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nós estamos a falar de um universo que em Portugal tem mais este Com licença Não é com autorização emitida um universo que andará nos 120.000 eh uns anos eh São emitidas mais licenças noutros anos são emitidas menos licenças este número e a atenção Este número é grande e porquê porque estamos a falar de um setor eh económico com relevância porque eh estamos a falar de um setor económico no qual as pessoas têm além do equipamento de ca em si mesma de um do vestuário do transporte não é tem de se deslocar até um até ao local onde se onde vão caçar temos também a questão dos cães não é Depois temos também a questão do alojamento e das dormidas das refeições portanto é um setor com impacto económico muitas vezes em áreas onde eh não existem tantas atividades económicas assim eh É curiosamente também um setor que tem registado algum crescente interesse por parte de cidadãos estrangeiros que vêm a Portugal caçar e e portanto têm uma como vêm de Fora acabam muitas vezes por ficar por comprar eh viagens muitas vezes já organizadas para irem caçar a determinadas áreas de caça e portanto têm também todo há todo um trabalho também de de agências de viagem que trabalham neste setor temos depois também e é curioso nós passamos a vida a discutir tantas as questões das da discriminação em relação aos estrangeiros nós como é claro é um setor muito taxado e por exemplo os cidadãos não residentes em Portugal pagam eh praticamente o dobro pela licença do que paga um cidadão Nacional eh sim um o o cidadão nacional para a para a mesma para a mesma mes atividade para a mesma atividade é curioso como há assim às vezes umas coisas que acontecem por exemplo nós temos tipos de licença temos a licença Nacional a licença Regional Depois temos licença para não residentes eh por 30 dias e não residentes na época venatória para a época venatória e portanto uma licença habitualmente custa 76 para a época venatória de 2023 24 custa 73,3 mas Se nós formos não residentes custará 14,98 e H enfim serão critérios mas talvez não estejamos habituados a que e sejamos cobrar quem Portugal se pague e em função de se residir ou não Sim como é claro e este é o o mundo das taxas o país das mais de 4.000 taxas e taxinhas teria de ter aqui para lá desta questão das taxas para as licenças para o tipo de licença que muda quer seja Nacional Regional e quer quem a pede seja eh não residente em Portugal Depois temos como é óbvio todo um um enorme Universo de taxas para inscrição em exame eh é curioso porque se paga mais se se tiver menos de 25 anos aqui os jovens não são assim tão favorecidos Depois temos a emissão da carta de Caçador a segunda via a renovação eh Depois temos o requerimento Temos vários tipos de requerimento portanto é todo para as zonas de caça é todo um um Universo de taxas e taxinhas tem uma expressão fiscal não vamos dizer extraordinária mas tem a sua expressão fiscal e eh nós temos depois para lá desta deste da emissão das licenças em si mesmas Depois temos tudo o que tem a ver com com a questão dos cães a vacinação eh as consultas veterinário as licenças os seguros portanto a questão das Armas é tem têm de ter as suas licenças têm de ter os seus Seguros portanto tá aqui todo um universo económico à volta deste setor que muitas vezes H passa sem sem sem que se sem que se dê por ele e acabamos a chegar a uma espécie de polêmica e esta polémica tem sobretudo a ver com eh o crescimento muitas vezes de partidos eh que tem uma visão muito urbana da natureza e dos animais ou seja têm uma visão eh do animal mais do animal privilegiam a visão do animal de companhia Face a uma visão mais do animal eh que estava mais associada ao mundo Rural e é muitas vezes essa esse confronto essa eh colisão que nós vamos encontrar nestas diferentes interpretações e muitas vezes nestas polémicas em Portugal nós tivemos eh Talvez um dos momentos é curioso porque agora o o Pan está está mais centrado na questão das touradas não é eh que é um universo mais menos disperso geograficamente falando e depois das nas eleições de 2022 foi colocada a questão até em termos muito o pan e veio veio pedir eh o começa portanto em diferentes áreas temos a a questão de aumentar a fiscalização da atividade sinergética depois eh pretendeu ou defende a interdição da caça assumidamente desportiva e depois ainda vai defender a realização de sensos e estabelecer a monitorização populacional de todas as espécies sujeitas à atividade sinergética apresenta a caça como sendo e responsável pelo pela extinção de um grande número de animais e depois há aqui também uma questão complicada que ou polémica que é com a questão dos cães se os cães que estão que acompanham os caçadores devem ser eh devem estar presos por trela ou não essa e estar com Sime ou não esta são algumas das questões não é um assunto de modo algum exclusivamente português em países onde a caça tem um peso e uma tradição social muito grande meu caso de Espanha o caso de França eh as as polémicas também tem acontecido mas curiosamente nós vamos assistir a uma alteração na forma como se tem olhado para a caa eh curiosamente os últimos anos até T dado uma mudança no perfil do caçador a a caça E essa era um grande era e é uma preocupação grande das pessoas do setor estava os caçadores Estavam todos na casa acima dos 40 não é mesmo portanto eh nos últimos anos ou no registou-se um pelo porque as pessoas têm de pedir asais licenças registou-se uma alteração no na idade eh apareceram mais jovens não quer dizer que que isso tenha sido suficiente para o perfil do caçador em Portugal ficar mais jovem mas apareceram mais jovens a quererem ou ou felicitarem a autorização para caçar há também aqui um dado a ter em conta para se poder ter eh uma arma em casa isso no mundo rural em algumas zonas as pessoas podem senti-lo como necessário eh sendo Caçador isso é está muito mais eh facilitado logo Nem todas Estas pessoas que pedem licença de Caçador vêm a caçar de facto mas tem-se houve essa alteração em relação ao à ao perfil alteração não pareceram mais jovens a pedir a tal licença de casa é claro que estamos muito longe eh quando nós recuamos meio século não é o curiosamente o número de cartas de Caçador não era muito diferente quando nós chegamos a 73 existiam em Portugal 192.000 eh cartas de Caçador mas havia também um número muitíssimo significativo de pessoas que tinham aquilo que era a chamada da pressão dar que era uma arma que muitas vezes os rapazes tinham ali a partir dos 16 anos e e que era eh permitia disparar ali uns pássaros mas basicamente permitia disparar para umas coisas de madeira e fazer ali ver quem é que quem é que acertava melhor portanto estamos longe eh desse número curiosamente o 25 de Abril vai ser vivido como uma espécie no mundo rural e o mundo Rural era chegava muito mais próximo como uma espécie de direito à caça ou seja o a terra era de quem trabalhava e a caça era de quem a caçava por assim dizer isto vai dar havia menos regulação ó regulação nenhuma nenhuma portanto caçava e essa depois vai ser mais tarde uma outra discussão que é a questão da criação das zonas de reserva de caça os célebres aramados se deve ou não a ser ou se pelo contrário a caça é do povo não é e isto tem tem zonas de conflitualidade curiosamente algumas até das das das das dos conflitos e eh no mundo Rural então alguns claramente tem a ver com a reforma agrária e com a ocupação das terras Mas vamos ter uma grande conflitualidade associada à caça até porque o direito a caçar foi muito visto como algo que determinado tipo de elites tinham mantido para si Talvez um dos conflitos mais e emblemáticos dessa época tenha ficado com o símbolo das herdades do da família núncio na na qual corria não é que como símbolo do Poder do latifundiário e do desperdício era eram mantidos linces que é óbvio que não se deram nada bem com a reforma agrária como se deve calcular nem com a caça para todos eh portanto há houve esta mas este número é significativo porque nós estamos em 73 com c praticamente 193.000 cartas de Caçador mas em 74 esse número já é 214.000 ou seja associado a um a um espírito também um maior poder de consumo a um espírito de de se achar que se tem direito a eh e portanto vai passar e aumenta muito e todos nós nos lembramos eh durante anos 70 80 90 as pessoas que não caçavam mas que eram automobilistas ou que se deslocavam no país tinham muito a sua vida condicionada pelo calendário da caça porque por exemplo para regressar a Lisboa até porque as autoestradas acabavam bastante ali um bocadinho a seguir a Vila Franca eh quando se vinha de auto quando se vinha tentava regressar a Lisboa em setembro tinha-se que ter sempre em conta ah Este é o primeiro sábado de caça porque não se caça todo não não se caça às segundas terças por acaso há há uma espécie que se pode caçar à quarta à quarta-feira mas em geral estamos a falar do dos sábados e dos domingos e e portanto era muito condicionado eram lendárias as filas por exemplo na reta do cabo eh que fazia a entrada em Lisboa pela ponte Vila Franca de xira eh o o para onde confluíam centenas milhares daqueles veículos mais o seu atrelado então no domingo de regresso a a Lisboa eh quando começava a caça Portanto o calendário da caça era eh um calendário que nessa matéria podia concorrer com os engarrafamentos na ponte A Caminho das praias não é É claro que eh esse eh tempo acabou não é assim hoje mas a caça neste momento eh temos duas coisas temos por um lado o crescimento dos partidos eh que se apresentam como amigos dos animais que de facto tem uma perspectiva do animal de companhia mas por outro lado a caça até eh reguladas aqui algumas coisas ir resolvidas algumas coisas desta conflitualidade entre as reservas associações eh os aramados os não aramados mais ou menos estabilizado embora com tendência para baixar o número de caçadores vemos em alguns países a caça a ser eh governos a darem licenças de caça pela necessidade de controle de espécies até porque e os os grandes predadores estão frequentemente em desequilíbrio e por exemplo nós temos mesmo e o eh governos Como por exemplo o governo do Canadá muito recentemente voltou a a a dar autorização para caçar ursos em determinadas zonas temos também a questão da caça ao urso com mais licenças na Europa na roménia por exemplo não é e vemos frequentemente ou com alguma frequência alguns governos sobretudo de países que têm grandes predadores e aqui estou a pensar o caso do do urso também podia pensar o caso do Lobo não é eh embora aí tenha tido um papel fundamental aquele Lobo comeu o Poney da senhora Úrsula vli que está que até aí estava convencida que essa questão dos ataques dos lobos era uma uma uma in ção por parte do dos dos produtores de gado e e logo vê-se aí o papel do caçador como alguém que pode contribuir para o equilíbrio entre as espécies porque eh se elas entram em desequilíbrio umas com as outras eh isso não é claramente favorável eh do ponto de vista Ecológico mas há um outro desequilíbrio que também pode ser muito complicado que é quando E aí Sobretudo o caso mais complicado sempre é o dos grandes predadores os lobos e os ursos quando em espaços habitados nós temos uma proliferação excessiva desses grandes predadores é claro que que o caso do do do P da senhora usla Vonder Li é é muito menos grave de quando esses ataques são a humanos e e nós tivemos no caso da roménia eh ataques e e e isso leva É sempre temos de entender que temos que ter sempre as populações e estes animais a viver em equilíbrio quando o lado humano sente que há um desequilíbrio eh é é muito difícil sustentar que se pode e deve preservar aqueles animais e aí em geral o que se faz é chamar o caçador porque chamando os adores eles têm meios de repor novamente esse equilíbrio portanto esse lado eu comecei aqui por falar do lado económico da atividade económica da caça que é importante por outro lado temos também o o o o lado social porque a caça serviu para manter e tem servido para manter uma ligação a um mundo do qual muitas pessoas partiram as Tais 230.000 licenças de caça de 1974 correspondem muitas vezes a esse perfil eram pessoas que tinham vivido no campo tinham vindo trabalhar para as fábricas para a construção civil para o comércio para escritórios e que muitas vezes a sua ligação a esse mundo no qual muitos deles tinham começado a guardar gado é é feita através da caça e depois agora temos esta figura muitas vezes do do caçador como um ador necessário dos Tais desequilíbrios e ecológicos portanto eu acho que e claro sempre com a tal polémica aqui uma polémica que tem muito a ver também com a visão muito Disney da da natureza não é nós temos sempre o problema do não é que é que é complicada porque as pessoas T imagens muitas vezes muito delirantes sobre aquilo que são os animais sobre aquilo que são sobre aquilo que é a natureza sobre aquilo que são os animais selvagens eh têm às vezes pondo frequentemente até a sua vida em risco esse não é tanto o caso ou não é de modo algum o caso em Portugal mas eh temos sempre aqueles casos complicados do norte da Europa do Canadá at dos Estados Unidos não estou a falar das pessoas que foram inad foram andar de bicicleta e e acab acabaram a cruzar-se com com o urso e as coisas podem não ter corrido bem porque houve uma agressão por parte do urso não estou a falar de pessoas que se convencem que os animais que é possível falar com eles estar com eles comunicar com eles o que do ponto de vista dos animais não tê qualquer vantagem Antes pelo contrário e do ponto de vista delas algumas vezes também as coisas acabaram mesmo de forma dramática portanto as pessoas têm vão alimentando esta muitas vezes uma uma uma visão sobre dos animais que eu acho que estava Eh mais ou menos plasmada num livro que eh uma vez ofereceram um dos meus filhos e que era um lobo que era vegetariano e as pessoas Claro oferecem estas coisas com as melhores intenções mas conheço muito bem esse livro pronto mas é que os lobos não são mesmo vegetarianos e nem é desejável que sejam e felizmente que não são e e portanto existe esta esta conceção de uma de uma do do quase que do do caçador como um ser que vai ali levar o sangue àquele universo não é como se Depois todo aquele universo os animais estivessem todos olhar uns para os outros e contar histórias uns aos outros portanto os lobos não são vegetarianos de modo algum e e há aqui este lado da caa que apenas para acabar até porque já temos em estúdio quem sabe bastante mais sobre tudo isto e pode realmente eh trazer aqui ideias bem bem interessantes e que é o seguinte nós temos de perceber que a caça de alguma forma a arte começou com a casa não é quando nós procuramos as primeiras imagens O que é que primeiro se pintou Não é vamos encontrar as cenas de caça nas grutas vamos depois encontrar aqueles artefactos maravilhosos quer dizer maravilhoso uma pessoa imagina eu como não tenho nenhum jeito de mãos fiquei sempre pasmada a olhar para aquelas pedras talhadas a pensar quer dizer em primeiro lugar que eu não tinha sobrevivido dois dias e depois eu não sigo por um uma razão qualquer a trip pieda de mim e depois o quão o o quão difícil deve ter sido conseguir fazer aquelas pedras na Alemanha estou agora a estudar também em madeira portanto seja em madeira seja em pedra para se conseguir caçar não é e depois transformar o animal caçado em eh alimento em pele portanto toda essa atividade e depois temos toda toda a arte toda a pintura toda a literatura toda a Tapeçaria e vamos sempre encontrar as cenas de caça a caça faz parte de história humana não foi um erro foi mais ou menos assim que as coisas começaram e e nem um desvio nem algo que agora nós porque somos intelectualmente superiores vinhamos a a achar que já não faz sentido portanto a caça esteve cá sempre eu acho que temos que ter um pouco cuidado porque o o homon o o ens não vá agora eh de alguma forma querer fazer de conta que nunca se caçou e que a caça não teve um papel que é claro que não é aquele que tem hoje e não tem agora outro papel é um pouco o ficarmos cativos do problema do da fotografia do safari para muitos países por exemplo em África a caça é é fundamental porque os turistas pagam muito dinheiro para caçar e em alguns casos aqueles animais têm de ser abatidos por exemplo apar o caso de elefantes Porque estão o seu número cresceu excessivamente e pode comprometer a vida e as atividades económicas do das pessoas que Residem naqueles locais se há quem esteja disposto a pagar e a pagar muito para participar nessas atividades desde que elas sejam devidamente controladas eu acho que faz sentido que tal aconteça