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saldos de verão observador até 31 de Julho assinaturas a partir de 3€ por mês em observador.pt tenha acesso a todos os conteúdos do Observador para ler onde quiser até na praia apoio o jornalismo independente está no ar o explicador das manhãs 360 esta terça-feira falamos sobre o novo podcast Plus do Observador um rei na boca do inferno e para isso convidamos para estarem connosco a atriz soria Chaves que narrou a nova série Miguel Santos em representação daquia que patrocina a segunda temporada dos podcast Plus e o jornalista João Santos Duarte autor desta série e editor dos podcast Plus do Observador muito bom dia aos três Obrigada por juntarem a mim ao Bruno diir Amaral bom bom dia bom dia bom dia o novo podcast Plus um rei na boca do inferno conta a história de como em Julho de 1940 os nazist tinham um plano para raptar em Cascais o rei inglês que deicou do Trono por amores por amor João começo por ti e com a pergunta habitual sempre que estamos o novo podcast aqui no observador porque esta história João já é um clássico a pergunta é quase como o que é que dizem os teus olhos olha Esta é uma história que tem tudo quer dizer tem tem segunda guerra mundial tem espionagem tem intrigas tem inspirações e é uma história de amor não é Realeza não tem Realeza não é e e em cima de tudo isto passa-se em Portugal portanto é uma história que tem todos os ingredientes não é como se como se costuma dizer e o difícil era estragar esta história Espero que não tenha cometido essa proeza aqui pronto falando só um bocadinho da história muito resumidamente Esta é a história de como o Duque do wisor passou por Portugal em Julho de 1940 Portanto o Duque de Windsor que foi o rei Eduardo vi que abdicou e para se casar estáa sobejamente conhecida com com a Americana Wally Simpson divorciada duas vezes divorciada duas vezes não é E com isso comprou uma grande guerra com a família dele e com o governo eh e aliás e E logo depois de abdicar Teve teve de cilar do país porque não podiam existir dois Reis Não é apesar de um já não ser Teoricamente Rei eh e eles quando a guerra começa Aliás já depois da guerra começar quando os nazis eh tomam França e depois Paris vem primeiro para Espanha por indicação também do governo britânico e depois para Lisboa o plano era sempre regressar ao Reino Unido não é porque era ali uma situação incómoda ter de repente o Duque no meio de uma Europa em guerra só que ele nunca chega a regressar nunc nunca apanha o avião de regresso a Londres em Lisboa e aí começa todo este mês de Intrigas e e teorias da conspiração que nós retratamos no podcast muito curiosa parace como é que foi depois a investigação já L vamos já já vamos à investigação soria Chaves foi a primeira vez que teve uma experiência deste género era narrar uma série foi a primeira vez foi foi como é que encarou o convite ah com com o entusiasmo porque cada cada novo desafio para mim é é muito estimulante não é eh enquanto atriz eh mas sobretudo Porque isto esta coisa dos podcasts que é relativamente eh recente Hum é é um mundo que a mim também que também me fascina eh enquanto ouvinte eh portanto poder dar voz a uma série que tem esta componente também jornalística e jornalística e ao mesmo tempo eh não ficcionada mas cinematográfica e para mim pareceu uma um desafio interessantíssimo devo dizer que não foi fácil porque est pois a soria entrevista ao observador eu estiv a ler esta manhã disse que foi um desafio enorme por estar habituada a trabalhar com a câmara não só com a voz Quais são as maiores diferenças S era precisamente isso que ia referir é porque de facto estou habituada a falar muito com os olhos com a gestualidade com expressões h e com contra cenas aqui o mundo é todo retratado através da minha voz e também obviamente daquilo que está escrito não é e seria impossível não ser assim mas foram feitos alguns acertos h para encontrar o Tom certo al um processo inicialmente é um processo que demora algum tempo não é demora algum tempo e é muito interessante porque de facto é como como se tivesse a sero dirigida por um por um iador neste caso são também diretores desta cena que é uma cena que só é ouvida mas que sim que que que também é realizada Aliás não é só a questão da narração Eh que que que compõe esta história mas também a sonoplastia a música Todo o ambiente que é criado através desta de toda uma equipa não é e que e que transporta depois o o ouvinte para Portugal neste caso em 1940 para um mundo de espionagem eh esta em particular Não não eu sabia que em Portugal nessa fase que que Portugal tinha sido realmente um um epicentro de espionagem Mas nesta história nós temos pormenores que que eu desconhecia por completo e que eu acho absolutamente fascinante e agora que já destruiu o primeiro episódio gostou de se ouvir nós somos sempre muito críticos gostou eu gostei não eu sou muito crítica A primeira vez que eu vi ainda aqui e quando viemos gravar talvez das promos eh a primeira vez que eu vi não não não é não gostar mas de facto eu sou muito crítica e portanto conseguia apontar aquilo que eu achava que não estava não estava certo mas e e eu acho que aí ajuda muito realmente a composição como falava de toda H da da Son plastia h e toda essa composição ajuda que eu me esqueça sou sou eu que estou ali somos muitos é uma equipa e portanto essa crítica fica um pouco de lado e consigo consigo envolver-me nesta nesta fascinante história e João voltando à história como é que foi feita depois a investigação olha qualquer podcast po é uma experiência que demora muito tempo não é demora meses um processo dem desde investigação depis consar uns a seguir aos outros precisa ali um Compass Não mesmo assim não é muito tempo de intervalo portanto demora muito tempo esta fase da investigação enfim e há há muitos há milhares de livros publicados sobre o Du Win sobre o Simpson sobre este Episódio em específico em Portugal há alguns livros publicados e claro que fomos lê-los mas queríamos também ir à fonte ir às Fontes eh Então eu fui a ler os os telegramas alemães da altura em inglês que não sei alemão traduzir em inglês todos os telegramas trocados na altura que são referidos no podcast que eram documentos secretos nazis que foram descobertos no final da Guerra eh fomos ver também os os ficheiros dos serviços secretos britânicos o MI6 do próprio FBI também tem coisas é muito ir é muito interessante ir ir ler na altura todas as informações que se trocavam o próprio FBI porque depois os ducs acabaram por seguir para para as bamas e e e passaram algum tempo também com constantes cidas aos Estados Unidos e tem muita coisa sobre eles o fbii e também a polícia política portuguesa porque na altura desde desde o dia em que o Duque de winser chega a Portugal e na altura era a pvda ainda não era a p ps vários agentes na verdade e nós percebemos isso pel podcast mas um agente em específico a seguir o Duque para todo o lado e nós temos esse relatório do dia a dia do do do Duque em em Portugal que que é muito interessante F João e e eu acredito que que esse talvez tenha sido um dos maiores desafios e como é que e depois consegue pôr essa informação uma montanha de informação e toda ela muito interessante de uma forma que seja apelativa e e e e e se enquadre na narrativa que está a ser contada e é dizes bem a mesmo uma montanha de informação é às vezes não não é fácil Olha nós tentamos fazer de facto as coisas de forma a que e seja o mais apelativo interessante possível algo que eu digo sempre quando nós escrevemos os guiões estamos na fase da revisão dos guiões que é nós temos que nos fazer a nós próprios constantemente uma pergunta que é porque é que eu quero continuar a ouvir ou seja nós quando escrevemos temos que ao máximo tentar pôrnos do lado do ouvinte e essa pergunta não pode pode ser só ser só feita no final de um episódio não é eh Que tal como as séries de televisão temos o famoso Cliff hanger que a ação fica pendurada não a cada momento não é São episódios apesar de tudo 30 35 40 minutos no máxximo não é as pessoas têm que despender algum tempo do do do do da sua vida do seu dia a dia para ouvir portanto temos que fazer essa pergunta constantemente e a forma de facto tornar a história Interessante não só através de estratégias narrativas Mas eu penso que está no bolo todo não é está na escrita do guião está na narradora no narrador e está na sonoplastia o o narrador de facto é muito importante porque e é que nos conduz e transporta não é completamente e de facto a forma como o narrador consegue transmitir a emoção certa no momento certo não é muit õ de emoções é muito variado n e às vezes são pequenas coisas pequenas inflexões na voz não é São coisas que parecem por menores mas que são muito important faz difer SIM neste caso eh havia momentos eh em que tínhamos de de representar digamos recriar uma cena entre um espião e um amante o James Bond não é aquilo que influenciou o James Bond portanto então agora vamos dar aqui um vamos criar uma cena a à James Bond e depois temos também outras cenas de de maior tensão e com líderes políticos eu não sei até que ponto é que nós podemos revelar mas líderes políticos muito importante na altura e e pediam em particular para tentar eh recriar o que seria a a voz de um político mais aí um equilíbrio entre alguma sensualidade existe existe tudo nesta neste podcast existe existe um pouco tudo nesta história quem também está connosco esta manhã o Miguel Santos em representação daqui que patrocina esta segunda temporada dos podcast Plus Bom dia Miguel obrigada por estar connosco nesta estreia o que é que motivou a marca associar S aos podcast Plus Olha antes antes antes de responder a essa questão gostava de dar os parabéns ao João e e ao observador porque porque estes estes podcasts tem uma tem uma qualidade extraordinária e e eu acho que são muito diferenciadores de tudo aquilo que se tem vindo a fazer e como a soria estava a dizer queiser é um canal que tem vindo a a ganhar cada vez mais pressão eh e há coisas boas há coisas menos boas mas eu diria que os vossos podcasts são os melhores está mais do respondido e como sendo os melhores eh nós achamos que fazia todo o sentido de associarmos uma vez mais quer dizer eh as marcas têm vindo a a usar o canal do podcast como mais uma forma de de comunicar com com os seus clientes eh para Além disso e eu e eu sou eh ouvinte acido de dos podcasts não só dos vossos como de outros eu acho que o carro é um ótimo local eh para ouvir podcasts pelo menos eu aproveito o tempo às vezes no trânsito para nós também muitas vezes no Regresso a casa quando ouvimos um episódio e nós aquilo que tentamos fazer na Kia foi associar associarmos com a nossa Gama de elétricos Kia V6 e o Kia V9 sendo carros elétricos São carros muito mais suaves são carros que não fazem barulho ouvir nos podc e e esta foi a razão principal mais mais do que Explicado e muitos Parabéns de facto ao João à Ton Pereirinha e a toda a equipa a Cláudia Pascoal é autora da banda sonoro original deste podcast Plus que não pode estar presente esta manhã estiveste com ela a conversa não foi João vamos ouvir então a primeira parte dessa entrevista dessa conversa qu Olá Obrigado em primeiro lugar por aceitares este convite como é que tu recebeste este desafio O que é que achaste deste desafio quando nós te cont contactamos olha Recebi muito bem mas na verdade quando me fizeram eu estava atulhada de trabalho eu disse Por favor eu quero muito fazer mas não consigo agora mas de facto quando quando a minha vida se libertou pus logo as mãos ao trabalho e é muito muito gratificante fazer algo tão fora do nosso contexto de trabalho uso e estão fora da nossa história porque normalmente escrevo sempre coisas sobre mim e sobre a minha terra sobre as minhas origens e e foco sobre muito sobre essa temática e de repente entreg aqui uma vaga ideia de uma história e e de um universo melódico e de facto é é é muito muito divertido fazer algo sem letra também que que é algo que eu acho que nunca tinha feito algo sem completamente nenhuma escrita sem minha voz a dizer palavras e de repente só criar um mundo musical com várias personagens e com várias elementos tão tão fora e tão distantes de mim uhum nós inicialmente de facto demos algumas pistas sobre a história não é como é que tudo começou a partir daí ou seja como é que começou a construção desta música começou por onde o que que o que é que surgiu primeiro surgiu primeiro que obviamente teria que haver cordas teria que hav um elemento de de urgência portanto Primeiro de tudo alo que nos transpasse essa emoção não é exatamente quase se tivéssemos sempre na berma de alguma coisa a acontecer é Era este o sentimento que eu tentei sempre ir à procura e obviamente começou sempre tudo pelo BPM pelo tempo fui fazer uma pequena pesquisa de quanto mais ou menos o tempo de todas as canções de James Bond tinham para criar essa uma história de espiões também não é de Agentes de examente portanto fi fui procurar e a partir de ter esse ritmo fui à busca de sampl de de violinos e de de contrabaixos tudo tudo que causasse esse universo e e felizmente encontrei diversos boxes de todas essas temáticas e foi muito divertido encontrar como é que elas poderiam se encaixar umas nas outras e a partir daí foi honestamente a parte ainda mais divertida que é complementar algo no sampler que já já existia de alguma forma e reformulá-lo de outra forma portanto a parte rítmica uma forma muito muito orgânica portanto temos um bombo que eu criei e e e reverti em reverse para criar essa cena quase é um bombo que está a marcar o tempo mas ao contrário é meio estranho meio bizarro as que é uma coisa de ofegante isto tem que terminar a qualquer hora o bater do coração o tic-tac do relógio portanto esses elementos que definam sempre que algo vai acontecer algo vai acabar e estamos prestos a assistir a ISO Mas acima de tudo depois de Pari depois de ouvir produto fidal deparei-me com com um problema de falta aqui um ato heroico portanto reuni eh algumas vozes não num uma forma escrita de palavras mas apenas quase como uma complementação das cordas que já existiam as minhas vozes e gravei três secções melódicas que de facto reúnem-se também com os violinos e que acho que dão essa dimensão heroica de afinal tudo acabou bem mas honestamente foi demasiado intuitivo até acho acho que estava tava destinado na minha carreira a fazer um um exercício destes e e foi agora intuição mas também muito trabalho João Santos incrível sim muito trabalho mas é é interessante porque de facto a Cláudia interpretou muito bem esta história nós inicialmente passamos não é uma sinopse Alguns alguns pontos sobre aquilo que que era a história ela ela foi também muito rápida a fazer a música embora como ela disse calhou numa fase muito atarefada mas quando eu ouvi a música pela primeira vez e é sempre um momento não é é não sabemos muito bem ou encaixa ou não encaixa O que é que vem aí não é sempre meio assustador mas a primeira vez que que ouvi a música pensei é mesmo isto ela ela conseguiu mesmo interpretar é verdade é verdade e depois comecei a ouvir a música em L porque gostei tanto e e ela conseguiu interpretar muito bem a história e há uma coisa que depois podemos falar na segunda parte que é a forma como dentro da música eh ela consegue pôr os vários personagens da história isso é é é muito giro como ela consegue fazer isso e e quantidade de elementos de informação que cabe dentro de uma única música então fica prometido vamos fazer aqui uma curta pausa para as notícias já continuamos a conversa hoje em torno do novo podcast plaz do Observador um rai na boca do inferno o primeiro episódio já está disponível mas se for assinante pode ouvir toda a série no nosso site segunda parte do explicador hoje sobre o novo podcast Plus do Observador um rai na boca do inferno sobre o plano dos nazis para raptar em Cascais o RI inglês que abdicou do Trono por amor isto em 1940 esta manhã temos estado a conversa com a atriz Soraia Chaves que na R esta nova série Miguel Santos em representação daquia que patrocina a segunda temporada dos podcast e o jornalista João Santos Duarte autor desta série editor dos podcast Plus do Observador João há pouco falavas da da Cláudia Pascoal autora desta banda sonora da nova série do podcast Plus eh e de como ela conseguiu incluir numa música todas as personagens desta série Isto é importante para o ouvinte ter esta identificação musical com com as personagens também para eh conseguir uma orientação numa narrativa que não tem outros pontos de apoio eh sim é muito importante pronto o que nós fazemos também em conjunto com com os músicos é eh partindo da da da proposta original deles depois eh desconstruir um bocadinho a música não é quando digo que ela inclui os vários personagens eh no sentido em que nós vamos buscar essas pequenas camadas da música Imagina para ilustrar o vilão da história não é e e sempre que aparece o vilão nós ouvimos esse Esse instrumento em específico que também aparece na música do genérico ou um momento de dúvida de tensão dos personagens e ouvimos um outro instrumento diferente Ou seja no fundo todos eles esses elementos agregados vão dar à à música principal que as pessoas já estão habituadas Às vezes as pessoas nem percebem mas tudo aquilo é lhes familiar e é importante também para criar de facto essa identificação com os personagens e os vários momentos da história não é são esses pequenos pormenores como dizias que o ouvindo por vezes não tem noção deles mas que o ajudam a orientar-se quando está a ouvir eh sim Exatamente exatamente e depois claro para além da música Há há toda a questão por trás da da da sonoplastia e nós falar do Artur Costa e da biatriz matel gar exato desta vez tivemos dois sonoplastas portanto uma equipa de luxo e que é um dos não é imagens de marca mas é um dos sons de de marca dos podcast PL é a qualidade dos pormenores e da sonoplastia que fazem toda a diferença sim não não só este como todos ou seja a ideia é sempre criar um ambiente imersivo nós estamos a contar uma história apenas com com sons não é não não temos as imagens que nem nem a câmara como a suraia referia há pouco e portanto temos sempre que criar essas imagens com sons e o objetivo é que as pessoas onde quer que estejam seja ouvir nos fones ou ouvir no carro que sintam transportadas para a história não só através da da narradora mas também eh dos próprios sons e dos próprios ambientes não é para uma época e quer dizer eu aqui sou suspeito eu gosto muito desta época eu acho que provavelmente não sou o único não é eh portanto estamos a falar de de 1940 início da década segunda guerra mundial eh como é que transportamos as as pessoas para lá de várias formas mas de facto também a música é é um dos elementos importantes e nós aqui no podcast temos muitas cenas enfim eh de festas também não é de festas de alta sociedade eh de festa mesmo no no no último dia há uma festa no no no hotel Avis que era um dos hotéis mais luxuosos de Lisboa eh que foi no dia 31 de julho faça am manhã 80 anos exatamente e portanto as músicas de época neste caso estamos a falar ali sendo 40 final dos anos 30 também nos ajudou muito a transportar para para aqueles ambientes não é mas nós estamos S ches estamos a falar de música de efeitos sonoros da soplas mas a soria quando gravou Era só a sua voz era essa é a magia é magia Essa é a magia nós ouvimos o resultado final sim sim sim eu eu basicamente guiava-me pelos realizadores neste cas os diretores os jornalistas que que me ajudavam h a recriar aquilo que que pretendiam e é fundamental de facto este este trabalho em equipa eh eu posso e naturalmente sigo muito o meu instinto hh e essa também é a magia da coisa à medida que que que leio voume transportando imediatamente para para esses lugares mas a magia realmente acontece quando se juntam as peças todas ah h e eu fiquei muito Surpreendida quando quando no final vi a minha voz já acompanhada eu acho é esse trabalho de colaboração porque nós escrevemos o guião e e mesmo no guião nós temos algumas indicações sonoras ou para o narrador mas quando quando chegamos à fase da gravação há coisas que percebemos ou funcionam melhor de outra forma o próprio narrador eh dá também os seus inutos e diz noos olh se calhar aqui seria melhor fazer dest desta maneira ISO Eu acho que isso construindo e também é muito importante haver essa abertura não é porque a sor sabes com a experiência que tem recetiva muito eh muito bonito e também inteligente usarem a colaboração de de atores efetivamente porque seu objetivo é de facto criar este ambiente de de uma de uma uma série digamos não é H um bocado à imagem da das séries que nós somos todos viciados hum achei interessante colocarem realmente um ator para dar para dar corpo e emoção João e há muito nervosismo e nesse momento antes de se chegar ao resultado final porque tens consciência da qualidade da história do interesse que a história pode ter e e depois há aquele nervosismo de pensar se isto depois as peças não encaixam e estamos a a desperdiçar aqui uma grande história bem eu eu acho que há sempre não é Apesar de nós enfim eh temos a certeza que fazemos sempre o melhor e que e que e que acha e que que o trabalho está sempre o o mais bem feito possível há sempre esse nervosismo Eu ontem estava aí um vulcão por dentro porque tu partilhaste comigo a ver estreia sempre este por dentro porque por fora por fora não não passe muito há sempre essa ansiedade principalmente na estreia perceber se as pessoas vão vão gostar vão eh vão vão vão aderir não é mas felizmente até agora acho tem acho tem corrido muito bem e o feedback que temos é muito é sempre muito bom eu costumo sempre a brincar enfim quando quando chegam os números e felizmente os números são muito bons Mas eles sabem isso enfim a nossa equipa eu brincar digo que sempre que o importante não são os números são as Sensações pronto e e eu gosto muito quando as pessoas vêm falar comigo e me dizem coisas Ou quando vejo um comentário no Spotify e e claro os números são muito importantes porque todos nós vivemos a ditadura das audiências mas eu acho que a mim pelo menos o o meu combustível são as Sensações não é São esse feedback as pessoas nos dão ó João e como é que é depois há muita coisa que tem que que não pode ser incluída não é há muito material que fica por usar sim alguns podcast Plus já deram Já deram origem a Livres também porque de facto há muita cois os Livres tem essa vantagem podes incluir nas notas do rodapé mas aqui não aqui aqui a seleção é fundamental aqui não bem aqui o que acontece é eh isto acaba no fundo por ser um trabalho e Multimédia no sentido em que nós temos o podcast mas em volta do podcast temos muitos outros conteúdos eh por exemplo durante estas seis seis semanas que dura a a a publicação dos episódios e atenção que para os os assinantes do Observador neste momento já estão todos disponíveis no site Se quiserem ouvir nós vamos publicando no nosso site toda uma série de conteúdos eh sobre a história sobre os personagens sobre o narrador sobre e eh o artista que fez a música para quem quiser saber mais não é Ou seja quem tiver interesse na história e quem quem quiser saber mais portanto eh mesmo assim há muita informação que apesar disso ainda fica de fora mas a nossa ideia é é é fazer isso não é é complementar o podcast com com todos estes recursos ó João temos falado aqui muito deste novo podcast mas mas ainda não ouvimos nenhum cherto Vamos ouvir se calhar agora paraos nossos ouvintes ficarem aqui com um cheirinho daquilo que podem ouvir Sim podemos ouvir olha se calhar passarias já ouvimos esta manhã e vamos ouvir durante o dia do episódio um portanto se calhar talvez passaria um cherto um outro episódio do episódio três eh que é um cherto interessante que tem a ver com aquilo que eu falava na primeira parte que é eh o momento em que no final e já nos dias finais da Guerra são descobertos documentos sensíveis a nazis que depois vão comprometer seriamente o Duque do Windsor e que vão trazer pormenores sobre o que terá acontecido em Lisboa naquele mês de julho de 1940 um informador alemão que tinha trabalhado como intérprete de Hitler conduz os soldados americanos a uma casa de campo 120 km a sul do local onde o tenente tinha encontrado o camião tombado quando chegam a uma zona isolada no fundo de uma Ravina inre no meio de Pinheiro o homem aponta para o chão começam a Cavar a terra e rapidamente batem em alguma coisa é uma grande caixa de metal enferrujada embrulhada numa gabarin quando a abrem encontram um microfilme semelhante a um rolo fotográfico como se vai perceber em breve contém informações altamente sensíveis e que compromet o Du do Wi já estou com vontade de ouvir Miguel S está desejos e para o seu carro que certeza sim tem que ir ouvir o primeiro Episódio o que é que mais o surpreende neste neste nesta nova série não é assim para além de tudo ser passado em Portugal e eu acho que este período e Portugal foi foi um país neutra à guerra e toda a gente sabe que foi um período em que aquela zona da Costa do Cascais teve a maior concentração de Realeza e da história da Europa naquele período portanto tivemos tivemos muita raleza tivemos muita espionagem eh tanto do do do lado dos Aliados como do lado dos nazis portanto eu acho que é um período absolutamente extraordinário e e que eu moro aqui em Lisboa portanto sou muito ligado a Cintra identifico muito h e e e acho que tudo isso tem tem tem um tem a componente para fazer disto uma história fantástica e o facto de de serem histórias portuguesas mas pouco conhecidas na maior parte dos casos dos podcast Plus é É também um fator aliciante Sem dúvida quer dizer eu acho eu acho que dier o facto de estarmos a falar de história eh provavelmente estes podcasts daqui a 10 anos continuam a ser relevantes continuam a ser giros de ouvir os meus filhos vou dar um exemplo tenho tenho três filhos e já ouvimos dois ou três podcasts e eles adoraram o ptinho doar adoraram e er uma história relativamente recente muito recente sim sim sim mas mas tem mas são pouco conhecidas muito pouco conhecidas Eu acho que isso É extraordinário porque vocês vão dando vão dando voz à história sargente da cela 7 é uma história absolutamente extraordinária eu acho que aquele homem se fosse americano provavelmente teria um filme feito à volta da vida dele mas tem mas tem um podcast extraordinário há há muito esse cuidado João quando estão a a escolher a a história ir à procura de histórias eh que são relevantes mas pouco conhecidas do do público sim ou seja e e começou aupo sargente de facto que era uma história incrível e e um pouco como esta também tinha tudo não é tem tem todos os ingredientes naquele caso tinha e um homem e que se que se superou que foi o o o militar que ficou mais tempo preso durante a guerra em África era uma história também de uma operação especial secreta era uma grande história de amor portanto procuramos sim ou seja grandes histórias histórias eh passadas em Portugal com com essa relevância se calhar H às vezes há histórias que as pessoas até conhecem mas eh conhecem já de forma difusa não é por exemplo n ouviram falar mesmo neste neste caso do nosso último podcast o matar o Papa sobre a tentativa de atentado ao Papa João Paulo II em Fátima e o próprio tinha por exemplo alguma ideia da daquela história do cron mas muito muito difusa não é portanto mesmo que não sejam histórias totalmente desconhecidas eh São histórias eh que as pessoas podem até saber algo mas não sabem os promenores e exato e e e um e um dos grandes desafios e interesses penso penso também é esse não é João e foram muitos entrevistados para esta série bem para esta sim penso que foram cerca de 10 talvez 9 10 normalmente são é sempre à volta desse número lá está aqui existia um grande desafio que é já Ninguém está vivo não é foi 1940 portanto não há testemunhas diretas desta história e portanto passou muito também pum P pela experiência e pelo conhecimento de de investigadores de historiadores eh num dos casos também por exemplo de familiares um dos personagens centrais desta história eh é o Ricardo Espírito Santo o banqueiro Ricardo espírito santo que foi o grande impulsionador do do do império Espírito Santo e nós falamos com com com um dos netos José Maria ritardo que é entrevistado no podcast portanto não não é uma testemunha direta mas é um familiar de de um dos personagens centrais da história eh falamos já há pouco sobre a Cláudia Pascoal a responsável pela banda sonora tu estiveste à conversa com ela vamos ouvir a segunda parte vamos lá a música é é de facto algo também muito importante quando contamos uma história não é para termos essa e relação estabelecermos essa relação emocional com a história eh essa identificação com com a história não é sim eu acho que é que é o amigo que toda a gente procura é o El ligação que as pessoas vêm e reconhecem e conseguem tipo criar uma afinidade o poder de um genérico que tem sobre uma série é é de facto enorme é o que é o a ligação e é o que entusiasmo a espectador em qualquer tipo de conteúdo é tipo vai começar algo portanto esta estas este desafio de estar a criar uma Soundtrack atrás de uma de facto narrativa que existe e que é o produto artístico de facto que toda a gente quer ouvir tem que se liar e tem que entusiasmar o consumidor e e esse exercício eu nunca o fiz porque eu de facto só faço canções para mim é ou gostam ou não gostam não há esse peso de complementar outra coisa que não para Além de Mim portanto eu acho que honestamente est muito muito agradada com o resultado final acho que ficou tá muito bem aliado e na verdade apresenta todas as personagens também que que que a história traz há o sub Bas que traz uma que traz um peso de vilão o vilão eh as vozes depois aquela o nazi exatamente eh e depois tens tens cá Está Aquele coro quase igreja que eu criei que é a parte heroica do do salvamento portanto eh independentemente de de da história de Por Onde Ela Vai Eu acho que descortinando a música eh que eu criei por set temos vamos dizer assim por baixo e por cordas todos eles são personagens que podem ser utilizados nesta narrativa de uma forma individual uhum isso é muito girir não é Ou seja identificar cada uma das das camadas num num personagem diferente não é como se eu acho está a própria história estivesse contada na música não é na exatamente nas várias Trilhas e e na verdade abrindo aqui o jogo tudo feito um bocadinho às cegas Não é porque eu só tive o o o que eu tive foram partes de quase uma premissa da narrativa portanto eu supus o que queria vir e portanto agarrei-me um bocadinho na premissa canónica de que é um vilão há um herói há uma aventura há uma falta de tempo e h um momento de de Boost de Ok é isto que aconteceu e este é o resultado final portanto eu adaptei um bocadinho esta coisa que eu já conheço e que cresci que toda a gente cresceu a ver filmes e séries e e livros tu o que é que achas deste tipo de de de proposta de forma de contar as histórias não é olha eu gosto mesmo muito muito muito muito eu acho que cada vez mais somos muito solitários no que fazemos todos os dias e precisamos de companhia e essa companhia pode ser feita mesmo com pessoas reais ou no meu caso com podcasts facto sou minu companhia em várias tarefas em que eu faço da minha vida umas mais mundanas que outras mas de facto esta coisa de haver uma narrativa e não só apenas uma pessoa a falar sobre o seu dia a ver uma narrativa com premissas reais que eu acho isso absolutamente delicioso porque eu acho que é o o que é é real e aa por cima quando se passa em Portugal ainda é mais inacreditável as pessoas querem saber e eu quero saber portanto sim eh portanto eu acho que esta coisa de de e ouvir podcasts é muito engraçado e vem um bocado Contrariar esta premissa de que que nós estamos cada vez h mais habituados a a premissas muito curtas e e a conteúdos muito curtos nós de facto estamos com mais paciência para ter essa companhia porque nós estamos mesmo cedentes dessa dessa palavra e ao nosso lado portanto acho que para ir num bom timing isto Obrigado C muito obrigada vão Gir ouvir a Cláudia Pascoal falar sobre o que senti completamente E é isto é companhia também não é sim e aliás e podem ouvir a música na na playlist do podcast podem também ouvir a música da Cláudia e é acima de tudo contar histórias soria Chaves é voz que conduz o ouvinte nesta nova série de Podcast Plus da do Observador pode estar aqui um um filão novo de contar histórias uma nova forma de contar histórias e também uma oportunidade para os atores se desdobrem e experimentarem est esta nova forma de contar histórias absolutamente eu estou estou mesmo fascinada com com a experiência com o resultado deste podcast e posso dizer já aqui em direto e para todos ouvirem que eu estou disponível para faz muitos mais porque de facto é ah parabéns a todos e eu fiquei fiquei mesmo feliz com este convite e com esta participação portanto venham mais estou aqui João se calhar ouvimos mais certos sim e e há pouco falávamos neste personagem do Ricardo Espírito Santo o que acontece na história que quando os Duques do winsor chegam a a Portugal naquele início de julho de 1940 eles vão ficar alojados e na casa de verão e do banqueiro Ricardo espírito santo que e fica ficava Case ainda existe Aliás foi notícia há pouco tempo por ter sido finalmente vendida não é ex eh na boca do inferno em casc casa a manção man casa uma casinha é um bocadinho h e que fica na boca do inferno em Cascais daí o título também não é um rei na boca do inferno eh e o Ricardo Espírito Santo eh era era eraa uma pessoa muito próximo do regime de Salazar e e e é um personagem complexo porque ele era eh muito próximo dos britânicos mas também dos alemães um dos melhores amigos dele era o embaixador alemão em Lisboa e isso sim isso depois vai dar ASO a muitas teorias da conspiração e muitas intrigas mas ele naquele mês vai estar em todos os locais onde está o Duque do Windsor em todas as festas em todos os eventos sociais inclusivamente na própria casa de da boca do da boca do inferno eh e este cherto do do Episódio 4 H retrata isso retrata uma noite de verão e de jogo e 19440 na casa da boca do inferno é uma noite quente de verão na boca do inferno uma chamada feita do palaco corosa para o casinho do Estoril passado algum tempo duas mulheres entram na casa em vestid de Gal é noite de jogo e as duas mulheres vê para se juntar ao grupo à mesa do Bridge estão o banqueiro Ricardo Espírito Santo e a mulher um espanhol que é conhecido entre empregados da casa por serir e ainda um português baixo e gordo que respond alun de g e que é jogador profissional joga dinheir também esteve à mesa ao jantar mas acabou por abandonar mais cedo por a mulher se estar a sentir mal teve de levá-la até à cama quando se é muito rico como é o caso do banqueiro não é preciso ir ao Casino basta um telefonema e o cinho passa a ser em casa est Este é um dos exemplos dos Tais ambientes não é da época que nós recriamos pisódio qu Episódio qu importa reforçar isto até para fazer estes teases é preciso aqui uma seleção m muito criteriosa não é Ah sim mais ou menos porque acho tem temos tantos momentos bons pois daí qual é o indicado Qual é o c sim Exatamente exatamente mas não quis trazer-vos este e de facto por ilustrar um desses momentos em que nós transportamos o ouvinte não é para aquele ambiente não é para para o ambiente na casa para o que é que se estaria ali a viver naquela noite e des salientar que isto são tudo informações do tipo da pvda estava lá infiltrado e que escreveu tudo isto O que é que estava a acontecer naquela naquela noite sim tinha de haver alguma vantagem não é para a história pelo menos exato pronto e a Soraia foi descobrindo todos estes detalhes no dia da gravação ou tinha previamente acesso ao tinha tinha previamente mas eu devo que confessar que também funciona muito bem H eh quando não se não se ensaia demasiado para não vir demasiado formatada será exatamente mas ser um bocadinho espontâneo sim a espontaneidade eu acho que serviu bastante para trazer essa tal emoção a a interpretação no no próprio momento eh mas eu experimentei um bocadinho tudo porque de facto foi a primeira vez e como estávamos a falar ainda há pouco é um novo formato também que nós atores A Ainda não temos muita experiência portanto é é um é um formato relativamente recente eh no meu caso é minha primeira vez e portanto há aqui uma descoberta de qual é a melhor forma de e de fazer de interpretar e eu acho que al uma mistura entre realmente a leitura naturalmente conhecer a história conhecer os personagens ah mas também o descobrir se e se ISO for mais fresco E se eu não não tiver tudo preparado e e eu eu própria me deixar surpreender no momento e também funciona e também é divertido e e se houvesse uma uma adaptação para uma série televisiva deste podcast qual seria a personagem que a suraia gostaria de representar a Holly sempr S naturalmente porque é uma das personagens principais não não mas é uma personagem fascinante não é uma mulher que consegue complexa e muito complexa uma americana que faz que faz com que o o rei da Inglaterra Dique do próprio tor é uma mulher fascinante e e portanto essa seria naturalmente a minha escolha esol uhum Miguel João vamos continuar a ouvir mais um cherto sim pronto vamos se calhar para o um dos vilões Na verdade eu acho que nesta história não há propriamente aquela narrativa tradicional dos bons e dos maus são todos maus não são maus mas são complexos não é H São são é isso que se quer das das boas personagens normalmente são complexos sim pronto mas não há propriamente um bom e depois há um mal que vai ter aqui um grande plot Twist eh mas este este personagem é o agente que os nazis Hitler envia para Lisboa para assegurar que a missão de trazer e eh o Duque do wier para o lado dos alemães é bem sucedida dos ma Sim ainda há um Pior que ele que é o chefe dele mas este é o secreto que que é apresentado no Episódio 5 que é o James Bond nazi porque ele de facto tem um passado já quando chega a Lisboa É um tipo já muito conceituado com missões muito bem sucedidas e nós apresentamos no quto episódio schellenberg é frio e calculista gosta de dizer que é a maior arma de qualquer agente não é uma pistola é subtileza está sempre preparado para que nada fhe planos alternativos até para a própria morte tem um dente falso de cianeto que pode partir Caso seja capturado pelo inimigo E se o dente não funcionar tem ainda uma cápsula de veneno escondida no anel a ordem que o agente alemão recebe antes de partir para Lisboa é Clara tem de assegurar que o Duque é levado em segurança para Espanha e impedir qualquer resistência dos serviços secretos britânicos mas riban trop vai ainda mais longe Diz ao ag gente que se o contesto for propício pode até fazer uma oferta formal ao Duque e estes nomes soria estes nem são os piores não é estes não são os piores estou confusa estes nomes foram muito complicados de fazer confesso mas pronto como estamos a gravar repetimos várias vezes Pois acredito na altura e há também que salientar aqui a suia nas gravações Trabalhou muito com a Tânia Pereirinha porque fe um grande trabalho também de de coordenação nestas gravações porque eu estava de férias portanto no momento em que escrevo um texto e tenho a sorá ch ntimos imenso eu posso garantir Sim foi muito foi um trabalho foi um trabalho muito muito interessante e rimos imenso também quando eu naturalmente falhava nestes rops e os não sei os nomes muito complexos Estamos no Fim João Santos Duarte sorai Chaves Miguel muito obrigada Miguel Santos muito obrigada por terem vindo ao explicador o novo podcast play chama-se um rei na boca do inferno o primeiro episódio já está disponível nas várias plataformas de Podcast Mas se for assinante já pode ouvir toda a série são seis episódios