Vídeo: Luísa de Jesus | Vamos Todos Morrer | Antena 3

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vamos todos morrer com Hugo ving e Tiago Ribeiro a ais que chega o novo mês é verdade bem regressado bem regressado de férias OB revitalizado por mesmo se não te importas falamos das tuas férias amanhã pode ser vai ser ótimo at para colher algumas memórias É verdade a história de hoje é assim muito emocionante e não queremos tirar protagonismo à história e de certeza que as tuas férias iriam destruir completamente a histórias razar ensombrar essa histó a gente tamban trás um morto tem interess CL Claro e aproveitamos para falar de nós exatamente também para passar um bocadinho o tempo sim Dan TRX ui vem coisa séria aí ao fundo vem uma história toda a gente adora podcast true crime hoje temos uma história true crime incrível neste dia em 1772 1772 isto é que é TR crime não estas porcarias que nos anos 60 O queres ques O queres interessa no século XVI e morri em Coimbra Ai espera lá em Coimbra em Coimbra todos todos direitos não fazem nada e não sei quê século X estão só estudar Isso Queres ver que fazem a cama das cidas todos meninos de coro é é a mágua das Pedras para mimim samente que eu estou um bocadinho disposto dis exat e morri aos 24 anos meu Deus que novo é verdade da nova nova nova nodia a serial killer ou assassina em série Ah ela própria portuguesa Luisa de Jesus Ai Jesus Ai Jesus é uma história tétrica mesmo a nossa Luísa Nossa vou tirar aqui o Nossa a luí de Jesus nasceu em 1748 em Figueira de lorvão penacova pode-se ter aí um pode estar aqui a orão toos problemas não não não é verdade não se previa de facto nada de bom mas eu acho que ela ainda saiu pior que a encomenda chega não é uma história mesmo terrível aliás eu até vou dizer uma coisa é uma história tão horrível que não vou aconselhar a pessoas que sejam facilmente e impressionáveis aliás nem vou aconselhar a nenhumas pessoas desliguem agora o rádio nunca mais ão rádio na vida Se estiverem a ouvir em podcast deitem fora o vosso telefone e comecem uma vida uma vida offline sabe uma vida offline e nunca nunca mais Oi isto não vamos esperar só 5 segundos que vocês desliguem para continuarem para os ouvintes Que nos tenham coragem e sim vis espinha para para TR segundos desta pausa vamos voltar então bem mas é mesmo uma história terrível esta Luísa de Jesus nasceu numa família humilde de gente trabalhadora do campo não é e para ganhar a vida o que é que ela Fazia era vendedora ambulante aquilo que na época se chamava almocreve alm era o que ela fazia era uma ocupação muito interessante e muito importante que dura toda a idade média e a verdade até aos inícios do século XX ainda havia estas estas figuras até em Lisboa era a rede espontânea não é de comércio pelo país qu e andavam claro em conduzindo bestas não é um burro ou com uma carroça ou ou com uma carroça a levar tudo de um geralmente dos sítios maiores para as aldeias tudo de outra maneira não chegava lá o peixe por exemplo ao interior e em Lisboa havia os aguadeiros que eram geralmente galegos imigrantes galegos que que faziam esta hist já que a minha uma das minhas avó que era um bocadinho mais velha lembrava-se diz aguadeiros em Lisboa quando dizia ela horrorizada grup de amigos ch tá porque estou sempre enxer os copos Mas ág não é da água muito bem bom isto é uma uma uma graça agora claro era muito muito mado Claro essas figuras tudo eram figuras que pavam tudo o que havia eventualmente Também novidades e recados e tipo sabes que aquela porca vi em Coimbra Sim ela aqui em lorvão porta-se como uma senhora agora haviam de haver em Coimbra da manhã a dançar em cima da tumba do Sim bar académico sim sim sim da tumba do Dom Alonso Henriques o nosso primeiro R nos perdou a todos e pronto era era isso que ela que fazia a Luísa de Jesus vendia coisas muito diversas e meas de vidro por exemplo que era uma coisa que não havia muito na altura cromos do Pokémon também capas de iPhone ela fazia ela própria desen século 18 com exatamente com imagens com imagens de penacova personalizadas sim penacova tem imagens incríveis PR pois incríveis brinquedos mais atrevidos também para quem tivesse sim sim droga naturalmente O que é que vendi os H sempre foi assim a história da humanidade esse tipo de coisas todas que vocês agora imaginam e e pensos também rápidos pensos rápidos para se alguém se cortasse achar lenha eventualmente agora abrir cabeça mas um não dá exatamente foi dois fo dois e agora sei lá o que é que ela vendia vendia Alis que é o que os pobres compram desde o princípio da humanidade passando P século X e chegando à h o tempo presente o que é que é o que é que também é iso é imparável isto não para mas ol disse está uma mentira não disse mentira nenhuma agora nós sabemos também que por esta altura ela casou com o tal Manuel Gomes e agora que esta história vai levar uma volta bem sinistra Primeiro é preciso falar um pouco de uma realidade que era muito presente no passado muito presente no passado muito presente no passado que era muito presente no passado muito bem Ora nós temos a ideia de Portugal Portugal é Europa não é como um país muito católico e é verdade é verdade que sim estamos agora no século XV e mesmo para trás não é com a sua respectiva moral Cristã e aqueles preceitos todos a igreja manda as pessoas casavam-se não é pela igreja naturalmente não havia sequer outra forma de casarse tinha uma pilha de filhos não é metade sobrevivia à idade adulta mas mesmo assim quando eram bebés lá iam eh com dois três quatro dias batizados à igreja era não havia outra maneira também de de de se viver tudo certinho só que as pessoas não são certinhas como nós Às vezes as pintamos E ainda por cima do passado pintamos ainda que ainda mais seros que a gente achamos o que a gente achamos agora o que não faltava era gente como se dizia como como se costumo a dizer fazia xixi fora do Penico em term nestas questões H Maí míle quando as mulheres casadas tinham filhos com outros homens a coisa passava Às vezes o marido nem descobria né a meor parte das vezes né Desde que não fosse muito diferente aquil desde tivesse duas pernas dois braços o marido pensava pronto deve ser Calculo que seja meu via-se pensar agora quando as mulheres solteiras tinham filhos de outros homens casados a solteiros a coisa piava mais fino Claro e era comum esconder-se a gravidez e estes bebés às vezes até filhos de raparigas bem nascidas se quiser aristocracia ou de nobreza Ou fidalgas pelo menos crianças entregues depois Sim claro mas também não era só havia às vezes casais que eram casados não é mas que não tinham dinheiro eram tão pobres que não tinham dinheiro e eram pegavam nestas crianças punham-nas no mal cofa ou que fosse e eram deixadas para serem criadas por outras pessoas à porta deste daquele ou talvez o tipo que tivesse um bocadinho mais dinheiro que eles lá deixarem ass imag mas era uma realidade muito muito prevalente acontecia muito e o mais comum era deixar à porta da igreja ou de Conventos Claro a coisa vai tornar proporções Tais Tais proporções Tais que os Conventos tiveram de inventar um mecanismo para acolher estas crianças para termos ideia de como isto era acontecia não é e qual era esse mecanismo chamava-se a roda dos expostos Era uma roda já falamos aqui já não lembro propósito de quê conheç bem esse mecanismo visualmente conhece visualmente Sim há muitos Conventos que ainda que as mantém que as mantém convento Esperança do Santo Cristo no outro dia estamos aqui a falar ainda lá tem a sua roda sua Rod po CL também hoje em é uma coisa histórica engraçado ter aquilo no fundo é uma roda onde se põe a criança e depois a roda volta-se e a a criança passa a ficar da parte de dentro da porta do convento e ninguém se vê e ninguém se vê examente e fazias isto também a coberto da noite não é coberto da noite lá ias imaginamos também já vimos também nos filmes não é houve-se uns passos e tristes nos filmes é sempre assim cai uma lágrima para cima da criança Claro havia milhares de histórias tristes à volta disto Claro e chama-se também roda dos expostos porque erae o nome que era dado às beb M clá eram deixados eram os supostos da da da roda a primeira a aparecer foi em Lisboa na Santa Casa da Misericórdia era a roda da da Santa Casa da Misericórdia e a coisa vai durar séculos desde os anos de 1400 do século XV até ser extinta em 1866 agora Foi extinta esta Instituição da roda força da lei Mas informalmente continua a a existir durante umas décadas Valentes depois ora estava estipulado que o convento tinha de batizar as crianças era responsável pela sua educação Claro até que elas tium essa idade suficiente para se fazerem à Vida e e e tinham sido assim H tantas pessoas que que que era esta a sua realidade só que a coisa de facto era tão tão tão prevalente que muitos Conventos tiveram de fazer outsourcing e o que é que faziam pagavam a pessoas chamar-lhes amas ou famílias de acunhamento agora estamos a falar Séc nesta altura eh que fossem iam lá buscar as crianças tomavam conta delas e recebiam uma quantia neste caso particular do século 18 600 Reis dava este um convento ali em em Coimbra R 600 Reis h não era muito era pouco era dinheiro eh para que criassem os os bebés e foi precisamente isto que se lembrou de fazer a Luísa de Jesus que tinha então 22 anos foi buscar um desses bebés enjeitados não é à roda de Coimbra e recebeu os tais 600 Reis também recebeu que era vinha parte do enxoval um berço e meio e metro de tecido de algodão ela não era a única não é chegava até a constar que havia pessoas para sobreviver porque is era uma uma altura de miséria gigantesca no mundo Rural sobretudo não é hum chegava a ver o boate que havia pessoas que tinham filhos iam lá trocar só para fazerem Este dinheiro não se sabe verdade ou não a verdade é que era uma fonte de de rendimento e até beneficiava às duas partes não é portanto a criança que ficava com alguém que tomasse conta dela como a pessoa que tomava conta recebia algum dinheiro agora beneficiava as duas partes quase sempre a verdade é que Luísa de Jesus não se ficou por só um bebé foi buscar mais outro e depois mais outro e mais outro e mais outro 10 20 30 34 34 Quartim manha ela fazia-se passar por intermediária dava nomes e moradas de quem supostamente iria ficar com as crianças ela dizia e a segunda dizer isto é para a Teresa saavedra Isto é para a Juliana savedra Isto é para a Celeste da Encarnação atribuir moradas e não sei quê mora no cabeço do do cartacho e aquilo tornou-se tornou-se credível não é ninguém desconfiava dela 34 vezes ninguém desconfiava pronto ela pensar ela tá a fazer o seu negócio se calhar dos 600 Reis fica com metade e dava talvez a bono da Verdade também para o convento era útil essa essa circulação de CL tinha despachado lá 34 crianças tinha lá ela indo buscar até que certo dia vai uma daquelas freiras do convento da de Coimbra vai passear pelo Monte ali perto monta roio ali naquela zona e vai tropeça não sei se tropeça mas dá com um cadáver mal enterrado de um bebé Claro ela viu aquilo disse é um cadáver de um bebé um corpo de um bebé não é morto Claro H chamou a guarda e e e a guarda vem ali disse mas que é isto des cavam mais um bocadinho encontram mais dois e e talvez já com a pulga atrás da orelha as freiras disseram Assim vocês têm de interrogar a Luísa de Jesus porque começaram a fazer as contas de cabeça ela era quem lá ia mais eventualmente Alguém já dizia assim Isto é tão estranho mas ela supostamente I lá entregar se calhar dizia que era gente mais longe né bom e de facto interrogam nãoé e ela acaba por confessar ter matado aqueles três bebés por asfixia eh só que o horror estava apenas a começar eles continuaram as buscas e os cadáveres não paravam de aparecer mais sete mais oito já ia em 15 cadáveres E a Luísa sempre admiti sim sim fui eu fui eu que os matei hh fizeram também entretanto buscas na casa e Encontraram o dinheiro que ela ia juntando que recebia dos bebés a tira de pano com que ela asfix hava os bebés Claro interrogar foram ver a lista dos nomes nada daquilo que Todas aquelas pessoas que existiam diziam não nós nunca recebemos nada nenhum bebé não temos nenhum bebé connosco e encontraram para além dos 15 que já tinham encontrado naquele tal Monte dentro da casa encontraram mais 18 bebés uns enterrados no chão outros escondidos em potes de de Barro enfim ao todo 33 cadáveres ainda que ela tenha confessado de ter matado apenas vou apenas dizer apenas entre aspas 28 absolutamente escabroso ela foi presa e julgada Claro bicho um bicho um monstro mesmo o juiz diz isso um monstro de coração tão perverso e corrompido eh e que não haverá facilmente exemplo no presente século a sentença foi muito pesada bem pesada não só porque ela foi condenada à morte mas por tudo mais a que condenaram antes de morrer que fosse em cortejo até à força à forca portanto ter passear pelas pelas ruas de Coimbra com um baraço ao pescoço portanto aquelas cordas de serve para enforcar as pessoas h e a ser pedrejada e insultada pelo povo claro e um funcionário do tribunal escaleira nacial imagin comoção Nacional sim mesmo e e is era não é 3 TRS crianças e um funcionário do tribunal atrás dela com o sino a dizer ela fez isto a dizer os crimes dela era fazia parte da sua da sua sentença depois foi queimada com uma tenas em brasa foram as mãos cortadas e por fim foi não enfocada mas garrotada que é o pior forma possível Ela tá sentada numa cadeira e dão-lhe um corte no caso lento no e pescoço é um castigo muito tétrico para um crime não menos tétrico foi a pena mais pesada alguma vez dada a uma mulher e também que é um triste título a última mulher a ser condenada à morte em Portugal h e tem outro título ainda não menos triste Luísa de Jesus é a primeira e a maior assassina em série em Portugal e aparece até naqueles rankings mesmo internacionais os americanos que adoram estas coisas e a Luísa de Jesus lá aparece nesta lista como uma das grandes Assassinas em série H da história sim no caso Portuguesa e assim que termin este Episódio true crime true crime sobre a mulher que matou 33 crianças espera lá mas eu disse há pouco ela foi à roda buscar 34 É verdade há uma das crianças que nunca foi encontrada nunca foi encontrada agora perguntamos terá sido enterrada n outro lugar que eles não descobriram ou terá sobrevivido algures sem fazer ideia desta história terrível nunca saberemos a Luísa de Jesus morreu faz hoje 252 anos