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Este é o som da comissão de inquérito das manhãs 360 esta quinta-feira é nosso convidado o major General João Vieira Borges presidente da Comissão Portuguesa de história militar e presença assídua habitual nas nossas emissões bem-vindo muito obrigada por ter aceitado o convite bom bind muito bom dia ainda por cima sabe a que vem sabe a responsabilidade é maior e respei Dinho hoje aqui não é mho respei já sabe que são cinco perguntas porque cada resposta certa cinco pontos ajuda dois pontos se tiver uma resposta errada não pontua Patrícia sampai esta semana fez 16 pontos e ontem o noiser também fez 16 pontos eu adorei a Patrícia Samp é muito simpática muito querida muito querida fantástica vamos a isto tá preparado preparadíssimo Então vamos pronto para tirar nasceu em Luanda Onde existe uma das Avenidas mais famosas e emblemáticas da capital angolana Avenida Marginal mas que depois da Independência foi renomeada e embora grande parte lhe continuou a chamar Avenida Marginal que outro nome ganhou em 1975 Avenida Marginal sim uhum eu conheço bem a Avenida Marginal imagino que sim H Onde está o onde estava o banco o banco de Angola banco nacional de Angola não banco nacional de Angola e onde estava os lados preferidos dos angolanos que era h e agora a rua depois de 1975 ontem disse à nossa produtora queria perguntas difíceis bem é difícil eu vim em 5 de outubro de 1975 para Portugal e não me percebi da mudança de nome da Marginal fo uma quer ajud a foi depois da Independência é uma data é uma data está já depois de 11 de novembro sim depois da Independência portanto é avenida da Independência provavelmente mas eu gostava de ajuda Avenida fevereiro Avenida 11 de novembro ou Avenida Agostinho Neto I pá logo 13 pois logo 13 at feveriro tem a ver com início da luta armada em Angola para para o mpl Pois porque Há outras datas como nós sabemos relativamente à aos ataques da UPA e portanto Esse é é um momento importante para m Agostin Ned primeiro presidente da república isso nós sabemos queer regimos autocráticos normalmente é o nome do presidente Agustinho Neto não quero reconsiderar quando é que tudo começou acabou dizer aí de feveriro é muito importante para aliás até faz parte do h de Angola dos heroje do 4 de feveriro Exatamente é importante então é 4 F como eu estava quase a dizer ex não disse disse disse logo até explicou tudo porque desde 4 de fevereiro concorda com o Presidente da República sobre Portugal pagar Reparações poros crimes cometidos durante a era Colonial faz sentido para si não faz sentido faz sentido sim refletir sobre estas questões eh tal como noutros países que foram países colonizadores designadamente em França e no Reino Unido eh faz sentido a reflexão eh eh e eu penso também que as afirmações do senhor presidente eh eh também foram entendidas de determinada maneira porque o termo Reparações em aspas é uma coisa Reparações objetivas é outra e quando se fala em Reparações pode ser inclus um pedido de desculpas pode ser inclusivamente o enquadrar na época Isto é muito importante para os historiadores e eu tenho Muitos historiadores a trabalhar comigo são 62 na comissão Portuguesa de história militar e e obviamente que discuti isso com alguns deles não introduzir isso como tema mas discuti com alguns deles até porque estamos a trabalhar uma obra com o Pedro ários de Oliveira exatamente sobre a questão da descolonização e é muito importante essa obra com muitos autores Portugueses e alguns que estão a trab em várias universidades espalhadas pelo mundo que é muito importante é uma obra vai ser publicada no final deste ano eh exatamente para trazer alguma inovação em que essa questão é tratada h e é tratada por diferentes historiadores com diferentes pontos de vista isto agora e a é preciso entendermos a conjuntura o tempo histórico Ou seja no tempo histórico da escravatura e Portugal foi dos primeiros a acabar com a escravatura h e e e e e mas depois ela não se concretizava há pressões e económicas pressões políticas pressões estratégicas a própria Inglaterra tinha um papel importantíssimo e que pretensamente já estaria liberta dessas questões mas também pressionava economicamente eh por interesses obviamente próprios eh de maneira que ela continuava a própria escravatura mas isto para dizer é preciso entender a história no seu tempo e no seu tempo a escravatura também tinha lugar entre essas próprias raças negras em África ou ou noutros continentes eh a lei na altura era uma lei diferente e é preciso perceber o que era esse enquadramento legislativo eh e portanto tendo em conta tudo isso obviamente que são aos olhos de hoje h obviamente são muito criticável eh Sobretudo com determinado tipo de comportamentos que ultrapassavam inclusivamente as regras da altura eh e e aos olhos de hoje obviamente que é bom fazer essa leitura mas fazer com esse distanciamento e simultaneamente fazer com o enquadramento a todos os níveis político económico social legislativo isso é muito importante não indo tão atrás por exemplo olhando para o processo de descolonização eh foi bem conduzido esse processo foi o processo possível eh quando se fala em Reparações normalmente olha-se mais para trás para para a questão da escravatura mas Portugal Tem uma responsabilidade acrescida para com os países eh que foram que eram antigas colónias eh Neste contexto até por causa do da forma como foi conduz da descolonização foi o processo possível é preciso entendermos também a realidade Internacional e estávamos em plena Guerra Fria e aquilo que foi o papel da União Soviética o papel de Cuba por exemplo no caso de Angola que eu vivi intensamente não só porque estava lá e Vivi todo esse processo já com 12 13 anos mas vivi porque a família estava nos dois lados da Contenda portanto eu tinha parte da família do lado eh dos movimentos de libertação e com responsabilidades inclusivamente eh no governo no primeiro governo e tinha família que obviamente se opunha completamente à Independência e tinha parte da família que tinha vindo do Congo belga e portanto eu tenho já escrevi sobre isso tenho uma visão muito própria para um entendimento do possí enriquecida por esse contacto com os dois lados da examente esse contacto felizmente continuam vivas algumas dessas pessoas é o caso do anol cabango a questão é da fenel eh que foi ministro do Interior no primeiro governo e que era braço direito depois foi secretário geral da fenel a questão é e entendemos e nós discutimos isso na academia portuguesa da história há bem pouco tempo e e é preciso entender essa realidade Internacional e depois uma realidade Nacional em que a grande preocupação obviamente eraa eh o novo implantação de novo regime de uma nova democracia eh e e portanto a questão da descolonização estava lá mas nós sabemos que houve ali uns atropelos iniciais do presidente da república em termos de linguagem inclus M fora da junta e e que depois só depois em julho é que as coisas entraram em linha eh e em linha entre os governantes portugueses Mário Soares e depois todos os eh movimentos de libertação eh dos vários territórios e foi a possível até porque ela foi diferente em Moçambique foi diferente de guiné foi diferente de Cabo Verde foi diferente de Angola Angola era muito importante Angola para a União Soviética era muito importante e quando nós sentimos essa intervenção eh obviamente percebemos que ia dificultar todo o processo ainda por cima com três partidos que tinham estado na luta armada de maneira diferente também hh e portanto dificultou eh muito e com consequências que por outro lado levaram a Que nós tivéssemos H também eh depois ações muito importantes eh nomeadamente com aquilo que nós sabemos e dos retornados cerca de 500.000 e quer de Angola mas sobretudo de ang a ponte aérea que que ser ponte aérea foi das pontes aéreas mais importantes da história muito bem organizada muito bem trabalhada eu fui al social e económico em Portugal na economia portuguesa muito forte exatamente eu fui alvo dessa ponte aérea e nós fomos todos alvo em Portugal de toda essa gente que em Portugal depois criou um dinamismo eh fruto de circunstâncias até sociais que eu podia estar aqui desenvolver mas é melhor seros mas não temos tempo e que depois foi muito importante para o crescimento Portugal a seguir a um período complicado do 25 de Abril or muito bem dois pontos e foi assim bem Car fo foi a primeira quase não aamos nada agora também uma pergunta muito fácil que que que temos agora quem foi o primeiro chefe de estado maior General das Forças Armadas com este cargo não é mas o general chefe estado maior General das Forças Armadas o primeiro foi ali entre 1950 e 1951 foi a re forma curiosamente essa é uma pergunta que se fizer aos militares certamente nem os historiadores se lembram se me perguntasse quem era o primeiro ministro da Defesa eu estou no edifício do Ministro Firmino Miguel do primeiro governo provisório eraa fácil então posso dar ajudas quero sempre ajudas Eu hoje vou estar aqui com ajudas Então vamos a isso tem aqui três nomes General José Nunes da Fonseca não esse é o atual chefe de estado maioral General anés Sousa e General Francisco Costa Gomes Costa Gomes Nessa altura era Tenente cornel portanto é o Sousa muito bem mas sabe qual era a Pat ca Gomes Nessa altura fez umas maldades cornel fez umas maldad fo explosão de exatamente masor General o governo anunciou uma série de medidas para os militares que passam por exemplo por por aent salariais entre muitas outras mas aquilo que perguntar é que que medidas pensa que deviam ser implementadas para promover a atividade militar mas sobretudo também para atrair pessoas mais pessoas e mais jovens para a carreira militar nós na sedos traçamos uma série de de linhas que vamos apresentar agora em setembro eh fruto do trabalho de de quatro grupos de trabalho que eu tenho comigo nas sedes no observatório de segurança e defesa criado pelo alver belesa antes da guerra da ucran o Alva beleza nesse sentido nesse sentido e noutros foi perspectivo já aqui teve convosco já o conhecem B eh foi muito importante tenho um grupo muito heterogéneo de militares e civis com várias funções dos vários ramos das forças e serviços de segurança eh e é um problema que é sentido não só nas Forças Armadas mas também nas Forças e serviços de segurança que tem a ver fundamentalmente como dizia eh com aquilo que é eh digamos a questão do recrutamento eh eh eh que é muito importante eh tendo em conta os números a que chegamos ou seja estamos com 23.000 homens nas Forças Armadas quando Devíamos ter cerca de 30 a 32.000 para cumprimento das Missões h e portanto Eh estamos a ter consequências depois diretas naquilo que se chama retenção portanto há problemas de recrutamento mas também problemas de retenção condições não são muito atrativas exatamente quanto menos pessas par que parece generalizado não é os médicos também tem o SNS tamb é uma situação diferente a minha mulher é médica é uma situação diferente porventura não terá a ver com oo número de médicos terá a ver com a distribuição dos médicos é uma são diferente mas isso eu deixo para os médicos relativamente aos militares nós sentimos que quanto menos homens há maior dificuldade há em reter porque fazem mais serviços T menos condições de trabalho e muito mais exigente e e portanto a questão que está aqui na na quer no recrutamento queer para a retenção tem a ver com esse pacot can ou seja a questão dos vencimentos mínimo de condições de que eles sintam que que estão numa carreira que é reconhecida que é valorizada que é reconhecida até porque a condição militar implica mais deveres do que direitos eh e portanto há determinadas situações que levam a que as Pessoas sintam injustiçadas e e nesse sentido foi importante essa medida do governo mas há outras que seriam importantes também tomar Há outras medidas e para Além da questão financeira H Há questões que têm a ver como dizia há pouco com condições condições de de trabalho a melhoria das instalações nas várias nas várias unidades eh nós tivemos um período em que grande parte eh das unidades militares eh centraram em degradação inclusivamente deixaram de pertencer à instituição militar eh uma grande dificuldade em termos do orçamento das forças armadas para recuperar para dar melhores condições eh Essa é é essa é uma outra componente mas obviamente Que Há outras componentes e uma das componentes me permitem também tem a ver com o reequipamento Eu senti-me particularmente feliz quando entrei na Instituição militar em 1979 em particular quando escolhi a Antia em 1984 exatamente que a Antia tinha acabado de receber uma série de equipamentos novos eh com nova tecnologia que me obrigou uma formação eh em várias áreas quer em Portugal quer no estrangeiro e isso é que motiva também os jovens a estar na instituição é Ser Reconhecido o seu trabalho ter boas condições de trabalho e saber que são úteis à sociedade com instrumentos neste caso com equipamentos eh que os valorizem também e eh depois na sociedade civil quando quiserem entrar na sociedade civil mas e como isto está tudo ligado não é quatro pontos já e vamos a mais uma pergunta precisamente sobre isso em que ano é que terminou o serviço militar obrigatório eh eu vivi essa essa situação uma coisa foi em termos legislativos eh o o primeiro ano houve um período transitório houve um período transitório de 4 anos 99 2003 Se não me engano isto agora é difícil mais ano menos anos mais anos menos ano mais ano eh sim 2004 2004 que foi 2004 eu comandei o Regimento em 2006 o Regimento Antia E H cerca de um ano e tal portanto que tinha terminado eu as datas e os números são muitos como imagin Íssima primeiro os primeiros cinco pontos acha que deve ser reintroduzido o serviço militaro obrigatório precisamente no contexto daquilo que estava a dizer há há poucas pessoas n suas Armadas sim eh a questão da da introdução do serviço militar obrigatório como nós vemos eh na Europa tem a ver com ou reintrodução tem a ver com vários fatores em primeiro lugar tem a ver com eh a ameaça eh aqueles países que estão mais junto da Fronteira da Rússia obviamente foram aqueles que adotaram mais rapidamente o serviço militar obrigatório independente da situação que tinham nas suas forças armadas em termos de recrutamento e em termos de retenção Ou seja a Ameaça é visível é necessário ter forças Preparadas não só em termos de equipamento mas sobretudo em termos de número eh e nesse sentido introduziram serviço militar misto nós quando ouvimos a ital a maior parte daqueles países agora já estão com serviço militar obrigado não na realidade a lei permite isso mas depois na realidade eles têm determinado número imagina os 25.000 só TM 19.000 no regime de voluntário e contrato só vão e obrigar a comprir esse diferencial e ou digamos a questão do serviço misto é é algo que tem tido maior atratividade ali naqueles países do que propriamente a questão do serviço militar obrigatório são da ameaça também é muito mais real exat no nosso caso não sendo a ameaça real e obviamente que é uma questão que se tem que colocar em função dos mínimos aceitáveis ou seja seja se independentemente deste pacote do governo continuarmos a ter o mesmo problema em termos de recrutamento e em termos de retenção é fundamental obviamente optar por uma outra modalidade que pode passar pelo misto e pode passar por outra situação qualquer o misto Isto É somar aquilo que já temos uma parte também de serviço militar obrigatório convocados como eles fazem de determinada especialidades com determinadas e eh para determinado tipo de pessoas e portanto às vezes são nose voluntários curiosamente e portanto Deixa de ser no fundo serviço militar obrigatório A questão aqui é é importante e eu penso que isso todos os chefes militares e o seu Ministro e toda a sociedade civil em geral e nós na no observatório entendemos que é fundamental refletir e a reflexão agora obviamente já tem aqui um ponto intermédio ou seja esta decisão governativa vamos avaliar as consequências desta decisão até porque esta decisão também tem consequências a nível Global da segurança e defesa ou seja até há bem pouco tempo grande parte dos militares em vez de cumpriram os tais 6 anos no regime voluntário contrato cumpriam em média cerca de 2 anos e meio 3 anos no máximo dependia do do ramo mas no exército por exemplo era dois anos e Pou saam e saíam e para onde é que saíam como saíram os meus militares saíam para as forças e serviço de segurança designadamente para a Guarda Nacional republicana até para PSP tinham melhores condições financeiras tinham melhores condições de trabalho eh e obviamente que tinham sobretudo uma questão que é muito importante que não falei há pouco tinham continuidade ou seja era sabiam que estavam numa instituição que lhes permitia ter uma vida própria ou seja podiam casar ter filhos tinham alguma estabilidade enquanto que com regimes de contrato e voluntário se anos sabiam que a determinada altura tinham que entrar na sociedade civil e muitos deles não tinham competências para rapidamente entrar no mercado e isto é muito muito vamos agora à quarta pergunta e esta é sobre cultura geral Militar no pont geral nove pontos vamos ver se passa para os 14 eu acho que sim quem disse a frase o objetivo da Guerra Não é morrer pelo nosso país é fazer com que os outros filhos da mãe morram pelo deles eu já vi essa frase citada por tanta gente agora é há o ch o Churchill é que utilizava o filho da mãe era um dele aqui é uma tradução no original é bastard sim Portanto o original é inglês o original é inglês Sim já deste dar ajuda agora não posso dar ajuda se é uma frase típica de Churchill mas não é provável que não seja poderia ser é um general foi um general um general não é char não é certamente militar é é um militar eu agora já vi tantas citações dessa frase não eu usava essa frase já agora estou aqui a ganhar tempo vou poder vou pedir ajuda mas é importante o lema da Academia Militar que eu comandei durante 4 anos tive a honra de comandar a Academia Militar e ter sido segundo Comandante D Decor poss pária Ou seja é doce e honroso morrer pela pátria das odes de Horácio e é muito interessante como é que eu at terminada altura tinha que adaptar aquilo para a realidade do Século XXI e com as nossas visitas quando eu tinha eu dizia bem E H É bom que é é é doce e hros que a gente faça com que os outros mor eu já citei isso milhares de vezes e cada vez que um autor diferente a citá-la aqui com a ajuda vai vai vai acertar então o o general de Gol Romel ou George patton e pá foram logo buscar três que eu não queria que fossem buscar ora B isso não é típico de GO um deles pode excluir excluir lá já por causa do original que o Bruno já citou a palavra sim o de gol é Francisco o o Romel é era Alem portanto também tiro o r portant percebemos quem é venham os dois pontos masor General o o um militar é necessariamente um militarista será Ou pelo menos defensor da instituição militar mas é necessariamente um belicista de maneira alguma eu acho que é o contrário na maior parte das situações e eu tenho fui comandando da academia Fui instrutor de milhares posso dizer que quase milhares de de militares e de oficiais e posso dizer que é exatamente o contrário eh se há eh os militares eh eh visam sobretudo tê consciência do que é a guerra visam sobretudo cumprir a missão eh que lhes é atribuída mas querem a paz o mais rapidamente possível porque eles é que sofrem em Prim lugar estão na linha de combate eh eh é evidente que há como em todas as profissões se nós perguntarmos se há médicos belicistas há médicos belicistas há jornalistas belicistas há muitos políticos belicistas eh eh eu acho que que não até pela formação que nós damos nas academias militares não é nesse sentido é uma formação abrangente no sentido de todos perceberem que o importante obviamente que há uma hierarquia entre a política a estratégia e a tática o trabalho que nós desenvolvimento que nós desenvolvemos em democracia Eh Ou seja para defender eh Portugal eh a defesa aqui no sentido eh termino lógico correto eh mas também no sentido de proteger os portugueses seja no território nacional seja no exterior seja em situação de catástrofe seja noutras situações os interesses do país e portanto muito uma missão hoje mais alargada do que era a missão aqui há 50 ou 60 anos da parte dos militares e portanto o enquadramento que eles têm mesmo a nível do do do soldado eh obviamente em termos de Formação é um enquadramento diferente do que e havia e quando estávamos a prepará-los para uma primeira guerra mundial para L Alis ou e ou para outros cenários designadamente até para a própria guerra da África e portanto eu eu a resposta direta é não necessariamente os militares É deve ser o contrário devem ter uma formação e devem dar o exemplo no sentido de que e o instrumento militar é o último rácio agora não é rgis o último rácio e para a defesa do seu povo e da sua terra eh e da sua memória eh mas na busca de uma paz e e de um desenvolvimento que seguirá essa mesma paz e portanto há essa consciência e portanto hoje em dia com raras exceções Acho que é essa digamos a nossa a nossa linha de pensamento General João Vieira Borges 11 pontos vamos para os 16 ainda pode chegar aos 16 ontem disse que eu ajudo muito portanto agora nem vou piscar os olhinhos nem vou olhar para si entre muitas outras coisas é também autor e coautor de dezenas de obras literárias e foi avô recentemente provavelmente vai ler este livro à sua netinha em que ano foi lançado o principezinho de S ex Perry já ali pois acredito que sim já ali e a minha a minha netinha Irene significa paz a minha filha lá pensou no assunto com o avô em guerra eu estou em combate H há 2 anos e meio na nos vários órgãos de comunicação social as pessoas pensam que não mas isto tem desgasta noos a vocês jornalistas que fazem um trabalho excelente em particular na rádio observador e também a nós que já temos stresse pós-traumático és este ainda por cima com dois conflitos agora exatamente de S exer eu tenho a lá tenho em casa já AL A questão é quando é que foi lançada H que eu vou precisar de ajuda porque foi foi posso uma conta com ajuda foi durante a segunda guerra mundial foi durante a segunda guerra mundial isso foi de certeza agora ajuda então aliás porque ele também então faz próximo de fim do o autor também autor também andava de avião era examente o autor era Aviador era estava a recuperar deferimentos foi durante a Segunda Guerra portanto entre 39 e 45 eu acho que aquilo em 44 foi difícil foi dif 43 e sem ajuda sem ajuda ajuda nenhuma c p eu saia da segunda guerra mas agora ainda agora falava disso General assistimos a vários conflitos no mundo há pouco falava da ameaça visível pensa muitas vezes em como vai ser o futuro dos mais novos ah penso claramente e Nós pensamos mais sobretudo quando temos filhos e temos netos ou quando temos alunos Eh Ou quando temos jovens Como estão ali H na volta de nós e aqui nesta mesa sou o mais pois ainda bem referiu isso a ver que não Maria jovem jovem de 30 anos exatamente a Mas penso agora a sério aliás chegamos a uma determinada altura da vida independentemente de sermos professores militares médicos obviamente tentamos deixar um um legado quer na formação quer na educação H mas também estamos curiosamente muito mais atentos àquilo que virá e quando eu olho para a minha neta a minha neta pode e Cert Espero bem que sim atingir o ano 201100 não é portanto olhamos para ele isto para nós estamos em 2024 mas olhando para um e olhamos para o mundo com essa perspectiva mais global e a perspectiva mais Global não tem a ver só com as guerras tem a ver com as questões ambientais questões políticas as questões sociais eh e sobretudo hoje com tanta informação tanta investigação H obviamente que temos sempre projeções e e e a mim preocupa-me Sobretudo o momento que estamos a viver e preocupa porque como eu escrevi no neste do último livro com o Professor António jetel nós estamos na fase de transição para uma nova era uma nova era diferente não no sentido positivo poderá ser num sentido retrógrado h de perdermos direitos perdermos conquistas que tivemos depois da segunda guerra mundial e espero que não haja uma Terceira Guerra Mundial agora esse cenário implica que nós estamos a ver é um mundo já mais multipolar é é um mundo em que nós temos de um lado obviamente na busca dessa Nova Era uma Rússia uma China uma Coreia do Norte um irão H que apoia uma Venezuela é muito complicado Olhar para alguém que defende uma nova era de liberdade de independência de direitos humanos quando nós sabemos que eles não os praticam e depois eh uma um Ocidente que continua a defender os valores porque lutou e que conquistou ao longo dos anos desde o papel da mulher na sociedade que é muito importante que os outros não respeitam eh até à questão da liberdade liberdade entendida eh e democracia entendida no verdadeiro sentido da palavra em prol do povo e não entender a democracia como um sistema que defende a educação ou que defende a saúde Cuba defende a educação e a saúde não é um regime democrático portanto é preciso eh estes conceitos depois em termos de ciência políticas são importantes e é bom que não voltemos atrás no tempo essa é a minha preocupação continuarmos Tod a lutar vocês dão o vosso contributo aqui e eu cumpro esta missão há 2 anos e meio exatamente nesse sentido e posso vos dizer aquilo que mais me marcou era importante dizer isto eu a determinada altura por razões que a Maria João até sabe eh eu era para afastar para me afastar de todo o tipo de comentários e ficar só na minha função de presidente da Comissão e curiosamente e a entrar no carro não dos dias eh e vem uma senhora ucraniana a ter comigo e veem me dizer a sou General Gosto muito dos seus comentários e eu gostava muito que continuasse a defender a democracia a liberdade da minha terra na minha terra e isso marcou um profundament e e portanto eu acho que todos devemos continuar a lutar por aquilo que conseguimos até 2024 no mundo ocidental General João verir Bor muito obrigada é sempre um gosto el Obrigada por ter aceitado o desafio obrig