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[Música] [Aplausos] sejam bem-vindos na próxima hora vamos atravessar África numa velhinha Toyota Ace que aguentou nada mais nada menos que 75.000 km de viagem percorridos em 22 meses é preciso ter rins para aguentar tanta picada durante tanto tempo abord seguia o casal de Viajantes André e Joana a quem desde já dou as boas-vindas Olá André Olá Joana ora muito boa tarde não vamos perder mais tempo Porque temos um continente para atravessar não é Joana isso mesmo é que ainda nem acreditamos que éramos nós que estávamos dentro da Toyota é isso chegaram há pouco tempo não foi então em Portugal para aí há um mês chegamos há dois meses e três dias por aí chegamos no dia 4 de feveriro é muitas saudades africanas ou não sim não vou estar com rodeios e muitas saudades É sim sem dúvida foram tempos marav quer do tempo em que vivemos fomos voluntários nós conhecemo-nos lá eh conhecemo-nos e casamos lá em Moçambique mas também do tempo da viagem porque é sem dúvida um tempo muito privilegiado da nossa vida então espera lá o África uni-vos sim sim sim verdade também tem esse tem essa outra parte bonita boa então Vamos por partes conheceram-se em África porque os dois tanto tu André como a Joana estavam a fazer voluntariado em Moçambique é isso na altura eu já estava a trabalhar mas cheguei a Moçambique a primeira vez num programa de voluntari criado depois voltei para ficar a trabalhar na ONG e conheci o André que nessa altura era voluntário em Moçambique sim tinha sido voluntário com os leigos P envolvimento e em São Tomé e depois e fui relocado por assim dizer a a Moçambique e foi lá que nos conhecemos no dia 29 de Fevereiro muito bem portanto já levam duas aventuras Africanas a aventura do casamento não três a aventura do namor do casamento e da viagem é verdade é verdade que sem grande preparação Se encaminharam todas até que chegamos a aqui não até aqui muito bem em Portugal já cá estão há dois meses mas ainda estamos a aterrar Sem dúvida que o contexto é tão diferente e a vida também foi tão diferente o que é que está a ser mais difícil para vocês agora não sei o que é mais giro é nós pronto durante estes 8 anos viemos algumas vezes a Portugal e as pessoas dizem que tá sempre tudo na mesma é mentira eh quando disserem isso é mentira não está tudo na mesma há imensas coisas diferentes eh não vou dizer Nem Melhor Nem Pior nós cada vez eliminamos mais essa palavra do nosso dicionário o melhor e o pior mas está diferente sim sem dúvida que há muitas coisas diferentes O que é que tá a ser mais estranho eh não sei se calhar é um bocadinho descobrir o espaço para encaixar é eu acho que é conjugar agora a realidade do pós-viagem das coisas que ainda gostávamos de fazer como um livro e as milhões de fotografias e de vídeos que gostávamos de editar e ao mesmo tempo também nos sentirmos chamados a começar a vida real um bocadinho deste lado não é um novo trabalho ou uma possibilidade de uma casa tudo ch chamada vida normal nós achamos que aí o André torce o nariz nós achamos nós achamos que a outra vida é para nós éo vida norm normal muito bem então como é que é a vida a Bordo de uma Toyota Ice e por África por onde é que começaram esta viagem eh 29 países em 22 meses e 75.000 km Ufa é é espetacular e e sobretudo teve a parte boa de eh Isto foi tudo mais ou menos planeado e pensado então nós como vivimos em Moçambique pudemos comprar um carro importar o carro de do Japão para Moçambique eh preparamos nós mesmos e no início nós viamos muitos vídeos no YouTube de como fazer uma Camper van não sei quê e rapidamente percebemos e pá não isto não nada disto vai servir para nós nós precisamos fazer uma coisa à nossa medida e Então na verdade o produto final A caraca eh A caraca é o é o foi o nome com que vocês batizaram a a carrinha Exatamente exatamente o o que é que quer dizer essa palavra na verdade não fomos nós que batizamos nós quando pensamos em comprar uma te is começamos à procura de algumas que estivessem à venda em segunda mão já em Moçambique porque é um transporte de passageiros muito usado e no fundo quando fo aut uma das vezes fizemos ali uma ronda por todos os stands e a maioria dos donos dos stands os trabalhadores são paquistaneses portanto nós quando começamos a explicar que queríamos uma t a com o teto alto eles começaram a diz-nos ah corcunda Só que ququ vez corcunda eles diziam Caraca encolhi os ombros ah caraca e nós dissemos assim olha não temos carro mas já temos nome muito bem depois mesmo nós fomos de stand em stand E começamos a dizer ah procuramos uma te Car eles Ah tenho uma ali atrás muito bom muito bom é porque eu andei à procura da palavra carcunda e não encontrava em lado nenhum eu Pens onde é que eles tiraram este nome não é uma corcunda make paquistanesa Talvez o YouTube então a YouTube falhou porque nós no no primeiro e único episódio que gravamos que gravamos não que editamos explicamos porque é que é que era contra ah ok falha minha então não falha do YouTube o YouTube devia ter sugerido então é o algoritmo vamos escrever para lá Mas então onde é que começou a viagem em Moçambique foi a viagem começou em Moçambique e no fundo quando nós começamos a viagem a caraca ainda não estava totalmente finalizada portanto nós fizemos a viagem entre a nossa casa no norte de Moçambique e Maputo que são cerca de 2500 km com a caraca ainda sem eletricidade a funcionar e com muitas coisas que que ainda não estavam finalizadas e fizemos essa viagem com a intenção de chegar também à África do Sul porque muitas as modificações assim um bocado mais todo o terreno tinham que ser feitas lá porque era muito mais barato e com e com equipas melhores do que conseguíamos encontrar em Moçambique então fomos a Joanesburgo a pó Joanesburgo para fazer ali umas modificações ao nível de suspensão Isto foi o início da viagem depois ainda voltamos em Moçambique ainda voltamos à África do Sul havia muitas situação no ar havia havia havia havia havia havia muito havia muitas emoções eh nós depois ainda fomos regressando a Moçambique várias vezes porque acabamos de ir sua Zelândia África do Sul Moçambique e malau Moçambique eh e só acho que nunca nos apercebemos tanto até no dia em que chegamos ao segundo congresso eh que é a fronteira de Moçambique uma das Fronteiras de Moçambique com a Tanzânia e quando amos passar para a Tanzânia já tinha havido muita emoção a rolar não é já tinha havido ali muita emoção no ar Ah mas ali caiu-lhe muito Gir porque facto encerra um capítulo da nossa vida né você pois porque esta viagem fecha o vosso período moçambicano vocês fizeram a viagem para regressarem e e para Portugal para aqui iniciarem uma nova etapa na vossa vida não é no fundo é a primeira vez deixaram o África para trás pensaram vamos fazê-lo em viagem é isso sim é é a primeira vez que nós vivemos em Portugal juntos basicamente a viagem foi a desculpa porque a nossa decisão era voltar para Portugal mas gostávamos tanto de estar do outro lado do mundo que foi e pá vamos de carro que é para isto ser demorado que é do G Nunca na vida me vou meter num avião eu e ainda hoje às vezes penso que se nos tivéssemos metido num avião para voltar a violência que teria sido para nós os dois porque é verdade que nós não Saímos de Portugal por não gostarmos de portug mas também não Saímos de Moçambique por não gostar de Moçambique não é quer dizer então a viagem de carro foi aqui o o veículo literalmente perfeito para fazermos este este Lift Off de de África para ir fazendo o desapego Exatamente exatamente o desapego é a palavra é isso e depois na verdade foi muito o que aconteceu porque a nossa vida à Borda a foi muito normal né depois rumamos ali um bocadinho normal isso é isso como é que se pode dizer isso podiamos cozinhar podíamos dormir podíamos tomar banho fazíamos as nossas compras e enchíamos o nosso frigorífico portanto a logística de vida era muito normal o contexto e vá a vista da janela é que mudava todos os dias os vizinhos mudavam todos os dias e a parte girer que muitas vezes à às vezes pessoas nós dizíamos que estávamos numa Van e as pessoas ficavam ah torcer um bocado o nariz e depois quando viam o interior da Caraca diz não mas isto é confortável assim pois mas isto é uma van mas a maioria das pessoas associ uma van assim uma coisa assim meio peço desculpa mas assim meio badalhoca ah e não é verdade nós viajamos em estilo houve uns gémeos na na Namíbia diziam que a nossa era um bangalow com rodas uau quero ver isso tem um repuxo lá dentro não tem tivemos que tirar tivemos que tirar por causa da humidade boa boa olha aventuras que tenham vivido nestes 22 meses muitas Suponho é muitas mais que muitas acho eu na verdade houve Encontros com leões hipopótamos e coisas desse Geno também houve eram muitos e para quem esver a ouvir euv já que a vida selvagem é completamente viciante e portanto muito perigosa é completamente aditiva viciante porque queres sempre queres retir CL é poder poder experienciar a natureza desta forma é é qualquer coisa de de extraordinária e nisso aí países como a África do Sul Botswana Namíbia ah provavelmente quem tenha nós não nós não sentimos muito na Tanzânia mas há quem vá de propósito à Tanzânia para isso eh para para como nós estávamos a viajar a longo termo a nossa carteira não conseguia Ah mas de facto mas acordaram no meio da savana ou não várias vezes muitas vezes e um leão a levantar a cabeça e a rugir acord acordá com as ienas a darem encontrões na carrinha que igual Acordamos fomos rados por ienas tá aqui qualquer coisa tá aqui qualquer coisa com uma lanterninha e eram elas a roubar o nosso carvão assim várias coisas se calhar tinh uns qualquer estavam de carvão exato mas eu acho que no fundo da maior Aventura foi que a nossa carrinha como passava muito despercebida também nos permitiu muitas vezes ficar nas comunidades E isto é uma coisa que nós não tínhamos planeado o nosso o que nós planeamos foi vamos começar a andar depois tudo comunidade específica é o quê em aldeias mais pequeninas sim nas zonas mais rurais muitas vezes íamos ter com o chefe da Aldeia e explicá quem éramos O que é que estávamos a fazer e se podíamos ficar ali por perto e eles davam sempre um sitiozinho para ficar e às vezes até convida-nos a entrar e a ir visitar e a vir comer e mas mas no fundo acho que isso foi a maior Aventura é é que comprar uma Toyota Ace tem esta vantagem primeiro é provavelmente o veículo mais comum de África portanto é o que está mais difundido portanto peças seriam sempre mais acessíveis e ao mesmo tempo não é um carro eh não é um carro assim exuberante sim e e pronto e e é muito barato na verdade eh isto para nós foi tanto no meio do trânsito era um veículo normal com com eh dois portugueses lá dentro ex sim No princípio era um veículo normal depois começamos a ter autocolantes de bandeiras e a ficar um bocadinho mais longe de Moçambique e o pessoal no trânsito principalmente nas capitais começou a dar conta que já não era assim tão normal aquela Toyota Ace pá n gana foi uma coisa porque as pessoas devam todo desconte fo por quê abitavam buzinavam diziam lá Welcome to gana era na Nigéria as pessoas viravam as motas para virem atrás de nós para nos dizer Welcome to nigeria porque a matrícula já era demasiado estranha portanto depois levava que toda a gente ficasse assim curiosa para saber de onde é Espetacular em Loanda nós vios no meio do trânsito para quem conhecer Loanda aquela Avenida Marginal aquele empacota de trânsito que é uma coisa a determinadas horas do dia não me digas que abriram aulas para vocês passarem não teria sido simpático mas não podíamos tanto mas o senhor do do tocar ao lado e pá bem-vindos a Luanda aproveit em Angola e não sei quê Isto foi muito foi muito giro porque de facto viajar num veículo que é eh humilde entre aspas eh aproxima-te muito mais da da da realidade isso para nós foi foi Espetacular muito bem vocês viveram alguns anos em Moçambique seis não foi seis anos sim hum portanto e depois viajaram por África como é que é África é um é um continente num só ou há vários continentes Dentro do continente africano fácil é fácil responder a Isto é é muito fácil nós os nós olhamos para a África como uma como um bloco mas nós por exemplo conseguimos e perceber que há zonas de facto em África África austral a África de este dentro da África de Oeste etc África central e África do Norte e eh para nós como nós somos um bocado às vezes nerol e gostamos de ir a museus e falar com pessoas e etc e conseguimos perceber claramente que há uma grande diferença por exemplo entre a África de este e África de Oeste mas mas se calhar para quem olhar a primeira pois gostam de máscaras gostam disto o aranat isto não mas é completamente diferente a África austral também pois e vai se achar que todos constróem do mesmo tipo mas depois não porque os tipos de se formos ver as habitações tradicionais não é os tipos de de capim dos telhados são diferentes porque não estão mais perto dos rios outos estão mais longe outros têm problemas com os bois que também comem o capim e outros não têm e e no fundo perceber também etnicamente há um milhão de coisas e é tão diferente é tão diverso que para um olhar desinteressado vai dizer que é tudo a mesma coisa mas é muito muito diferente é muito diverso isso é muito giro acho que isso um milhão de realidades dentro Há muitas áfricas dentro da África tal como Há muitas europas dentro da Europa é verdade eh nós podemos dizer apesar de hoje em dia no século XXI estarmos mais homogéneos não é que é um bocadinho triste na verdade é eu acho eu acho que é um bocadinho triste mas H muita gente que nos diz ah ah onde é que são Samos Portugal Portugal depois Espanha Não é bem a mesma coisa Portugal e Espanha Não é é muito fácil fazer esta ponte e seguramente os espanhis também pois Espanha Cristiano Ronaldo não também não é bem a mesma coisa não é ele é português eh tal como nós queremos acreditar é preciso apertar a malha não é apar a malha do conhecimento e ter muita curiosidade e vocês têm temos muita E também tivemos uma coisa que nos permitiu isso que foi tempo não é tivemos muito tempo e o tempo também nos permitiu ficar sentados com a pessoa mais velhota da Aldeia e aprender sobre a cultura e visitar e olha cá ali um batizado não quer ir ao batizado baam batizados F então não fomos diz o andr e pá então e funerais foram Ah não e casamentos casamentos casamentos fos foram então batizad batizados fomos dois batizados festas de aniversário fomos memos muitas bedias na caraca também Vivemos em muitos Quintais Fomos convidados para muitos jantares e almoços extraordiná e a parte gira que foi de contextos diferentes não é de quer quer por pessoas com mais posse e por pessoas com menos posse Isto foi muito giro eh portanto foi uma viagem muito democrática foi foi foi foi fo foi muito equilibr olha e eh vou querer ouvir algumas histórias vossas na segunda parte e nomeadamente envolver um traficante nos camarões e eh checkpoints na Nigéria mas para já eu queria saber como é que é atravessar a costa dos esqueletos na Namíbia numa velhinha Toyota Ace tem momentos em que é doloroso e e não atravessamos toda a costa atravessamos uma boa parte atravessamos uma parte e depois tivemos que decidimos vir para o interior passaram naquela parte em que Há navios encalhados na areia não passamos passamos só no início só no início depois viramos um bocadinho para dentro e fomos ao longo da skeleton Coast passamos na damaraland que é onde tem dois Picos lá bastante altos eh e é doloroso porque a estrada toda em terra batida e n alguns momentos areia n are e não há ninguém e não há ninguém literalmente portanto se houver um problema ali não há ninguém a quem ligar não há ninguém a quem Ligar sentar à sombra da da da Toyota e esperar que alguém passe é só contares que a tua Toyota é isso tem mesmo que ser muito resiliente e quantas vezes te veste e trouxeste e fizeste figas ali ali não foi preciso ali não foi preciso mas houve outras zonas não estou a dizer que não foi preciso mas foi aqueceu uma vez na da marand depois foi aqueceu uma vez naquela queceu Ai que Pesadelo é porque começa a ponteira a subir da temperatura e depois Aquilo é assim havia duas ou três e não são bem lombas porque não é uma lomba não é mas dois ou três Montes Colinas e aquilo Colinas e o carro é velhinho e tem 90 cavalos tem tração às quatro O que é ótimo mas não é um motor propriamente muito potente e E chegamos ao final da primeira e a ponteiro estava a subir e pronto OK paramos um bocado deixamos a refer e eu olho para a montanha a segir eu digo a Joana tu agora não vais dizer uma única palavra e vais só confiar em mim porque basicamente eu tive que fazer as contas ali o meu trajeto e e eu posso seria hipócrita se não dissesse que sou bom condutor eu acho que sou bom condutor H pronto mas tive que fazer as curvas completamente à Fórmula 1 e a aproveitar o Balan foi literalmente Isto foi aproveitar o balanço da descida para consegu para não puxar pelo motor não é para não puxar pelo motor e porque senão aquilo aquecia e ao vermelho e puf e é e aí já não era uma zona assim tão isolada havia algumas algumas comunidades do Povo imba mas pronto os imbas também não são conhecidos pela mecânica não é portanto podiam ajudar-nos com algumas coisas mas não com a carrinha não não de todo foram foram ver foram ver os imbas foram fomos fos enc é lindo não encontrámos em vários sítios Olha eu nunca vi mas a imagem que tenho é de um povo Dourado é eles pintam a cara de lama não é e os cabelos sim o cabelo e tem alguns adereços e que são Dourados em metal sim cobra mas principalmente as mulheres usam um pigmento que extraem da Rocha que Jada brilhantes não para o cabelo e para o corpo e que no fundo depois dá assim uma tonalidade avermelhada meia brilhante sim visitamos uma aldeia na Namíbia ainda Apesar deles estarem espalhados por Namíbia e Angola e pelo sul de Angola e norte da Namíbia e e visitamos uma das aldeias e foi foi muito giro sem dúvida é onde tentamos perceber um pouco também eles explicava quais é que são os rituais de limpeza de etc e foi foi sem dúvida simpático muito bem vamos continuar a ouvir mais histórias para já abrimos o álbum de [Música] viagem Joana e André guardam em casa Algum objeto tenham trazido a vossa viagem 22 meses por África guardamos muitos objetos guardamos espcial uma máscara do Povo aanti aanti quem é o povo aanti é um dos povos guerreiros do gana gana Ok o que tem de especial dessa máscara esta máscara foi uma máscara que nos escolheu a nós mas no fundo é uma máscara de um festival que este povo faz e este é um dos povos que mais lutou contra a colonização no Ganda Hum eu também gosto muito do nosso tapete do burundi nós passamos no burundi em TRS dias porque o visto era três dias o país era pequeno e nós estávamos às portas do burundi e só tínhamos uma decisão ou entrávamos ou não entrávamos pensamos eh quando é que vamos voltar ao burundi nunca mais então vamos entrar entramos Vimos um tapete feito de cisal que achamos lindo compramos pronto muito barato coisa muito pequenina senhor Aira da estrada sim mas mas foi muito giro porque de facto a beleza isso para nós é o que nos marca mais o burundi é por todos os padrões o país mais pobre do mundo mas nem por isso as pessoas deixam de se preocupar com a beleza com o ideal da da da do dia a dia de de estarem arranjadas de terem as casas organizadas eh isso é muito a dignidade humana não está indexada à Exatamente exatamente e isso era um dos grandes pontos da nossa viagem também era perceber isso muito bem vamos continuar a conversar com a Joana e o André na segunda parte das conversas do fim do mundo fazemos aqui uma curta pausa regressamos já a seguir [Música] [Aplausos] [Música] tirei tirei a faca fui empunhe e mesmo no momento em que esta é a história do padre obsecado com infiltração do comunismo na igreja que tentou matar o Papa em Fátima e do misterioso segredo fechado num cofre que os unia assume-se como um protegido pela virgem de Fátima matar o papa é uma série para ouir episódios e faz parte dos podcast Plus do Observador pode acompanhar todas as semanas no site do Observador nas plataformas de Podcast e no [Música] [Aplausos] [Música] YouTube estamos de regresso paraa a parte das conversas do fim do mundo esta semana com o André e a Joana eles percorreram ou atravessaram o continente Africano durante 22 meses H numa velhinha Toyota Ace 75.000 km enfim de muita de muito sob 10 houve já algumas peripécias que o André e a Joana já nos contaram na primeira parte relacionados com este veículo que Já percebemos é muito especial dura muito não é uma Toyota is é um veículo para parece um vendedor Toyota mas é um veículo muito forte não é eh eu acho que é por isso que e eles vão todos parar a África porque de facto resistem a tudo resistem olha e viveram muitas aventuras durante 22 meses eh conheceram gente boa e gente má diriam que a pior pessoa que conheceram em África foi aquele traficante de veículos nos Camarões não não não esse é das pessoas boas boas um traficante de veículos nos Camarões pode ser uma uma pessoa boa Joana porque ele nos ajudou a parte de ser traficante de veículos foi uma coisa que ele me disse eu não Vivi não sei se ele é um mau traficante traficante então nós estávamos decididos a atravessar dos Camarões para a Nigéria na única fronteira que se criê aberta que é uma fronteira na meio das montanhas numa estrada que está muito muito muito mã o pessoal das Defenders consegue ficar lá preso semanas chuva etc e nós não queríamos nada para a nossa I velhinha naquela estrada e quando chegamos aí à und à capital dos Camarões alguém nos disse não mas nós conhecemos um inglês que vem do norte pá Norte dos Camarões e norte da Nigéria era um sítio onde nós não queríamos ir e onde tudo indicava que não deveríamos ir por porque porque é perigoso sim sim é uma zona de incidência do boaco Aram Depois tem algum alguns problemas também entre pastores e agricultores então é uma zona ali que que tem vários problemas assim ao mesmo tempo e no fundo se formos ver os sites das embaixadas E de tudo que é conselhos aos Viajantes é uma não vão para al sim é uma zona para evitar evitar começamos a fazer os nossos contactos nomeadamente com o tal rapaz inglês que vinha numa carrinha que não era 4 X4 do norte do dos Camarões e ele começou noos a dizer não eu já atravessei não houve nenhum problema em termos de segurança vocês venham então nós começamos a e avançar nessa direção e ainda Estávamos num cruzamento um dia à noite em que podíamos decidir se realmente íamos para o norte ou se ainda íamos a tempo da da Fronteira conhecida e no no no cruzamento havia uma bomba de combustível onde nós pedimos para falar com alguém que conhecesse a estrada e a rapariga da bomba disse e pá tá ali um senhor que vem mesmo de lá e e nós quando vamos falar com esse tal Senhor ele diz o queê estradas eu conheço muito bem então eu sou traficante de carros dê-me só 5 minutos de-me só C minutos como se fosse a coisa mais normal mais normal Portanto ele apresentou-se então sou traficante de carros claro que eu conheço dê-me só 5 minutos que eu tenho que ir à Mesquita e eu volto já para falar convosco e foi isto que aconteceu nós ficamos ali ele volta pega no telefone e diz então o que vocês querem querem o quê fronteiras com polícia sem polícia fronteir f não Maio banho vocês não vão porque aquilo tá tá muito mal agora or vocês vão esta aqui que eu vos vou dizer e quando estão na Nigéria nós então mas nós precisamos de ir às alfas Ah pois é pois é Vocês precisam ir às alfas eu eu é que normalmente evito isso tudo eim Sim Sim nós Ah não então vá vou ali mais acima e tal se ele começa ele começa a mostrar nos vídeos é que estão a ver se passarem o Rio ainda nesta fase bem eu passei a semana passada ele tem um carro atolado atolado com troncos por baixo com pessoal a puxar o carro em cima de troncos quando fosse uma Jangada sim diz aqui é melhor não vocês continuam continuam porque vai haver uma ponte lá no o continua continuam é o quê 2 horas é 3 horas 5 horas um dia um dia extra dois dias ex dois dias acima disto sim sim sim sim e e para o norte havia uma estrada alcatroada depis com umaas zonas bastante Mais e aí tivemos um dos dias que talvez nos deixou também mais nervosos porque fomos nessa estrada para o norte sem conhecer ninguém depois foi super tranquilo mas íamos na estrada somos parados no num controle militar e o militar diz mas o que é que vocês estão aqui a fazer se vocês nem sequer têm escola policial e nós então nós nós nós pronto nós vamos passar e esta é a única fronteira ah tá bem se acham que é assim que se fazem as coisas boa sorte e aquele segundo em que tu pensas se calhar ISO não foi boa ideia não mas eu ainda lhe perguntei então os outros carros todos também não ten escolta e ele pois tá bem Vocês é que sabem tá bem Pronto fomos embora pronto cada um decidirá a sua vida olha e nessa altura e Joana O que o que é que se pensa confia-se e acabou nesta altura fica-se um bocadinho nervosa acho que foi das poucas vezes em que se calhar eu fiquei a pensar que podia não ser boa ideia termos seguido aqui aquele caminho mas no fundo depois a vida vai continuando ou seja as horas vão passando e tu percebes que o sítio Onde estás é só igual aos outros muitos sítios onde tiveste e quando isto começa a acontecer tu percebes Ok é novamente aquela situação de que eu li muitas coisas Muitas pessoas me disseram coisas mas as pessoas não estavam aqui não conhecem Estas pessoas e as histórias normais não aparecem não é exatamente a normalidade do dia a dia ninguém quer saber ninguém quer saber não é notícia ex eu acho que a normalidade tudo o que aconteceu do que fomos avançando foi noos mostrando isso que era uma coisa na qual nós acreditávamos e depois no final depois era mesmo só isso quer dizer tá bem ali era um um homem que estava a querer fazer uns trocos porque ele já se estava a oferecer para fazer escolta militar ele oal traficante não o o polícia po não bo e portanto no fundo quer dizer para ele é bom cultivar o medo que é para ver olha se chovem mais uns tropos pois mas nós seguimos o traficante até ao final quer dizer a estrada que Ele nos disse e deu certo ficaram com o número de telefone dele ou não não ficamos mas foi uma falha foi uma f sen não Ainda lhe vendíamos o carro agora porque ainda tem a carrinha não tem cá em Portugal ainda está ainda está sim olha H dizias há instantes e e Joana que este traficante de automóveis não foi a pior pessoa que conheceram em África conheceram pessoas mais não foi a pior pessoa eu acho que assim o nosso pior encontro foi com um polícia também à saída da guin conacri que foi alguém que nos tentou estorquir à força toda e que achou que ia conseguir isso é o Mundo ao Contrário porque aqui na Europa é o contrário o traficante é o mau e o polí é o bom exato Pois é é um bocado isso não sei não sei se as histórias que eu est a contar são um bocadinho estranhas mas mas no fundo sair da Guine conak foi Talvez um dos momentos mais difíceis porque nós batemos o pé em como não íamos pagar o valor e eles fizeram deudo para tentar que nós acreditássemos que o valor era completamente lícito e que era uma multa porque nos faltava um papel e blá BL blá BL nós até pedimos então e a fatura E ele disse a fura é o carimbo de saída no passaporte e nós estamos ol isso para a fatura funciona muito mal porque normalmente uma fura convém ter tem um determinado documento né não não a fatura é o Carino saí nós exato Então olha nós vamos dormir aqui nós usamos o nosso melhor trunfo que foi a nossa Ace Isto é a nossa casa portanto nós não temos dinheiro para voltar para trás não temos dinheiro para pagar a multa vamos ficar aqui acampados à porta das suas esquadra e ficamos vão ter que levar connosco não dormimos estamos o pequeno almoço ficamos a ver o nosso café e a ver cerveja à porta da Esquadra vocês não podem usar essas cadeiras não temos outras Olha onde qual foi o sítio mais inusitado onde onde Dormiram na carrinha mais invitado o sítio que me traz provavelmente melhores recordações é no no talvez no que Gal gadi e eu gostei muito de dormir no é num parque nacional no botsuana uhum h no sul de Botswana que é partilhado entre o Botswana e a África do Sul eh e e que não não tem vedações e foi nessa noite que fomos eh cercados por ienas Hum e e é muito Gir aquela experiência de sensa sabes que há leões há leopardos há hienas ali perto de ti n alguns casos demasiado perto mas transporta muito para o teu papel na natureza que é nenhum Nós não somos nada aqui Apesar de nós querermos acreditar que somos muito e nós de facto na natureza somos muito poucos os morros vermelhos também em Angola também foi um sítio muito especial para mim e a última noite em África também foi muito engraçada ah onde é que foi a última noite em África foi num posto de combustível em Marrocos num posto de combustível na autoestrada na autr autoestrada bastante triste bastante por isso é que é inusitado não é não cont não pensaram fechar assim em grande sei lá agora vamos dormir aqui no Atlas e amanhã Acordamos cedinho e vamos até até à Península Ibérica não não porque como em toda a viagem não pensamos em nada não não iam planeando iam íamos andando íamos andando e foi muito Gir porque de facto nós nessa noite estávamos a dizer várias vezes fogo dormimos em sítios tão espetaculares e a nossa última noite em África é numa bomba de combustível mas eu acho que vou vou Recordar também com muito carinho a noite em que dormimos com uma vista Espetacular para o rio Congo porque fomos à procura da chefe da da comunidade na República democrática do Congo portanto um dos sítios onde também pensamos é pá será que é boa ideia e chegamos lá e a senhora basicamente diz o quê ficar aqui Claro aqui no meu quintal com a vista para o Rio c vocês põem a carrinha aqui atrás façam a vossa vida pronto e foi isto que aconteceu é incrível a generosidade das pessoas não é sim sim sim sim sim é delicioso é e de pensar que se fosse aqui na Europa provavelmente dis não vá-se embora não quero as pessoas não querem chati talvez talvez se calhar numa Alde depend dos sítios sim se fosse uma aldeia talvez dissessem que sim mas mas o que eu sinto é que na Europa para muita gente seríamos um problema e ali éramos convidados éramos sempre convidados e isso é que foi muito giro e em nós dormimos em dezenas de sítios não é e e sempre fomos os convidados éramos Sempre Mais uns para estar e isso foi muito bom muito bem olha e vocês deram-se bemos ou chatearam não Não nós fomos uma super equipa foi sim sim e sentimos mesmo que foi um tempo muito privilegiado da nossa vida porque não são todos os casais que podem dizer que de repente tiveram 24 horas sobre 24 horas e Isto pode ser visto como e pá chatisse mas nós sentimos mesmo que foi um tempo muito privilegiado porque no fundo escolhemos um ao outro para ser equipa eu não Seti nada disso Aliás já aconteceu com várias pessoas dizerem assim então mas e vocês nunca se chatearam e não sei não não também não percebo Porquê não é quer dizer pá mandamos uns beites um ao outra de vez enquanto claro também nos cansamos e nos estávamos frustrados com situações mas dizer que ficamos chateados acho que não não não de todo Não de todo de todo mas é um é um bom teste não é pois e mas acho que para so 24 22 meses vamos perceber isso muito bem porque esta é a nossa realidade portanto agora o mais o mais chato é oo contrário é quando um vai embora uma pessoa pensa é dá agora vou ficar aqui sozinha então agora tanto tempo que eu demorei a encontrar a rapariga agora ela vai-se embora agora na chegada tá a ser estranho pois de repente assim uma série de quebras Ah pá agora o contexto é completamente diferente o dia a dia é diferente e acho que isso é que ainda estamos assim a aprender a a resolver exato a viver a viver separados um do outro ainda que seja por por bocadinhos sim é por bocadinhos mas de facto no primeiro nós vivemos tanto tempo a fazer a mesma coisa juntos não é planear executar a explorar etc etc etc agora é toda uma mudança de paradigma completo não é que é olha agora cada um vai fazendo as suas coisas porque é normal e e já não estamos a escolher onde é que vamos para onde é que vamos onde é que vamos parar onde é que não vamos já não vamos ao sabor do vento não é já temos assim uma agenda mais mais formal pois olha vamos voltar à África vamos vamos Qual foi o país mais perigoso que atravessaram Nigéria Nigéria é eu não eu acho que perigoso é uma palavra demasiado dramática eh foi o país mais intenso sim mas é o país que se voltarmos aos relatórios e às notícias e não sei o quê que por uma série por um muitas séries de coisas é o país que se diz mais inseguro porque tem muita incidência do boc Aram tem muitos raptos a acontecer tem muitas guerrilhas entre entre zonas mas isso vocês não viram nós Não vimos Ok mas houve-se nas notícias e enfim semeia em nós não é assim também sen também sentimos sentimos porque há muito há muito controle militar e sentimos não porque nós nos sentimos inseguros mas sentimos que a segurança é uma preocupação das pessoas portanto as pessoas quando nós cheg muito os militares polícias armados sim sim sim e e pessoas da comunidade da armada também ninguém sabe muito bem porquê mas quando se aproxima por exemplo de uma igreja há sítios no mundo aliás eu diria a maior parte do mundo convive muito bem com as armas à exceção da Europa não é e Portugal em particular então nós quer dizer quando nós explicá à p rir mas não tem piada nenhuma não eu não gosto nada Principalmente quando há um tipo de fato treino com uma pistola até ao chão que manda parar o teu carro e tu tens que parar e tu pensas e pá Isto será que vai ser Ok e foi sempre Ok masce tens ali muito na Nigéria 190 vezes contamos 190 foram mandados parar 190 vezes por homens armados entre controles militares oficiais não tão oficiais e postes comunitários que são basicamente barrotes a ardir na estrada para tu tens que parar para pagar Qualquer coisa sim piges est com pr90 vezes caramba nós dizíamos sempr eu fazia risquinhos no caderno e uma vez o polícia pergunta o que é que a menina tá a escrever Olha estou a escrever a quantidade de vezes que eu paro aqui na Nigéria é muito engraçado que nós costumamos em t de brincadeira dizer que eh na Nigéria abrir um checkpoint é como abrir um restaurante é um negócio como outro qualquer quer dizer o teu negócio de um é ter um restaurante o outro o outro Manda parar carros H início tivemos uma história muito engraçada que foi a entrada de benim city eh que é uma das melhores cidades de de da Nigéria e E então estava eles os os os as pessoas os civis bloqueiam os carros para lhes pedir dinheiro basicamente é isto é uma portagem informal é uma espécie de uma portagem e nós tínhamos mesmo que passar no meio daquele bairro porque a estrada estava completamente destruída E então nisto H chegamos a ao sítio onde eles estão a parar os carros o casal que ia connosco galga aquilo todo e vai-se embora e nós decidimos ir pela Via diplomática neste momento vem o rapaz à janela e diz Ah vocês têm que pagar e tal disse e pá tenho que pagar amigo então mas isto a estrada é aqui isto é uma estrada do bairro Isto é de todos não não aqui tem que pagar porque isto assim a estrada tal e vocês est estão a estragar a estrada e tem que nos pagar e não sei quê Não amigo não lhe vou pagar nada então já vi estamos só de pasagem e tal ele assim e nisto eu reparo que ele tem um fio ao pescoço que tinha duas imagens que era uma imagem de Nossa Senhora e uma imagem de Jesus Cristo ok O Sagrado Coração de Jesus e Eu vir-me para ele e disse lá tu és católico Não és ele ele põe-se assim todo direito Ah sou sou sou sou e eu ponho lhe a mão na esta e faço-lhe o sinal da cruz e digo-lhe assim Deus Deus te abençoe meu irmão e ele vira-se para os outros pessas e diz abram tudo abram tudo que eles abençoaram noos é pá deixem-nos passar e eu disse para a j olha não te rias agora eles abriram tudo nós fomos à nossa vida e isto ainda deu ainda deu pano para mangas ainda nos rimos um B bocado à costa disto muito bem sim mas mas mas sobretudo Isto foi depois dos momentos que nos ajudaram a desconstruir que mesmo as situações que nos pareciam potencialmente perigosas claro que podiam correr mal uhum mas pá na conversa com as pessoas não perguntar o nome ok eu sou esta só estou a atravessar e pá não tenho dinheiro não tu tens dólares dá-me dólares eu não tenho dólares Oh pá Como é que tu te chamas de certeza que tu és melhor do que isto deixa-me lá continuar isto não é muito justo passamos sempre nós não pagamos nada a ninguém até chegar a Portugal isto é uma coisa que nos orgulhamos muito não fomos aem nenhum esquema de corrupção não demos Nada à polícia nenhuma não demos nada a Malta Tem sempre a ideia Ah não em África toda a gente é corrupta pá Às vezes quem lá está também facilita um bocadinho isto hum sim dmos horas Noal não concordamos com o que estava a acontecer mas não pagamos nada a ninguém e a Nigéria não foi exceção pois mas lá tinham tinha o tempo a vosso favor tínhamos o tempo a nosso favor não tinha um tempo contado não é isso ajuda mas olha ten aqui uma questão prática ajuda mas o princípio de não querer pagar é muito importante pois tenho aqui uma pergunta prática como é que se viaja como é que é do ponto de vista monetário viaja-se com muito dinheiro viaja-se com pouco dinheiro uhum como é que fazem ou como é que fizeram nós poupamos para fazer a viagem não não isso não quer quer saber do ponto de vista prático sim levavam tinha um cofre escondido com dólares tinhamos um cofre que tinha alguns dólares americanos porque desde o princípio que sabíamos que algumas coisas tinham que ser pagas em dólares e podia ser difícil conseguir dólares nomeadamente a vida no Zimbabué agora é toda feita em dólares e não e o o sistema bancário não está a funcionar Acho que foi o único país onde nós não conseguimos resolver as coisas com o revolut de resto usamos cartão revoluto em todo lado funcionou muito bem mhor amigo sem dúvida Zimbabué e Nigéria Nigéria também trocamos sempre dinheiro no sim mas aquelas comunidades não iam não iam pagar fazer pagamentos com rú levantamos dinheiro na Capital ou levantamos dinheiro na última capital ou na última cidade onde conseguíssemos e depois trocávamos nas fronteiras trocávamos dinheiro para ter dinheiro do país à entrada e depois íamos gerindo esse dinheiro chegaram a Portugal com muitas notas e chegamos chegamos não mas fizemos questão de colecionar fizemos questão de coci guardamos duas coisas notas e moedas dos países e rótulos de todas as cervejas locais que consumimos e o café café Ah e café quem é que tem o melhor café em África é difícil de dizer mas o top três para mim sem grandes dúvidas é um do Ruanda segundo um da Namíbia apesar da Namíbia não produzir e o terceiro o café de chimani mone de Moçambique e o Ganda o Ganda também tem B CAF Ganda também tem bom café sim boa muito bem olha havia muito mais para falar estamos a chegar ao fim Vamos fazer [Música] checkout vamos a isso vamos embora então vou pedir-vos para completarem as habituais frases na minha mala vai sempre vamos lá canivete e máquina fotográfica fica um livro um livro e houve tempo para ler houve muito tempo para ler e principalmente porque eu acho que ler coisas que nos inspiram também ajudam a olhar com outros olhos aquilo que estamos a viver uhum o Kimo de passaporte mais difícil de obter até hoje qual foi ou nessa viagem por África Qual foi foi essa saída foi essa saída da guin conacri que tu já contaste H Instant est esta que nos estavam a tentar estorquir 50 € por passaporte O que é surpreendente não foi para entrar foi para sair di nós tivemos sempre mais dificuldade em sair dos países camarões e ginec conacre foi o os únicos uhum do que em entrar Ok a viagem com mais peripécias que realizei ou se calhar o país qual foi o país onde houve mais peripécias eh Ora bem nós recordamos aqui três ou quatro trechos eh passar de Camarões para a Nigéria tivemos que atravessar um rio hum a estrada nacional 1 em Moçambique é muito dolorosa de se fazer e o norte do Congo Bras Vil porque partimos uma mola da suspensão traseira da carrinha e tivemos que dormir no meio da floresta tropical e resolver sozinho Porque estávamos literalmente no meio do nada ya a nesse dia tínhamos conduzido 800 km e como é que resolveram isso e eu desmontei a mola Literalmente pusemos com aquela Duck tape aquela fita americana só para ela não sair do sítio e com com cintas plásticas não foi sim e e conseguimos conduzir 60 km até a cidade a seguir isto porque a folha da moda partiu-se e bloqueou um pneu portanto nós não conseguíamos andar com a carrinha fita cola e abraçadeira Exatamente exatamente até chegar até chegar a uma loja de peças na cidade a seguir Foi mesmo à Tuga arrascar mas foi duro porque foi muito trabalho que grande mcgiver olha são os dois hum a recordação ó não a refeição mais estranha que comi meepe meepe é são as formigas de asas eh que se comem em vários países Nós comemos em Moçambique eh pronto SOS formigas que vão contra as lâmpadas perdem as asas depois secam fritam e como se tipo Peti como se fosse um trmo é é salgadinho é bom é é salgadinho especial é salgadinho bo a recordação de viagem mais cara onde é que perderam a cabeça que manjaro que manjar é caro não é é se calhar a foto no topo do quili Major acho que mas mas valeu a pena sei sim objetos não temos muitos temos um quadro em Moçambique que foi 100 dólares Talvez mas mas e foi assim a coisa mais cara que alguma ve mas resto aquil manjaro e o treking dos Gorilas no Uganda e viram gorilas vimos vimos é espetacular qualquer co no Ganda vimos gorilas da montanha já houve aqui uma vi jante que disse que é é emocionante não é muit sim e sobretudo para mim na parte em que eu estou a fotografar E ele olha-me nos olhos através da lente tu pensas assim uau Isto é tão uma interação tão humana que é arrepiante e Nós visitamos uma família que tinha gorilas pequeninas e portanto a interação mãe bebé e Gorila ali mais com toda a família É mesmo muito muito pessoa é mesmo muito humana foi muito engraçado nós humanos vemo-nos não é sim sim dúv sem dúvida nenhuma cuidado no toque no e nós tíos a sorte de caminhar quase 4 horas não quase 5 horas para lá chegar e depois de repente eles decem das árvores para nos receber por assim dizer e pá é é um momento gratificante muito gratificante principalmente com gorilas da montanha depois nós vimos gorilas do dos baix uhum no cong brazaville sim não e nos camarões e não foi não foi tão tão intenso mas o chimpanzés também muito especial sim muito bem gostava de viajar com André eh com ontem falamos sobre isto que estamos já com os nossos filhos com os nossos filhos que não temos onde vão aparecer e esperemos que sim vão Jana e exatamente a mesma coisa foi uma coisa que conversamos os dois porque tivemos o privilégio de viajar algum tempo com uma família e as pessoas às vezes acham que com crianças as coisas não são possíveis e Foi incrível ver a vida que aqueles Miúdos estavam a levar uma família com três filhos ela as crianças surpreendemos as crianças e foram bastante equipa nalguns momentos também eles fiam truques de Viajante que mais ninguém se lembrava ver sim eu acho que Gir foi e ver o o desenrasca forma como eles pá não sei é muito engraçado acho que viajar desbloqueia muita coisa na na na se calhar nas crianças não sei muito bem haveria muito mais para dizer muito mais aventuras e histórias para contar e para partilhar quem sabe um dia eh possam vir novamente aqui às conversas do fim do mundo talvez quem sabe depois de uma viagem a atravessar outro continente noutra Toyota Ace ou na mesma ou na mesma André e Joana que música escolheram para fechar a conversa do fim do mundo então escolhemos trazer ah whatever whatever porque esta música cantaram na muito na cantarla muito e para Além disso ela tem uma mensagem muito forte eh sobre a forma como o mundo deve ser todo um a forma de de não fazer juízos de de nos deixarmos envolver pelo mundo e de acreditarmos que o mundo é muito melhor do que aquilo que nós pensamos de facto as redes sociais como falávamos ainda antes do programa extremar tanto as coisas mas na verdade o mundo é muito melhor hoje do que era há 5 minutos ou há 10 minutos atrás eh e esta mensagem esta música tem muito esta mensagem e e para nós foi cantá às vezes em Lupe Sem Fim muito bem André e Joana boa sorte muito obrigada bom regresso à chamada normalidade à realidade à realidade a realidade deste lado é esta realidade mas olha fiquem em Portugal porque o país precisa de vocês boa sorte para as vossas vidas boa escolha para fechar a conversa do fim do mundo desta semana whatever do ou Isis já sabem estamos de regresso na próxima semana sejam bom I vi [Música] right all right always seems to me You Only see what people want you to [Música] howe to be whatever you whatever you say if it comes all right You’re Free to be wherever you WH you please you can’t the you it always seems to me you always see what people you [Música] to how long it G to be [Música] me whatever I whatever I choose and [Música] [Aplausos] [Música] my mind you know you Might find something you you though you but now it’s all and know i know [Música] I’m Free whatever I whatever I choose and I’ll sing the BL whatever I whatever I choose [Música] whatever youever say yeah Now [Música] all you do whatever you say know it’s all [Música] h [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] k [Música] AL [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] k [Música] p [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] [Música] [Aplausos] a [Música] [Aplausos] [Música]