra não é António eh dito isto e não não não nós não ficamos perturbados nosar em mais direita quer dizer na gía comum podemos dizer que nós somos mais direita do que esquerda ou pelo menos que não somos tão próximos do do socialismo enquanto ponto de vista este ponto de vista de sociedade aberta diversificada ênfase na Liberdade também na igualdade das oportunidades portanto não nos perturbamos com isso o que queremos dizer é que vin o que nós vincam mais é o ponto de vista como eu e o José Manuel aqui exprimimos e o que é também interessante ver é que quando nós lançamos o projeto o veló que nos pusesse as piores das intenções Ou pelo menos as mais escondidas das intenções é muito difícil I tomada de poder que haja existam três pessoas era era para eleger um determinado Presidente exato que por acaso não é o que nós lá temos mas pronto É eu percebo que em Portugal é muito difícil acreditar mesmo colegas da comunicação social fizeram o artigo acharam que era para apoiar a campanha presencial deste ou daquele o que o que tínhamos o tal objetivo de unir as direitas todas ou qualquer coisa assim Mas e as pessoas realmente tê dificuldade em acreditar isso também diz alguma coisa seu país que possa haver três pessoas ou quatro pessoas que genuinamente são independentes que genuinamente tem um um uma um ponto de vista mas aberto e diverso e que querem realmente cumprir o seu papel enquanto órgão de comunicação social e portanto dar informação esclarecer escrutinar e e isso foi o que nós procuramos fazer desde o início agora as pessoas vão sempre interpretar ou tentar ter ideias sobre as nossas intenções mas a maior parte das vezes não correspondem à realidade porque realmente genuinamente somos o projeto que somos mas António porque o António conhece o mundo dos negócios muito bem e Trabalho há muitos anos eh nessa área e e e sentimos que que noutras vou dar o exemplo norte–americano também onde onde onde há um um sentido e há há um uma postura quase filantrópica de de de de de muitos eh gestores milionários enfim eh e Há também um sentido de participação cívica através ter jornais rádios televisões o que for nós cá não temos isso porque P somos continuamos a ser muito pequeninos e não conseguimos ver um bocadinho mais além sim não é não H essa eh prática tão grande de Mecenas em várias atividades não é os patrimónios às vezes não são tão elevados há poucas pessoas com o património tão elevado não é tão reconhecido socialmente essa essa investimento de responsabilidade social agora e isso eh é alo que nós H consideramos também quer dizer o nosso projeto também será de responsabilidade social mas o nosso projeto desde o início que quisemos e com os acionistas foi assim que definimos que tem que ter uma componente Empresarial e portanto é é uma componente Empresarial eh específica no sentido que a nossa atividade também é específica exige bastante Independência editorial e existe tal capacidade de de escrutínio tem a ver com os poderes eh fáticos existentes no país e e com o seu escrutínio portanto eh mas nós eh desde o início que Acordamos que este projeto para ser também independente repar um ão de comunicação social para ser verdadeiramente independente é melhor não estar sempre a depender de ninguém nem sequer dos próprios acionistas quer dizer obviamente respeitar e e os acionistas vão sempre o seu ut importante mas mesmo os acionistas não querem estar todo sempre estar a pôr dinheiro não é portanto eh e Mas isso é que é difícil Isso é que é um grande desafio nós já fizemos esse tal projeto de referência em Portugal J eu ainda podemos fazer mais e melhor e crescer e consolidá-lo E agora temos que já estamos perto mas temos que agora torná-lo realmente sustentável e não ter que andar a solicitar mais dinheiro aos acionistas a não ser queum se fermos amanhã fazer uma grande aquisição que não tá agora nos propósito temos muito que fazer ainda antes h e portanto não pomos de lado essa hipótese precisar de mais assass sinistras ou de outra mas em termos do nosso eh projeto atual H ainda pode haver algum apoio adicional dos ass sinistras mas estamos perto de de chegar a uma sustentabilidade que financeira isso realmente era um feito completamente único em Portugal por se for ver os tais grupos que surgiram no século XXI e mesmo os que surgiram antes do Século XXI não é é é difícil encontrar grupos e ecm económica e financeiramente saudáveis em Portugal forte porque iso é um negócio muito difícil Basta ver que os três maiores grupos h e da comunicação social já tiveram capitalizações bolsistas 10 e 15 vezes mais do que tem hoje Portanto alguns só valem 5% que valiram em termos de capit capitalização bolsista há 20 anos atrás há outros que valem no terço mas é esta natureza das coisas do negócio e porquê também porque sear muitos não se reestruturaram recentemente ou atempadamente é tal denal da evolução é difícil quando há por isso é que é importante haver novos players Mas isso é um dos problemas também que o país tem não só nesta área mas em muitas outras é que há uma dificuldade de novos atores no mercado surgirem porque há muitos lugares mercados Há muitas posições dominantes os reguladores também acontece aqui não cumprem o seu trabalho sim é erc a anacon e a e a autoridade da concorrência a nosso ver fica um bocado à quem eh de cumprir o seu trabalho que dá ser um trabalho de promover a concorrência S nos mercados de incentivar novos operadores surgirem nos mercados e portanto há todo um conjunto emaranhado de legislação de regulação que não permite isso acontecer e e permite acontecer por outro lado e o exercício de posições dominantes às vezes e discussões à concorrência não é se nós estamos a concorrer com or de comunicação social que não sabe de onde é que vem o dinheiro ou que perdem dinheiro sucessivamente e não se percebe que não há um fundo e para esse um termo para esse para essa perda e para esse entrada de capitais nesses órgãos de comunicação social tudo ISO se torna mais difícil a vida para quem quer ser vamos dizer mais transparente e mais e e alcançar a sustentabilidade UEL Fernandes e quanta quanta da culpa é nossa nossa enquanto jornalistas por ter começado a oferecer notícias no digital há uns anos gratuitas bem gratu Claro há aqui este processo que nos está a tocar agora é um Esso que em Portugal Tem aspectos mais complicados Porque o mercado é mais pequeno e porque temos por exemplo a parte do do da riqueza nacional que é e aplicada pelas empresas em publicidade é menor do que na maior parte dos países desenvolvidos e dos países mesmo comparáveis connosco O que quer dizer que à partida uma das principais fontes de rendimento da na indústria dos mídia é menor porque há uma menor parte da riqueza que vai para lá depois nós temos temos uma sociedade que durante quer dizer que onde esse problema também está acentuado porque eh quando Enfim no tempo em que a referência eram as vendas em Banca dos jornais nós tínhamos eh índices de venda em banca que eram os piores da Europa e quando digo os piores da Europa eram a baixe da Grécia abaixe da Turquia não havia nenhum país como nós a grcia tinha tinha 14 diários desportivos em 2000 e mas repara quando nós víamos a média portanto tirarem as vendas totais da Imprensa da Imprensa no te contao com a desportiva não sei se não conto penso também se contava com a desportiva e por 1000 habitantes a os nossos sínteses eram e só ver 15 vezes menos do que a Noruega que era o país que tinha mais e 10 vezes menos que a Inglaterra e e e como disse acho que era metade pai da Turquia a Turquia tem alguns títulos muito fortes muito grandes e já tinha na altura portanto foi um são três problemas em cima que estão em cima un dos outros poucos hábitos de leitura e podemos discutir porquê mas tem a ver com muitos fatores houve períodos em que a imprensa em Portugal foi um foi um bom negócio mas são períodos relativamente pequenos depois tivemos esse problema que tu falaste que é o hábito na transição PR digital e este aconteceu quase em todo o mundo houve mu ência a pedir às pessoas para pagarem precisamente porque havia a concorrência se nós pedimos para pagar não temos visualizações se não temos visualizações não temos publicidade nós precisamos de publicidade e portanto havia aqui constante luta pelo equilíbrio pelo ponto de equilíbrio e finalmente um mercado publicitário que é pequeno agora este é um problema global é um problema que e o a transição do mercado de tradicional que não é só o mercado dosis papel é também no mercado das rádios e o mercado das televisões para o digital eh coloca problemas em todo o lado porque há algo que aconteceu e que continua a acontecer e que é o seguinte diz-se Ah tá bem mas publicidade que deixou de ir para papel passou a ir para o online e pá Calma lá e vou só dar dois exemplos primeiro na publicidade digital há internacionais qualificam como mais de metade do bolo mas muito mais de metade do bolo e não é só falar 70% 7% 70 70% espí um bocado conforme os mercados e estamos a falar de quê estamos a falar do Google estamos a falar do Facebook estamos a falar dess Pronto dessas grandes plataformas 70% do mercado de Publicidade 70 70 vai vai para vai para aí porque tem mecanismo mercado V para de Publicidade digital é para aí 150 milhões ou 160 milhões e 70% isso portanto ficam 30% de 160 45 50 milhões para os operadores nacionais e depois como se isso não fosse suficiente uma digamos uma das poucas Minas digamos assim que a imprensa eh tinha que eram os anúncios classificados desapareceu hois já ninguém procura uma casa comprando no jornal não é hav p tempo para comprar uma casa para encontrar uma empregada para encontrar emprego para tudo que tudo passava pelo jornais Hoje há um restinho que sobra n alguns sítios mas que é um resting pouco recomendável sim eu eu não eu eu estive quase tentado a fazer a piada mas não fiz porque eu sou a única pessoa de gravata aqui é preciso manter aqui algum respeito pronto eh portanto isso colocou às empresas de quer dizer Este este dilema está a acontecer com toda a gente não é quer dizer acontece mesmo com os Gigantes gigantes americanos mas cá em Portugal é ainda é é mais P complicado noutros países porque eh o total das receitas publicitárias faço ao PIB em Portugal portanto mesmo tendo em conta a dimensão da economia é muito inferior à média europeia nós temos para 0,33% do PIB e a média europeia é para 0,6 por diz lá já sim sim mas deixa-me ser justo porque há uma coisa que correu bem no quer dizer correu bem enfim estou a falar em termos o a estrutura de custos destas empresas também se mudou radicalmente e portanto tens hoje uma estrutura de custos que é muito mais leve do que era que também um bocadinho o segredo do Observador a tecnologia também permitiu isso precisamente quer dizer Eu recordo há 30 anos 40 anos talvez uma empresa como o de Notícias vou dar exemplo de Notícias tinha pá 700 800 trabalhadores 100 jornalistas hoje é capaz de ter não sei quais são os números mas o equivalente hoje o dianti hoje não é comparável com há 50 anos mas hoje o equivalente são 150 trabalhadores com 100 jornalistas portanto os 100 jornalistas mantiveram-se e depois quer dizer para alguns profissões foi trágico mas eh como tudo na vida quando há revoluções tecnológicas mas Entretanto a o todo todo o custo para chegar às pessoas baixou imenso não é eu sou do tempo em que quando ia por exemplo quando viajava na antiga Nacional número um uma das coisas que sabíamos era que havia uma altura se fôssemos a caminho do Norte a certa altura do dia passavam por nós umas carrinhas loucas que levavam o dia Lisboa ou di do diado Popular para ver se chegava a tempo a algumas SOS alguns sítios do país isso hoje em dia as coisas chegam instantaneamente não é di em relação a Portugal a questão das receitas para os órgãos de comunicação social portanto por um lado H publicidade que realmente percentualmente ao paí é inferior de outros países mas depois também os Como disse aqui o Zé os hábitos de leitura são muito menores e portanto por exemplo nós vamos comprar com os nórdicos eh não tem comparação nenhuma o número de assinantes que tem uma publicação de um jornal lá digital eh do que existe em Portugal não é nós o total de número de assinantes que temos no mercado todo são para 150.000 de todos e só há três ao fim ao cabo todos todos somados sim todos somados e só há três realmente relevantes que tê mais que 20.000 que nós somos um desses três eh e repar Mas isso ainda ainda é visto um bocadinho como fosse um luxo António ter um a assinatura de um geral eu acho que não é tanto luxo as pessoas não sentem as pessoas a necessidade conseguem ver a notícia em qualquer lado não é É mas por isso é que também é importante cada projeto tenha a sua identidade que as Pessoas sintam necessidade e falta de de de ir ao site digital do Observador tem que sentir essa necessidade porque reconhecem no nosso caso nós temos um uma informação a temp com qualidade isenta que faz pensar que explica pronto aí é o esforço de diferenciação que cada um tem que ter mas em geral mesmo os números totais de assinantes em Portugal são os 650.000 1% do número da da população não é e e portanto isso também não ajuda e Esperamos que esses números possam vir a crescer mas não há não não estamos num ritmo de crescimento muito grande crescer um bocado durante a pandemia os números de assinantes como exemplo lá fora também mas a partir daí tem crescido moderadamente nós temos crescido alguma coisa os outros tem mais ou menos estado estagnados mas também é Um Desafio e os apoi mas já agora s mesmo esse mercado é muito mais flutuante do que era antes muito mais flutuante e há um exemplo uma um um problema porque está a passar atualmente empressa Americana a empressa Americana teve um período Douro panto estou a falar dos grandes títulos New York Times Washington Post Wall Street Journal tiveram um período Douro que foi 2016 2020 porquê Donald trump presidente e e a publicidade eh o número de assinantes duplicou ou triplicou n alguns casos ele deixou de ser presidente e veio por aí abaixo o os Poo despediu agora 300 jornalistas e apesar da assinatura ser barata entre aspas que 60€ por ano as pessoas também têm cada vez mais solicitações de assinaturas há assinaturas para tudo e mais alguma coisa não para vários tipos de aplicações de vários plataformas são múltiplas e cada vez mais mesmo para pequenas aplicações para algum uso específico e portanto e concorremos no chamado eh Pocket Sher dos dos leitores e os apoios estatais Sam Olha eu tenho eh gostava é um tema que está a ser discutido em muitos em muitos em muitos locais há países que TM algumas já colocam algum dinheiro nestes nestes mercados eu por princípio desconfio desconfio porque o grande problema aqui é sempre o mesmo que é saber até que ponto é que esses apoios não comprometem a naturalidade e não comprometem a independência não comprometem sobretudo aquilo que é muito decisivo na nossa profissão que é na altura de decidir se noticiamos ou noticiamos ou se puxamos pelo aspecto aou pelo aspecto B termos outro pensamento que não seja o pensamento de Isto é interessante isto tem interesse público isto tem interesse para os nossos leitores ou para os nossos ouvintes e começar a ter outros cálculos que é pá Isto é Inconveniente Isto pode e aborrecer este alguém que decide isto e que outro e portanto tudo o que sejam mecanismos que possam de alguma forma influenciar isso a mim aterrorizam há alternativas há formas de ter out nós tivemos recentemente uma experiência que nós ficamos de fora quando foi a covid que em que o o o o Estado o governo da altura andou a tentar encontrar mecanismos de dar eh compensações a imprensa de acordo com critérios que eram sempre muito discutíveis e complicados e depois cada grupo tem os seus tem um critério em que ele fica beneficiado relativamente aos outros portanto é muito complicado chegar a um sítio eel deixa-me interromper desculpe só só para dar também este enquadramento Porque durante o período da da da covid os anunciantes quase que saíram não é foi uma espécie de um paradoxo que nós fomos muito procurados e os anunciantes foram embora aconteceu por uma razão simples não havia consumo não é não hav havia exato havia consumo de informação mas não cons havia consumo de informação mas não havia não havia consumos Há muitas coisas que deixaram de as lojas fecharam portant para que é que eu estou a anunciar automóveis não estou a vender automóveis portanto Eh agora há um mecanismo que eu apesar de tudo gostava de ver testado para ver se funciona ou não e não sei se há países que já o que já o há uns tempos que não vejo isso mas que me parece ser um mecanismo possível que é encontrar formas de compensar o comprador Portanto o consumidor daquilo que ele paga pelo pelo seu consumo Isto é portanto e eu poder ter um limite sei lá o que gasto na assinatura da Imprensa até eventualmente um limite razoável poder ser descontado na íntegra no meu e IRS portanto isso permitia que o custo para o utilizador de da assinatura ficasse igual a zero ou quando muito havia apenas o adiantamento desse valor mas ficava no limite igual a zero e eh postado Isto é um custo muito marginal estamos a falar de poucos milhões de euros Este mercado neste momento assinaturas pode representar 10 milhões de euros não é muito se pensarmos em tudo aquilo que o estado aplica e olha na RTP por exemplo só na RTP Eh estamos a falar de valor relativamente pequeno e e que tem uma grande vantagem não H quem escolhe o órgão de informação que assina ou não assina é o consumidor portanto cão é o cidadão é um um mecanismo parecido com aquele mecanismo que existe que agora até teve uma um pequeno Boost de tu consignar uma parte do teu RS com a diferença que tu não poupas nada ao consignar uma parte do IRS aqui ao preencher aquele aquele quadrado terias e não é necessário tão longe a a autoridade tributária sabe tudo de nós portanto sabe rapidamente quem é que nós este pode ser talvez o único defeito mas eles também já sabem não é eles sabem o que é que a gente onde a gente gasta se assinarmos um órgão de informação eles ficam também sabem fal nas despesas todas pelo menos as despesas dedutíveis não é e portanto e eu acho que é uma forma que eu gostaria de ver testada não tenho certezas absolutas goi testado agora subsídios diretos Eh pá quando muito enfim Há outras áreas em que eu consideraria coisas que podiam ser interessantes eh por exemplo se eu considerar que é importante para o serviço público eu em Portugal produzir eh ficção uhum nem até pode ser ficção para passar na Netflix ou passar n outros canais eu ter mecanismos em que abro concursos e em que isso é há concorrentes portanto podemos considerar que isso faz parte enf não é exatamente informação mas como todos sabemos são Campos muito próximos Uhum que poderiam que que em que isso poderia existir em vez de achar que eh tudo o que é produção audiovisual eh tem que ser consignado uma empresa chamada RTP portanto eh António Pois é uma coisa importante também distinguir quando se fala no negócio e nos modelos de negócio é estamos a falar de comunicação social de informação jornalismo de informação ou se estamos a falar de entretenimento que é uma coisa diferente que aliás é a principal fonte de receitas dos grandes grupos de comunicação social não nós temos muito e na informação nós vamos provavelmente progredir um bocadinho para o infotainment eh e e portanto as coisas têm que ser vistas também tendo em conta as receitas e as margens de cada uma dessas atividades que são diferentes e o que é que se poderá apoiar ou não eu naturalmente temos a mesma posição eh dentro do Observador que não achamos que a solução é o apoio público ou melhor eu acho que é o apoio público mas é o apoio público na regulação do mercado estabelcer regras de concorrencia ses da legislação ser adaptada eh porque está ultrapassada nó Ainda temos legislação sobre a a lei da televisão e a lei da rádio em particular que é extremamente obsoleta ainda era no tempo que as pessoas não não tinham um blog não tinham um s hoje em dia qualquer pessoa pode a sua televisão no YouTube e a sua rádio mas a a legislação ainda está eh dessa altura eh por exemplo nós queremos expandir agora a nossa cobertura da Rádio mas há um uma legislação que diz que nós só podemos emitir em simultâneo em seis frequências eh ao mesmo tempo mas n seis frequências não dá para cobrir uma parte relevante quando quando as pessoas perguntam António porque é que eu não consigo ouvir a rádio observador olha em Bragança O que é que o António diz queres ouvir uma coisa mais irritante então uma coisa mais irritante nós já eh portanto já já fizemos acordo Já compramos uma nova frequência em tondela portanto Serra do caramulo eu este fim de semana passei lá perto e pensei vou ouvir esta rádio e que é a emissora das Beiras sabes quis Fes que passa aquilo já é nosso sei mas não temos ainda autorização da a para passar lá os nossos noticiários portanto eu fui siniz administradora das Beiras e eu vi at ser verdade porque nós somos generosos e é É só por isso é só por isso não é uma questão legal ano mas raz se nós pensarmos nesse aspeto do papel do estado que não é H bem Comprido Há muitas coisas fazer sei lá e há há coisas que não se falado ultimamente mas é então e e órgão de comunicação social público maior órgão de comunicação social é o grupo RTP tem não sei quantas frequências não sei quantas rádios não sei quantos canais de televisão e onde todos os anos há um uma contribuição para o audiovisual de 180 milhões e coisas há mais algumas receitas de Publicidade algumas de clientes do estado e que tem e cerca de 1800 e colaboradores não é eh e e portanto estamos a falar de um de um grande grupo que é o maior de todo é preciso e tá a cumprir o papel do serviço público deve ser alterado tá a ver Há muitas coisas dessas e mesmo de regulação há coisas em termos das posições dominantes há sempre remédios a fazer por exemplo nós uma das dificultades que temos é que combater é aqueles grupos de comunicação social que Tê televisão fazem uma data uma data de cross selling e Cross publicidade tão ser para anunciar o jornal deles ou a rádio deles ou o que for e os comentadores deles e os jornalistas deles e portanto aí também pode haver eh limites ou então são obrigados eh se não fazem autopromoção também tem que fazer autopromoção dos outros mais pequenos isso também é é pant é uma questão de eh ter é um foco uma visão do que é que dev ser o mercado e depois há formas e há remédios e os países mais desenvolvidos em termos de regulação tem muitas exemplos o que é que se pode fazer fazer para permitir então o surgimento dos estáis novos operadores e para obrigar Os Atuais a se reestruturarem a mudarem a reestruturarem portanto isso já viabilizava muito a comunicação social em Portugal nós por exemplo na rádio não conseguimos fazer mais porque não nos deixam basicamente nesta fase is nós estamos à espera de uma coisa só que as coisas demoram um tempo também que é eh quando os carros forem todos também digitais tiveram logo lá o chip eh o sim car para fazer isso vai acontecer mas está a demorar mais tempo que se Cass pensava daqui a 10 anos se calhar já não é preciso a rede FM ou então não sei pode perdurar por alguma razão específica Então vamos vamos falar um bocadinho da Rádio faço exatamente a mesma pergunta que fiz no início onde é que vocês estavam com a cabeça quando começamos a rádio estamos no sío certo sí certo no local certo porque isso foi uma grande H aposta estratégica que fizemos nós vimos também a rádio como no jornal inovamos fizemos o jornal de uma maneira diferente o tal mais e frend mais orientado para o cliente com estais notícias curtas e e Compridas inovamos imenso com os e com com tudo que era explicação explicadores não é com com as newsletters com isso tudo e depois nós começamos a ver P mas a rádio ainda tem aqui um espaço oportunidade porque a rádio também é feita como era antigamente os os concorrentes da Rádio existentes Portanto vamos aquilo que já fizemos no jornal digital e com sucesso vamos fazer também na rádio até porque H muitas sinergias podemos muito usar uma parte das mesmas pessoas e E como sabe a rádio inovamos no modelo de fazer rádio nós temos também painéis e de de discussão e de abertura em cada na hora da manhã e na hora da tarde sobre vários temas nós estamos sempre e e online sempre a buscar a atualidade não não temos uma grha fixa completamente porque se acontece algum acontecimento temos que alterar isso não era comum nas rádios e em Portugal Hum e Portanto acho que estamos porque fazia todo o sentido estrategicamente isso aumentou obviamente um dos nossos objetivos uma dentro da visão temos Queremos ser um órgão de referência mas com impacto de influência quer dizer Queremos ser o órgão com mais Impacto influência tendo em conta os recursos que utilizamos eh porque essa é também a Nossa vocação e a nossa missão não eh e Portanto acho que foi uma decisão muito acertada e que foi obviamente apoiada pelos nossos acionistas que tiveram que que que financiar também esse caminho e essa expansão eh e mas estamos todos contentes de de o ter feito quer dizer ter ass um erro não não o ter feito olha Acho que além disto tudo e de ser uma oportunidade também vai ao encontro daquilo que nós sentimos que era uma uma uma necessidade de do público que as pessoas queriam eh e nós até achamos que podíamos tentar fazer mais coisas se tivéssemos eh enfim essa essa dimensão eu hoje esta madrugada recebi um mail de um ouvinte que eu peço desculpa vou lê-lo eh e não quero não vou dizer que di que o aquele PED aqui vai vai acontecer mas vou lê-lo eh a a rádio observador tem sido a minha companhia Diário Online da qual não prescindo em casa no carro e agora em viagem pela Europa estou a Viar sz de autocaravana e ten a rádio observador como companhia não preencho porque faz toda a diferença eh Sou assinante do Jornal hum não porque leia os artigos porque não tenho o hábito de ler mas como um ato de solidaridade com a equipa que diariamente oiço sou obrigado a pagar uma RTP que não vejo eh a ainda tenho a esperança de um dia ver um canal da TV do Observador Obrigado por fazerem a diferença e acabei de contribuir 20 € uns modestos 20 € para a nossa campanha este público existe e nós temos que tem de alguma forma e tentando dar sempre resposta às pessoas que até porque tem sensibilidades diferentes e formas de diferentes procuram aquilo que tem sido e sempre a nossa a nossa diferença acho que sou sobre isso não há muitas muitas muitas dúvidas e sentes-te bem agora como radiologista eu chamo radiologistas às pessoas das rádio Espero espero h eu sei que há médicos na sala não se ofendam tá bem É só mesmo uma piada eu sento muito bem muito bem porque sou uma pessoa com pouco juízo porque se eu tivesse juízo não tinha passado eu reparo eu comecei por trabalhar num jornal semanário depois achei que tinha pouco fazer Passi para um jornal diário depois achei que o jornal diário era muito sossegado passei para um online que nunca deix ser sossegado e quando eh e depois no jornal diário acrescentei uma rádio com um programa diário não é de duas horas de Du horas portanto não tenhoo mas rest muito bem sempre sempre com temas diferentes não é e daidade quer diz isso É realmente um desempenho José Manuel proponha Uma salva de palmas ao José Manuel pelo seu programa A única a única coisa que vos posso dizer é que a conversa convencemos o José Manuel a passar o programa para 2 horas foi interessante e ele acabou a dizer está bem Foi foi muito interessante e daqui a 10 anos onde é que vamos estar António eh eu espero que estejamos ainda melhor do que agora quer dizer temos condições de partida vai haver uma festa dos 20 anos não vai daqui a 10 anos Vamos fazer outra vez uma festa mas quear fazemos outras festas interessant eh mas H nós olhamos para o mercado não é e achamos que ainda há muito fazer e achamos que nós podemos ainda muito fazer ou seja há certas áreas também porque há oportunidades novas que surgiram mas também porque nós já temos uma marca muito forte e que nós podemos explorar melhor portanto todas as áreas mais novas mas que já estamos na linha da frente a explorar eh produtos nessas áreas que é o caso da Inteligência Artificial Isso é uma área naturalmente que nós vamos abastar e muito a área dos podcast Seme fomos inovadores e dos primeiros Mas é uma área que como se costuma dizer ainda não tá muito monetizável não gera ainda muito dinheiro mas nós somos dos que produzimos mais podcast e temos mais Don l de Podcast por mês temos cerca de 3 milhões e tal de Podcast e depois uma área também muito importante que tem a ver um bocadinho com o que estamos aqui é a área dos eventos nós temos feito muito poucos eventos quer dizer nós temos estado muito concentrados aem fazer um jornal e uma rádio mas agora temos que tirar a partir da marca que já criamos fazer muitas outras coisas à volta disso e que também tem virtualidades inclusive em termos de de Jornalismo e de impacto e influência positiva na sociedade portanto fazermos mais eventos Alguns podem ser mais infotainment mas muitos de de também de informação fazermos e aumentamos a academia observadora e começamos a dar uns cursos eh paraes até bastante acessíveis eh e aumentar essa capacidade de de formação de prestação de cursos com pessoas qualificadas a dar esses cursos portanto temos aqui um conjunto de iniciativas que não estão não é só uma questão de citação de listagem delas Já temos planos para cada uma delas e e por isso provavelmente e temos que pedir um último esforço aos nossos acionistas para para lançarmos isso mas na na expectativa de que dentro da configuração dos negócios atuais em princípio vamos alcançar o tal sustentabilidade económica ou financeira apesar do mercado sero desfavorável Como disse e haver uma concorrência não s no mercado Uhum mas esse esse esse característica é interessante eu pedir também um minuto ao António sobre isso foi foi uma uma das coisas que me surpreenderam no no no observador é essa forma de avançar que é com passos Seguros portanto a ideia António ajuda-nos aqui ajuda-me aqui um bocadinho a explicar isto nós temos uma ideia fazemos quando a ideia está feita e cimentada é que passamos para a ideia seguinte é mais ou menos quer dizer Às vezes tem que se ir entando o estudo da ideia seguinte s mas para para para iniciar é assim porque também eh trabalhamos sempre com recursos limitados mas repar nós sabemos também que quando estava quando arrancamos o projeto não é o que nós dissemos aos acionistas é que ali ali de três 4 anos F lá cinco que íamos atingir o e mas já passaram de mas o que é que se passou é que o projeto aumentou imenso dimensão não é nós são pensamos ter uma rádio eh mas como fomos foos correndo bem as coisas do ponto de vista da da nossa função e e mesmo em termos do projeto empresarial em termos do produto que fornecemos e da Adesão e dos sais clientes ou ouvintes e espectadores nós eh fomos continuando a crescer em novas atividades em expansão e agora vai haver este salto adicional mas eu acho que que que valeu a pena eh porque geralmente muitas vezes digo que uma uma boa empresa não é só no sentido dar lugos ou não mas demora 7 a 10 anos a fazer em mercados dinâmicos e que a empresa tem que ganhar cota e porque H toda a questão quando se começa do zero temse criar estruturas processos equipas sistemas e portanto demora sempre tempo mas não é comunicação social agora estou convencido que não é 7 a 10 anos é 15 a 20 anos mas eu espero que seja só 12 anos que que vai demorar atinger a tal sustentabilidade económic ou Financeira em termos e depois um creso relativamente significativa após isso José Manuel onde é que vamos estar daqui a 10 anos em 30 segundinhos sabes que eu sou da rádio portanto os me muito rápido eu espero que daqui a 10 anos estejamos e mantenhamos a capacidade de teros hoje de leros ler a realidade e responder a ela e que continuemos a contribuir para uma uma sociedade melhor e para uma melhor informação pública com uma maior participação cívica e por isso eu go diocar aqui duas datas duas efemérides que estamos a comorar por esses dias um efeméride que mostra o tipo de desafios que nós temos no mundo e outra des esperança efir que mostra o tipo de desafios foi faz hoje 35 anos que aconteceu o massacre tiente Uhum E nós percebemos até que ponto esse tipo de desafio hoje se mantém constante mas fará depois da amanhã 80 anos que foi o dia a dia o dia a di e o sinal de que é possível vencer mesmo os mais terríveis desafios como foi uma guerra como foi a Segunda Guerra Obrigado José Manuel Fernandes Obrigado António carrapatos falarmos aqui um bocadinho sobre este projeto do Observador onde estamos e Para onde vamos