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bem-vindos ao sim ou não Este é o programa de debate do amanhã pbt e esta semana discutimos a situação atual do sindicalismo em Portugal e a pergunta ou o ponto de partida para o debate é apesar dos protestos e das negociações acesas por exemplo nos últimos meses os sindicatos perderam força Portugal nos últimos anos outra forma de colocar a questão os movimentos sindicais na sua estrutura tradicional eles estão desfasados da nova realidade das empresas e precisam de se Reinventar na economia do Futuro os sindicatos tenderão a desaparecer para debater este tema comigo estão João César das Neves economista e professor da universidade católica Portuguesa e hermo Carlos ex-secretário geral da cgtp antigo eletricista no sentor dos transportes bem-vindos ambos Muito obrigado pela vossa disponibilidade de de de agenda sei que tem vários compromissos vamos fazer o nosso debate em cerca de 25 minutos depois naturalmente eh após uma intervenção inicial do minuto e meio eh partimos para para o debate eh Professor césares começa por si Qual é a sua visão bem eu diria que o sindicalismo não só é uma instituição essencial numa economia e numa sociedade equilibrada Justa e livre eh Mas penso que vai aumentar a sua influência e a sua importância nos próximos tempos Porque o mercado de trabalho está a transformar-se de uma forma espantosa estão a levantar-se novos problemas eh que vão necessitar também da participação dos sindicatos e de do trabalho organizado portanto se há alguma coisa eu diria que daqui a 20 anos daqui a 15 anos vai haver mais influência não menos dos sindicatos é preciso dizer também que em Portugal Infelizmente como aliás No resto do mercado de trabalho não é só uma questão sindical é uma questão geral da lei do trabalho e do funcionamento dos mercados nós temos uma situação disfuncional que se vê por sermos um país completamente aberrante na Europa em vários aspectos Desde da precariedade até aos salários e a produtividade tão baixas e e que também tem nos sindicatos um problema portanto nós temos um grave problema sindical em Portugal os sindicatos em Portugal estão desfasados desta questão os problemas que eu falei não são um assunto que debatem os sindicatos os sindicatos tratam de outros assuntos estão ao colo do Estado digamos assim e os principais debates que falou são debates com o setor público com problemas nos Transportes na saúde na educação são tudo problemas públicos e entretanto na força laboral nós temos graves problemas as quais a maior parte dos sindicatos portugueses são alheios não não tratam o assunto desde os problemas dos Imigrantes aos problemas da precariedade aos problemas da dos salários etc tão ao lado Portanto o problema não é um problema do sindicalismo é um problema do mercado de trabalho em Portugal que não parece ter solução as coisas já são antigas e parecem estar-se a agravar eh mas são dois níveis portanto há um nível estrutural de fundo que é igual para toda a Europa diria até para o mundo em geral desenvolvido onde aí os sindicatos vão aumentar o seu peso vão ter que se Reinventar vão aparecer com novas Soluções paraos os novos problemas da Inteligência Artificial da eh da transformação da da economia eh mas aqui em Portugal temos uma situação que está disfuncional penso que é a única maneira de descrever muito bem vamos já perceber melhor alguns desses temas eh armo Carlos Qual é a sua visão a minha visão é que os sindicatos continuam a ter um papel insubstituível no quadro do funcionamento de uma democracia plena não há uma sociedade enfim com uma visão Justa e solidária se porventura não valorizar o papel dos sindicatos e par particularmente não valorizar os direitos individuais e coletivos dos trabalhadores e se dúvidas subsistisse relativamente à existência dos sindicatos estão em profundo declínio ou não independentemente de haver alguns recuos mediante sobretudo das condições de trabalho e das alterações no plano da legislação laboral que entretanto se verificaram o que nós constatamos é que há um aumento significativo da intervenção sindical em torno de problemas muito concretos como os salários o aumento dos salários que tem uma relação Direta com as com a acentuação das desigualdades que emanam de uma legislação do trabalho que sistematicamente é revista sempre para pior para facilitar os que têm mais poder e fragilizar aqueles que têm eh menos poder e depois por outro lado também com eh o que se relaciona com a precariedade há pouco foi dito que eh os sindicatos não t uma intervenção sobre a precariedade é precisamente o inverso não há nenhuma organização em Portugal com uma intervenção mais incisiva e n alguns casos eficaz no que respeita ao combate à precaridade que os sindicatos da cgtp mas não só Nós pensamos ainda que vivemos numa política baseada muito na numa conceção hipócrita e cínica repare a política dos últimos governos dos suos governos assenta sempre numa lógica A lógica é elogiar o trabalho hostilizando os sindicatos E tratando mal os trabalhadores e quando se fala de que há uma injustiça na distribuição da riqueza e que as desigualdades estão digamos a aumentar o que nós constatamos é que isso não é obra do acaso isso é obra de políticas que são implementadas e que depois tem as consequências que todos nós conhecemos simultâneamente às vezes fala-se muito que há muitas greves mas é sobretudo no setor público não é verdade a maioria das greves que se realizam em Portugal de há anos a esta parte são greves que se realizam nas empresas do setor privado só que não são mediatizadas e como as do setor público na área da saúde ou dos transportes ou da na área do ensino são mediatizadas é isso que passa e sobretudo é isso que é utilizado por outros para passar a ideia que os sindicatos da cgtp só intervém no setor público sim intervém no setor público e tem que intervir mais mas particularmente intervém muito com muitas dificuldades no acesso aos Trabalhadores no no setor privado muito bem e então Eh partindo precisamente desta desta análise também eh relativamente ao setor privado como é que o professor eh vê H aquilo que acabou de identificar log logo na sua intervenção Inicial que Existe alguma fragilidade das estruturas sindicais sobretudo junto do setor Privado não tanto no setor público bem primeiro estamos a comparar duas coisas completamente diferentes do setor privado é muito grande o setor público é pequeno portanto que haja mais greve no setor privado no público seria natural não é mas de facto não no setor privado os trabalhadores sabem que se fizerem greve põem os seus empregos em risco não é e os patrões também se houver uma greve põem a sua empresa em risco e portanto são mais sensatos digamos assim no setor público não há problemas Aquilo é pago pelo Estado é pago pelos impostos é pago pelos trabalhadores dos outros que pagam aquilo impostos panto podem fazer essas coisas normalmente panto H aqui uma diferença fundamental E além disso é um outro ponto que é a greve no setor público nem sequer faz sentido porque uma greve é para tramar a vida ao trabal ao patrão que não tem produção e fica aflito no setor público o patrão até ganha com a greve se as se seos autocarros não andarem se os hospitais tiverem fechados se as escolas não funcionarem até reduz os custos não tem as pessoas já pagaram o passe Aquilo é pago por impostos Portanto o patrão até ganha ou seja quem é que perde com a greve dos do no setor público os pobres os trabalhadores por isso é que eu digo há aqui uma subversão fundamental que os os sindicatos no setor público estão a defender os privilegiados que têm benefícios em relação ao R dos trabalhadores e estragarem a vida aos aos pobres portanto os sindicatos ess altura inverteram a sua posição concorda Não concordo não concordo por várias razões e desde logo em primeiro lugar relativamente às Lutas dos setores dos trabalhadores do setor público quando há quando há uma luta ela resulta de um diferente entre duas partes e portanto a tendência da direita e do Patronato é sempre para passar a mensagem de que a responsabilidade da greve é dos trabalhadores Mas porque é que os trabalhadores vão para a greve os trabalhadores quando vão para a greve tê que descontar um dia de salário dois ou três ou quatro e o que nós sabemos é que hoje os trabalhores da administração pública uma parte significativa dos trabalhores da administração pública perderam cerca de 20% 20% desde o período da troica até agora no que respeita ao seu salário perderam rendimentos muito orha portanto uma pessoa quando vai para a greve vai em última instância quem é a responsabilidade de não de de de de se criar essa situação a responsabilidade não é dos trabalhadores a responsabilidade é de quem muitas das vezes procura eh impor determinadas regras não é para forçar os trabalhadores AC ceder enfim direitos e particularmente salários e esta é uma parte por outro lado não é verdade que os trabalhadores da administração pública não respeitem e sobretudo não valorizem o serviço público que é prestado à população H os vários níveis nós vamos por exemplo à saúde e não há ninguém mais interessado em salvaguardar os direitos das populações do que os trabalhadores do que os profissionais da Saúde eu estou-me a lembrar quem iniciou ou quem introduziu o princípio e fez a proposta do princípio de serviços mínimos na saúde não foi nenhum governo foram os médicos os enfermeiros e os outros profissionais da saúde que assumiram que havia regras que tinham que ser cumpridas nomeadamente nos hospitais e tinha que se dar assistência em relação às pessoas repare se porventura e se não fosse feito e se acontecesse um acidente ou seja uma morte pode ter a certeza que imediatamente se levantava enfim aí todo o mundo a responsabilizar os trabalhadores em greve ora não foi isso que aconteceu porque não é isso que tem acontecido terceira questão no que respeito ao setor privado no que respeito ao setor privado o problema é outro o problema no setor privado é que o que nós verificamos é que se H alguém que defende o seu posto de trabalho mais do que ninguém são os trabalhadoras Mas quem é o trabalhador que vai para uma greve para levar a empresa à falência quem é digam-me apresentem não há nenhum estão lá para defender os seus direitos mais com uma grande coragem porque em muitas empresas a Adesão à greve ou a participação num plenário implica imediatamente que esse trabalhador fique sobre a mira de algumas entidades patronais enfim com uma enormíssima falta de responsabilidade que os perseguem e mais nomeadamente no assédio laboral e não só até na distribuição de prémios nas promoções e assim sucessivamente portanto hoje ter uma intervenção de luta no setor privado é um exemplo de grande coragem e também Aí ninguém vai para a luta pela luta não é só se vai para a luta em última instância portanto neste caso em concreto o movimento sindical naturalmente que tem de estar sempre atento e tem que ter a humildade para reconhecer erros falhas que também os temos porque ninguém é perfeito Neste País Ninguém é perfeito mas por outro lado também tem a responsabilidade e sobretudo da consciência de que é estando lá onde estão os trabalhadores com os trabalhadores e de acordo com aquilo que é discutido e decidido que deve de continuar a estar agora se há alguém que quer o diálogo social e a nção são os sindicatos agora se há alguém que fala no diálogo social e na na concertação social mas depois simultaneamente põe em causa a contratação coletiva exigindo nomeadamente a manutenção da Norma da caducidade e tentando colocar os trabadores os sindicatos como reféns da vontade de patronal isso é outra parte e portanto essa outra discussão que implica uma revisão da legislação de trabalho e o quanto mais urgente possível seria necessário rever a lei laboral a lei laboral portuguesa é uma lei laboral que foi revolucionária e que é completamente abstrusa comparada com os outros países da Europa por isso o nosso mercado de trabalho tem condições que nenhum outro Europa tem nós temos baixíssimos salários nós temos enorme precariedade não existe nos outros países os outros países têm leis mesmo na França mesmo na Espanha muito mais liberais digamos entre aspas do que a Portuguesa e aí os direitos dos trabalhadores são melhores do que os da Portuguesa portanto nós temos este o fiasco Evidente É verdade que desde a troica houve uma alteração uma certa uma pequena liberalização não foi muita continuamos mais restringidos que a esmagadora maioria dos países da Europa TR da Holanda a Holanda não sei porque R de carga deágua não foi não fui ver mas a Holanda subiu acima de nós em termos de de rigidez da Lei laboral mas é o único os outros todos estão muito abaixo de nós e eles não têm Metade dos problemas que nós temos quase de certeza que não é por AC caso mas é preciso também levantar aqui uma outra coisa que aliás vai na linha do que disse o senhora am cares que é eh há uma diferença enorme entre a lei a discussão política e a realidade económica quer dizer os portugueses são sensatos os portugueses são pragmáticos portanto nós temos uma lei que se fosse aplicada a sério Era o fim do mundo a economia não funcionava mas depois na prática do dia a dia das empresas sobretudo naquelas que não são protegidas Como o estado e outras e setor público as coisas são mais razoáveis e as pessoas negoceiam e as pessoas arranjam acordos e portanto há uma diferença fundamental a rigidez da lei que faria com Que nós tivéssemos por exemplo um salário um desemprego muito superior à média da Europa se fosse realmente aplicada e a verdade nós temos um dos países com menos desemprego na Europa porquê Porque o nosso setor o nosso mercado de trabalho não é o mais rígido da Europa a lei é a mais rígida da Europa mas o mercado não é porque as pessoas fazem a um lado temos contratos a prazo temos temos ribos verdes temos negociações a empresa desaparece e nasce no dia seguinte com um nome diferente e portanto esta estas estas improvisações portuguesas acabam por criar uma situação que é pior para os trabalhadores é pior para a economia é pior para os patrões mas é a única maneira razoável de funcionar com uma lei que se facto fosse aplicada não funcionava acabou de dizer uma coisa que que é complicada quer dizer o problema está na lei Sem dúvida nenhuma está na lei porque ela se flexibilizou de tal maneira que dá para todo dia mais alum uma coisa quer dizer e quando fala que nós temos elevados índices de precariedade é verdade nomeadamente nos jovens porque ela lei que permite e incentiva quando fala que nós temos baixos salários É verdade porque é a lei que incentiva o modelo da precariedade dos baixos salários e da redução de direitos É verdade quando diz que há desproteção nomeadamente dos trabalhadores É verdade porque é a lei que reduziu o valor do pagamento das indenizações não é e simultaneamente facilitou os despedimentos nós temos a lei dos despedimentos coletivos mais liberal ou das mais liberais da Europa temos É verdade é É verdade é por muito que lhe custa ouvir É verdade faz um indicador de rigidez Vá ver ao CDE os estudos estão feitos não som é ver mentira é falso é uma falsidade há um estudo científico da ocde compara para todos os países da ocde minid outros não países a rigidez dos despedimentos vá lá ver Portugal não está no fundo pelo contrário está no topo pois Claro por isso por isso é que em Portugal é tão fácil é tão fácil despedir é tão e por isso é que se alterou os critérios do despedimento não é que hoje por várias razões se poes pedir com justa causa essa é que é a questão de fundo neste caso em concreto o problema que está aqui é o problema de fundo é outro é que a situação que hoje temos em Portugal é uma situação que decorre de uma legislação e de uma prática de algumas em muitas empresas na área laboral que desprotege os trabalhadores e que na ânsia do lucro procura ir mais longe porque quando se comparou aqui a questão da troika e dos 18% de desemprego etc não é o que nós estamos a esquecer era de outra coisa é que se o desemprego hoje chegou a 6% é porque houve crescimento económico porque Aumentou a procura porque aumentou o volume de negócios das empresas Porque neste caso em concreto também Aumentou a capacidade embora abaixo daquilo que seria desejável das pessoas dos trabalhadores para adquirirem os respectivos produtos foi por isso que aconteceu e portanto eh quando isto acontece dá força a outra ideia que para a distribuição da riqueza é necessário olhar de uma forma mais OB e mais assertiva no que respeita à melhoria do poder de compra dos trabalhadores e da população porque se isso acontecer todos ganham inclusive e particularmente o grande núcleo de pequenas e empresas Micro e Pequenas Empresas que nós temos cerca de 90% ou mais do que isso que trabalham grande parte delas para dar resposta ao consumo interno e não só n algumas n alguns casos também para em articulação com outras de maior dimensão responder no plano das exportações mas esse aumento do poder de compra é determinante para que essas empresas funcionem e prosperem eu até me recordo do outro lado aqui há uns anos quando havia o aumento do salário Mimo nacional e nós reclamávamos digamos uma uma acentuada melhoria não é havia até quem dizia que não se aumentar o salário mínimo nacional as empresas vão encerrar e osos trabalhadores vão ser despedidos e o que é que se passou foi precisamente o inverso foi exatamente isso que aconteu desculp lá ó não NS casos um olhar para realidade não não realidade não ó ó soutor a realidade desculpa o senhor que não está lá salário mío não não criminoso e são os pobres que sofrem mais com ele como assim porquê porque todos aqueles que têm uma atividade abaixo desse n exatamente o aumento salário mínimo nós temos o salário mínimo mais bai então ou até ao fim ou até ao fim Aprenda um bocadinho o salário mínimo em Portugal para aprender consigo mas tem dúvida nenhuma o salário mínimo em Portugal é o dos mais baixos ou mais baixo ou o segundo mais baixo em termos de euros e em termos de euros reais mas em percentagem do salário médio é o mais alto da Europa tá a perceber ou seja nós temos salários mínimos altíssimos o salário mínimo espremeu a distribuição e tornou uma data de gente não competitiva houve uma enorme quantidade de paras que desapareceram Não Contam nas estatísticas porque desapareceram precisamente tá a perceber e portanto o que aconteceu éal foi os mais pobres sofreram com o salário mínimo porque o salário mínimo Ninguém paga ou seja o estado não paga salário mínimo Quem disse está acima do salário mínimo nenhum funcionário que tenha sindic nenhuma das pessoas dos sindicatos até recebe o salário mínimo não tem dinheiro para pagar as cotas Portanto o que nós estamos a falar são uma data de gente que não tem nada a ver sobre o salário mínimo e que toma decisões sobre um cantinho do setor que agora agora já é gigantesco porque o salário mínimo subiu e que não está a olhar para lá os estudos foram feitos Não por mim mas por exemplo a Universidade do Mino e mostraram quando sob o salário mínimo quem perde são os mais fracos ou seja os mais idosos as jovens osos deficientes ou seja os que não têm proatividade isto não é discutido por ninguém quando se fala do salário mínimo mío porque o salário mínimo é uma coisa simples para subir evidentemente Qual é o impacto disso é tentar subir os outros mas não é possível subir os outros porquê Porque o que é preciso em Portugal é aumentar os salários e para isso é preciso o quê investimento é a única maneira de aumentar os salários aumentar os salários aumentar os investimento aumentar a produtividade produtividade aumentar os salários isso é um assunto que ninguém fala porque isso é o grande capital não serve para nada pelo contrário a economia está extraordinariamente descapitalizada o crescimento é medro já há 20 e tal anos não é e os salários são dos mais baixos da Europa e estamos assim a há décadas e estamos a insistir na mesma receita o seu discurso foi exatamente o discurso que nós tivemos na nossa conversa há 10 anos como o seu discurso foi quando era secretário-geral do cgtp igual o mesmo discurso o problema o problema de Portugal é exatamente igual é exatamente igual e não resolvemos o problema só que há aqui uma dúvida só uma dúvida não só que há aqui uma diferença sabe qual é a diferença é esta em primeiro lugar o salário mínimo nacional é um elemento estruturante estruturante para dar dignidade às pessoas que trabalham Esta é uma questão de fundo porque esta que é uma questão de fundo segundo lugar devia de estar num num valor superior àquele que está terceiro lugar porquê tem que olhar para as realidade da economia não é em termos est vamos olhar para real olhar para a produtividade real dos trabalhadores e dizer o que é que acontece quando nós Subimos o saláo Então vamos olhar para as realidades da economia até hoje houve algum problema as próprias Confederações patronais hois assumem sim tranquilamente que o problema do das suas empresas não tá no almento salári Nacional são elas que eu expli eu se quiser posso explicar ISO o problema do salário mínimo nacional é sofrido pelos que Não Contam em Portugal poss concluir os imigrantes aqueles qu os sindicatos não ligam aqueles que realmente são problemas sindicais porque em Portugal os sindicatos vão olhar para os poderosos pelos influentes maior parte dele no setor setor pú paraos poderosos influ o o sor vive numa numa numa rodoma de vida Vi não vi vive lá na sua universidade e portanto e é com base nos papelinhos e alguns estudos que faz não vive não vive na ligação à aquilo que é a realidade do é completamente é completamente falso que O Sindicatos não acompanham os imigrantes há muitos anos se me disser que é difícil acompanhar aquela aqueles trabalhadores é difícil porquê Porque está instalado o medo o terror eles próprios estão condicionados por posições patronais e muitas vezes são controlados por máfias isso é verdade como está provado agora que os sindicatos têm um trabalho interventivo nessa área no alentejo mas não só na construção civil portanto a contratação de imigrantes na maior parte dos casos é feita para eh trabalhos desqualificados e simultaneamente paga eh por valores muito baixos para quê para nivelar as relações de trabalho por baixo e os salários por baixo e para acentuar a pressão sobre os salários dos trabadores neste caso concreto portugueses nós queremos os imigrantes com os mesmos deveres e com os mesmos direitos a todos os níveis é isso que nós defendemos na outra coisa agora retomando retomando retomando é mais uma vez uma ficção na prática concreta compõe os direitos tão AL AC é impossível as Emas toos quais direitão aqueles que estão o Nossa produtividade para os salários que nós temos aquilo que os meus amigos querem impor é uma coisa que simplesmente acabaria com as empresas como que é possível dizer uma coisa D é muito simples é só olhar é só fazer as contas é só fazer mas se os senhores não fizeram nunca as contas como é que hão de saber uma coisa dessas portanto os sindicatos em Portugal estão essencialmente a vender os mais velhos os que já estão instalados os setores poderosos as grandes empresas é aí que os sindicatos têm presença e influência naquilo que está a nascer as novas empresas as startups as a dinâmica dos gig Economy todas estas coisas novas a inteligência artificial todos esses assuntos são os assuntos onde realmente neste momento como eu disse no princípio quando falei o sindicato é absolutamente indispensável porque aí há violações gravíssimas a preparar-se para os direitos dos trabalhadores para os direitos dos cidadãos e ninguém está a pensar nisso aí os sindicatos nem sequer sabem porque não é esse o seu assunto eles estão a negociar com os polícias eles estão a negociar com os hoje consegui perder o já foi há há uns dias perdi o Autocarro não havia autocarros houve uma grefe uma greve porquê mais uma vez quem se tramou foram os pobres e eu que não sou pobre mas os pobres que lá estavam que estavam a protestar para beneficiar a empresa que risco poupou imenso dinheiro já tinha recebido os passes ficou rica portanto mais uma vez é uma subversão desta lógica à maneira dos trabalhadores da Carris prejudicarem a empresa a sério não é esta a greve não é uma maneira de prejudicar a empresa é uma maneira de nociar a empresa o patrão fica todo contente o estado fica todo contente agora Há outras maneiras Por Exemplo Se oferecerem passes à borla aos às pessoas aí a empresa estado P só e aí a negociação começa a ser dura mas para isso os sindicatos começavam a prisar o risco e era isso que era o trabalho sindical antigamente o Marx disse que a história repete-se primeiro como tragédia depois como farsa os sindicatos tiveram uma tragédia em Portugal nem séculos Em décadas passadas e agora estamos a assistir Uma farça de facto aquilo que os sindicatos estão a falar não tem a ver com a realidade dos trabalhadores e emular com os quando em Portugal se fala de direitos dos trabalhadores o Que Nós realmente estamos a falar é direito de alguns trabalhadores deixa-me só dizer isto e vou repetir Dep depois dlhe palavra toda em Portugal fala-se direitos de trabalhadores estamos a falar direitos de alguns trabalhadores daqueles que têm os sindicatos poderosos atrás para os outros trabalhadores não há direitos ão pior do que teriam se nós tivéssemos uma lei mais razoável com menos direitos para os primeiros e um bocadinho mais direitos paraos segundos e a luta é entre eles quer dizer não me ven a dizer que a culpa são dos patrões porque a luta é essencialmente daqueles que têm os direitos todos e aqueles que não têm direitos nenhuns é porque uns têm a mais que os outros têm a menos imag Imagino que discorde por esta por esta por esta por esta esta esta afirmação concluímos que os trabalhadores é que têm a culpa e os patrões são os os bonzinhos da é isso é precisamente isso retomando a questão dos salários o salário mínimo nacional tem aumentado e pode e deve de aumentar mais provou-se que não tem problemas de fundo para as empresas nem para os trabalhadores terceiro lugar o que se está a constatar neste momento mento é que o bloqueio da negociação da contratação patronal por causa da Norma da caducidade permite às entidades patronais digamos condicionar e muitas vezes impedir essa negociação e não é por acaso que nos últimos anos o que nós temos assistido é que cerca de apenas 1/4 30% dos Trabalhadores em média por ano vê Renovada a sua contratação coletiva o quer dizer pela via da negociação vê aumentados os seus salários em termos do setor privado e em termos do setor pico esta que é a realidade não é outra portanto o problema mais uma vez está na lei está na lei e nas práticas de algumas empresas por último no que concerne ainda aquilo que é fundamental fazer o que concerne é é isto mesmo em relação às novos desafios que o movimento sindical tem Inteligência Artificial etc sim mas mas é só o movimento sindical que tem esse desafio eu Creo que são todos todos Olha a começar aqui a começar aqui na comunicação social passando passando Pelas universidades passando pelos locais de trabalho pelas empresas e pelos Trabalhadores todos todos a tentar aprender e a tentar chegar lá para responder porque é um problema mais a mais sobretudo do controle não é que eu seja contra a inteligência artificial sou a favor agora quem é que a controla com que fiz com que me para com com que objetivos Essa é a questão de fundo e aí aí não são só os sindicatos somos todos que temos que trabalhar e aprender e por fim e por fim eu creio que a questão de fundo que seoca aqui é procurar é procurar colocar o digamos o o trabalho Digno no C dentro das atenções do desenvolvimento das sociedades porque nós podemos estar a crescer economicamente e estamos mas repare ainda estamos a crescer economicamente Mas isso não quer dizer que depois a riqueza seja distribuída de forma equitativa pelo contrário ainda agora se eu falou há pouco da ocde se agora um um um um estudo da ocde onde diz que ao contrário da esmagadora a maioria dos países depois do covid-19 não é o que se verificou foi nos outros um aumento da parte do rendimento das populações e uma baixa dos lucros aqui em Portugal foi o precisamente o inverso portanto aumento dos lucros e um abaixamento dos rendimentos Então para onde é que vamos cá está sindicados existem para isso mas isso também implica que da parte das Universidades da parte da ciência haja uma outra sensibilidade para discutir com os seus alunos a importância dos sindicatos no papel e o papel que T na efetivação da democracia e o que se sente muitas À vezes é que se procura identificar os sindicatos com o templo enfim da pedra lascada E acima de tudo como os sindicatos como os inimigos dos patrões não são inimigos dos patrões são amigos da justiça social e é por isso que estamos disponíveis para sempre nos locais de trabalho e em diálogo em negociação com os com as entidades patronais se encontrar soluções sejam do setor público sejam do setor privado muito bem Estamos aqui em em plena derrapagem da ditadura do do tempo agradeço muito a vossa a vossa disponibilidade e e obviamente a vossa Total liberdade de pensamento que ficou eh absolutamente eh visível aqui neste neste debate aqui e questões que não foram já não houve tempo do tema da da taxa de sindicalização o envelhecimento digamos assim das estruturas laborais e como é que se atraem de facto os os mais jovens o próprio papel dos movimentos inorgânicos Mas quem sabe se aceitarem um Rapto para um um segundo debate noutro noutro momento ficaria ficaria muito Grand gosto muito obrigado é tudo já sabe que pode ver este debate no site amanhã psp.pt também na euronews aliás fica disponível no canal YouTube em português pode ouvir o podcast E como sempre ler no jornal Portugal amanhã que sai com o sol con consigo na próxima semana