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10 anos depois do colapso do Be o Ministério Público fez um levantamento dos dados da investigação que deu origem a sete processos com dezenas de arguidos e muitos milhares de milhões de euros implicados em esquemas de alegada corrupção mas a Associação dos clientes lesados critica o documento que entende desconsiderar o prejuízo financeiro e humano que sofreram com a falência do banco 18000 milhões de euros e mais 11 milhões de dólares americanos de vantagens decorrentes de práticas alegadamente criminosas 669 crimes dezenas de arguidos e sete processos em 10 anos de investigação do Ministério Público o balanço foi feito pelo departamento central de investigação e ação penal quando se cumprem 10 anos do colapso do Be só a Ricardo salgado antigo presidente do banco Espírito Santo o Ministério Público imputa 119 incluindo Associação criminosa dos sete processos que surgiram da investigação salgado está implicado em seis apesar do extenso levantamento do Ministério Público sobre a investigação os lesados do Be apontam críticas ao documento que não os refere como vítimas aliás no processo principal do BES GES que começa a ser julgado em outubro cerca de 2.000 clientes conseguiram dos juízes o estatuto de vítima e exigem ser indemnizados no entanto o ministério público opôs-se não se faz menção aos termos lesado ou vítima em todo o documento O que é particularmente revelador e preocupante Pois parece desconsiderar o impacto humano e financeiro devastador que este esquema teve sobre milhares de pessoas e famílias a nossa Associação longe de querer ser demagógica apela ao Ministério Público e a todas as entidades envolvidas para que se mobilizem em torno de soluções que devolvam aos lesados aquilo que lhes foi tirado este julgamento conta com 25 arguidos 18 pessoas e sete empresas acusados de uma longa lista de crimes Associação criminosa corrupção no setor privado burla qualificada branqueamento de capitais e falsificação de documentos só neste processo recorda ao Ministério Público a vantagem indevida obtida com os crimes é de 11,8 milhões de euros que o ministério público pede que sejam declarados perdidos a favor do estado no comunicado a associação diz que o sistema mostrou-se rigoroso na investigação mas que esta peca por ser lenta e insuficiente na reparação dos danos a justiça não se faz apenas com a punição dos culpados Mas acima de tudo com a reparação das vítimas o Ministério Público falha em abordar a questão central para os milhares de lesados e vítimas a recuperação do dinheiro perdido com os atos criminosos na acusação refere-se que os valores em questão não significam necessari uma vantagem direta para os arguidos podem por exemplo representar meras operações contabilísticas que beneficiaram outras entidades ou empresas