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[Música] recebemos o Bruno Cardoso Reis para as últimas sobre América aqui com condução do Bruno viira Amaral e olhamos ainda para o impacto do debate entre cela haris Donald trump mais precisamente para o impacto internacional do debate tivemos o kremlin a mostrar desagrado pelas referências a Vladimir Putin feitas pelos dois candidatos Dimitri peskov o porta-voz do kremlin eh disse que o nome de Putin é utilizado como uma ferramenta nas batalhas políticas internas dos Estados Unidos não gostamos nada disso e Esperamos que deixem o nome do nosso presidente em paz eh Bruno Cardoso reias Bom dia como é que podemos olhar para esta declaração do porta-voz do kremlin há um verdadeiro desagrado por parte de ou bem eu eu eu a mim parece-me que na verdade eh Putin eh fica mais preocupado quando o ignoram do propriamente quando o mencionam ou seja ele quer ser eh nem que seja o vilão da história mas Portanto acho que muito o seu comportamento internacional tem a ver realmente com alguma vontade de recuperar a influência da Rússia mas também tem com alguma vontade de recuperar visibilidade eh portanto parece-me que é se calhar mais para ele mais ofensivo declarações do do tipo das de Obama quando reagiu a também num destes debates eh para as presidenciais quando reagiu à às declarações do mitrum que tinha toda a razão de que eh que de facto a Rússia continuava a ser um rival estratégico muito sério aí Obama que tem uma uma fama justificada de ser uma pessoa muito inteligente etc realmente mostrou que eh tinha aqui uma visão ilusória sobre o que era a Rússia pós guerra fria portanto disse que não que isso era uma coisa do passado Insistiu muito nos tais reset semem recuperar boas relações com a Rússia etc sem nunca conseguir nenhum tipo de resultado eh mas portanto parece-me que ele eh a Rússia leva mais a mal isso do que propriamente esta questão mas mas enfim é mais um pretexto para aparecer aqui como queixoso como alguém que tem razões de queixa do em relação aos Estados Unidos eh mas realmente e no no debate O que foi muito visível foi eh que do lado de trump realmente não houve mais uma vez nenhuma vontade de criticar de atacar ditadores ditaduras não é em relação a isso ele insistia sempre que tinha ótimas relações com eles e que seria a forma de conseguir a paz era as Tais boas relações que ele tinha com com Putin ou com o líder dos Talibã ou com ou com a China etc enquanto Camel Harris no fundo vai dizer eu penso que aí ela marcou pontos veio dizer que a tradição nos Estados Unidos é preocupar-se como manter boas relações com os aliados com países Democráticos etc eh e não propriamente passar a vida a tentar apaziguar ditadores ou preocupado com o que é que os ditadores pensam eh ou ter esta visão realmente ilusória de que através de boas relações pessoais com o ditador aob se consegue resolver os problemas e e inclusive disse que isso tornava o trump muito fácil de manipular que no fundo aquele enorme ego dele era algo que era facilmente manipulável por estes homens fortes e e até explorando a sua Fascinação precisamente Com estes ditos homens fortes ouou ditadores portanto eh mas é verdade um aspecto do que peskov referiu ou seja realmente eh Putin e esta questão da Rússia acabou por ser uma parte eh do debate interno de Debar político nos Estados Unidos mas isso simplesmente resulta da da atuação da Rússia nomeadamente da própria invasão da Ucrânia que tornou essa questão incontornável foi das poucas questões a maior parte do debate foi sobre questões internas mas houve algumas questões de política externa e realmente uma das mais previsíveis tinha a ver exatamente com com a Ucrânia em que mais uma vez Putin deixou claro é mais uma vez trump deixou claro que a sua prioridade seria acabar com a guerra a qualquer preço e fazendo um acordo com Putin e e Camis ve dizer que ia manter a linha tradicional dos Estados Unidos ou seja de e apoiar democracias que estão a ser vítimas da agressão neste caso a Ucrânia e também garantir a segurança dos da Europa dos dos Aliados europeus A começar por países como como a Polónia hum outra parte sobre política externa talvez menos previsível foi sobre o Afeganistão Kel har acusou eh Donald trump de enquanto presidente dos Estados Unidos ter convidado para uma reunião na Casa Branca um líder dos Talibã eh em 2019 uma visita que entretanto foi cancelada Donald trump eh respondeu referindo-se a um Abdul eh um misterioso líder dos Taliban que não há certezas sobre a sua identidade ou há bem na verdade isso Jou até uma série de memos exatamente soube quem é que era este Abdul aparentemente até no próprio eh no próprio Afeganistão aparentemente ele estava a referir-se há realmente um um um negociador o Abdul gani baradar um no fundo chefe de delegação dos Talibã nestas negociações com os Estados Unidos mas ele nunca foi o líder dos Talibã e eh trump referiu Aliás não só ele foi o líder naquela altura e eu dou muito bem com ele e tive muito boas e portanto consigo ter boas relações com líderes como o líder do estali como ele continua a ser o líder na verdade nunca foi o líder o o líder do do estali B eh nunca Portanto o IB atá azada que é um líder religioso bastante digamos eh propenso a a ao isolamento portanto nunca nunca fez propriamente grandes visitas nem nem nem diplomacia nem visitas externas nem e portanto realmente nunca se encontrou com com trump eh e e portanto isso é no fundo é mais um exemplo de a falta de Rigor constante de trump esta insistência na nas relações ões pessoais eh e e e depois no facto disso muitas vezes resultar de facto numa visão bastante ilusória do que é que do que é que é a política internacional neste caso inclusive com eh Com erros factuais aí realmente na questão do dos Talibã eh esse era era uma questão que em que a administração biden realmente podia podia ser criticada eu próprio Aliás critiquei a forma como a retirada foi conduzida eh mas mas mais uma vez eh no fundo no debate eh esta propensão de trump para a falta de Rigor etc acabou por desviar as atenções e depois até o o comentário dos analistas e da da Imprensa até Americana não propriamente para os problemas que houve na na gestão da retirada por parte de biden e haris mas para para esta falta de Rigor de de Donald trump e esta visão digamos muito personalizada da política internacional que realmente não também não deu grandes resultados Aliás a Camel haris aí eh no fundo o que fez foi dizer nós nós tivemos de lidar com e com uma retirada que já estava em curso que vocês não tinham preparado a administração trump hou vários e responsáveis militares americanos aliás que nos últimos dias publicaram uma carta aberta exatamente criticando isso e apontando para isso e muito resultado desta forma de conduzir e diplomacia a nível internacional neste caso e negociando por exemplo diretamente com os Talibã ignorando e minando o governo de cabul portanto acabando por contribuir para a queda do do governo que está mais moderado que estava em Cabu bu eh e e de facto com um acordo que não tem não tinha grandes garantias em termos de depois da retirada e do que é que se ia seguir a seguir uhum e outro dos temas recorrentes de trump e que mais preocupa os aliados europeus são as críticas à Europa por não contribuir o suficiente para a defesa e explorar os Estados Unidos até em termos comerciais Bruno estas críticas são justificadas ou trata-se apenas de uma arma retórica que funciona bem junto do eleitorado de de trump eh bem e e há críticas que podem ser justificadas eh nomeadamente em relação à questão da da Nato e do investimento em defesa embora não nos termos em que Donald trump os os os as faz ou seja eh os países europeus não devem dinheiro aos Estados Unidos a a Nato não é uma espécie de máfia eh não é aqui uma uma uma coisa de proteção em que os Estados Unidos Europa P exatamente para proteger a Europa exatamente os Estados Unidos por têm uma presença na Europa eh não pelos lindos olhos dos europeus mas porque eh a Europa eh e a segurança europeia e a paz e a prosperidade na Europa correspondem aos interesses estratégicos americanos eh e isto liga-se com o outro aspecto a outra opção de trump que é E esta ideia de que el ele não está apenas a falar da Nato mal H aquele famoso acordo que foi feito por Obama e não por trump para chegar aos 2% do PIB de investimento em defesa portanto não é um pagamento aos Estados Unidos é os países europeus contribuirem no fundo a investir mais em defesa contribui mais no fundo para a defesa coletiva mas isso eh é um compromisso até 2024 ou seja até ao ano atual portanto formalmente ainda Ninguém está em falha com esse compromisso atualmente já dois ter3 dos países da Nato já cumprem ou ultrapassam até esse compromisso há um país até a Polónia que já gasta mais em defesa em percentagem do PIB do que os Estados Unidos eh portanto a Polónia como resultado obviamente sobretudo uma questão que não tem a ver com o trump porque aliás essa tendência não só continua depois do trump sair da presidência em 2020 mas até se acelerou tem sobretudo a ver com eh e foi o que justificou aliás esse compromisso Em 2014 tem a ver com a alteração do contexto geoestratégico ou seja como a Rússia novamente a armar-se até aos dentes e e muito ameaçadora muito agressiva e e portanto mesmo em relação à Nato não não se justifica a crítica nos termos em que é feito até porque muito poucos países do mundo gastam essa percentagem do PIB em defesa ninguém gasta aquilo que os Estados Unidos G gastam os Estados Unidos sozinho gastam tanto como os os 15 países seguintes a a Europa no seu conjunto basicamente é o segundo bloco logo a seguir aos Estados Unidos e mais ou menos a par da China que gasta mais em defesa Portanto o problema na Europa é sobretudo até gastar melhor de forma mais coordenada que é uma coisa que por exemplo trump é bastante hostil quer só acordos bilaterais eh e eh muito do que os Estados Unidos gastam em defesa não é para defender a Europa estes 4% é é porque está presente a defender os seus interesses noutras partes do mundo e e os europeus são até dos Aliados mais capazes militarmente e mais solidários com os Estados Unidos e sobretudo em termos económicos porque essa é outra componente muito importante e que pode ter consequências e a curto prazo porque ele basicamente promete aumentar de forma generalizada as taxas alfandegárias para as eh importações para os Estados Unidos ora a relação económica entre os Estados Unidos e a Europa é extremamente intensa é extremamente lucrativa para os dois lados É de longe a relação económica mais e de maior intercia a nível Global não só comércio em bens mas investimentos cruzados há milhões de empregos Isso está muito bem documentado que dependem da presença de empresas americanas na Europa e empresas europeias nos Estados Unidos tudo isso está ameaçado por esta obsessão nacionalista protecionista de e Donald trump que ignora o facto de que estas relações de interdependência económica são exatamente isso interdependência e os Estados Unidos Por exemplo não pode querer exportar eh para o resto do mundo bens e serviços e e e faz isso muito para a Europa sobretudo nomeadamente serviços e depois não deixar que os outros países em em circunstâncias iguais também exportem para os Estados Unidos Portanto o comércio tem de ser algo que é mutuamente benéfico Mas isso é algo que realmente Donald trump não não consegue perceber e é uma obseção antiga e um e uma e algo que que em que trump constantemente fala em termos da Europa e outras regiões mas em particular a Europa explorarem os Estados Unidos Portanto ele realmente não consegue perceber foi mais uma vez uma crítica de Camel Harris que me parece fazer bastante sentido ele não consegue perceber que é importante ter Aliados é importante ter relações de cooperação que são mamente benéficas el parece pensar sempre em termos de vantagens apenas para os Estados Unidos Bruno Cardoso Reis e análise à realidade norte–americana Caminho das eleições presidenciais de Novembro Obrigado Bruno um bom dia bom dia obrigado n [Música]
1 comentário
Onde vocês viram isso???