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[Música] Esta é a história do dia da Rádio observador vai de blinken para fogo em Gaza [Música] Anthony blin secretário de Estado norte-americano está pela oitava vez desde 7 de outubro no médio Oriente o objetivo tentar com a intermediação do Qatar e do Egito negociar um sar fogo entre o hamaz e Israel o conflito dura há mais de 8 meses e arrasta consigo uma crise humanitária denunciada por várias Organizações e pela ONU Quais são as hipóteses destas negociações trazerem a paz para a região quem é que pode pôr fim aos confrontos e qual o risco desta guerra escalar vou falar com Jorge Rodrigues oficial do exército que esteve em várias missões internacionais e é agora coordenador de risco geopolítico da porto Business School eu sou a tra abcis e esta é a história do dia de quinta-feira 13 de [Música] Junho bem-vindo Jorge Rodrigues viva Teresa Obrigado pelo convite o mais recente conflito entre Israel e o ramaz dura há mais de 8 meses o secretário de estado norte-americano Antony blinken já viajou várias vezes para o médio Oriente e esteve esta quarta-feira no Qatar para tentar mediar mais uma vez um sar Fogo Entre as partes em que ponto é que está estamos nestas negociações bem isto já é a oitava visita de blinca na região e e não só é a oitava visita portanto mostra a importância que está a ser dada como nest M coincidiu com mais dois saltos dignatários dos Estados Unidos H na região nomeadamente Bill burns e m que acabam por nas capitais mais relevantes no catar e no Egito de tentar influenciar o a boa conduta das das negociações os Estados Unidos estão muito empenhados de facto repare que inclusivamente há uma resolução no Conselho de Segurança das Nações Unidas H promovida pelos Estados Unidos em que vem de alguma forma alterar com uma uma uma política Inicial que de de menor empenho direto na resolução dos das questões os Estados Unidos tê T aqui alguns e aspectos que os preocupam nomeadamente os reféns de dupla nacionalidade também norte-americana uma questão da imagem Internacional e e que de alguma forma eh preocupa visco que é é uma das críticas mais apontadas ao ocidente e em particular à Casa Branca é o duplo critério e que portanto agora procura eliminar e por último e talvez o mais importante a questão das eleições internas que é um tema quente é um tema que irá afetar as eleições em em novembro e portanto de alguma forma estão altamente para para a conduta desta destas negociações e chegada a bom Porto mas já ouvimos falar várias vezes de um possível Cesar fogo para acabar o que é que tem faltado para ele realmente acontecer TR Essa é fácil é vontade das partes h o nomeadamente da parte do amas sente que ainda não atingiu os objetivos maximalistas sin noar aliás ainda recentemente foi H detetada uma informação eh em que transmitia que a morte de civis era altamente favorável ao amar eh demonstrando o desprezo completo pela população palestiniana que o rodeia e que além de mais a continuação H do do dos combates eh Israel teria muito mais a perder do que o há mais da parte de de Israel e também tem extremistas a Extrema direita é continua a ser uma oportunidade ainda não atingiu também os objetivos maximalistas tinha definido no início do do do processo do conflito e portanto portanto apesar de ter muito a perder em algumas áreas tem outras questões que ainda não foram alcançadas e que pode vir a a conseguir alcançar sabemos que o epicentro deste conflito está a acontecer na faixa de gaza mas que há mais forças em jogo o hezbolá tem atacado algumas regiões de Israel e Israel também tem atacado o Líbano onde Este grupo extremista está assediado parece que está sempre iminente o risco de o conflito escalar naquela região quão real é este risco é real isto de facto é uma é uma situação perigosa é uma situação que eu diria quente o risco existe tanto de escalada vertical como horizontal e por exemplo um ato como a morte de taleb abá o comandante sul da nasr em que que foi sempre considerado como H experiente e conceituado na nas Forças do es bolá já há várias décadas e que a morte de alguma forma origina foi agora anunciada não é exatamente origina reações por parte do es bolá nós estamos a falar que h mais de 200 projeteis atingem diariamente Israel portanto seja desta região do Sul da da do Líbano seja de outras zonas fronteiriças como Iraque como a Síria ou mesmo vindas do do yema na verdade é que Israel está sobre um ataque diário à qual tem que responder mas verdadeiramente ninguém quer A Escalada nem nem o irão porque tem muito a perder nem Israel nem os Estados Unidos nem os atores globais China ou Rússia nem vários países da região vizinhos portanto não tem não tem demonstrado qualquer ato no sentido de empol alguns acontecimentos já apareci algo preocupantes eh mas existe o erro de cálculo existe tudo o erro de cálculo pode ser um erro de cálculo mesmo ao nível tático do comandante do Pelotão h e que pode criar uma B de de neve em que depois fica incontrolável e de alguma forma no leve para patamar que não são de todo [Música] pretendidos já voltamos à conversa com Jorge Rodrigues especialista em segurança e risco geopolítico na segunda parte falamos sobre o mais recente relatório da ONU sobre conflito e uma crise humanitária Sem Fim à vista [Música] diferensa que vai entre uma paranoia e uma personalidade normal é uma linha muitas vezes difícil Esta é a história do padre obsecado com infiltração do comunismo na igreja que tentou matar o Papa em Fátima Episódio 5 não é pecado matar o papa é uma série para ouvir em seis episódios e faz parte dos podcast Plus do Observador um no Episódio a cada terça-feira os assinantes do Observador têm acesso antecipado a todos os episódios desta série já disponíveis em observador.pt os podcast Plus do Observador tem o apoio da Kia estamos de regresso à conversa com Jorge Rodrigues oficial das Forças Armadas e professor no instituto de defesa Nacional Professor um relatório publicado esta quarta-feira por um painel independente nomeado p as nações unidas acusa Israel de cometer crimes contra a humanidade incluindo de extermínio nos primeiros meses após o ataque de 7 de outubro acusa-o de usar a fome como arma de guerra contra civis mas acusa também o ramaz de crimes de violência sexual contra civis nos ataques de outubro fala-se em mais de 30.000 mortos na faixa de gaza e de 1200 do lado de Israel Este é um conflito com baixas civis muito considerável sem dúvida e de facto hum há muito a lamentar estas mortes mas para além das mortes muito mais H ações são que são crim são crime de guerra e diso não há mínima dúvida é de parte a parte é lamentável H tem que de alguma forma se encontrar uma uma solução urgente e a comissão independente tem em parte razão no que apresenta o que também já há outras entidades como a própria relatora especial para a pal Ina a relatora do do da ONU Albanese e outros atores com menos eh diria sucesso acabam por vir a a explanar agora também temos que ter noção H que nem tudo é genocídio nem tudo extermínio há um conjunto de pressupostos para se chegar a esses patamares que teremos que confirmar se realmente foram hh cumpridos eh o facto de morrer este exagero de de de de pessoas Muitas delas sem qualquer tipo de responsabilidade na neste conflito não determina logo à partida que é um genocídio tá perfeitamente tipificado a nível de direito internacional e é preciso esclarecer se deveremos ir para aí isso não ajuda a resolução da das questões a empol o tipo algum tipo de de de demagogia e narrativa acaba por surgir depois como eh contraponto o extremismo da de uma outra posição naturalmente que o conflito tem que parar a Comunidade Internacional tem que conseguir um acordo hh o mais rápido possível é essencial que isso aconteça eh e o tribunal penal internacional acaba por por tentar ser o Regulador do sistema político internacional eh que é um sistema anacrónico que vem dos tempos da Segunda grande Guerra e que de facto não tem um sistema de gestão de crises foi visto no no período do covid e é visto agora no nos diversos conflitos que infelizmente vamos conhecendo e que de alguma forma o o tribunal penal int eh para procura mas talvez ainda não tenha os meios para conseguir ser esse regulador tão necessário a parte do conflito há também uma crise humanitária a acontecer na faixa de gasa a ONU tem chamado a atenção continuadamente para a falta de condições em que tem vivido a população palestiniana neste território são mais de 2 milhões de pessoas e tem aumentado a pressão da Comunidade Internacional para ajudá-las o que é que pode resolver este conflito E qual é que pode ser o papel da ONU Ora bem e o humanitário os corredores a distribuição de ajuda humanitária tudo isto são fatores particularmente importantes eu não repito a distribuição da ajuda humanitária é também particularmente importante porque não pode H como parte dela fica nas mãos do ficar nas mãos do amá e ser o amaz que Ger para seu uso e também para controle da população isso é essencial que ONU e seja mais efetiva na sua na sua missão cumpridora equidistante o que irá implicar um um reconhecimento Óbvio da da da sua das suas posições da forma como defende e agora parece-me inclusivamente um pouco mais preocupada no equilíbrio das das posições eh públicas e que eh procura seja direta seja através de promoção de posições equilibradas e negociadas entre as partes se isso acontecer acaba por retirar o palco aos extremistas o procurar Pontes é essencial e e é preciso muita sensibilidade na forma como se tratam as partes h e na forma como se promove o o o o dia seguinte h a solução dos dois estados é um ponto de partida apesar de obviamente nunca sabermos exatamente que estados é que estamos a falar portanto há aqui aspectos que devemos considerar que fronteiras é que são as regras para esse estado ex Exatamente exatamente obrigado é exatamente isso o o Day after engasa incial a autoridade palestiniana tem desenvolvido um grande esforço em se tornar credível e com condições para vir a gerir administrativamente gasa As instituições têm que ser promovidas e fortalecidas um esforço de reconstrução que é essencial H um esforço segurito também porque Israel não pode viver continuamente com a pressão do ataque sobre a sua população civil e um apoio internacional Incondicional em que seja dirigido e exatamente para a parte benéfica e não como tem acontecido durante décadas em que realmente o apoio surge mas direcionado exatamente para as questões de eh conflito e conflito militar recentemente Espanha Noruega e Irlanda reconheceram oficialmente a Palestina como um estado Como é que vê este reconhecimento em que é que ele pode ajudar a resolver o conflito eh é particularmente difícil responder a esta a esta questão h a Espanha aliás até foi mais longe H eh quer se juntar à queixa da África do Sul o que fica sempre um pouco a dúvida até pelas posições anteriores se é por questões internas ou se é realmente por convicção Hum E é portanto difícil avaliar se também é o momento correto se isso vem ajudar o conflito se por um outro lado vem eh extremar posições e criar eh um afastamento entre partes portanto isso é um pouco difícil de avaliar mas até respeito uma uma boa intenção nomeadamente por parte da Noruega e Irlanda com provas dadas de de esforço nesse sentido pacifista agora retira isso é particularmente importante retira a voz à União Europeia a união europeia precisa de uma voz única de uma uma posição forte de uma posição concertada eh no sentido de assegurar o que resultou da bússula estratégica uma uma autonomia estratégica que lhe permita ser a Europa geopolítica que consegue intervir e ser forte nos no nos conflitos em que consegue ser ouvida deixar de ser uma potência herbívora como alguém eh designou em que realmente depois não é ouvida pelas partes e estas posições unilaterais de quem pertence a uma união eh tão forte e que tenta ser o mais eh alinhada possível nas diversas situações acabam por não ajudar a Europa fica por saber e e espero estar errado nesse aspecto se poderá ajudar na resolução do conflito eo não vamos ter um resultado a curto prazo naturalmente vamos ter que esperar algum tempo e no facto de eventualmente estes três países virem a ser ou não acompanhados por outros neste movimento quero só deixar claro que a palestin de certo modo já é reconhecida e é H aceit como estado eh observador nas Nações Unidas o que estamos a falar aqui ser um membro efetivo da Organização das Nações Unidas com todos os direitos mas também com todas as obrigações Será que a Palestina neste momento tem condições para assumir esse esse papel fica também aqui esta esta questão e esta dúvida Obrigada Professor Jorge Rodrigues obrigado eu mais uma vez Jorge Rodrigues é oficial do exército esteve em várias missões internacionais e é agora coordenad de risco geopolítico da porto Business School esta foi a história do dia o som que ouvimos neste Episódio foi publicado pela reuters a sonoplastia é de Diogo casinha a música do genérico do João Ribeiro eu sou a teres Abis até amanhã [Música]