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[Música] investir o dobro do Plano Marshall por ano ou a Europa vai entrar numa lenta agonia uma das recomendações e um dos alertas de Mario drag num relatório sobre o futuro da competitividade europeia ele que é ex-presidente do Banco Central europeu esse relatório já está nas mãos da comissão europeia tema que dá título ao artigo assinado hoje no site do Observador pelo eurodeputado do PSD Sousa Silva é o nosso colonista do dia muito bem-vindo muito obrigado muito obrigado e também um cumprimento particular para todo o auditório da Rádio observador que é de facto um auditório que me É próximo e que estimo e considero muito e Eh vamos começar aqui e por por por este artigo lá está que que escreve no site observador na área da Defesa drag toca a rebate é o título que escolheu para uma reflexão em particular sobre esta área eh já lá vamos eh Começando aqui por um plano mais geral Hélder Sousa Silva pergunto-lhe resumidamente o que é que destaca deste relatório e se ao servir como acredita de guia e plano de ação para os próximos anos no bloco comunitário se será com muitos obstáculos pelo meio ou se há de ser possível chegar a uma estratégia comum bom eh eu considero que de facto o relatório drag é uma Peça fundamental para os próximos 5 anos da da eh da comissão e Se quisermos da União Europeia e das suas várias instituições eh e é fundamental Porquê não obstante já terem sido identificados muitas destas lacunas que dragi de alguma forma sintetizou dragi vai mais longe porque dragi identifica e de alguma forma também indica caminho dragi começa por fazer aquilo que é uma análise suop Se quisermos das portanto da da situação económica e da competitividade Europeia drv destaca por exemplo como as principais forças e mais valias da União eh desde que foi criada até agora o mercado único europeu eh não obstante também ser um tema crítico Mas a questão da saúde e da educação eh são também mais valias em termos de visão global que a Europa Comunitária atingiu em termos de qualidade e prestação de serviços também em termos de tecnologias tecnologias limpas que temos caminhado Portugal é disso Um Bom exemplo também porque principalmente no que diz respeito à energia elétrica 60% da nossa energia da energia produzida através de de das novas tecnologias e tecnologias limpas não ligadas ao carbono e depois a questão dos vários sistemas de governação principalmente a questão do estado de direito existe globalmente eu direi porque isso também flutua entre os vários estados membros mas de uma forma Global são os pontos fortes dizermos daquilo que dragi encontrou eh na União Europeia mas depois e vamos então agora às fraquezas e as fraquezas inequívocas No que diz respeito à competitividade é a lacuna de inovação a Europa tem vindo a investir cada vez menos na inovação e particularmente quando comparamos com os seus principais concorrentes em termos económicos leia-se Estados Unidos da América e China eh dragi realiza com números que não vou agora aqui também maçar os nossos ouvintes mas de facto há um GAP como dizem os ingleses há uma distância H uma assimetria brutal no que diz respeito à inovação também a questão da regulamentação o facto de nós eh nunca termos e avançado para o federalismo cada estado ter H ter a sua regulamentação própria leva a que existe uma fragmentação na na legislação o que dificulta claramente também as empresas eh particularmente as pequenas e médias empresas de atuarem a nível da União porque têm que estudar tem que se adaptar a cada uma das legislações eh individuais dos países membros Isso dificulta também a venda e dificulta a produção e e a Europa Tem sim eu ia só perguntar-lhe se a Europa tem de algum modo apostado nos setores errados Ou pelo menos não está a abrir o leque isto porque e é aqui um exemplo a Volkswagen está a fechar fábricas na Alemanha pela primeira vez em quase 90 anos a Europa acabou por afunilar aqui h as possibilidades de de mais comp duas fraquesas mas tem mais uma e aliás agora vessa a de nota disso as a estrutura Industrial eh europeia eh é uma uma estrutura Industrial estática o que é que isso quer dizer que não se renovou nem se adaptou às novas realidades que também liga à questão da Inovação e liga à questão da fragmentação regulamentar mas nos últimos cinco 50 anos de alguma forma a a estaticidade da estrutura Industrial tem sido a palavra de ordem e por isso mesmo eh é também uma fraqueza e por último das quatro grandes que eu identifiquei a dependência energética da Europa relativamente a fontes de energia externa especialmente o gás e também o petróleo muito deles como bem sabemos vinha do nosso hoje Se quisermos adversário que nós designamos por Rússia eh e aqueles que L Estão próximos foi uma dependência que também não foi frutuosa Se quisermos para para a própria Europa e olhando agora especificamente para para para o setor da Defesa concorda que o diagnóstico de Mário drague com este diagnóstico que os 27 funcionam numa lógica de Quintal próprio e não de digamos horta Comunitária Como contornar isto Helder Sousa Silva a defesa assenta naquilo que falei relativamente à questão da indústria primeiro a defesa eh não existe uma estrutura de defesa da Europa a Europa sempre de alguma forma Descansou e relegou para a Nato leia-se principalmente para os Estados Unidos aquilo que é o esforço de segurança e defesa deste território e esse é o primeiro Se quisermos e o maior dos erros que aconteceu nestes últimos nestes últimos anos segundo a questão também do equipamento de defesa dado que a questão das Quintas Como eu disse e escrevi no artigo eh acontece em cada um dos Estados membros cada estado membro tem o seu exército cada estado membro tem o seu equipamento próprio de defesa alguns deles dos mais centrais da Europa leias França e Alemanha são os maiores produtores em termos de equipamento de defesa mas que produzem equipamentos próprios e muitos deles não são interoperáveis o que é que isto dá dá de facto uma manta de retalhos chamamos assim relativamente a a um esforço eh de empenho conjunto como é aquele que tem agora sido solicitado através desta desta desta injusta eh guerra da Ucrânia onde queremos fornecer os nossos equipamentos mas depois chegam ao teatro de operações ao terreno e estes equipamentos não têm capacidade de falar uns com os outros portanto é estee grande grito da Alerta relativamente à questão da interoperabilidade e à questão de nos armos todos em função um esforço como aconteceu com a compra das vacinas durante a covid-19 das vacinas que são dois que particularmente as as vacinas é um belíssimo exemplo no que diz respeito a um esforço conjunto deis primeiros investigação desenvolvimento produção e aquisição de um determinado tipo de material neste caso vacinas e ou equipamento que devia acontecer exatamente o mesmo na área da defesa essa esse Grito de Alerta que que que dragi que dragi coloca na área da defesa e e a Europa tem sabido sim sim diga diga coloco outro ponto que é o ponto para mim também fal que é o ponto de como é que isto se vai financiar e claramente drag diz-nos o seguinte com o orçamento que existe neste momento para a união europeia não é possível fazer mais holet com os mesmos ovos que isto para uma linguagem Clara que os nossos ouvintes também percebam quer ISO dizer o seguinte que é ou se decide cortar em áreas que hoje são consideradas áreas essenciais para o bem-estar europeu lei essas áreas da da área social área da saúde área da Educação coisa que nós naturalmente não defendemos ou alternativamente encontramos novas fontes de receita para a união para a união e aí entramos no novo capítulo que é ess estão os estados membros disponíveis para poderem contribuir mais à partida não estão de que forma é que podemos reforçar e engordar o bolo eh para poder fazer Face a novos desafios E aí entram um novo capítulo que é eh o capítulo de contração de dívida que chamamos de defens Bond tal qual aconteceu nas vacinas tal qual aconteceu também com a questão do prr para a recuperação da Europa também existe essa vontade pelo menos também do grupo parlamentar onde eu municí que é o partido Popular europeu no sentido de dizer que a defesa e a segurança é é de facto um ativo essencial para a garantia da continuidade da Paz na Europa para que isso aconteça não só eh tanto com os recursos atuais mas com reforço de recursos podemos claramente também pensar nos diens Bon que e seria a forma mais rápida de se atingir esse patamar de reforçar a indústria de defesa de caminharmos para equipamento comjunto interoperável e que permita garantir a defesa das nossas fronteiras tanto que tanto que Sousa Silva expressa também neste artigo o desejo de que o Colégio de Comissários que aí vem que está para ser anunciado em breve por o s Vl venha a ter especial atenção a este setor da defesa dos nomes já apresentados vê algum com perfil para comissário ou comissária para a indústria da Defesa H bom eu não me quero adiantar relativamente a isso naturalmente existem nomes que vão correndo nos corredores eh aqui também de Bruxelas e de strasburgo eh eu estou certo que eh eh irá ser encontrado um comissário que tenha que tenha conhecimento eh que tenha para queijo que tenha experiência eh e que de alguma forma já tenha tido funções eh quer a nível governamentais quer a nível operacional para esta área seria um IMP para a comissária portuguesa não para Maria luí alquer eu penso que a comissária portuguesa estará mais orientada para as áreas financeiras e económicas eu penso que a Dra Maria luí Aler estará mais orientada para mas ia falar de alguns nomes H Não não vou falar não vou falar porque eu seria especulação eu penso que tanto a presidente da Comissão naturalmente que tem feito disso o sigilo que a situação também eh merece e por isso não e vamos conhecer em breve mas já que falamos aqui de Maria Luís albuquer que já agora está fragilizada depois da divulgação da auditoria à privatização da tapa em 2015 bom eu Julgo que não também o aparecimento destas notícias elas não aparecem por acaso eu conheço pessoalmente a doutora Maria Luisa alquerque acompanhei porque na na altura em que foi ministra eu estive no Parlamento Nacional primeiro e depois como autar em Mafra devo dizer que eh tenho da Dra Maria luí eh a melhor consideração eh relativamente às suas capacidades ao seu conhecimento e ao seu empenho eu considero que a Dra Maria luí alquer foi de facto uma patriota Porque no momento difícil que o país atravessou com a intervenção da troica eh não só o Dr Pedro passos Coelho enquanto primeiro ministro mas a Dra Maria luí alquerque enquanto ministra das Finanças fizeram pelo nosso país Fizeram por Portugal aquilo que era necessário fazer e por isso mesmo não não são todos Nem todas que têm coragem coragem política coragem moral coragem pessoal de tomar as decisões que a Dra Maria luí albet tomou e por isso mesmo no momento difícil que a Europa atravessa porque não eh não ignoremos a Europa e atravessa momentos extremamente difíceis de continuidade com os ataques que vem sof não só em termos de guerra eh propriamente militar mas também em termos de ataques económicos e ataques de outra tanto são as as chamadas guerras híbridas que hoje acontecem e por isso mesmo a Dra Maria luí alquerque irá fazer um grande mandato eu espero que se dentro destas áreas que eh representam também a sua área de atividade a formação e a experiência governativa que adquiriu em Portugal e por isso eu estou certo que irá ser eh irá ser e ter honra É ilustre para para ela eh e também para Portugal que que irá representar E por falar em decisões estamos mesmo aqui a a terminar eh vem aí uma grande decisão que tem que ver com o orçamento do estado ou várias decisões Dependendo da forma como os partidos forem votar e as negociações já foram retomadas o senhor foi autarca lá está presidente dos autarcas social-democratas é importante haver orçamento viabilizado eh não só por causa de todo esse contexto que o próprio Presidente da República tem referido de das Guerras do prr mas também por causa das autárquicas do próximo ano bem eu penso que sim aliás o quadro político tem sido amplamente Se quisermos debatido que é desde a presidência da república o governo os vários grupos parlamentares eu penso que não há ninguém que diga que o país não precisa de um orçamento aprovado e nesse sentido também aquilo que eu tenho visto eh porque entre a política e a politiquice também a distância não é grande e por isso a eu espero que do lado do governo e do principal partido da oposição leia-se o PS que haja de facto um sentido de estado e que levem aqui o orçamento com a o aditamento de propostas que devem ser também tidas em contas propostas do PS que devem ter sido e ser tidas em conta pelo pelo pelo pela AD eh mas que até ao final de outubro novembro que haja condição de se aprovar o orçamento os autarcas que eu há pouco tempo eh deixei de o ser com grande pena minha também porque eh fui muito feliz enquanto autarca também pugnam por isso eu lembro-me em situações semelhantes onde eu autarca mas do PSD eh estava na oposição e eu também Ponei junto do meu partido para que fosse um elemento também construtivo no sentido de viabilizar um orçamento na altura do do partido do governo que era o o PS que hoje está na oposição e isso mesmo os autarcas precisam também de planear as suas vidas os seus orçamentos para anos futuros Como disse muito bem a Vanessa neste momento estamos numa fase crítica eu direi até utilizarei um um termo critiquem se o termo existir em português eh relativamente à à à à implementação do prr e e e e também eh perspectivar que se possa perder reservas por eh situações que não são AC calculadas politicamente anterior seria mau demais para ser verdade e o país de facto não está preparado para isso relembrar também e partilhar com os nossos ouvintes Portugal Tem vindo a perder competitividade relativamente à média dos países da União Europeia nos últimos 20 anos e não podemos ignorar não podemos esquecer porque este é um dado objetivo Eu relembro por exemplo a região de Lisboa que é uma que bem conheço eh há cerca de 10 anos atrás um Pib per cápita de 125% do PIB e médio da União Europeia hoje Lisboa está abaixo dos 100% Lisboa está a cerca de 97 98% quer dizer que perdeu cerca de 30% de competitividade nos últimos cerca de 10 a 12 anos Isto é inaceitável e isto também tem muito a ver com aquilo que é o olhar para umbigo de quem está no governo quem está na oposição fazer a política pela política esquecer o interesse Nacional por isso terminando esta parte é importantíssimo que os partidos se organizem que se entendam e que aprovem o melhor não é qualquer orçamento também é o melhor orçamento para o país no sentido de nós aproveitarmos os Fundos e de continuarmos a desenvolver fletir o processo de divergência relativamente à Méia da União Europeia fica fica esse apelo aqui silo Obrigada por ter Sid até à próxima e aqui a propósito obrigada a propósito aqui deste artigo que fala sobre esse relatório de Mário Drag e olhamos também aqui para este contexto mais interno mais Nacional das negociações do orçamento do Estado [Música]