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em direto neste jornal das 2as da tarde temos connosco o Miguel santes ratos editor adjunto da secção de política do Observador é também autor do artigo que Analisa essa entrevista de Mário Centeno está nesta altura em manchetes em observador.pt Miguel há algum tempo que é uma evidência que Centeno não tem confiança política do governo de Montenegro o próprio está consciente disto certo presumo que sim e o seu assador o jornal expresso escreveu eh logo em em em abril que o governo não contava com Mário Centeno portanto não não planeava reconduzir o governador do banco de Portugal segundo foi possível apurar a posição mantém-se portanto Mário Centeno não não entra nas contas eh do governo de Luís Montenegro e e os sinais dessa distância para usar um eufemismo entre Luís Montenegro e Mário Centeno são são de há muito recordamos noos todos do episódio de sucessão de António Costa o então primeiro-ministro representou de foi Marcelo R de Sousa sugeriu o nome de Mário Centeno para ficar como primeiro-ministro isso na altura foi muito mal recebido pelos sociais Democratas porque só para fazer alguma pedagogia o governador do banco de Portugal à partida ou em teoria deve ter uma posição aqui distante em relação à política e portanto isso foi essa vontade de António Costa deixar Mário Centeno como primeiro-ministro foi interpretada como sendo uma uma uma intromissão na política nacional por parte de Mário Centeno depois há outros há outros pormenores que que também não ajudam à relação que tem de existido e tem de sero confiança entre as partes nomeadamente o período em que Joaquim Miranda Sarmento então o homem das contas do Rui Rio e Mário Centeno Ministro das Finanças de António Costa chocavam regularmente no Parlamento eh e portanto há uma um acumular de desgaste entre Mário Centeno e o governo a equipa liderada por Luís Montenegro que já fazia antecipar que era muito difícil a recondução de de do ainda governador do banco de Portugal esta entrevista nesta entrevista aliás que Mário Centeno dá o expresso não só assume e que quer ser reconduzido e falo eh taxativamente como pelo meio não descarta por completo Uma eventual candidatura presidencial ora isso que é o ainda pior junto da da equipa de de Luís Montenegro que olha para esta entrevista como sendo uma enorme desfaçatez por parte má Centeno e aquilo que dizias Miguel Cordeiro uma forma de criar uma narrativa em que quando for afastado será percecionado como um um mártir vítima de um saneamento político e como tal isso pode alavancar a sua eventual candidatura presidencial fontes do partido socialista garantem que eh tem tudo pronto pronto para avançar tem vontade e está empenhado nessa nessa missão mas que leitura é que fazem da postura na entrevista de acordo com o que foi possível perceber também não a entrevista também não caiu particularmente Bem Junto de alguns setores do partido socialista que encarna como uma precipitação e uma forma de e precisamente criar essa ideia de que pode no momento em que for saneado a expressão e é forte mas no momento em que for afastado do do banco de Portugal ou não reconduzido como governador do banco de Portugal eh Mário S estará a tentar criar essa essa narrativa de e essa alavancagem para ser candidato presidencial no partido socialista isso não caiu particularmente bem e depois há quem faça as contas era se é o objetivo de Pedro Nuno Santos ter um candidato que agregue e e que consiga liderar uma plataforma eh alargada à esquerda eh Mário Centeno não terá esse perfil Mário entendo foi sempre percecionado como sendo um obstáculo aos entendimentos entre partido socialista do bloco de esquerda e PCP e foi e ficou conhecido como Ministro das cativações por outro lado e há esse há quem faça também esse raciocínio no partido socialista há muita gente que encara como com bons olhos essa eventual candidatura um deles a Alberto Campos Fernandes que que teve eh ao longo do do do da coabitação de ambos teve alguns braços de ferro com com Mário Centeno e o próprio vai assumir que viria com muitos que veria com muitos bons olhos a a candidatura do do anterior Ministro das Finanças nesse cenário eh Mário centen tem a vantagem de ter deixado h no currículo o a ideia das contas certas e isso pode agradar um eleitorado mais moderado mais de centro que até prov em contrário eh é determinante para ganhar eleições portanto Mário sentendo não não tem só eh tem algum pontos a seu favor alguns pontos contra mas esta esta entrevista que deu ao Expresso foi claramente uma tentativa de se posicionar para outros voos