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ai está tanto calor o que me ape mesmo era assim uma coisa fresca inovadora mas rigorosa uma sereia ó Rita o que tu queres é um observador fresquinho Ah era mesmo isso mas quanto é que isso me custa a partir de 70 cêntimos por semana mas só se assinar O Observador até dia 23 de agosto então é mais barato que um gelado e tuia já assinaste eu e [Música] iberofest advogado antigo líder do CDs que tem estado a escrever um conjunto de textos relacionados com os 900 anos de Portugal e que esta semana se dedica também à língua portuguesa Boa tarde e bem-vindo pela boa tarde e obrigado pela disponibilidade para se juntar a nós eh fala neste artigo do conceito de Portugal enquanto estado língua esse potencial da língua portuguesa tem sido bem aproveitado na história mais contemporânea de Portugal já vou responder mas só uma pequena precisão a série de artigos semanais Portugal 900 anos não só s eu a escreveu de facto é promovido pela sociedade histórica da Independência de Portugal Mas eu sou um dos vários colaboradores nomeadamente historiadores que colaboram com O Observador todos todas as semanas sobre esse tema vou agora à sua à sua à sua pergunta eh eu eu considero que a nossa língua é um dos nossos capitais dos nossos ativos mais importantes mas que infelizmente não tem sido aproveitado h e nomeadamente na Europa eu várias vezes digo e lamento que nós somos no mundo os lusófonos mais incompetentes porque não temos no quadro das instituições europeias eh defendido os interesses da nossa língua e como uma das línguas europeias mais importantes nós somos a terceira língua europeia global e tu é somos a terceira das línguas da Europa mais faladas no mundo e nós não temos suficiente consciência disso e ou ou se temos desprezá-la e portanto não não protegemos esse esse interesse Mas e a língua foi definidor na nossa própria formação provavelmente se o dom Dinis não tem definido a nossa língua como uma língua oficial e que que continua depois o o o caminho da sua separação de outras línguas peninsulares e a afirmação como uma grande língua nacional e depois Global através dos dos descobrimentos eh bom nós não teríamos sobrevivido como nação portanto provavelmente teríamos sido um reino fugaz dos reinos ibéricos que desapareceram como o reino de dragão o reino de Navarra o próprio Rei Reino de leão de que nós saímos no século XI não teria digamos consistência suficiente para se aguantar nós tivemos eh três fatores importantes que nos definiram um foi a língua o outro foi o mar que foi a janela de liberdade de Portugal faça um vezinho poderoso e e e o terceiro foi e enfim a mais antiga aliança da Europa a aliança lz britânica que nos acompanha desde o século XIV E que nos Valeu em vários apertos da nossa história e rejeita aqui neste texto este conceito de hiberia de uma língua que mistura o português e o espanhol sente algum crescimento desse tipo de movimentos bom isso é um é um é um movimento relativamente bom o iberismo infelizmente nunca desapareceu há há de facto uma corrente castelhana castelhanas e que ol olha para nós com cobiça não não nos aceita não não não entende porque é que somos parados e portanto invento essa coisa da Ibéria e do ibérico e tal que é uma coisa que que Aliás não existiu nem mesmo na ura em que nós tivemos com o mesmo Rei eh se chamava assim portanto isso isso atalha já para outra pergunta que eu tinha aqui que é o a cooperação entre Portugal e Espanha não tem nada que ver com um conceito de Ibéria nada de todo de todo não é aliás enfim eu creio que até há umas certas reações naturais eu recordo-me eh no início se falava semo das cimeiras ibéricas depois isso desapareceu e são cimeiras l a espanholas a espano portuguesas portanto isso é que está certo não é bom eu até digo brinc cadeira que ibérico nem o porco o porco é o porco preto alentejano que com a cur espanhola de facto fica mais choroso mas também não é uma cur ibérica uma cura espanhola mas e portanto isso é um conceito para amalgamar no fundo é para ver se se se consegue eh pronto deglutir noos e portanto é uma coisa que nunca nunca desapareceu por inteiro aliás há pouco falei na sociedade histórica da Independência de Portugal que eu sou presidente que foi fundada em 1861 porquê em reação um surto de iberismo que se aconteceu Nessa altura enfim sobretudo em Madri e que levou um conjunto de políticos burgueses empresários da cidade de Lisboa enfim à cabeça deles do Alexandre ercolano afundar o que então se chamou comissão central do primeiro de dezembro 1640 hoje sociedade histórica e portanto isso é um é é um vento que que às vezes sopra há cerca de 10 anos há cerca de 10 anos esta ideia eh começou começou h Soar a soss serrar se está muito organizado em torno do Instituto servantes e e acho que talvez já tenha ido longe demais e portanto porque eh a cooperação linguística com Espanha eh tem que ser feita com muita com muito cuidado não é eu não tenho nada contra a cooperação pelo contrário mas nós temos às vezes interesses distintos e no mundo temos interesses muito diferenciados que são marcados pela pela pela própria pela própria história e corremos o risco como ELS têm mais recursos do que nós Infelizmente o estado português é bastante avaro no no apoio à política da língua praticamente não tem política da língua as pessoas que se machem nesse nesse nesse âmbito são sensíveis a orações conjuntas a que acabamos por ser eh por ser e abafados e bom e por exemplo na Europa na Europa os espanhóis não defendem a nossa língua das duas grandes lesões que na União Europeia foram feitos ao estatuto igualdade das línguas que é no regime das marcas e das patentes parecem umas coisas assim um bocadinho comerciais e c mas não isso tem o maior efeito político nas marcas e na Europa só valem cinco línguas e uma delas que é o regime de Alicante uma delas é o espanhol as outras são o inglês o francês o alemão o italiano e o espanhol não se não se lembraram de defender a importância do do português e recentemente também nas patentes H fez-se um regime que contra eu trabalhei bastante ainda como como deputado mas infelizmente H perdeu-se já depois de 2015 que é o o o regime de Munique para as patentes e são três línguas o inglês o francês e o o alemão Portanto o o português está a perder terreno no quadro da União Europeia sendo um dos nossos maiores ativos e um ativo da Europa é um ativo importante para a Europa falar com o espaço de Língua Portuguesa no mundo uma comunidade de países de língua portug portuguesa enfraquecida não contribui para o crescimento desse tipo de movimentos sim eh pronto eu também acho que nós não temos verdadeiramente uma política para a cpop sabe o que é que a gente quer da cpop não é a cop É um enorme instrumento não é que aliás tem feito o seu caminho nas áreas digamos de de de de software na na cooperação não tanto do ponto de vista político mas há muitas reuniões que se fazem no espaço da cpop e portanto e e são mantidos por esse relacionamento mas eu eu creio que estamos estamos aqui numa área em que Portugal não tem política Qual é a política da língua do país ninguém sabe ninguém sabe e é e a língua é um dos nossos maiores recursos eh qual é a política para cpop que é um espaço eh muito importante rel ensinamento internacional também não sabemos como é que articulamos a nossa presença no espaço iberoamericano e na na cpop eh misturamos são separados e como é que se faz nós eh isso é tudo um deixa andar e e e em deixa andar no regime de deixa andar quem tem políticas determinadas como é o caso de Espanha que minha assim Espanha tem sempre essa vocação Imperial eh que nunca que nunca que nunca perdeu nunca desapareceu está no seu Imaginário está e e há um espaço Castelo a Castelhano que que que vibra com isso e foi sempree a língua que permitiu a Portugal manter boas relações com os vários países da da comunidade de falantes portugueses mesmo em períodos mais complicados por exemplo o período pós-revolucionário foi sempre a língua que Manteve essa proximidade esse sentido de pretensa sim sem dúvida nenhuma eh por isso eu digo que a língua é um dos nossos maiores capitais e portanto é é onde nós somos eh maiores que nós próprios é onde ficou um registro da nossa história onde pessoas todos os jores políticos ideológicos e até adversários se revem eh temos uma cooperação felizmente muito boa entre escritores entre poetas entre intelectuais e portanto eu creio que nesse nesse terreno eu creio que há um há há um lastre muito vibrante e que nós Devíamos melhorar eu creio que comunicação social também pode fazer mais não é no intercâmbio com a comunicação social dos Países de Língua Portuguesa haver uma uma relação mais estreita uma cooperação mais intensa e torna torna essa relação bastante mais viva Mas enfim ainda se mantém não é agora também é importante que os que que os estados tenham uma política que apoiem os os atores os intervenientes nessa matéria que promovam apõem cames Estreita o intercâmbio eh apoiem a cooperação a nível das escolas da universidades etc e portanto e mantenham nesse espaço que é muito importante é muito importante um espaço sim e nós estamos a caminho de 300 milhões de falantes como como disse a língua portuguesa é a terceira língua europeia Global nós é que não valorizamos esse Capital nem o mostramos é a língua mais falada do hemisfério sul e nós olhamos para o futuro e sabemos como a economia do Hemisfério Sul será e portanto sul sul o processo de desenvolvimento Sul de Sul será cada vez mais intenso e portanto é muito importante que nós estejamos presentes porque a língua mais falada do Hemisfério Sul não é para nossa causa é por causa do Brasil e da Angola sobretudo e será cada vez mais não é e portanto nós temos que que aproveitar isso e e fazer não não ter vergonha nem embaraço e do do nosso do nosso espaço e ser mais pequeno que o espanhol e o inglês é evidente mas é maior que o francês ou o alemão enfim e o português é uma uma grande língua de cultura e pode ser uma grande língua de ciência se nós não lhe dermos tiros como demos no regime de patentes eh nós no regime de patentes fragilizar examente o valor internacional da língua portuguesa isso evidente porque falou aí do Brasil e lhe perguntar se Portugal acaba por entregar a liderança da defesa da língua portuguesa a países como o Brasil que tem um número absoluto de falantes muito maior não é sim mas isso isso é natural quer dizer o Brasil é uma grande é uma grande potência tem 200 milhões de de de brasileiros e portanto tem tem a liderança é p seu tamanho tem um peso extraordinário não é um pouco como os Estados Unidos tem relativamente ao Reino Unido nós não temos que ter nenhum embaraço H embaraço com isso pelo contrário devemos manter sempre uma relação muito muito Estreita por formas mais inteligentes do que o gordo ortográfico que é bastante estúpido em minha opinião mas mas enfim eh só podemos agradecer aquilo que que que que o Brasil tem feito pela língua portuguesa eem Angola também Angola é um grande estado eh lusófono e portanto e o seu peso em África é e será cada vez mais muito importante e e e e enfim Cabo Verde também também é pelo seu desenvolvimento económico uma referência importante em África e portanto nós temos que que que apoiar isso não não esquecer as presenças no Oriente seja Timor seja Macau que continua a ter língua oficial Portuguesa e e outros espaços que foram territórios de língua portuguesa e pant manter essas essas relações um dos grandes capitais da língua portuguesa relativamente a outras é que está presente como eh como língua oficial ou língua materna nos cinco continentes isto Só há outra língua no mundo que que tem isto que é o inglês enfim não se compara obviamente na dimensão connosco mas o facto de quem fala português poder ter digamos assim um p ter em cada um dos dos dos continentes e portanto ter uns patrícios e umas pessoas os povos de com quem S de mais próximo isso é muito importante para o desenvolvimento económico social cultural e pronto creio que devemos dier só para terminar José Ribeira e Castro os últimos dias têm sido marcados também por uma uma questão à volta de linguagem como é que olha para estas polémicas sobre linguagens neutras ou ou linguagens que geram polémica e faz sentido esta discussão e está a falar da das pessoas que menstruam disso exatamente Bom eu acho que é uma é uma crela de bastante mau gosto e de distorção não é eh não queria muito dar mais guit a papagaio Como se costuma dizer mas mas h e enfim faz parte da cultura w não é portanto são das coisas que volta eem meia São superáveis e e e Acho que desde logo que que que os governos e os estado não se devem meter nas questões de linguagem quando se metem Nas questões de linguagem normalmente dá asneiras Já já chega o corográfico não é mas uma linguagem é é escolhida pelas sociedades pelas pessoas que a usam não é o estado que que que diz o que está certo ou o que está errado nessas matérias e segue normalmente os conceitos que estão consagrados na na na língua não é e se H algum organismo público que o define é academia das ciências não é ministra disto ou a direção-geral disto ou aqui neste caso é uma coisa particularmente infeliz até acho ofensiva para as mulheres não é eu acho que é ofensivo para as mulheres referi mulher se é uma pessoa que menstrua não é que isto é uma questão que não é segredo eh não Mas normalmente é uma uma questão íntima e é uma questão que é tratada eh de uma forma normalmente discreto mas de facto esta questão é próprio da mulher portanto as pessoas a que iso se aplica são as mulheres nós nós sabemos que se trata de um eh de um fenómeno que ocorre no apente sexual e reprodutivo da mulher que que está associado à sua fertilidade e à sua fecundidade e que baliza em certo sentido a idade fértil e e e e também o período fértil é isto que estamos a falar or isto é uma mulher não é e portanto procurar duvidar se aplica ou não aplica e e e destorcer a linguagem para favorecer minorias ativistas ou ouou visões distorcidas da realidade eu creio que é bastanteo profir muito obrigado pela sua disponibilidade para jar a nós nesta edição do colonista do dia até uma próxima muito obrigado [Música]