Vídeo: “Namoro orçamental” ou “braço de ferro” sem fim?

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continuamos estrada fora na tarde política agora com uma passagem pelo nosso semáforo que alterna entre o verde o amarelo e o vermelho nem sempre por esta ordem a judit França tem hoje A companhia da Mariana Lima Cunha jornalista da secção de política do Observador bem-vinda Mariana começamos precisamente por ti ora o PS acusa ao governo de preparar uma guerra ao parlamento é isso que Tu escreves num artigo que é possível ler em observador.pt desconfio que Luís Montenegro o quer é partir para eleições antecipadas o líder parlamentar do PSD Já respondeu e diz que a acusação é ridícula há um orçamento do estado no horizonte H Bluff de parte a parte que sinalética para os caminhos que estão a ser trilhados por estes dois partidos sim eu acho que tem havido isto é uma viagem é uma viagem que nós estamos a embarcar em relação ao ao próximo oramento de estado que não sabemos onde é que a viagem nos vai levar porque eh neste momento o que há H é um há uma pressão dos dois lados tanto do PS como do PSD que claramente eh enfim nenhum lado sabe se o outro vai destronar eh que coloca primeiro que está a gerar um ambiente de facto de grande acrimonia no Parlamento e obviamente estas declarações hh são são prova disso nós tivemos H em reação a essa frase que que citava Miguel que é do António medonça mentes hh um dos vies da banca cada do PS eh o Soares eh comparava a situação à à guerra na Ucrânia dizendo que no fundo para dizer que o PSD que está a ser agredido pelo PS passo a expressão Claro eh no Parlamento e que portanto Isto é como dizer que a Ucrânia que atacou a Rússia H ou seja há por um lado obviamente uma escalada enfim verbal e e de enim movimentações no Parlamento agora a grande dúvida de facto é no que é que no que é que isto vai acabar por dar e se há um H que sirva para cada partido valorizar um bocadinho a sua posição negocial porque nós o que tivemos na sequência das europeias foi de facto uma uma consciência no PS de que provavelmente este não seria o momento para para mandar abaixo o governo Porque apesar de ter existido a tal Vitória que porque PED Nuno Santos tanto ansiava que só admitia esse cenário e como resultado das eleições apesar disso h a Vitória evidentemente não é super confortável nem dá grandes garantias de que o PS ganhasse agora umas legislativas e portanto tendo havido essa consciência e a consciência de que pode ser preciso trabalhar para passar o orçamento eh o PS está a fazer uma espécie de gestão ao mesmo tempo de de danos dessa perceção que é não interessa a ninguém entregar agora o orçamento ao PS e dizer bem contem connosco a visualização está garantida e vamos passar estes meses eh nesse namor orçamental e portanto há aqui uma espécie de detensão e de cada um h aumentar parada ao máximo não é quando temos o Pedro Santos na semana passada a dizer que o governo pode não perdurar a fazer avisos específicos apesar de ter dito sempre que não vai ser um fator de instabilidade a sugerir e como temos também e neste texto que publicamos o PS em em peso e figuras importantes do PS sugerir que o PSD está interessado em eleições antecipadas e que por alguma razão não está e enfim a falar mais em diálogo a receber e com com mais ent asmo esta ideia de que o PS pode viabilizar o orçamento eh na cabeça do PS Isto pode querer dizer que o PSD de facto nem sequer está interessado nisso eh e que nem se quer ver com bons olhos a tal viabilização por parte do PS eh portanto há aqui Uma acho que há neste momento uma gestão da comunicação dos dois lados ambos querem deixar completamente claro que se houver fantasma da da instabilidade não é com eles eh e sobretudo que se houver essa instabilidade o ónus não recai para eles até porque se nós estamos sempre a discutir eh por exemplo como é que o leitado do chega que pode ser mais ível porque o conhecemos menos H reagiria a instabilidade de uma coisa tanto PSD como PS ten a certeza é que os eleitorados deles reagiram mal eh reagirão mal a instabilidade e a saber que os seus partidos que é suposto serem partidos enfim do sistema confiáveis estáveis e etc provocaram a crise exatamente irresponsáveis provocaram a crise propositadamente para ganhos eleitorais e portanto se houver de facto uma crise a primeira coisa que vai interessar ambos os partidos é entretanto nestes meses terem garantido que a sua narrativa a narrativa de que lá está quem é que é a Ucrânia quem é que é a Rússia quem é que agrediu ou quem é que quis começar a crise fica bem estabelecida e não cai e para o seu lado acho que é muito dis a isso que estamos a assistir agora no Parlamento e que sinal te merece esta estratégia eh eu vou ser muito chato e dar o amarelo porque e enfim não sei como como conversávamos aqui não sei para ver quem é que vai ganhar neste braço de ferro e e de facto acho que aqui uma espécie de empate H entre dois partidos que estão a fazer no fundo até uma estratégia algo semelhante eh têm ambos eh muito a perder com esta questão da instabilidade e neste momento estão um bocadinho a cobrir e cada um cobre A Estratégia do outro e a jogada do outro e portanto vou ficar aqui com um reservado amarelo depois posso voltar depois do orçamento para para atualizar atualizar a cor Se quiserem mas são dois partidos que estão muito amigos noutra frente que é o apoio a António Costa para para o conselho europeu pode vir António Costa eh sendo o próximo presidente do conselho ainda vamos ver se se vai ser eleito ou não mas exercer aqui algum tipo de influência para acalmar o PS e Pedro Nuno Santos e viabilizar o orçamento do Estado acho que eh primeiro H há de facto uma e enfim Luis moné tem dito Nas questões europeias há uma Eh claro que não se Notaria tendo Vista a campanha eh tão cheia de cremonia que foi feita entre PS e PSD precisamente para as europeias mas a verdade é que também ela foi tão tomada por temas nacionais muitas vezes e por discussões nacionais eh que não é exatamente representativa do que são depois muitas vezes tantas posições como as votações dos partidos no Parlamento europeu que são de facto muito mais semelhantes do que parecem quando assistimos ao discurso político PSD e PS Nas questões europeias andavam a tentar mostrar as suas mini diferenças provar e muitas vezes até recorrente às diferenças que são na verdade das famílias políticas certo mas não dos próprios para tentar marcar essa diferença não é e e de facto há H correntes e não não não direi que sei qual é o pensamento de António Costa sobre isso mas há uma corrente eh no PS que que acredita de facto eh aliás temos algumas pessoas muito próximas da de António Costa tivemos por exemplo Carlos César a aparecer na campanha a pedir paciência ao PS quando se falava da questão das eleições antecipadas e de provocar uma crise H ou seja há de facto uma corrente no PS que não só havia já quem estivesse convicto antes Claro das eleições de que deveria viabilizar o orçamento e portanto H alinhar nesta ideia de que provocar já uma crise não seria positivo para ninguém mas ela ganhou alguma força depois H depois do orçamento entre essas pessoas que se dizem mais enfim moderadas no no PS ganhou força não só pela ideia de que enfim provocar instabilidade por si eh não é uma coisa positiva para PS que tem de se dar tempo ao governo e etc mas também porque dentro do próprio PS há muito quem acredita que é preciso dar tempo a Pedro Nuno Santos e e aliás por isso é que ele aproveitou no das eleições para anunciar o estados gerais do PS que vai organizar que é um bocadinho uma ideia de tentar eh era uma expressão que um dirigente do PS com que eu falava há uns dias dizia H tentar ter mais país tentar ter mais país no no PS não ser eh uma direção muito muito a pensar só no partido e portanto quase que apresentar Pedro Santos a setores da sociedade civil agentes económicos e etc e alargar a sua refência exatamente para derrotar cavag Silva que é tantas vezes comparado com o luí montegro E por falar em mais país mais Justiça ou menos Justiça J dito de França tem sido uma semana intensa escutas telefónicas fugas ao secreto de Justiça críticas ao Ministério Público hoje o pacote anticorrupção vais parar em que semáforo eu vou vou parar num num vou vou abrandar no no amarela intermitente às vezes com vontade de fugir mas pronto eu sei que no amarela intermitente é preciso ter algum cuidado não é H assim não estou sozinha já me sinto mais já me sinto melhor porque ontem houve um artigo no público eh de um Procurador Geral adjunto jubilado Alberto Pinto Nogueira que fez um elogio aos tempos de Cunha Rodrigues à frente da da pgr e é um artigo que demonstra várias coisas nomeadamente recorda o facto de Cunha Rodrigues não gostar de jornalistas eu não sei se se mantém se isso é uma coisa só da época ou se foi só da época Pode ser à época para quem não se recorda são aqueles loucos anos 90 em que o jornalismo português de facto mudou e mudou muito sofreu uma alteração grande por div por diversas razões não não apenas não apenas uma mas uma delas porque haviam semanário chamado independente que saía todas as sextas-feiras e que deixava muitos ministros de Cavaco Silva ocupados porque nunca sabiam exatamente o que é que ia o que é que era a manchete mas também deixava Cunha Rodrigues preocupado atenção Cunha Rodrigues também aparecia em algumas manchetes do Independente e não gostava ora este procurador-geral adjunto jubilado Alberto Pinto Nogueira recorda em específico o momento que eu não não me lembro de todo mas que tomo como verdadeiro H pois recordando-se da figura de de Cunha Rodrigues acho perfeitamente possível em que disse que foi abordado por uma caterva de jornalistas caterva é da larva de de da L de de pinto Nogueira e se bem que se usa para um conjunto de pessoas também serve para um conjunto de animais e eu gostava de ter lido conjunto de jornalistas apenas e acho que o procurador jubilado utilizou especificamente caterva de jornalistas espero eu que não para não nos comparar a um bando de animais passando à frente esta parte o que interessa aqui é o antigo procurador Cunha Rodrigues que disse nesse momento e passa citar sempre tive um grave problema com jornalistas o que querem saber não lhes posso dizer o que posso dizer eles não querem saber tem graça se isto não fosse muito desagradável eh porque é a figura do do pgr a dizer que tenho um problema grave com jornalistas portanto Isto não foi há muito tempo foi na década de 90 portanto quando se faz este elogio dos tempos em que o ministério público e o procurador-geral da República basta Recordar esta pequena frase para Recordar que os tempos de Cunha Rodrigos não eram nenhuma Maravilha eram eram O que eram mas não eram nenhuma Maravilha eh Pinto Nira e diz que esta resposta de de Cunha Rodrigues se se chama pedagogi Eh Ou seja fazer pedagogia não consigo dizer Esta palavra porque acho que também não existe mas fazer a pedagogia e do do Ministério Público feita por Cunha Rodrigues eu podia aqui recuperar uma espécie de um fio de arian que é aquele que não tem fim sobre casos do tempo de Cunha Rodrigues muitos com a ajuda do Independente que é por isso que eu me lembro deles H mas havia imensas acusações à época e não foram desmentidas e não vou eh pegar nelas mas que diziam que claramente A Procuradoria Geral da República a época não era um poço de virtudes eh como Parecia quando lemos o artigo de de pinto Nogueira Parecia um uma uma um poço de virtudes eu recordo-me da escuta que foi colocada no no gabinete de Cunha Rodrigues que é uma história particularmente curiosa para quem não conhece porque é uma escuta a 30 cm debaixo do soalho é uma coisa de espiões H mas que era verdade e que foi foi foi ada por uma pessoa que acabou por não ser condenada porque entretanto veio uma amnistia e as amnistias nessa época também limpavam tudo com muita facilidade e era para obtenção de informações sobre um processo de faturas falsa que ficou conhecido como o Fundo Social europeu que também não deu em nada bom isto também entretanto não deu em nada porque o próprio procurador-geral da República também foi para Luxemburgo foi para Bruxelas e portanto eh deixou de haver um problema sobre o facto de ele ter muito ruído no telefone e receber muitas chamadas erradas que era isso que que que que chamava a atenção para o facto de ter poder estar a ser escutado eu eu eu só só quero dizer isto na altura Isto foi levado muito a sério PJ chegou a ir à Alemanha para obter exames consistentes do aparelho da tal escuta para perceber exatamente o que aquilo era e de onde é que tinha vindo hum e Cinha Rodrigues na altura dizia que era assim que tudo aparecia nos jornais que tem alguma graça porque não é de certeza que não porque aquela escut era especificamente para uma determinada pessoa e soube-se quem era a pessoa que que aô isto tudo para dizer que não façamos do passado o que ele não é muito menos engrandecer o passado que não sempre foi muito maravilhoso para criticar o presente portanto Amarelo intermitente da judit França também da Mariana Lima Cunha que hoje nos fez aqui companhia cuidado aqui no semáforo político [Música]