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está no ar o explicador da Rádio observadores esta terça-feira sobre o possível ataque do Irão a Israel E para isso convidamos para estarem connosco nas manhãs 360 Antonio José T Professor catedrático de História na academia militar e Tiago André Lopes professor de relações internacionais na universidade de lusiada a moderação da explicador é do Bruno vi Amaral José T Tiago André Lopes muito bem-vindos a este explicador fala-se na eminência de um ataque do Irão a Israel António José Telo começava por si que formas poderá sumir esse ataque poderemos estar perante um ataque maciço ou mais cirúrgico um ataque direto do Irão ou através do amaz ou do hbol e bom dia e bom dia também para o Tiago bom eu tenho a impressão que há aqui uma uma incorreção nessa pergunta porque a questão é esta não é quando é que o ataque vai começar é quando é que ele vai acabar porque ele já começou o ataque do Irão começou logo a seguir com os foguetes lançados do partido do Líbano e a partir muito poucos mas a partir também da Faixa de Gaza a partir do Líbano com maior umas dezenas não chegou a semi mais umas dezenas portanto foi um primeiro começo do ataque e continuou nomeadamente ontem e com o ataque às bases americanas na no Iraque não sei se na Síria também mas pelo menos no Iraque portanto Isto são as primeiras fases da resposta do Irão e portanto é um ataque já iniciado h não é necessariamente como da da vez anterior um ataque lançado exclusivamente em poucas horas não chegou um dia portanto foi meio-dia mas é um um ataque que vai enc crescendo e que já começou então pergunto-lhe de que formas é que poderá assumir essa segunda fase eh do ataque do do Irão a Israel não sei se será a segunda ou se será mais que mais que duas portanto Justamente a dúvida está até onde é que o irão vai isto é como se fosse uma espécie de Orquestra começa a tocar começa a tocar com o pianíssimo e depois vai aumentando até chegar a um Fortíssimo eh O que é que esse Fortíssimo com consistirá aí tá a dúvida Tudo indica que o irão não pretende neste momento uma guerra generalizada portanto tratar-se e arm no essencial de um ataque por mais Aéreos drones foguetes mísseis eh não o irão não irá empenhar a aviação a sua aviação neste ataque se se empenhasse seria um erro Colossal porque seriam quase todos abatidos mas será poreis Aéreos não penso que sejam um ataque terrestre em grande larga escala mas que poderá ser acompanhado por ações fora do médio Oriente aliás recordemos que o pretexto para este ataque é justamente um uma um atentado feito ao líder do hamas no no irão na capital do Irão eh poucas centenas de metros ou Possivelmente menos de 100 m do palácio presidencial no centro mesmo do do Tião portanto e o ataque é um ataque que irá crescendo mas não não penso que revista a forma de um ataque terrestre que irá parar antes disso agora é capaz de ser prolongado a dúvida também está em saber se o irão quer infligir de facto estragos significativos em Israel ou se é meramente um ataque que pretende ser político e simbólico como Aliás foi a demonstração anterior que os os os os danos infligidos foram mínimos Tiago André Lopes muito bem-vindo também este explicador Israel diz estar preparado para responder de maneiras conhecidas e de outras ainda não conhecidas O que é que isto significa que Israel não teme um confronto aberto com o irão está preparado para qualquer cenário Olá bom dia B profor tel também H aqui obviamente duas dimensões por um lado H esta dimensão que o professor tel dizia que o ataque está em curso e tem várias dimensões e liga-se com aquilo que me perguntavam Porque neste momento aliás esta manhã já havia críticas já ir lá pid com relação ao governo Porque neste momento a defesa de Israel parece ser esperar por ser bombardeada era isso que dizia o líder da da oposição em Israel é então esta que é a vossa capacidade de sensiva vossa obviamente governo ficarmos à espera há 5 dias e isso é parte deste ataque ou seja do ponto de vista da Guerra psicológica o mundo e particularmente de Israel estão há cinco dias À Espera de um ataque iminente que ainda não aconteceu e que muito honestamente eu acho que ainda não vai acontecer tão tão cedo porque o irão está a dar uma série de Passos políticos e há um que ele sinalizou que quer dar que é tal reunião com os parceiros árabes para explicar o que vai fazer mais do que politicamente do que militarmente que eu duvido que o irão vai dar informação a países como Arábia Saudita ou Jordânia que têm boas relações com os Estados Unidos mas vai explicar a intenção do ataque eh há uma diferença com relação a Abril eu não acredito que desta vez o irão vá avisar como fez em abril Abril não foi um ataque em abril foi uma coreografia O irão avisou praticamente toda a gente a defesa foi montada com antecedência toda a gente na região sabia que ia acontecer este o ataque naquela altura e não é não é expectável que isso que isso aconteça agora mesmo com a intervenção dos Estados Unidos de todo os est aliá os Estados Unidos têm tido uma uma grande dificuldade em precaver e antever dos eventos e isso também F conversa tensa segundo repóter New York Times entre biden e netania porque os Estados Unidos aquilo que vão querendo que aconteça não tem acontecido na região e isso é um Factor que nós temos começado a incluir nas nossas análises que é capacidade cada vez menor que os Estados Unidos têm na questão do Meio Oriente de interferir com os processos em curso há um outro fator que é uma novidade que nós não tínhamos até há um ano atrás que é esta aproximação diplomática entre o irão e a Arábia Saudita que eram até um ano atrás rivais e agora são pelo menos países que têm linhas de atendimento e canais de diálogo fortalecidos abertos António José tel em relação à intervenção dos Estados Unidos e os Estados Unidos neste momento tem uma menor margem uma menor capacidade de influenciar e os acontecimentos na região os Estados Unidos continuam a ser decisivos para qualquer qualquer resultado que possa sair desta guerra e continuam a apostar naquilo que é só aposta desde o início ou seja estabelecer uma Coligação fundamentalmente estados da região em que o Egito e a Arábia Saudita são os dois pilares centrais mas depois há outros estados nomeadamente os os múltiplos do quase todos do Golfo pérsico E a Jordânia que poderão estar dentro dessa Coligação para tentar uma paz o problema e grave é que Israel não aceita o que seria uma condição prévia para isso que é a questão de uma solução de dois estados pelo menos o atual Israel não aceita isso isto agora permita-me dizer uma outra questão que normalmente não é mencionada mas que de facto me parece extremamente importante o o momento em que isto surge e Eu recordo que isto foi uma iniciativa de Israel portanto Israel escolheu à altura e até aparentemente poderia i a ter feito o atentado noutra altura e escolheu fazer agora foi uma escolha de Israel ou Israel Aproveitou a oportunidade que se lhe deparou eh penso que foi essencialmente foi uma escolha de Israel Porque do mesmo modo que houve esta oportunidade poderia haver outras a questão é porquê esta escolha e a explicação que eu vejo pelo menos a que me parece mais lógica é que tem a ver com o facto do programa nuclear do Irão estar prestes a ser concluído Já agora uma uma observação Israel teme não é só que o irão tem uma bomba nuclear ou consiga um armamento nuclear é preciso depois meios para colocar esse armamento nuclear nos alvos e é também sabido que o irão está a desenvolver com a ajuda nomeadamente da África do Sul e da Coreia do Norte está a desenvolver mísseis balísticos e hipervelocidade que são muito difíceis de intercetar podem ser intercetados mas são muito mais difíceis de intercetar que o míssel balístico normal para essas duas coisas se juntarem míssel balístico de Hiper d de armamento nuclear Isto é de facto uma corda À Volta do pescoço de Israel Israel pode desaparecer enquanto estado em minutos por is simplesmente E isto é uma coisa que Israel não pode permitir porque é um é uma é uma chado fica nas mãos do Irão e como tal a escolha deste momento eh parece ter a ver com isso com o grau muito avançado do programa nuclear do Irão e com a tentativa de Israel de chamar nomeadamente eh um agentes internacionais a começar nos Estados Unidos ou Principalmente nos Estados Unidos para tentar resolver esse problema que para ele é um problema Mortal um problema existencial Tiago André Lopes e E qual é que pode ser a importância da Rússia neste Neste contexto tem-se pouco tem-se falado pouco e da Rússia h no no contexto do conflito no no médio Oriente mas foi enviado para a região antigo ministro da Defesa Sergei Shu que disse que a Rússia está disponível para uma cooperação Total com o irão como é que podemos interpretar estas declarações é apoio mesmo ao nível do desenvolvimento da tecnologia nuclear o antigo Ministro e o atual Secretário do Conselho de Segurança da Rússia que é de resto o órgão mais importante para as decisões militares e securitárias e portanto o envio de sho nesta fase é um Claro sinal político é o equivalente a blinca de visitar tela vive portanto eu acho que nesse aspecto fica muito claro o tipo de relação que está estabelecida não podemos esquecer que o irão faz parte da organização de cooperação do Xangai no qual a Rússia também faz parte como um dos Estados fundadores faz parte dos cinco de Shangai que originaram este grupo e portanto há essa ponte estabelecida a rúsia obviamente também tem interesse que este conflito continue por outra razão este conflito tem permitido uma série de brechas no direito internacional que a rúsia irá explorar porque sempre que se dão estas exceções exclusões isenções a Israel para não ir Cumprindo com diretivas do quer do Conselho de Segurança da ONU quer do tribunal penal internacional que er o tribunal internacional de Justiça estas brechas que forem sendo abertas a Rússia vai expar mas também para o que está em curso no no caso da da da guerra na Ucrânia portanto Isso parece muito Evidente o que não ficou Claro daas de shoyu porque a informação Ainda ainda ainda é escassa é se esta cooperação tecnológica era uma coisa apenas global ou se era muito direcionada para este setor que dizer oo Professor eh eh o professor Telo do desenvolvimento do programa nuclear ou apenas para o desenvolvimento de programa ao nível da indústria militar não esquecer que o mesmo shoyu é o responsável neste momento também político por coordenar o complexo industrial militar Russo e portanto pode inclusive ter levado nesta sua viagem consigo equipamento militar que o irão usará na sua tal resposta ativando o artigo 51 porque o irão envola o direito à legítima defesa e de resto já houve até reunião do concelho de Segurança da ONU para validar a utilização do artigo 51 hum António José Telo Tiago André Lopes agradeço a vossa participação neste explicador para nos ajudar a perceber também o que se está a passar neste momento no médio Oriente com a eminência de um ataque eh do Irão a Israel muito obrig obrigado e uma boa obgado bom dia