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começa agora novo explicador da Rádio observadores esta manhã sobre os incêndios que deflagram no país E para isso convidamos para estar connosco António Nunes Presidente da liga dos bombeiros e Portugal está a atravessar o período mais crítico dos últimos anos a nível de incêndios com meteorológicas bastante diversas muitas ignições incêndios que lembram a tragédia de pedrogam de 2017 incêndios que se TM verificado sobretudo no norte e centro do país António Nunes Presidente da liga dos Bombeiros bem-vindo a este explicador como é que foi esta noite conseguiu controlar-se as frentes de incêndio de ontem não as frentes de incêndio naturalmente que durante o período da noite eh tem alguma variação na sua intensidade eh porque por vezes a humidade eh relativa consegue H ajudar aqu além a a a dominar algumas dos dos percursos não propriamente até e o fogo em si mas os percursos e orientar os percursos do fogo para a salvaguarda de estruturas e infraestruturas eh mas não foram não foi possível e dar o incndio como circunscrito ou e dominado e portanto a frente fogo continua e que são três grandes frentes num dos incêndios e que é na zona de obrigaria seber do Voga eh e depois a questão de vela penova do castelo e também alguns focos a digamos de incêndio em outras localidades sendo que a ao amanhecer estariam cerca de 100 focos de incêndio em Portugal Continental S que a situação em Albergaria continua a ser a mais grave a situação em Albergaria tem tem tendência a ser a mais grave porque é aquela que tem aglomerados populacionais mais próximo das frentes de Fogo o que não quer dizer que os fogos do distrito de izeu ou mesmo o deu PCA de Guiar não possam ser fogos com alguma perigosidade António nundes como é que olha para a coordenação do trabalho de todas as entidades e homens e mulheres envolvidos por parte da da da Proteção Civil no terreno funcionamento do CESPE enfim temas que nos últimos anos nos habituamos e a ouvir falar de forma não totalmente apreciativa a Liga dos bisos portugueses é muito clara na apreciação que faz sobre esta matéria H vamos ao CESPE o CESPE de facto neste neste ano nesta nestes teados de operações não t havido reportes de falha de comunicações ao que parece e pode haver pontualmente uma ou outra questão mas muitas das vezes tem a ver com o uso adores não tem propriamente a ver com o sistema e o sistema está a responder pelo menos até ao momento eh com adequada e resiliência e operacionalidade portanto sobre o Cesp nós não temos nenhum comentário negativo a fazer antes pelo contrário quanto à questão da Coordenação eh nós temos um modelo diferente e apelamos a um modelo diferente a um modelo em que bombeiros comandem bombeiros é exatamente como os restantes agentes de Proteção Civil e que a Proteção Civil quer ao nível Municipal que o faz bem quer ao nível distrital que er ao nível Nacional seja a coordenação e o comando estratégico ora eh quando isso não acontece eh por vezes existe uma preocupação excessiva por parte da da autoridade Nacional de emergência e Proteção Civil numa uma tentativa de coordenação quase que tática ou manobra que na nossa opinião não deve existir porque são os bombeiros que sabem onde é que devem eh colocar os seus meios e também eh os meios que devem ter o apoio os meios terrestres devem ter o apoio quer de máquinas de rastros quer de meios Aéreos e só a conjugação de todos estes fatores e do uma utilização diferente do agente extintor que em Portugal continuamos a existir muito na água e e não em algumas a alguns produtos químicos que ajudam a quer à proção do fogo quer a uma melhor capacidade de taticamente e em termos de manobra dos Bombeiros poder intervir eh em alguns locais com a utilização por exemplo de gel esumi para ou retardante tudo isto precisa de que seja alguém dos Bombeiros que se preocupe muito com a parte do combate e deixar à Proteção Civil a sua coordenação e algumas das críticas que estão a surgir eh neste ano é ter-se deixado eh que automobilistas ficassem nas autoestradas ora é essa coordenação global que nós precisamos da Proteção Civil e deixar que cada agente Faça o seu papel desempenhe o seu papel e seja responsabilizado pelas suas ações seja no na questão da evacuação das populações seja na questão do combate direto às Chamas seja na salvaguarda da vida e dos bens eh falou aí da utilização de produtos químicos além da água que possam ajudar os os bombeiros não têm autonomia para tomar esse tipo de decisões não têm por uma razão simples os bombeiros eh não TM uma eh estrutura nacional que os represente do ponto de vista operacional a Liga dos Bombeiros portugueses têm tentado Minimizar esses impactos mas de facto o que nós temos são qu 64 entidades tentas de Corpos bombeiros corpos de Bombeiros o o combate aos incêndios forestais que tem a agif tem o icnf e não tem sido possível tem a própria autoridade Nacional de emergência e Proteção Civil com os meios Aéreos contratualizados pela força aérea ou seja há demasiados atores eh que têm responsabilidade na área da preparação na área da prevenção e na área da resposta e portanto quando isso acontece há também depois um fator chapel disto tudo que são as disponibilidades financeiras é evidente que eu para ter Caldas retardantes gels espumíferos eu eu tenho que e afetar mais recursos financeiros que devem ser entendidos como um investimento e não como uma despesa porque se eu proteger melhor a floresta e diminuir o tempo de combate eu consigo fazer economias de escala estes esta situação de que há alguns atores procuram eh eu diria que ser os líders da decisão e não uma liderança eh digamos coletiva do ponto de vista do que é melhor não para a b ou c mas para a defesa da nossa floresta do nosso ecosist tema da nossa eh eh da das nossas populações e por demais Evidente repara o país está n situação em que está e não foi reunida a comissão nacional de Proteção Civil aonde estão representados todos os dirigentes máximos de todas as entidades que são chamadas ao combate H não era preciso reunir a comissão nacional de Proteção Civil do ponto de vista porventura da tomada de decisões porque o governo eh as fará do ponto de vista político mas para que a população percebesse de que há um sistema a funcionar de que há um conjunto de entidades que ao nível distrital nacional e municipal se reúnem e que decidem eh no sentido da articulação dos meios eh não não se fez ontem houve de facto uma reunião ou governo e com sua senhor presidente da república na Proteção Civil mas não houve uma reunião da comissão missão Nacional de Proteção Civil e nós jamos que isso era importante porque era aí que nós podíamos colocar também algumas questões não só ao governo mas às outras entidades António Nunes ainda em relação à intervenção operacional dos Bombeiros no nos teatros de operações nós ouvimos falar muitas vezes nestas ocasiões eh do número de de operacionais que são enviados e muitos deles Claro vão são de outras corporações não conhecem bem o terreno Quais são as principais dificuldades que os iros enfrentam nesses momentos senti que existe uma coordenação são verdadeiramente úteis ou às vezes estamos a falar de números mas que depois não há uma uma capacidade de ser eficaz no combate ao aos incêndios eh depende das situações no caso concreto daquilo que nós hoje estamos a observar os bombeiros de qualquer ponto do país são sempre úteis porque muitos deles podem ser utilizados e em defesa da daquilo que é o interface forestal Urbano E aí eh desde Essa zona de transição entre o incêndio Florestal e a possibilidade de avençar casas exatamente eh na defesa eh das das casas das Indústrias dos aviários eh dos tbos ou seja não precisa de haver um conhecimento do terreno quanto à utilização de Bombeiros que não são da zona no combate aos incêndios forestais melhorou muito porque hoje eh quer os rádios CESPE quer as viaturas quer os sistemas de GPS de geolocalização eh permitem ter visões que há uns anos atrás era quase que um mapa simples mal desenhado que era entregue aos bombeiros portanto hoje há essa capacidade e há também uma outra capacidade que deve existir e por isso é que nós defendemos bombeiros comandados por bombeiros de que os bombeiros devem eh integrar-se com equipas que conheçam o terreno em determinadas circunstâncias ou seja não devemos colocar uma estrutura que provém de um qualquer distrito num outro distrito Desde que eu não conheça adequadamente esse território e portanto pode-se fazer uma eh mistura entre os bombeiros de uma determinada região com quem vem de fora da região isso é fundamental para haver uma maior capacidade de eh intervenção e a insegurança que é aquilo que nós todos desejamos António Nunes eh como Como é que os bombeiros estão a encontrar a floresta e que melhorias é que terá havido na gão da floresta nos últimos anos e sobretudo na questão crítica do cont controlo da matéria e combustível evoluiu-se depois da tragédia de 2017 ou estamos mais ou menos da mesma há melhorias nós não podemos dizer que não há melhorias a questão e é é é é outra e se nós temos capacidade para as melhorias que que introduzimos no ano por exemplo de limpesa de determinada área forestal se temos capacidade financeira e capacidade de mão deobra para manter essa limpeza em permanência nós não podemos pensar que vamos ter uma floresta completamente limpa nós temos que pensar em ter medidas eh de que sejam capazes de em determinados momentos e em determinadas zonas a a eh eh evoluir para ter uma um mosaico paisagístico completamente diferente a questão da continuidade da mesma espécie forestal é muito perigoso para os incêndios e a questão de o ordenamento eh de eh da nossa Floresta também é um outro problema porque muitas das vezes em zonas que já arderam fazem-se plantações mas depois não se faz o desbaste necessário para essas plantações ficarem eh livres da da da da intervenção H daquilo que são as espécies eh que invasoras ou seja há muito para fazer na floresta muito foi feito especialmente No que diz respeito h a aquilo que são eh as defesas eh a descontinuidade eh houve muito trabalho feito mas não o suficiente eventualmente foi um trabalho feito em zonas que agora não estão a ser eh elas próprias atingidas e portanto eh Há aqui sempre uma grande dificuldade eu gostaria O que é que tem faltado aí é liderança política e um sentido de urgência da parte da liderança política eh eu Julgo que tem faltado uma capacidade efetiva de intervenção descentralizada nós temos que entender o seguinte quem melhor conhece os seus territórios são os municípios e portanto qualquer decisão centralizada a partir perdou uma expressão do terreiro de Passo h para resolver onde estamos simbolicamente hoje exatamente simbolicamente hoje e para distribuir como o fenómeno de poder não funciona ao nível forestal é evidente que há decisões Nacionais a questão do do inventário do cadastro etc mas a descentralização das operações de limpeza de organização muitas das vezes de expropriação ou de eh Congregação de proprietários em baldios em cooperativas em rentabilização da floresta não pode ser feita a partir do carreo de Passo temos que convencer os nossos autarcas que eles são os principais interessados na defesa das suas populações de que T que ter uma floresta organizada não é uma floresta limpa que essa é difícil ela tem que estar organizada e o mais jto possível porque nós olhamos para as estradas e nós verificamos que até as entidades públicas de nível Central não cumprem com a legislação que hoje é muito vasta e que acaba por ser inoperante portanto temos que ter os nossos autarcas a trabalhar temos que ter é agentes diplomáticos junto dos nossos autarcas eh e de acompanhamento dar-lhe os meios financeiros necessários para que eles possam equipar adequadamente os seus bombeiros eh os sapadores forestais com trabalhos de t e cultura o ano inteiro e eh interessar os proprietários que têm Que organizar melhor as suas áreas de produção forestal ou então temos que ir para algumas atitudes um pouco mais coercitivas como o emparcelamento ou eh mesmo a expropriação porque se se tornar um risco para a população nós temos que em nome do bem comum sacrificar o bem individual António Nunes Presidente da liga dos Bombeiros com o seu comentário ajudar-nos a perceber também as dificuldades Neste período mais crítico da época de incêndios Muito obrigado pela sua participação neste explicador um bom dia obrigado bom dia bom dia e bom