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Bom dia a todos Bom dia obrigada por estarem connosco aqui se alguma vez já se cruzaram com as nossas manhãs na rádio e eu sei que sim várias vezes quase todos eh sabem que nós temos um conjunto de temíveis avaliadores sempre prontos a chumbar ou a passar poucas vezes os protagonistas da atualidade os nossos convidados esta manhã não tê um ar Nada temível vamos ver não são assustadores mas também estão prontos para dar notas Joana carn mestrina conselheira de estado quis Mesmo estar aqui para cumprir este compromisso mas tem outro compromisso logo a seguir e por isso vamos começar por si quero dar uma nota boa a duas pessoas sim Olá bom dia a todos Parabéns ao observador Olá Sara Olá a todos bom dia sendo um dia de festa penso que temos que dar boas notas e como observador e este momento é tão virado para o presente mas também virado para o futuro Hum eu gostava de realçar o trabalho Hum e a personalidade de dois maestros uma vez que eh estamos a falar daquilo que fazemos e daquilo que sabemos e há dois maestros que eh no mundo da direção de Orquestra são de facto jovens maestros O Dinis Sousa e o Martim Sousa Tavares que aliás faz parte desta família do Observador e são dois jovens maestros que têm um trabalho muito expressivo e e muito relevante não só em Portugal mas por exemplo o Dinis fora eu tenho uma dificuldade em dar uma nota formal Mas sendo obrigatório seria muito perto do 20 porquê porque são realmente excelentes E H O Dinis eu há em 2020 estava mesmo antes da pandemia começar eu conheço o Dinis há muitos anos e eu estava na Escócia na opera da Escócia e houve um membro da orquestra que me disse assim um jovem maestre português esteve na nossa orquestra na Royal northern Sinfonia e foi como se uma luz brilhasse de repente e essa luz era o Dinis Sousa depois disso foi nomeado maestre principal dessa orquestra e recentemente por virtude de a um acontecimento com o maestro do Qual era assistente ter cancelado uma série de concertos O Dinis teve que como nós costumamos dizer no nosso meio substituir esse Maestro fê-lo com excelência e o resto é história ah e o Dinis tem feito um percurso extraordinário agarrou esta oportunidade e levou-a aos mais altos níveis acaba de fazer duas séries de das sinfonias de betoven uma em ST Martins in the Fields outra na filarmonia de Paris eh com uma enorme aceitação mas sobretudo eu gostaria de realçar essa aceitação dos pares essa luz que brilha e que os músicos que trabalham com ele eh compreendem e reconhecem por outro lado mas está a fazer esse caminho por causa desse espaço lá fora eh também mas depois há o o que ele tem contribuído também para o nosso país porque há 10 anos 11 anos O Dinis fundou uma orquestra chamada Orquestra de 21 uma orquestra que junta jovens portugueses que vivem fora do país trabalham fora do país mas que se juntam em Portugal para fazer concertos por todo o país e deste modo eu vej o trabalho desta pessoa ah como uma excelência como um dar de volta eh uma excelência interior que que depois reflete no seu trabalho em Portugal e fora de Portugal eu acho que é uma grande inspiração para todos nós mais novos Mais velhos daquilo que Nós criamos em Portugal e que depois por mérito próprio e estas pessoas e levam ao mais alto nível e depois também Martim Susa Tavares não é sim o Martim Sousa Tavares é é outra luz digamos assim e eu no Martim há uma expressão eu vivi muitos anos nos Estados Unidos e eu não sei se se traduz bem em português mas nós falávamos entre nós às vezes quando reconhecíamos uma pessoa como eu vejo o Martim como um Renaissance Man um e grosso modo uma pessoa que tem uma profundidade em diversas valências portanto dizer que o Martim é um Maestro não não chega para para o descrever e o Martim escreveu agora um livro muito bonito com uma série de de experiências de histórias de reflexões ah sobre eventos da sua vida sobre momentos da cultura que que o tocaram em particular mas no fundo hum é uma pessoa que nos comve e Nos alerta para esta necessidade do humanismo da do lugar da cultura para todos Ah uma pessoa que nunca assistiu eh que foi para fora a estudar esteve em diferes universos a a tentar saber cada vez mais falar cada vez mais línguas é assim que eu vejo o o o o o Martim e quando eu falo neste Renaissance Man é uma pessoa que se aprofunda em diversas áreas sem nunca esquecer o lugar que ele tem na sociedade e fundou um projeto muito bonito orquestra sem fronteiras que tem sete fora de da capital e para promover duas co por um lado o talento jovem e como em todas as áreas na música Há aqui um iato entre a formação profissional e depois chegar às orquestras que muitas vezes os jovens não têm como continuar como como sedimentar esses conhecimentos antes de H estar a tempo intero no mercado de trabalho e antes de ter uma oportunidade de relevo e a orquestra sem fronteiras cumpre também esse espaço e por outro lado é um projeto que procura chegar à comunidade e a comunidade toda ela ah não só aqueles que sabem música aqueles que ouvem música mas o o Martim fala desta experiência como por vezes fazer concertos em locais eh onde nunca se ouviu uma orquestra a tocar onde nunca se ouviu falar de música formal ou informalmente daquela forma então eu creio que o Martin tem um contributo muito importante como artista também é o mestre principal da orquestra do Algarve E aí Claro com o seu desígnio como Maestro Mas é uma pessoa muito completa muito boa com com muito para nos dar e com 31 anos com com com com este legado eu creio que se calhar só não daria 20 porque ainda terá mais 30 ou 40 anos para para criar esse legado mas são duas pessoas que eu acho muito inspiradoras com um interior e um exterior muito bonito para nos mostrar nós quando falamos de Cultura é muito comum falarmos de falta de apoios de uma fatia muito fina no orçamento do Estado a minha pergunta é se e nós estamos a dar condições ou se temos condições para fazer nascer mais Dinis e mais Martins e ou se o Dinis Sousa e o Martin Sousa Tavares e na área da música são dois ser extraordinários mas difíceis de repetir eles são seres extraordinários pelo seu talento próprio e sobretudo pelo trabalho e como elevam esse talento Ah acho que Portugal prova continuamente que tem condições muito boas ao nível da educação musical e a promoção da música digamos assim ao nível da educação tem um nível altíssimo e só dessa forma se pode produzir a o talento que nós temos quando nós olhamos para as escolas fora de Portugal há muitos portugueses Eu trabalho em todo o mundo encontro portugueses em todas as orquestras e e muitos deles ao mais elevado nível o que eu quero dizer é nós temos uma capacidade e uma qualidade enorme ao nível da educação mas há que não reduzir o esforço pessoal de pessoas como o Martim e o Dinis Que eles próprios do nada criaram estes projetos com certeza com apoio de muitas pessoas e instituições e com prémios já reconhecidos depois do seu trabalho mas sem essa resiliência sem essa vontade sem esse trabalho árduo e nunca teriam conseguido então Claro que sim nós temos condições para criar músicos muito bons e mas olhando para outros países como a Suécia que acaba por ter uma dimensão com a qual podemos comparar humanamente claro que temos uma fatia cultural em termos musicais muito diferente mestrina Joana Carneiro muito obrigada por ter estado na conferência do Observador e por fazer parte do clube dos 52 obrigada por favor sinta-se à vade ir obrigada por ter estado aqui OB vamos prosseguir Gustavo Jesus psiquiatra diretor Clínico do Pin dirige agora a a o serviço de Psiquiatria e saúde mental do hospital de Vila Franca de xira na saúde a música é outra bem antes de mais nada muito bom dia muito obrigado pelo convite eu sou ouvinte do Observador da Rádio observador e sou leitor do Observador portanto é particularmente obos para mim obrigado eu eh e por e por isso é para mim um grande prazer fazer parte deste painel e olá ao painel e à sar e a todos os pres presentes a música é outra na área da saúde e precisamente por eu ser da área da saúde e por área da saúde estar a atravessar uma crise tão grande que acho que é óbvia é óbvia para toda a gente não só para quem ouve as notícias como para quem recorre aos Serviços de Saúde que eu decidi pontuar ou classificar alguém da área da saúde e eu também à semelhança da da maestra na Joana H quis pontuar pela positiva quis classificar pela positiva sobretudo porque eh também é verdade que apesar de termos pouco tempo para avaliar esta pessoa e eh portanto pelo pouco tempo em funções e pelo pouco tempo em que foram apresentados resultados Eu acho que o pontapé de saída é positivo e portanto eu quero dar uma nota positiva e e por isso eu vou classificar a ministra da saúde Ana Paula Martins que eu não conheço pessoalmente mas que eh eh em muito pouco tempo parece-me dar um sinal de que reconhece e de que avalia de forma mais ou menos adequada os problemas atuais da saúde e e aliás como nós estamos aqui a avaliar os últimos 10 anos e a planear ou a pensar nos próximos 10 Não há dúvida nenhuma que a saúde é um dos setores basilares que vai ter que ser avaliado e pensado e repensado porque se ele já está assim como está eu não quero pensar eh pessimistic no que pode acontecer nos próximos 10 anos e por isso tenho não corremos o risco de viver de planos de emergência Isso é uma excelente pergunta mas eu acho que o plano de emergência e aliás ainda não disse que nota é que ia dar à ministra já lá chem já lá chegaremos mas mas mas mas já agora queria dizer que eh vamos dizer que isto é a nota do primeiro período porque é uma nota boa é uma nota positiva mas é não é tão boa que ainda não possa subir espço para mel eu quero dar espaço para melhoria para melhoria de nota mas também mediante aquilo que ela for fazendo e e demonstrando nos próximos meses a nota também pode vir a descer eh e já que fala do plano de emergência Eu acho que o plano de emergência é um exemplo de de uma boa capacidade de reconhecimento claro que o nome plano de emergência eh pode ter essa conotação de mais certo ideia da reforma não é É verdade é verdade e e de facto eu acho que eh o plano de emergência tem um um um nome infeliz que provavelmente é a Herdade da época da campanha eleitoral porque na campanha eleitoral foi anunciado que nos primeiros 60 dias ia ser publicado um plano de emergência mas esse plano de emergência é mais do que um plano de emergência da minha leitura eh externa que não faz parte mas da Leitura que eu fiz do plano elencaram cinco áreas preferenciais da ação eh os cuidados de saúde primários a saúde materna infantil A saúde mental pel da qual eu sou particular interessado eh as urgências e o acesso de uma maneira geral e a questão do acesso é particularmente importante porque e e e e curiosamente li hoje no observador uma notícia sobre um um índice publicado pela Nova não pela nova sbe mas pela Nova IMS que publicou um estudo um relatório extenso com várias variáveis que eu acho que vale a pena analisar uma das algumas delas resultantes da avaliação que o público faz da saúde e basicamente as pessoas avaliam a e eh o o o acesso como pior eh avaliando e e isso é objetivo os tempos de espera como cada vez mais altos e o acesso aos cuidados de saúde cada vez pior e curiosamente avaliam positivamente os Os Profissionais de Saúde e a informação que esses profissionais lhes passam e já agora também é é é importante reconhecer que estes dados são de 2023 e representam um agravamento faço a anos anteriores e ainda que a própria ocde estima eh que cerca de 13% dos portugueses considera a sua saúde má ou muito má versus cerca de 5% dos outros países da ocde da Média portanto a saúde em Portugal não está bem Não só a saúde das pessoas como a avaliação que se fazem dos cuidados ados e do acesso a esses cuidados e de facto no acesso aos cuidados o plano de emergência mostra alguns esforços eh e é certo que esses esforços em duas linhas principais a forma de financiar e quem está a fornecer esses cuidados ou seja através da utilização de incentivos eh através de novos modelos de gestão do ponto de vista das equipas com as usfs modelo b e modelo c e com mais autonomia para as instituições eu espero que a autonomia seja posta efetivamente em prática porque o que se passar e era anunciado em momentos anteriores que iam aumentar a autonomia mas o a gestão dos serviços de saúde sobretudo dos públicos estava altamente centralizada em tempos recentes na direção executiva E isso não é positivo porque não dá flexibilidade e agilidade já agora a esse propósito Eu ouvi muitas vozes levantarem-se contra a ideia dos incentivos e eu percebo isso e eu reconheço que eu e eu digo aliás Este é um dos fatores pelos quais eu acho que a nota da ministra ainda pode vir a descer não sei mas tem a ver com aliás os os sindicatos médicos foram dos primeiros estar-se conta isso não é que e as pessoas não querem continuar a trabalhar por incentivos querem aumentar as suas remunerações base e aliá ainda hoje ouvimos a presidente da pordata a falar-nos sobre os fossos entre salários médios e não há dúvida aliás Ainda Ontem foi manchete do diário primeira página que os médicos apesar da do do aumento salarial que foi acordado no governo anterior continuam com uma perda de poder de compra de cerca de 17% eh e portanto é provavelmente das classes como maior perda de poder de compra e isso é relevante depois para a retenção de talento nos serviços mas só aqui voltando atrás a questão dos incentivos não pode ser a única medida Mas não deixa de ser positiva e e e eu reconheço com com com acho que é importante reconhecer que a ministra nomeadamente das suas intervenções públicas numa entrevista que fez à à renascência H ass notícias dizendo que todos estes incentivos serão encaixados no orçamento anterior no fundo aumentando a efetividade dos custos e não amplificando os orçamentos isso é também muito importante porque já se muito dinheiro em saúde Só que é curioso que esse mesmo índice da nova IMS que foi publicado hoje ou que vai ser hoje apresentado eh mostra-nos que nos últimos anos apesar de um aumento do investimento houve uma diminuição da produtividade houve uma diminuição da atividade Clínica e portanto não basta dizer assim vamos investir mais dinheiro vamos pôr mais dinheiro em cima dos problemas porque os problemas não se resolvem afundados em dinheiro e isso mas ao longo da sua carreira quantas curtíssima porque é novíssimo não qu Tu é muito bem conservado qu quantas vezes é que a saúde mental apareceu como prioridade Pilar fundamental depois não aconteceu nada isso é verdade e percebo isso mas eu a minha resposta seria provavelmente nenhuma porque eu nunca ouvi a saúde mental a ser posto com prioridade é isto a saúde mental só veio para cima do palco após a pandemia a sim mas ali em 2021 começamos a ouvir falar muito de como era sim sim sim começamos não aconteceu nada passaram TR anos foi verdade mas e já agora também devo chamar a atenção para uma uma coisa que que me parece positiva neste plano chamado plano de emergência que eu acho que não devia ter esta desação que tem a ver com a saúde mental porque na saúde mental há e portanto enumeram-se algumas medidas que nunca se tinham ouvido em planos anteriores porque basicamente e a única coisa que que antigamente se falava era aumentar o número de consultas de Psicologia que é uma coisa muito importante também eh no fundo aumentar As equipas comunitárias acho que toda a gente já ouvi falar muito disso mas descorando coisas como os serviços de urgência psiquiátricos os internamentos de psiquiatria eu acho que parece que deixou de existir o problema de ter que internar pessoas com doença mental porque desinstitucionalizar fechar hospitais psiquiátricos fechar camas e meter as pessoas onde eh ainda ouvi esta manhã no rádio observador falar sobre o a rede de cuidados continuados que é fraca e fraquíssima e penso que será Espero que seja recida nos próximos anos porque nomeadamente a doença mental aguda grave as psicoses e os as ideações de suicídio são pessoas que requerem internamento e uma das coisas que está elencada neste plano é garantir eh que existem camas de internamento Agudo suficiente para abarcar estes problemas coisa que até agora nunca tinha sido uma preocupação e por isso eu acho que a saúde mental a preocupação com o Saúde Mental é recente eh mas agora parece-me ter um olhar diferente e esse olhar diferente eu espero que seja posto em prática então e qual é a nota Mas eu posso antes de dizer a nota dizer mais uma coisa é porque eu acho que tudo isto só é possível e ainda agora ou vi o CEO da KPM a falar disso se olharmos para a retenção de talento e isso eu acho que é o principal problema e é isso que eu acho que pode fazer descer a nota da ministra porque eh se a ministra não compreender que não se fazem omeletes sem ovos e portanto não vale a pena fazer incentivos infinitos e horas extra infinitas pagas a preço Douro para melhorar os resultados em saúde isso não vai ser possível Portanto tem que se perceber que é preciso eh valorizar os profissionais de saúde e não estou a falar só de médicos os enfermeiros começam a escassear também há serviços que vão fechar por falta de Enfermeiros portanto é preciso motivar as pessoas para estar lá uma das formas motivar pessoas é pagando-lhes mais mas todos os estudos em termos de Recursos Humanos internacionais eu interesso muito por esta área também da da Saúde Mental nas organizações e dos seus colaboradores mostra-nos que neste momento o salário não é a principal prioridade para os trabalhadores a saúde os salários são importantes e eles têm que ser aumentados Não há dúvida nenhuma mas também a flexibilidade da contratação uma das coisas que no governo anterior era uma obsessão eraa as 40 horas semanais ora Os Profissionais de Saúde particularmente os médicos são a única S são a única classe que ainda está a 40 horas na função pública e isso é altamente desmotivador sobretudo ganhando tão pouco e vamos reconhecer Talvez seja necessário reconhecer que o SNS nunca vai conseguir pagar tanto como os privados e portanto vai ter que cativar as pessoas de outras maneiras flexibilizando a forma de contratar diminuindo os horários de trabalho é melhor ter dois enfermeiros a 20 horas do que nenhum a 40 não é portanto só reconhecendo Isto é que eu acho que a ministra pode subir a nota e acabar a sua legislatura espero eu com uma nota ainda positiva Qual nota eu vou lhe dar um 16 que é uma nota positiva mas que tem margem para descer ou para subir dependendo do que for feito nos próximos meses um 16 que pode subir se houver essa reforma de fundo e por falar em reformas Miguel Saraiva arquiteto CEO de uma das empresas mais importantes de arquitetura no país Quero falar de uma reforma uma reforma importante que foi o Simplex mas para dar duas notas ao que J saber não sou muito bom a dar notas também não fui muito bom a recebê-las por isso algum deste momento eh em primeiro lugar mas pode vingar-se agora vou tentar estas oportunidades são raras e têm que ser elevadas em primeiro lugar os parabéns ao observador 10 anos é é um princípio de vida extraordinário e com tanto reconhecimento e isso é sinónimo do bom trabalho que têm feito ao longo dos anos comer Obrigada eh sim mas antes de ir ao Simplex porque o Simplex aparece para para um tema que também é muito transversal na sociedade portuguesa segir à música que é transversal e à saúde temos a habitação e o Simplex vem responder de certa forma essa urgência de habitar e e e vou pelo lado positivo vou começar pelo lado positivo trazer para cima da da sociedade uma discussão tão transversal Eu acho que isso é positivo raramente na minha geração falou-se sobre habitação como se fala hoje mas para se falar de habitação tem que se ir um bocadinho mais atrás e era importante falar da território falar de cidade e depois falar de habitação e e por isso responder de uma forma positiva a este desafio eh onde o Simplex terá um papel preponderante na minha perspectiva e e será Talvez o o ator principal visto que nós temos uma grande dificuldade em licenciar e aprovar projetos a a metê-lo no mercado e fazer e prestar o serviço público que é as pessoas habitarem o Simplex vem reduzir substancialmente os prazos de aprovação e vem reduzir uma coisa que é muito importante na função pública ou na administração pública que é o número de atores A pronunciarse sobre o mesmo assunto e por isso esse en cortar de tempo é fundamental para responder a esta urgência mas também temos que aproveitar esta oportunidade pela positiva para pensar a cidade como um todo a cidade só responde aos senhores desígnios se for inclusiva e aquilo que nós temos vindo a observar nos últimos tempos é que ela cada vez é menos inclusiva eh e e e por isso esta questão da Habitação e do desenvolvimento dela passa por pensar o território desenvolver cidade espaço público o espaço público é o ator principal de todo este processo da construção criar equipamentos estruturados que respondam às necessidades óbvias da população as cidades estão a crescer estima-se que em 2050 três pessoas em cada quatro vivam em um Bente urbano e as nossas cidades que já estão algo desestruturadas não tão Preparadas para estes movimentos migratórios Dentro os países e de fora dos mesmos e por isso eu acho que a minha nota é um 15 para o tema porque é transversal mas algo preocupado algo preocupado Até porque não depende só da nova legislação da vontade política também depende muito dos meios disponíveis para fazer acontecer e nós temos um grande problema de mão deobra no no setor da conção Civil temos um problema de mão d’obra em termos de qualidade por isso houve uma uma imigração de mão deobra altamente qualificada para o centro e para o norte da Europa e aquela que nós estamos a recepcionar tem muito menos qualidade e por isso nós estamos a construir infelizmente com mais legislação com mais obrigação mas com menos qualidade final e e a qualidade de habitar é faz parte da saúde pública por isso eu darei um 15 a este tema que vai nos acompanhar nas próximas pelo menos duas décadas por isso quando O Observador tiver 30 anos nós estaremos Com certeza a responder aos desafios de hoje e não quer não quero dar uma nota à qualidade fica ficamos pelo 15 ficamos pelo 15 isto hoje vai ser só boas notas temos de contratar Estas pessoas para vencedor todas as semanas bidarra consultor de comunicação dispensa apresentações escolheu avaliar uma coisa muito concreta eh uma metáfora vou avaliar uma metáfora e e queria e e sou o último Pelos vistos Portanto vamos fechar isto e almoçar é uma coisa muito Portuguesa e três pequenos assuntos um é 50 anos do 25 de Abril eu eu nasci quer dizer quando 5 de Abril aconteceu eu já era nascido portanto Vivi e Vivi o prec na adolescência altura Fantástico a nossa democracia e como estamos aqui na na na nova na nova sbe quero avaliar o o acionista porque o o que nos o que nós temos é foram 50 anos e ouvindo H bocado a Luísa louro e e e ouvindo O Observador quase todos os dias e e outros meios nós temos a sensação que 50 anos não foram suficientes passaram 50 anos e eu lembro-me do país que era e muito aconteceu mas parece que não foram suficientes que em 50 anos 50 anos não bastaram e eu pergunto-me mas quanto tempo é que é preciso para sermos um bocadinho mais prósperos um bocadinho mais saudáveis para termos habitação para para termos melhores artistas enfim quanto tempo é que será preciso e e o que acontece é que eu também tenho uma sensação pode ser pode ser um uma ideia que me acompanha como que acompanha a minha biologia Eu já fui novo e enérgico e agora estou pouco enérgico muito menos novo e mas eu tenho a sensação que ali a meio do percurso eh a democracia perdeu o gás Ana fosse ficou assim adoentada não é constipada muito queixosa e e e e a meio deste período e o o acionista que é Afinal Aquele que vota para é é o que é o que vai à assembleia geral de 5 em C anos não é quat em quatro já não se vai à assembleia geral eleger o os corpos dirigentes da do país eh começou ali a meio do caminho a acreditar em impostores eu eu tenho a ideia de que eu não gostava para ser sincero era novo demais não gostava nem do Cavaco nem do Ianes nem sequer do Sampaio mas se eu comparo por exemplo estas três figuras com os impostores que que se seguiram fica com a ideia de que eh eh perdeu-se qualquer coisa começamos a acreditar não no fazer ou na ideia de que os problemas têm que ser resolvidos têm que ser resolvidos não podem ser só falados mas passamos a acreditar muito Em promessas passamos a acreditar muito na comunicação no Spin não só nós acionistas como vocês acionistas jornalistas também começaram a acreditar muito no Spin Ou pelo menos a a amplificar E desde do do primeiro primeiro ministro que eu considero impostor que era o Guterres que parecia que era primeiro-ministro mas afinal não era fugiu o segundo também fugiu a seguir a esse veio outro Provavelmente o rei dos impostores não vale a pena nomear o que o que é que se passa o que é que se passou com o acionista que de repente deixou de cuidar daquilo que é seu foi porque o acionista achou quetinha já era bom que ia não sei não sei o que é que se passou com o acionista mas o acionista que é o português e é oo português que eu quero dar nota e a o português é o português eleitor é o português eleitor porque o momento de decisão passou a dar da altura a não resolver os seus problemas a não querer resolver ou acreditar em não sei em Moinhos e e portanto eh é é muito pretencioso da minha parte mas é assim mesmo eu quero dar ao português uma nota nestes 50 anos pelo Estado da Democracia Mas é uma nota otimista vou-lhe dar um nove vou-lhe dar um nove para ver se ele ainda com a esperança que ele Safe não [Risadas] oral muito obrigada Miguel Saraiva Pedro bidarra Gostavo Jesus e também a maestrina Joana Carneiro O Vencedor é feito de forma um bocadinho menos profissional do que aquilo que vemos aqui aqui vai paraar todos os dias às 8:30 da manhã ao sábado e ao domingo um bocadinho mais tarde às 10:30 Não percam obrigada [Aplausos]