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bem-vindos ao direto ao assunto geralmente o direto ao assunto é um programa de entrevistas bem-vindo aqui está é é um é um programa de entrevistas geralmente tem um convidado que é um protagonista e do dia um protagonista noticioso aqui como queremos fazer tudo em grande em vez de termos um convidado temos quatro para para quatro entrevistas em simultâneo temos a aqui a professora H Anabela Carvalho temos a Vera pinto perira que é administradora executiva da EDP também o o Bruno Ferreira que é CEO da MJ e o nosso anfitrião eh o din aqui da nova o Pedro Oliveira bem-vindos obrigado obrigado a todos Vera eu ia começar por por si porque a Vera pinto pra é administradora executiva da da EDP e diz que mais do que uma transição energética Precisamos de uma revolução energética e que Portugal é capaz de fazer isso Olá boa tarde e antes deais parabéns parabéns por este aniversário tão importante observador e obrigada pelo pelo convite para estar convosco H É verdade eu acho que mais do que uma transição energética é de isto pela centralidade que a energia ocupa na nossa economia na nossa vida na vida das nossas empresas aquilo que estamos a viver e aquilo que precisamos de viver para cumprir com aquilo que são as metas eh respeitantes à à redução da nossa pegada de carbono é de facto enfrentarmos aqui uma uma eh uma revolução energética acho que estamos no bom caminho o primeiro os primeiros meses deste ano foram muito entusiasmantes nós nos primeiros meses deste ano quase 90% ponto 87% da energia gerada foi verde e portanto e acredito de facto inda ao segundo ponto que Portugal se encontra numa posição que pode ser uma posição dianteira e e que pode mudar um pouco o rumo da nossa indústria da nossa economia nos nos próximos anos a ambição é é fortíssima estamos a falar de duplicar a nossa capacidade de geração eólica em Portugal estamos a falar de adicionar eh cerca de 18 a 20 gigas de solar faz todo o sentido somos um país temos 300 Dias de Sol por ano e portanto H isso faz-nos de facto estar numa numa posição bastante bastante interessante agora H estima-se que para chegarmos a esta a estas metas à neutralidade carbónica em 2050 que o planeto efetivamente precisa que vamos ter que investir em Portugal H cerca de 500 milhões de euros hum ora 500.000 milhões mil milhões de euros nas várias indústrias nó estamos só a falar obviamente na instalação de capacidade de energia renovável mas estamos a falar em todo nas cadeias de abastecimento na transformação e eletrificação das nossas das nossas indústrias portanto a a neutralidade carbónica impacta a vida e profissional e industrial e e dos serviços de todo o tecido Empresarial português os desafios são enormes h eu H eh no fundo eu e eu aqui enquanto representante da EDP Assumimos esse esse compromisso Assumimos esse compromisso com com o mundo e os 30 países onde estamos mas Assumimos esse compromisso com com com Portugal vamos investir cerca de 850 milhões de euros nos próximos anos precisamente para eh eh contribuirmos para este para este crescimento exponencial que é preciso fazer na capacidade de geração de de energias renováveis hh mas é mas é um contexto que que vai exigir capacidade do país atrair investimento atrair investimento Global eh para isso temos que ter um quadro regulatório estável temos também que ter um quadro regulatório preparado para lidar com todas estas novidades porque estamos perante uma verdadeira transformação daquilo que é o sistema elétrico eh nada é como era a nível da produção de energia tudo irá ser diferente desde desde os temas do do armazenamento aos temas da flexibilidade que são fundamentais quando temos tanta energia renovável no sistema vamos ter uma volatilidade enorme e portanto temos que ter capacidade de remunerar serviços de sistema de fazer gestão de flexibilidade Isto são desafios grandes para para para a regulação temos que ter um quadro de incentivos previsível estável e ambicioso aliás como temos por exemplo nos Estados Unidos com Ira que acho que foi algo que trouxe de facto foi previsibilidade e a a certeza e e dimensionamento Claro daquilo que é o o apoio que se prevê e e e apoio a Grandes projetos sem medo de apoiarmos grandes projetos esta oportunidade poderá poderá criar H eh cerca de de de meio milhão de novos empregos ao longo dos próximos anos em Portugal e dos quais um em cada cinco serão empregos qualificados eh e portanto acredito realmente que esta que esta é uma grande oportunidade para o país sejamos nós capazes eh de de lidar com alguns destes destes desafios desde o investimento à regulação H ao licenciamento eh e temos aqui desafios grandes do ponto de vista de de de licenciamento para tratarmos isto com a com a celeridade que isto merece capacidade de termos mão deobra qualificada eh para para fazer este este caminho e por fim termos também a capacidade de trabalhar com com a opinião pública numa matéria que ainda gera bastante bastante polémica é preciso informar é preciso partilhar é preciso compreender o Real impacto desta ambição em matéria de ação climática de impacto no meio ambiente porque senão vamos cair naquela ratoeira do que muitas vezes Chamamos o nimbi que é sim sim sou super apoiante mas not in my Backyard e e nós precisamos da transição energética no nosso Backyard em Portugal Então vou aproveitar essa deixa para falar com a professora Anabela Carvalho que é professora da Universidade do min e que investiga precisamente a a relação entre a comunicação e a tomada de consciência das alterações climáticas e dos impactos que isso tem tem estudado essa área e tem resultados surpreendentes foi isso que que me disse que resultados surpreendentes são esses professora H bom não se são tão surpreendentes assim H mas eh enfim eu eu tomando pegando nesta nesta nota sobre a a dimensão da transformação que que é necessária e que de facto não só convoca todos mas também terar repercussões inevitavelmente para todos eh é preciso de facto pensarmos isto de uma forma muito de alada eh eh e muito concertada eh isto de pensar a comunicação sobre asas climáticas ou outra coisa não é só pensar em termos de divulgação de informação ou em termos de campanhas de sensibilização é é pensar de facto na forma como nós damos sentido ao mundo à sociedade em que vivemos que que que mundo é que queremos coletivamente que sociedade é que queremos e que diferentes grupos de pessoas querem não é eh e como é que entendemos a responsabilidade pela mudança e e a e a e uma coisa que eu acho essencial que é destribuir social de custos e de benefícios nestes processos de mudança não é que eh infelizmente não é tão discutida assim eh e que eu acho que tem que ser colocada com muito mais frontalidade e muito mais responsabilidade em cima da mesa não é eh nós temos que fazer estas mudanças que quea perira referia eh mas e elas muitas vezes implicam equilíbrios que têm que ser construídos e que são difíceis entre eh mesmo valores ambientais e não é as políticas de mitigação por exemplo através da construção de grandes parques eólicos de grandes centrais fotovoltaicas eh mas também a preservação de espaços naturais também eh a preservação da biodiversidade também o valor da paisagem não é que que que que tem que que é nós podemos dizer é um valor inerente que nós temos direito H eh e e portanto e como é que isto vai se vai conseguir concretizar eh implica H processos de muita abertura de muito diálogo de responsabilização sistemática hh h e eh e infelizmente Nem sempre a participação pública em Portugal tem sido levada realmente a sério não não há H eh não só informação suficiente mas também não há transparência suficiente não há depois repercussões dos processos de participação pública eh e isso h para que haja sustentabilidade não só ambiental mas também social eh tem tem mesmo que mudar eh acho que acho que é fundamental pensarmos eh eh na nas questões de Justiça Nas questões de Equidade e e na e na sua discussão H aumentando a transparência e e e de facto a enfim o grau de de abertura e de compromisso de de todos estes intervenientes mas mas o discurso está muito polarizado H há há um há um há os Defensores que tudo isto vai correr incrivelmente e os catastrofistas Ach é difícil às vezes ouvirmos uma opinião equilibrada sobre aquilo que temos de fazer o que é que vai acontecer às vezes é difícil encontrar uma pessoa equilibrada com acho que se calhar os otimistas são são mais os otimistas da vontade e como diz out do que do que os do que os otimistas da razão se calhar nós todos Devíamos ser um pouco os pessimistas da razão porque enfim como dizia o o nun há pouco h e meta após meta a situação h não é está tá a piorar as metas não se cumprem eh nós estamos a caminhar numa direção que é claramente catastrófica cerca de 80% dos cientistas climáticos acreditam que não se vai ficar abaixo dos 2,5 de aumento da temperatura média Global O que é um cenário absolutamente Avassalador não é com consequências eh muito diferenciadas entre entre as pessoas e entre as regiões do mundo mas mas mas dramática em qualquer caso eh e portanto eh como é que vamos eh eh neste neste quadro eh conseguir encontrar caminhos que sejam enfim satisfatórios eh para para seão todos pelo menos Enfim uma grande parte da população não é fácil as pessoas não TM um sentido de agência e aquilo que diz da da do o catastrofismo tem também que ver com com eh esta questão essencial que nós identificamos claramente nos estudos de comunicação que é a falta de sentido de agência das pessoas o nível de preocupação que tem não tem e tradução na sua perceção eh enquanto eh alguém que pode fazer algo significativo pelo em relação ao problema sentem-se incapazes de fazer atribuem a responsabilidade a a governos a empresas mas não têm confiança neles e portanto há aqui um um Panorama que que não é nada de favorável não é ao envolvimento ao engajamento eu o Bruno Ferreira se eu da da plmj e eu vou também aproveitar parece também parece que são combinados Vou aproveitar também esta deixa para falar de de uma di alo que em Portugal não temos muito que são as ações populares ou a forma como as pessoas se juntam em ações popular contra o que for neste caso por exemplo aqui aplicado a questões do clima ou do ambiente isso é algo que não existe cá em Portugal mas o Bruno acredita que vai começar a existir obrigado boa tarde desculpa muito obrigado boa tarde e a todos é uma questão H muito importante nós acabamos de ouvir quer neste painel quer no painel anterior aos desafios a que as empresas eh vão estar sujeitas não é não só por um lado ao Impacto que por exemplo as alterações climáticas vão ter no seu modelo de negócio uhum eh mas por outro lado também eh os desafios que resultam do impacto que elas próprias geram eh na sua atividade eh até agora em Portugal não tínhamos de facto muitos precedentes de ativismo quer por parte de acionistas quer por parte de consumidores nos últimos do anos temos visto um ligeiro aumento em determinadas matérias sobretudo relacionadas com o direito da concorrência e com temas relacionados com o direito da proteção de dados pessoais h o que tem representado uma inovação muito grande no mercado Portugês e portanto uma preocupação adicional para osos das empresas Porque se é verdade que até agora os mecanismos deolo muitas das vezes ou passava pelas autoridades de supervisão ou também mecanismos voluntários das próprias empresas muitas das vezes so alguma pressão mediática O que é verdade é que estão a passar a existir e vão passar a ser bastante mais bastanteo mais frequentes no mercado português a existência deste tipo de e ações populares e que no fundo visam a ou obter uma alteração do comportamento das empresas Ou algum tipo de ressarcimento relacionado com a atividade que as empresas eh têm tido e nós já no est nos Estados Unidos sobretudo isto já é um é um é é bastante frequente todos nós ouvimos falar das Class actions também ouvimos já falar e da existência de Class actions ou mesmo de ativismo dos acionistas naquela estrutura habitual de comprar umas ações na empresa por parte do do Fundo de fund fazer uma campanha pública quer para o para a empresa desinvestir em determinada área ou vender determinada subsidiária estejam eh os temas relacionados com as alterações ambientais ou com questões relacionadas com a sustentabilidade ou não houve já precedentes até bastante interessantes que levaram por exemplo a a um inv por parte de um fundo na Apple que acabou por gerar a criação do mecanismo do screen time para de certa forma criar formas de mitigar a dependência e portanto aqui no tal S que muitas vezes também é esquecido h no isg existem intervenções um pouco menos consensuais como a a atividade dos ativistas acionistas em torno da exon e de outras empresas no setor e que operam sobretudo no setor dos combustíveis fósseis eh e portanto Esta é uma realidade que nós estamos a ver a a a passar a ser bastante mais frequente H em Portugal então a EDP deve estar atenta a essa a EDP está muito atenta Eu acho que isso não não não não não não é uma questão aqui a acho que vai passar a atingir pronto o mercado de capitais português também tem a dimensão que tem e portanto e ao Tem havido historicamente também uma certa limitação a utilizar essas ferramentas mas H passará a existir necessariamente uma uma expansão eh sobretudo em resultado de eh inovações legislativas que vê da União Europeia foi aprovada há um par de semanas a diretiva sobre e du diligence para para as empresas o que vai significar que para um conjunto de empresas ainda relativamente limitado a a nível europeu eh às quais vai ser diretamente a existência de um dever que obriga essas empresas a verificar eh quais são os impactos que geram em toda a sua cadeia de valor sobretudo ao nível dos fornecedores mas também eh no downstream eh nos seus consumidores e vai criar um nível adicional de deveres a que as empresas estão sujeitos eh que necessariamente também e poderá Ou irá certamente ser fonte de de de de discussão em termos e e judiciais e e portanto é é no fundo é só mais uma forma em que se e materializa ou Que substancia os desafios que já temos vindo aqui a falar e aos Quais as empresas estão sujeitas e há pouco ver perira falava nesta oportunidade que é e esta revolução energética eu achei graças à expressão e voume agarrar a ela Pedro Oliveira é din é o nosso anfitrião aqui h como para isto para para fazer fazer isto e para para ter esta capacidade de de renovação em Portugal precisamos de ter jovens que fiquem cá como é que agarramos estes jovens cá quando aquilo que estamos a assistir n nesta altura é muita gente a sair porque quer casar quer comprar uma casa quer comprar um carro enfim quer ter uma vida iniciar uma vida e em Portugal as oportunidades São muito poucas e para poucos como é que conseguimos reter este conhecimento cá Boa tarde a todos antes de mais permitam-me que use aqui do meu papel de anfitrião para dar as boas-vindas a todos os participantes nesta conferência agradecer ao observador por nos terem escolhido O Observador tem sido nosso parceiro em vários projetos importantes como as conferências doil só para não dar outros exemplos e por isso é com grande gosto que vos acolhemos aqui obrigado por nos escolherem para esta conferência dos 52 h e e é um prazer ter-vos aqui porque é muito aqui a cultura da nossa casa é uma cultura muito aberta de eh incentivar debates como estes e portanto muito obrigado por cá estarem ainda por cima para debater temas tão importantes como estes eh eh como eh alterações climáticas e outros que que têm sido debatidos e que vão ser debatidos no resto do dia eh nós hoje em Portugal estamos agora pensando na sua pergunta estamos de facto numa situação muito curiosa Porque Portugal e e as Universidades em particular nas nossas áreas nós somos uma escola de economia e de gestão de Finanças de outras áreas e eh complementares da economia da gestão e hoje somos uma escola muito internacional o que é que isso significa significa que atraímos para Portugal e que é uma coisa completamente nova uma coisa diferente do que aconteceu sem dúvida no passado atraímos muitos alunos eu posso vos dizer que nós acabamos de fechar as admissões por exemplo ao nosso mestrado e este ano tivemos mais de 4800 candidatos para 1700 V O que significa que vamos Vamos admitir cerca de 1 terço dos alunos e e e o que nós temos hoje ainda não sei exatamente a distribuição dos dos estrangeiros no no no no grupo dos alunos aceites mas o que nós temos hoje é 72 de alunos internacionais por exemplo no nosso mestrado e representando 92 diferentes nacionalidades e acho que isto é algo bastante diferente do que era o ens há uns anos atrás em Portugal Portugal não era um destino e para alunos de ensino superior e pelo contrário havia muitos alunos daqui que iam estudar para fora como continua a haver obviamente o que o que aumentou de uma maneira geral também foi a mobilidade o processo de Bolonha tem muito a ver com este acréscimo de mobilidade mas se pensarmos que hoje temos em Portugal Várias escolas esta não é a única mas esta penso eu é sem dúvida a líder que atraem alunos de todo o mundo para estudar e que de repente Portugal n alguma as áreas está a tornar um país parecido com aquilo que foi os Estados Unidos a Inglaterra a França a Alemanha a Holanda que eram se calhar alguns dos destinos típicos para estudar pela qualidade das suas universidades temos aqui um uma situação completamente diferente do que era no passado em que se calhar Portugal era muito conhecido e continua a ser e e ainda bem não é por por aspectos como ou por atividades Como como o futebol eh eu acho que as nossas universidades se calhar ainda não nos trazem a popularidade do futebol mas trazem-nos um prestígio global que é bastante importante e Portanto acho que Portugal ser hoje também conhecido pela qualidade das suas universidades e e desculpem-me que falo outra vez aqui da nossa escola nós de facto estamos hoje temos que dizer sem grandes rodeios numa das melhores escolas da Europa em que por exemplo o nosso mestrado de Finanças é o 11º do mundo o nosso mestrado de gestão é o 15º no mundo o nosso mestrado de hospitality and Management que é uma especialização e eh da gestão é o 16º no mundo a nossa de executivos acabou de passar para 13ª no mundo portanto Isto é bastante extraordinário Quando pensamos que ainda por cima não somos a única escola que está no ranking Lis e ainda bem tá aqui qualquer coisa extraordinária porque estamos a trazer todo este talento para Portugal a sua pergunta era o que é que temos que fazer para que eles fiquem porque de facto o que está a acontecer não apenas com o talento que chega como com o nosso próprio talento os portugueses que aqui estudam é que quando eles vão à procura de emprego muitos deles dizem-nos que nem sequer tentam encontrar emprego em Portugal Nós temos duas feiras de emprego aqui na escola uma delas este ano teve 100% de participação de empresas estrangeiras a outra é é é maioritariamente portuguesa mas mas a ver feiras em que todos os empregadores são estrangeiros é também bastante diferente do que aquilo que era no passado portanto naturalmente hoje as nossas organizações as nossas empresas não estão a conseguir oferecer condições para que muitos destes recém-graduados cá fiquem e Portanto acho que vale a pena pensar nisto de uma forma mais estruturada há certamente razões que têm a ver com e condições de carreira em Portugal há condições que têm a ver com e os salários que as nossas empresas conseguem oferecer eh e portanto valia a pena pensarmos porque é que nós não estamos a conseguir reter este talento porque eu não acho Por um lado muito preocupante que as pessoas saiam acho acho até positivo desde que ela eles depois tenham condições para voltar os nossos portugueses irem embora eh não tem nada de mal desde que eles depois mais tarde voltem os portugueses nós sabemos que eh vão se calhar acabar por voltar por uma razão ou por outra certamente por razões pessoais mas era importante que eles viessem se calhar mais cedo do que tarde que ganhassem mundo e que voltassem o o os outros e e nós mantemos muito contacto com os outros nós por exemplo temos estado a criar alumni chapters um pouco por todo o mundo e e e é bastante devos dizer bastante quase inspirador e até emocionante quando se chega o último que abrimos foi no Dubai e em sítios tão inesperados como Singapura e se calhar mais e óbvios como São Paulo ou Nova York nós temos hoje 18 alumnis chapters e como encontramos comunidades de antigos alunos da da nova eh que estão tão agarrados a Portugal muitos deles gostavam de voltar não são necessariamente portugueses Alguns são portugueses mas são são alemãos nós temos uma vasta maioria de alunos alemães nós temos por exemplo no mestrado 1350 alemães que é um número bastante significativo é o único país onde temos três chapas Pedro Oliveira vou ter de usar o meu poder de moderador Claro peço desculpa mas isto para dizer que muito muito deste talento gostava de voltar e portanto penso que temos que sem dúvida trabalhar nas condições para que ele volte felizmente ontem o governo apresenta aqui um plano que passa trazer talento para Portugal é Impossível fazer isto sem estes jovens não é esta revolução IMP fazê-las sem os jovens portugueses sem eles estarem cá eh totalmente acho que como como disse há pouco e esta transição revolução energética vai abrir aqui uma uma uma série de novas oportunidades de emprego mas vai precisar de de trabalho qualificado de muito talento h e portanto não vamos conseguir fazer esta transição energética se não tivermos a participação dos nossos dos nossos jovens h eu diria que para isso para além de criarmos as condições para eles voltarem acho que de facto Tem surgido uma série de propostas em discussão nesse nesse sentido que me parecem bem mas acho que acima de tudo precisamos aqui de de de três coisas chave uma é precisamos de empresas fortes precisamos de um tecido Empresarial português forte e não nos devemos a eh eh isso não deve ser um tema não é de haver grandes empresas deve ser um motivo de orgulho Nacional porque de facto são uma oportunidade de criar emprego aqui de criar um emprego entusiasmante eh e de termos as nossas as nossas pessoas até porque nós por exemplo hoje em dia na EDP empregamos em Portugal entre emprego direto e indireto cerca de 7.000 pessoas mas temos um um muitas destas pessoas acabam por fazer percursos internacionais e depois voltam aqui e portanto vão ganhar essa experiência fora e voltam portanto temos que apostar em empresas fortes temos que ser capazes de de atrair investimento global para que se possam para que se possa desenvolver de facto todo este ecossistema de que eu falava há pouco para fazer esta transição energética e depois precisamos de apoio à inovação eh tem sido Fantástico ver que durante os últimos dois ou três anos tem havido de facto um aumento na inovação em Portugal temos muito mais patentes registadas anualmente hoje em dia do que tínhamos há quatro ou C anos atrás hh porém também se dá a situação de termos uma série de empresas extraordinárias unicórnios que nasceram aqui e que acabam por mudar a sua sede para fora portanto as pessoas estão bem Preparadas temos excelentes universidades portanto temos bom temos jovens bem preparados H temos jovens com iniciativa nascem aqui projetos espetaculares como é o caso da da da fids Systems da Sword Health um projeto super interessante na área da saúde mas que acabam depois por mudar a sua sede para os Estados Unidos ou para a Inglaterra porque tem maior capacidade de atração de investimento tem uma regulação No que diz respeito à inovação talvez temos que ter mais capacidade para reter os jovens e as empresas também exatamente as empresas são uma parte fundamental porque são elas que trazem estas oportunidades de trabalho a este jovem Anabela Carvalho professora Anabela Carvalho mas também temos outro lado aqui do do dos jovens que é o ativismo climático que temos assistido com algum fulgor nos últimos nos últimos tempos Hum que impactos é que isso poderá ter em relação aos outros jovens nós olhamos e vemos jovens a ter atitudes um bocadinho e diria fora da lá n alguns casos na maior parte deles eh isso pode ter influência junto doos outros jovens isso é um é algo que é transversal é pertence a grupos ah tipicamente está relativamente localizado não não é não é uma questão generalizada a não ser eh o que assistimos em 2019 com aquelas marchas aquelas manifestações eh estudantis eh gigantescas no mundo inteiro como Com milhões de de jovens em em diferentes momentos ao longo de 2019 depois veio a pandemia isso desceu eh eh inevitavelmente mas eh à parte desse movimento de facto o os os os ativismos climáticos que que existem atualmente e eles são de diferentes tipos alguns mais conservadores outros mais disruptivos e eu acho que é fundamental nós pensarmos de facto na questão da disrupção e no ativismo disruptivo eh em tudo isto hh porque não podemos continuar na na mesma cenda que nos que nos levou até aqui eh mas esse esse ativismo enfim Isto é é existe em grupos pequenos de pessoas eh nós temos um um projeto coordenado pela Universidade do Minho chamado just fitchers que procura eh pensar analisar os imaginários políticos dos joros relativamente às alterações climáticas eh e de facto encontramos aspectos bastante interessantes na forma como por exemplo elas lidam com a ansiedade climática n alguns grupos de ativismos de ativistas no sentido de enfim de mobilizar o medo a raiva a frustração eh para formas de de colaboração e de e de eh e de ativismo que são também espaços de de experimentação de aprendizagem eh até de experimentação de novas formas de organização social e de novas formas de democracia na na na forma como eles como eles gerem eh os seus os seus próprios grupos para Além disso há a questão da repercussão eh social e do que do que é que isso pode significar eh não não é líquido é é evidente nós sabemos que há eh algumas reações bastante adversas essas formas mais fora da lei que referiu de de ativismo enfim nós podíamos classificar pôr isto no no campo da da descia civil e evocar o o velho Henry th e e a ideia de não é do do direito à Resistência a estados de enfim de governo insatisfatórios e e e negativos para para muita gente eh mas H eh a verdade é que também há estudos que mostram que se por um lado isso pode alienar uma parte do público há outros estudos que mostram que o interesse Global das pessoas pela pelas questões namente pelas alterações climáticas Aumenta até com a visibilidade dessas questões e elas podem não est disponíveis para participar nesse tipo de protesto mas noutros atos de protesto sim eh pode eh podem ir para algo considerado enfim mais aceitável hh mas eu acho que esta esta batalha pelo futuro é muito importante de facto eh e esta dimensão intergeracional do ativismo que que surge aqui eh não é porque no fundo eh grandes das batalhas muitas das batalhas sociais Eh que que nós assistimos no passado era por eram pelas condições do presente e nós agora vemos e os jovens nomeadamente a a eh eh a lutar pelo seu direito ao futuro é um futuro decente um futuro seguro e portanto isto Adiciona uma camada política ao tempo não é e há e h e aos eu direi aos poderes que quem governa agora tem sobre eh quem vai viver no futuro não é que eu acho que é muito interessante e que nós temos que pensar muito seriamente também Bruno Bruno Ferreira mas temos visto algumas ações muito mediáticas corte de estradas e aqui ainda não chegamos penso eu a ataques a obras de arte h h e do ponto de vista criminal e do ponto de vista como a justiça lida com esses casos é demasiado Brand Em sua opinião eu eu acho que acaba por refletir só muitas vezes aquele que é o a ideia que a sociedade em geral eh tem dessas situações acho que não não acho que não temos dados suficientes ainda para chegar a essa conclusão de que de que a justiça tem sido demasiado Branda com essas situações são talvez até demasiado recentes para chegarmos a essa conclusão agora o que eu acho que e acho que a professora Anabela falou disso no no início o debate que nós não estamos a ter é o debate de Quem suporta os custos eh das alterações e no fundo saber eh sendo necessárias asas alterações a as pessoas que atualmente hoje em dia têm acesso a comida mais barata ou a roupa mais barata quem é que são essas pessoas quem é que vai suportar esse custo e Portanto acho que esse é o debate que está por fazer destas alterações já aqui está Maria João que representa 30 segundos de aviso eu represento os outros 30 vou usar os meus 30 segundos de aviso Pedro Oliveira queria ainda para algo totalmente diferente mas queria também ouvi-lo sobre em 30 segundos ou sei que é pouco mas o desafio com a inteligência artificial nesta altura representa também para o ensino se está preocupado se se te está entusiasmado asado estou entusiasmado também estou preocupado ao mesmo tempo Acho que é uma oportunidade única eu não sei se nos estamos e a preparar devidamente para ela se calhar não havia maneira de estar preparado Mas e o que por exemplo quando comparamos as iniciativas das várias partes do planeta parece muito mais do que os Estados Unidos estão a liderar sem dúvida a China tá a tentar seguir e e parece que na Europa estamos ainda muito preocupados com e com regular proteger eh se calhar esperava se calhar mais eh empenho dos europeus que ainda agora criaram por exemplo um Office Ai que parece mais burocracia europeia do que propriamente o incentivo à inovação que criamos já um ai act não é já somos a primeira região do mundo que já tem uma já regulou uma coisa que ainda ninguém sabe exatamente o que é e e portanto obviamente isso vai ter impacto na educação como vai ter vai ter não já tá a ter já teve eh e e e e nós se calhar nesta indústria como nas outras Não estamos ainda a fazer o suficiente para agarrarmos esta enorme oportunidade obrigado obrigado por alir Obrigado a todos Obrigado por terem participado neste direto a assunto [Aplausos] obrigado Muito obrigada a todos