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sejam muito bem-vindos está aberta mais uma sessão das novas crónicas da idade mídia segunda temporada Eduardo Oliveira de Silva Luís Marinho Luís Marques e Rui pego hoje com eh Luís Marinho e Eduardo Oliveira Silva à distância imagine-se imagine-se os prodígios da tecnologia Hum como temos como temos feito ultimamente e nesta segunda temporada vamos fazer aqui uma rápida Ronda pela questão dos mídia e eu começo já com dois meios de comunicação do o tempo mais antigo mais recuado os pagers e os walky talkies que foram objeto de um ataque Israelita contra o hbol fazendo explodir pagers e walky talkies o que quer dizer que poderemos estar aqui com no início de uma nova fase da Guerra ali naquela região do médio Oriente da Guerra eletrónica e da Guerra eletrónica muito bem Lu Marinho eu queria só chamar ção para dois excelentes artigos por casamos do Expresso da da da passada semana o primeiro é do nosso companheiro Luís Marques que chama-se a Europa na encruzilhada chama a atenção para uma questão que eventualmente andamos um bocadinho distraídos andamos todos aqui a a saber aprovamos ou não o nosso orçamento e de facto que o que vai contar segundo ele e e penso que com com razão h o que vai o que vai contar mesmo é o relatório do Senor drag que traça um cenário para a Europa no mínimo e preocupante eh o lhe chama a atenção para e diz a Europa perdeu a batalha da Inovação para os americanos e está a perdê-la também para os chineses eh na mesma na mesma linha outro artigo também do do do Expresso h de Pedro Gomes Sanches o artigo chama-se make Europe great again fala um bocado da política norte-americana um bocadinho daquela nossa eterna dependência dos Americanos eh se se os americanos saírem da Europa se saírem da Nato etc etc o que é que será de nós e de facto H Ele termina com uma com uma uma expressão interessante que é eh não perguntem o que é que a América pode pode fazer pela Europa e o que é que Europa mas perguntem o que é que a Europa pode fazer por si portanto Digamos que que são dois artigos e que são muito interessantes para uma para um tema que é a muito muito atual demasiado atual diria eu mas que eventualmente para para os quais eventualmente andamos um bocadinho distraídos Eduardo Oliveira Silva não eu é totalmente diferente acho que já disse uma vez no programa que acho que o há limites para a humor Eu gostei muito de ouvir o Ricardo araúj Pereira e a rábula que ele fez sobre o ministro da Defesa que realmente foi infeliz naquelas declarações sobre Olivença mas acho que fazer depois humor e relativamente aos espanhóis dizendo que eles eventualmente preferiam ter cancro a ser portugueses h não acho que há determinados limites que eu considero indecorosos e portanto para mim o humor tem determinados limites que esse Cavalheiro não respeita é uma discussão que nos levava longe essa bastante bom esta semana Temos a agenda marcada pelos incêndios que também incendiaram as as audiências visíveis eh nomeadamente e em particular as audiências tanto do operador público que na terça-feira foi ultrapassado pela cmtv eh um canal como sabemos do Correio da Manhã que ganhou a RTP por pouco 10.7 de audiência média contra 10.4 D RTP mas que H um sinal portanto um sinal portanto confirma uma aproximação entre a cmtb RTP já noutras ocasiões eh que revela duas coisas por um lado eh ão da oferta do serviço público e a força da informação praticada pela cmtv é importante sublinhar aqui que a audiência média da cmtv antes dos incêndios era de 6.6 e portanto só praticamente quatro pontos com a cobertura dos incêndios de resto a cobertura dos incêndios está justamente no centro de uma polémica que não é nova é muito antiga tem 20 anos se bem me lembro eh sobre a forma como as televisões eh cobrem os incêndios a questão e do Sucesso se há acesso não há acesso se há um tom mais desabrido eh se há se há uma banalização da imagem eh das imagens das chamas H acho que é é sobre isto que que que eu vos proponho que e que nos situem Agora sim luí Marinho eh essa questão foi desenvolvida já há 20 anos por aí e estava o Luís Marques também na na Anunciação da RTP eu estava na direção h e e tentamos eh fazer uma uma dentro da própria empresa dentro da RTP e porque tinha tínhamos vivido anos anteriores de uma loucura que que agora se está a repetir de de transmissão de incêndios portanto era havia quase uma competição entre as televisões qual era o repórter que estava mais perto das chamas felizmente não houve nenhum nenhum acidente gra mas podia ter havido e sobretudo a forma como como se se estavam a transmitir e esses esses acontecimentos é evidente que ninguém está a dizer que não se pode ou que não se devem transmitir como é óbvio tem que se transmitir como é óbvio tem que se dar notícias Mas a forma como elas se dão é que é que nós tentamos na altura h e discutir enfim e e foi uma uma discussão altamente democrática dentro da própria redação e dessa discussão saiu um um documento bem esse documento Pois foi altamente polémico porque que apareceu o crítico do costume a dizer que era o governo Claro tudo o que se faz na RTP segundo esse crítico h e é a ordem do governo portanto ali as pessoas não têm vontade própria de maneira que é o governo que mandem tudo e mais uma vez era o governo que mandava o que eu acho estranho eh passados estes anos todos H vi este artigo aliás um artigo muito bom H eh hoje publicado publicado no no público pela Joana Amaral Joana Amaral Cardoso esta quint e a Sim hoje hoje quinta-feira exatamente peço exatamente temos que ter sempre essa atenção h e e e achei interessante a a posição do do atual diretor de informação da RTP que diz que considera absurdo as pessoas tentarem fazer acordos portanto as eh tentar se conversar sobre isto tentar chegar a um acordo sobre formas enfim de de de cobertura deste tipo de de acontecimentos eu eu até até concordo que ele acha absurdo porque alguém que não mexe em nada alguém que não se preocupa em mexer uma palha desde que está na RTP como adjunto desde 2015 e como diretor de 2020 e concordo absolutamente que ele acho absurdo que se Tente fazer alguma coisa Eduardo Oliveira Silva foi um exercício de uma tentativa de autorregulação entre os diretores de informação e da da da altura que eu achei de algum modo saudável mas temi e na altura disso que que que fosse pouco respeitado porque a natureza do tipo de televisão que se pratica hoje sobretudo em Portugal eh com esta concorrência e sistemática intervenção das das cadeias de de de de informação dos canais de informação leva a que haja naturalmente alguns excessos mas também por outro lado h a situação de denúncia e de e de reportagem tem que se perceber eh nesta fase acho eu eh eh até porque ontem estavam ativos 149 incêndios a certa altura eh e e é realmente uma coisa absolutamente monstruosa não é bom eu devo confessar eh antes de ouvirmos o Luís Marques devo confessar que h não vi grande excessos h de resto vi coisas diferentes do que habitualmente que se costumava ver h costumava ver um chesse na linguagem costumava ver um tom de alarme Não vi nada disso vi serenidade muita serenidade em jovens repórteres é preciso dizê-lo e é preciso afirmá-lo aqui eh e vi alguma substância inclusive naquilo que eram as intervenções e é evidente que depois há Chamas Claro os incêndios têm Chamas mas H eh e talvez algum um ou outro excesso quando havia comentadores a falar e as chamas eh ficavam lá num eh num quadrado e tal e portanto aí provavelmente é uma coisa que se pode se pode corrigir mas não parece em nenhum momento eh daquilo que eu vi e não vi 24 sobre 24 não não pareceu em nenhum momento que tivesse havido sucesso Luís Marques bom eh eu não tenho nada contra a autorregulação dos entre os jornalistas entre as redações pelo contrário eh ess foi isso foi feito já duas vezes pelo menos que eu saiba entre no no na cobertura de dentre da tragédia entre os rios com conseguiu-se e eu estava lá nessa nessa nessa nessa operação conseguiu-se algum entendimento entre as redações de forma tanto a que a cobertura tivesse algum tipo de e enfim alguma ética mais mais rigorosa no sentido de que estávamos a fazer ali uma a tragédia era P tanto era era muito forte a emoção estava ali à Flor da Pele e era preciso ter algum cuidado e conseguiu-se controlar isso eh e depois nos incêndios que o Luís já já referiu Eu também participei à distância portanto nesse nesse nessa discussão e conseguiu-se Claro que isto tem sempre duas componentes na da abordagem uma é a que a daqueles que acham tanto que este televisões potenciam tanto os focos basicamente a acusação que havia portanto à cobertura dos focos é que os incendiários portanto os pirómano atiam fogos por causa das televisões viam na televisão I viam televisão iam a tiar fogos isso foi desmentido pelos númer númer uma parte significativa dos das ões tomado hoje no no antigo do público exato também é verdade e Mas isso foi desmentido pelos factos posteriores os dados mostram que portanto a origem criminosa dos incêndios portanto é uma parte minoritária portanto da da é uma é minoritária na na origem das ignições eh não não quer dizer que seja irrelevante não é não é irrelevante mas dizer que as pessoas que há uns pirómetros malucos portanto vão incendiar vão atiar focos porque depois de querem ver na televisão ouos querem ver na televisão esse isso foi desmentido pela pelos factos e pela realidade o que não quer dizer que não possa acontecer eh pontualmente depois Houve essa acusação que o Luís referiu é que houve um excesso de regulação e de repente as televisões estavam a fazer o frete ao poder político para não mostrar para não não mostrar portanto os fogos e portanto e não potenciar Portanto o aumento dos incêndios pelo via da sua sobre exposição eh aqui a questão esta discussão tem 20 anos hoje em dia praticamente essa discussão é impossível por uma razão muito simples há 20 anos não havia os canais de informação que é agora exato pronto e com os canais de informação que agora e com concorrência entre que que é entre os canais praticamente esse tipo de regulação é impossível o que nós temos que olhar é para aquilo que tu estavas a falar Rui é se a ctura está a ser bem feita ou não está a ser bem feita eu diria que neste neste caso concreto nestes dias tragédia que estamos a viver igual a dos outros anos esta eu tive um boquinho mais à distância porque a última por exemplo eu vivia diret diretamente porque estava no terreno enfim fui uma fui vítima dela podemos falar disso mais à frente portanto desti um bocado mais distanciada a ver as televisões com algum detalhe e eu achei que estou de acordo completamente contigo que esta cobertura em geral foi muito bem feita eh houve eh muita contenção eh houve uma prova de fogo enfim passo aqui portanto enfim o pon eh hou aqui uma uma de uma nova geração de jornalistas que foram para o terreno pessoas jornalistas nós não estamos habituados a ver alguns deles muito bem preparados muito bem preparados com uma grande contenção de linguagem uma grande serenidade com muito com muita informação inclusive de dar o enquadramento etc eh eu acho que esta prova de fogo bom eu que continua Tando com imagens portanto apropriadas foi muito bem foi muito bem muito bem eh um teste muito bom para o jornalismo para os jornalistas e em geral eu diria portanto que H sempre exceções como Evidente e estou a dizer que não houve aqui não que não as houve mas daquilo que eu vi até agora acho que o jornalismo tá de parabéns hah eu eh sublinhava aqui uma outra coisa Luís Marques antes de voltarmos ao ao Luís Marinho e ao e ao e ao Eduardo Oliveira Silva sublinhava aqui eh alguma criatividade inclusivamente a fazerem eh reportagens feitas eh Digamos que à margem um bocado à margem daquilo que era que era o episódio que que estava a acontecer designadamente na rádio eh O Observador por exemp sim O Observador por exemplo fez uma reportagem eh como é que as pessoas se deslocam estradas cortadas como é que eu vou trabalhar por exemplo e e portanto e num terminal de autocarros como é que era se as pessoas podiam apanhar Autocarro não podiam apanhar to isso é um outro lado das coisas e Portanto acho que do ponto de vista jornalístico acho que o que que e hou algos jornalistas correram riscos e até Deal quase quase de vida não é porque alguns deles Estavam estavam rodeados pelo fogo numas situações muito críticas e estavam lá e isso o jornalismo deve deve fazê-lo não tenho dúvida sobre isso h e Luís Marinho o o o o o Presidente da República no meio deste deste caos chamemos-lhe assim para simplificar H neste neste inferno que tem em que tem estado mergulhado particularmente o norte e o centro do país eh o Presidente da República vem dizer hoje em Machete ocorrida a manhã que sem H eleições quer dizer ele não vem dizer uma fonte uma fonte não sabemos Quais são as fones nós sabemos nós devemos sim portanto se e essa fonte diz que que o presidente se o orçamento chumbar que que Avança para para eleições é eu acho que é uma uma uma uma ameaça de certa forma incendiária esta fonte em vez de Deitar água deita deita lume e e e ficamos a saber quer dizer os partidos eh os três partidos Digamos que contam aqui neste caso portanto PS PSD e e chega ficam a saber eh com o que é que contam portanto Esta esta esta Manchete serve exatamente para isso para lhes dizer meus senhores ou o orçamento passa ou vamos outra vez eh contar votos bom H antes de antes dimos essa essa essa esse lado saber o que é que vai acontecer no orçamento eh de depois da desta comunicação do do do Presidente da República eh é preciso talvez situar a comunicação em si em si não é numa altura em que o país ainda está a viver uma tragédia em que os incêndios ainda estão na na ordem do dia em que há pessoas em risco de vida eh o o o professor Marcelo Rebel Sousa Presidente da República dar enfim há uma fonte Blan dizer que foi ele mas enfim eh uma fonte de Bé afirmar que o presidente da república está a pensar dissolver o Parlamento e convocar eleições por causa do orçamento ser ch esturro mais uma vez para dar aqui uma expressão e apropriada eh na realidade isto retirou ao correr da manhã uma provável Manchete sobre os incêndios e não sei se na criatividade mediática de Belém e e das fontes de Belém isto não é uma tentativa de desviar o foco mediático dos incêndios para um tema e para o tema orçamento que é um tema forte como é evidente Mas que deixou estar na ordem do dia por causa dos incêndios não sei se esta manobra mediática desta criatividade mediática de Belém vai ter algum efeito porque não me parece portanto que nesta altura o país esteja virado para estar a discutir para voltar esta discussão intermin sobre se o orçamento passa ou não passa e e também não sei muito bem se aquilo que o Correio da Manhã diz e embora com a fonte de Belém seja exatamente assim porque não estou a ver qual é a vantagem que o presidente da república está em dissolver tem em disolver o Parlamento no caso de não haver não haver aprovação do do orçamento Mas isso é outra discussão Eduardo Oliveira Silva as fontes de Belém são credíveis estas citadas por correio bem eu eh Há uma há uma há uma coisa que eu sei é que o correr da manhã Eh raramente chama a primeira página um tema político não é temos que convir eh e quando faz faz com grande assertividade ao lado da Notícia tá um comentário do diretor e adjunto e um dos diretores gerais eh que é o Eduardo damas portanto aquela notícia tem um grande fundamento porque o o damas não ia escrever aquilo que escreve na coluna ao lado se não tivesse plena confiança naquilo que tá ali eu penso que da parte do presidente eu percebo o que o Luís Marcos diz em termos de oportunidade certamente que eh pode haver aí Enfim uma tentativa de desviar as atenções eh e e se foi esse o caso não terá sido muito feliz em todo o caso não foi feliz foi não foi feliz ó ó Eduardo D mas chete da manhã é esta não é outra não não não sim não Ok mas estou a dizer desv e provavelmente as televisões logo vão falar nisto não é sim sim não feliz tu dizes feliz no sentido da concretização infeliz no sentido em que oportunidade da da oportunidade agora há uma coisa que fica Clara é um recado eu não sei se o presidente depois cumprirá com isso ou não mas como já tínhamos falado a semana passada basicamente ele está a Pressionar para que haja um orçamento e que o orçamento passe e vai fazer tudo nesse sentido com as ameaças e subsequentes não sei é se depois vai ter digamos a firmeza de realmente convocar as Tais eleições e que seriam digamos uma uma desgraça mas por outro lado Portugal não pode voltar a não ter orçamento portanto é bom que os os políticos parlamentares se aprum e cresam e façam os entendimentos razoáveis ou então decidam e digam por uma vez não há orçamento vamos para eleições mas que o digam já se calhar é melhor bom ainda em relação são um bocado irresponsáveis quer dizer esta irresponsabilidade que eu vejo de todos e Mas ó mas Eduard mas também não é normal que o Presidente da República ainda antes de haver discussão esteja a dizer o que é que vai fazer a seguir ó ó Luís Marcos nós não falamos de outra coisa está a entrar quer dizer está está a pôr está a pôr água está a está a pô gasolina na foga est as metáforas incendiárias está meter gasolina na fogueira sim é verdade mas mas mas mas por outro lado é bom que os partidos não andem neste G tá anunciar tá a anunciar uma medida que pá se ele tomar portanto não não ele não vai ficar na não vai ficar bem na história não é não vai ficar bem na história se isso acontecer é mau para ele também não é sim bom mas mantendo ainda na questão na questão dos incêndios H eh o primeiro-ministro Montenegro veio prometer celeridade para identificar os responsáveis pelos incêndios florestais e agilidade para todas as respostas e estou a citar que são necessárias e há Coincidências a mais disse ele ele fez um discurso muito muito duro não é muito muito assertivo não é não podemos perdoar a quem não tem perdão h e fala inclusivamente a criação de uma equipa especializada em aprofundar com todos os meios a investigação criminal a volta dos incêndios florestais hh Montenegro não se esticou um bocado nestas nesta nesta conferência de imprensa V começar eu já agora eh acho que se esticou bastante eh porque Como disse atrás a origem criminosa dos fogos portanto está provado portanto que são que é uma uma parte minoritária eh daquilo que são os dados conhecidos sobre a origem portanto dos dos incêndios mas eh mais importante do que isso é eh constatar o seguinte h a reforma da Floresta e o abandono do o abandono do interior e as consequências que daí resultam em particular nos incêndios que praticamente todos os anos assolam o país são Provavelmente o maior um dos maiores fracassos do 25 de abril e um dos maiores fracassos portanto da da Democracia portuguesa porque se olharmos para aquilo que tem acontecido nas últimas décadas o que nós verificamos é a prevenção falhou a reforma da propriedade falhou e a reforma da floresta da floresta falhou eh todos sempre que há um fogo ou Sempre que há fogos panto desta dimensão e há com muita regularidade quase todos os anos são prometidas sempre as mesmas coisas eh mais prevenção mais reforma da propriedade mais reforma da floresta e sistematicamente o que nós verificamos é que isso nada disso acontece aliás patético ver as televisões passarem horas e horas para além dos incêndios eh a ouvir sempre as mesmas pessoas que há 20 anos ou mais que 20 anos continuam a dizer as mesmas coisas e são os mesmos portanto a dizer as mesmas coisas portanto isto é uma reforma que não aconteceu e que provavelmente não irá acontecer vou falar de um uma experiência pessoal há do anos o conselho de Pombal Ourém e Leiria tem teve a mesma situação daquela que estamos a viver agora em Aveiro eu estive lá tive cercado pelo fogo era previsível tudo ardeu à volta era previsível e eu alertei as autoridades algumas delas acho que podia alertar para a possibilidade para de aproveitar a tragédia para reformar a floresta reformar a propriedade chamar as pessoas tentar ordenar um pouco portanto daquilo que seria Portanto o pós incêndio do anos depois não aconteceu nada O resultado é eh a floresta tá pior e madeira e eh cortada que fica no terreno o Eucalipto a dominar eh Floresta a floresta tradicional do interior que era Floresta de Pinho tá a ser transformada em Floresta de eucalipto porque o Eucalipto é mais resistente e mais resiliente que o Pinho e nasce espontaneamente não é preciso eh não é preciso andar a plantá-lo ele nasce por ele próprio A situação está pior do que o que estava há 2 anos e nada foi feito e nada foi feito nos outros sítios Isto é o fracasso de todas as políticas nós já vimos tudo já vimos o Presidente da República arrancar eh eh eucalipto já vios o primeiro ministro para tant rar Mat já vimos isso tudo e depois e depois o que acontece é que todos os anos volta tanto volta a uma situação que é pior do que a anterior isto está um falhanço tremendo E os políticos deviam assumir a sua responsabilidade e não deviam de maneira nenhuma sacudir a água do Capote e diria diria isto mas sem uma grande esperança e tomarem medidas que não sejam medidas burocráticas de papel mas ir para o terreno tomar as medidas no terreno que efetivamente têm que ser tomadas Eduardo Luís Marinho eh posso eu completamente de acordo com o Luís aliás porque o Luís tem um conhecimento como ele disse bem no terreno portanto porque viveu essa situação Aliás já mais já viveu essa situação mais verdade e mas o que é que o que é que eu acho também e e voltando ao discurso do do primeiro ministro é assim eu acho que há de facto fact mão criminosa numa série de incêndios não sei se se são a maioria são são uma são apenas uma parte mas h de facto mão criminosa nos incêndios tem que se perceber de uma forma muito muito fundamentada porquê porque normalmente depois as pessoas que apanham alguns deles até São inimputáveis quer dizer são pessoas e Muitas delas até com deficiências mentais etc que são atiradas para estas coisas e pela mão de alguém não é agora H Por exemplo quando se fala É Preciso aumentar as penas é pá é preciso Recordar que uma pena destas vai até aos 12 anos de prisão portanto não é uma coisa eh que seja muito leve portanto eh eh agora é mais fácil para mesmo para os políticos deitar tudo deitar toda a culpa para os incendiários que facto de facto é exatamente pelas razões que o Luís que o Luís apontou porque de facto eh tem sido uma uma uma conversa adiada uma conversa e eu diria mesmo fiada todos os anos falar se é preciso é preciso rever a questão da floresta é preciso Isto é preciso reordenar é preciso não sei o quê e de facto não se faz rigorosamente nada só ISO Eduardo Oliveira Silva Eduardo diz-me diz-me uma coisa por favor H ainda situando no discurso de Montenegro h o estico tem a ver com fazer uma marcação cerrada ou chega neste caso Talvez mas eu mas eu eu i ao outro ponto aquilo que que eu o João Miguel Tavares hoje faz um artigo que diz criminosos e interesses no fogo já dei para esse peditório eu também já dei para esse peditório confesso que realmente o que o Luís Marques expressou tá corretíssimo nada mudou desde 2017 mudou o quê a capacidade de combate e alguma mudança na operacionalidade terá mudan Eu Admito que sim mas há aqui um ponto que político que é o surgimento do primeiro ministro na primeira linha e o consequente apagamento da ministra da administração interna eh que enfim eu não sei onde é que ela anda e mas realmente desapareceu E isso não é habitual eu bem sei que eh também não é bom eh que o ministro esteja no meio das operações e que já se viu também e quando em 2016 a que é que isso leva não é mas mas apesar de tudo haveria aqui um equilíbrio eu eu penso que o ministério da administração interna Não não pode estar calado permanentemente perante tudo aquilo que h a acontecer porque tem responsabilidades diretas sobre sobre enfim os teatros de operações e as pessoas que estão à frente da da dessas operações bom o o Eduardo tirou-me aqui o meu Enigma que eu ia exatamente falar perguntar onde é que está a ministra Maria marida bolasco Margarida bolasco e é um caso um pouco insólito que é o minist da administração interna desaparecer e neste neste neste em todo este processo em toda a parte de comunicação o primeiro-ministro tomou conta da operação e deixou-lhe port praticamente deixou sem espaço pelo menos até agora portanto estamos já com quatro dias de tragédia ou quro quou C Dias H aliás Houve um momento até um pouco constrangedor não é para para ela Calculo que seja tenha sido que foi na conferência de imprensa dada pelo presidente da república e pelo primeiro-ministro viu-se que viu-se uma imagem que ela estava também mas que depois não aparece não é ouvida nem o nem o Presidente da República se referiu a ela nem o primeiro ministro se referiu a ela nem se nem lhe deu a palavra eh Isto é algo que não se faz não é ela é Ela é responsável por todos os efeitos pelo portanto pela operação eh de combate eh e dos meios portanto no terreno é o é o é a responsável política portanto por por toda essa área eh e e na realidade não tem tido nenhum tipo de intervenção que é mínimo no mínimo estranho e e totalmente anormal bom eh O que é que isso possa significar relativamente ao peso político da senhora is já não já não sei mas que não é normal não é H está lançada uma discussão uma polémica com velha de 20 anos ou mais sobre a questão dos excessos das televisões por causa dos incêndios h como é que vocês avaliam a reação eh dos média eh em relação à àquele Episódio da Escola Secundária da Azambuja hum o as televisões as rádios e estiveram no ponto certo de forma equilibrada H Edi Eduardo eu eu confesso que aqui à distância acompanhei pouco eh mas por aquilo que ouvi eh eh acho que o assunto foi a muito desenvolvido a não sei se se em excesso ou não a mas eh tentaram retirar dali um conjunto de de ensinamentos e depois é extraordinariamente Parece que foi criado um grupo de trabalho pela ministra valcer Lopes quando já existia um grupo de trabalho criado no governo anterior não se soube mesma coisa também pois não eh mas é que pelo menos podiam Tero estão ser criar grupos de trabalho que já existem não podiam podiam ter extinguido o outro grupo de trabalho ou pelo menos dizerem qualquer coisa do que os outros tenham feito mas se calhar s o grupo de trabalho exatamente se é que o outro grupo de trabalho se chegou a reunir isso é um mistério não é portanto mas eu acho que eh o caso foi muito eh valorizado eu eu não eu não eu confesso que há um há um ponto que eu quero dizer aqui que é assim eu não percebi o conex sociológico daquela escola que tipo de problemas é que há porque eu ouvi uma declaração passado 1 hora e meia e do de um dirigente do PCP eh a dizer que tinha que se ter cuidado com os discursos de ódio e eh enfim que havia discursos de ódio e eu não percebi se eh do ponto de vista digamos de se se se se aquela situação envolve outro tipo de problemas entre comunidades não percebi luí Marinho acho que a que a cobertura foi equilibrada digamos eh não parece que que tivesse havido nenhum excesso mas isto porque caiu desculpa Luís isto porque caiu no meio dos incêndios talvez is é isto acontece durante os incêndios nãoé talvez talvez também acho que de facto acabou em traspas por se desvalorizar porque o que estava a dar er incêndios e de facto a eh eh o grande foco o grande foco estava aí eu penso que se fosse numa noutra situação que o assunto teria sido teria sido mais desenvolvido o que não se percebe bem e e esta é uma dúvida que que que eu tenho H se qu Qual é o contexto Qual é o contexto do jovem Portanto acho que é filho de uma professora e o pai e trabalha em segurança daí ele ter levado o um um colete não sei se é antibala se é um pelo menos é um colete protetor Ah que era do pai portanto percebe-se mais ou men da situação Eh agora teria sido alvo de bullying foi uma Vingança não foi uma Vingança bem há aqui uma série de situações que não se conhecem de qualquer das formas eh o que eu li mais do que vi não é aquilo que eu li nos jornais pareceu-me pareceu-me bastante equilibrado e tentar portanto fazer ali algum contexto em relação a isto mas mar eu estou de acordo com o que já foi dito a cobertura penso que foi uma uma uma uma cobertura ajustada sem grande sem sem entrar em qualquer tipo de Sens do do covid não é eh e e também eh Talvez o contexto tenha gerado eh que o tema não tenha sido explorado por outras por outros ângulos também não conheço eh o que eu ouvi portanto que já você já referiram que o rapaz tinha era era objeto de bullying e isso foi uma reação tanto agora usar a usar eh uma faca já é enfim já é um bocado estranho eh portanto não sei se aqui haverá outro tipo de conflitos portanto de outro tipo de natureza não sei e espero que não haja eh para além do para além do ato em si mesmo portanto que é obviamente trágico e condenável Eh agora há que também um é preciso fazer um elogio h para além do elogiu à Aos aos meios de comunicação social e e aos jornalistas em geral eh também às autoridades n é porque o miúdo foi protegido Isso é uma uma é uma coisa relevante não é tanto quanto eu percebi tanto ele foi imediatamente protegido T isolado eh ninguém tem uma fotografia dele nem conhece isso é muito importante para enfim desde logo para a protação do dentro da daquele universo escolar e do rapaz em particular independentemente nem dosos que foram atacados nada isso foi foi muito importante e tanto quando percebi ele teve logo eh polícia apareceu Ele teve isolado lá dentro só saiu quando acharam que ele devia sair enfim isso foi foi foi bem foi bem controlado por parte das autoridades e a de elogiar muito bem jo trump a trump contra Harris camela Harris são a é o duelo de Novembro nos Estados Unidos da América para a presidência norte–americana e alegada tentativa de atentado a a Donald trump e faz Manchete na Imprensa internacional designadamente na imprensa britânica curiosamente a imprensa britânica deu mais relevo essa alegada tentativa de atentado h hum na segunda-feira logo no no dia 16 desta semana eh mas parece que há agora um um novo houve uma nova tentativa de atentado portanto todos os sempre que trump descer um bocadinho na nas sondagens vai haver uma alegada tentativa de atentado Olha o que eu o que eu o que eu li na em redes sociais foi que teria sido descoberto um carro armadilhado um carro com bombas enfim eh e que portanto seria mais uma uma tentativa de de de tentado contra trump H quer dizer nós não podemos eh ter aqui falar de cor saber se se isto também é verdade ou se é mentira não é agora que começa a ser muito atentado que que as coisas de certa forma eh começam a a a configurar uma estratégia de vitimização eh utilizada como como como triunfo político parece agora eh não podemos também garantir que não seja verdade e que não que não que não haja uma série de tentativas para fazer mal ao senhor não é Eduardo eh eh eu penso que o o o esse tipo de há um há um aproveitamento imediato de qualquer situação Eh que que possa envolver o trump Eu Admito que tenha havido realmente um louco qualquer que se tenha aproximado eh num contexto de enfim de perigosidade e evidentemente ele irá tentar eh tirar o maior veito da da dessas situações e eh eu penso é que eh não sei se isso vai pesar muito em termos de de campanha eleitoral nesta fase aquilo que me que me preocupa mais eh diria que são e eh que saber se efetivamente vai haver um segundo debate entre ambos eh porque esse sim pode vir a ser absolutamente decisivo e eu penso que o trump está com algum receio desse novo confronto luí Marques o a a imprensa portuguesa a imprensa portuguesa sim ele já disse que não fazia a imprensa portuguesa não deu grande relevo este legado atentado não eh e mesmo a impressa americana desvalorizou embora não tenha não tenha omitido eh o acontecimento é óbvio também não podia eh mas desvalorizou relativamente ag se houver desde segundo deste outro esta Já é a terceira tentativa e que o Luís falou portanto eu não não ainda não sabia vou ver O que é que se passou mas H A verdade é que eh de qualquer forma o que sabemos é que o FBI assumiu Não é portanto que houve uma tentativa não é portanto que há pelo menos um suspeito eh que eh foi eh foi apanhado tanto com uma enfim com um projeto uma tentativa de e assassinar o assassinar Ou pelo menos portanto alvejar Portanto o trump eh é um bocadinho fim seria uma teoria da conspiração agora estamos a pensar que é ele ou alguém por ele portanto os republicanos que estão a montar este tipo de operações enfim não não entra nisso portanto a verdade é que eh ele tem tem vindo aqui nas sondagens a verdade é essa depois do depois do frente a frente com a camala rris ele passou de uma diferença de três pontos para quatro pontos e já quase quatro pontos e meio eh e nos Estados decisivos o chamado sing States eh eh ele perdeu portanto alguma liderança que tinha portanto na Pensilvânia que é é um dos Estados decisivos em que agora os Democratas já tiveram tanto os Democratas à frente depois já tiveram os republicanos agora estão outra vez os Democratas eh e no colégio eleitoral as projeções que são feitas eh com os dados disponíveis mostram a camala portanto com 277 ou 278 membros portanto eleitos eh o que lhe dará portanto a maioria que são com 270 São 30 eleitos bom eh Esta é a situação que nós que temos neste momento mas ainda está muito está muito longe de estar portanto é o que dizem o que se Dizem os especialistas das sondagens Americanas é que isto ainda lá está muito longe de estar resolvido e não quer dizer portanto que estes atentados não possam vir tanto a ter alguma influência se calhar provavelmente provavelmente vem mas a dinâmica neste momento a dinâmica se pemos analisar em termos de dinâmicas de de Vitória claramente a dinâmica de Vitória da camala Não há dúvida muito bem os grandes enigmas ou o que for já a seguir Eduardo começas tu Qual é o teu Enigma para hoje posso começar eu o meu Enigma tem a ver com uma notícia de que eu não sei se esse conselho de ministros se mantém mas era estava previsto haver um conselho de ministros para anunciar e em concreto e aquele objetivo de criar um passe para os combois Inter cidades h eu não sei se isso se mantém mas o público Há dias Apresentou um trabalho em que dizia que era praticamente impossível porque eh o preço é muito razoável eram são 20 € o a anterior modalidade era de 49 portanto é uma redução muito grande mas depois não há plataformas que cheguem para os comboios não há comboios que cheguem e portanto o meu Enigma é será que isso vai para a frente Será que não passa de uma medida de anúncio mais um cartaz ou eh se efetivamente se vai poder concretizar eh essa essa medida que seria boa bom o meu Enigma é o Dr Dr Nuno Melo olivense é Nossa diz Nuno Melo ministro da Defesa Nacional a tropa ficou inquieta recios de que esta Proclamação viesse recordar o Angola é Nossa do tempo antigo e produzisse um moderníssimo para Olivença e em força O titular dos godos Estrangeiros fingiu que não ouviu o ministro da Defesa apressou-se a vira pública informar que a afirmação não vinculava o governo comprometia apenas o presidente do CDs quer dizer o Dr Melo enquanto Ministro não tem nada a dizer sobre a reclamação histórica da República portuguesa mas na qualidade de presidente do CDs mandava os tanques invadir Olivença e impor a soberania Nacional naquele pedaço e na qualidade de cidadão eh o que diz o concidadão Nuno Melo Luís Marinho ora h eu mais do que uma mais do que um enigma hoje é uma curiosidade eh falou-se imenso aqui do daquele assalto dos computadores não é portanto ao Ministério da aração interna já houve também eu acho que um assalto um roubo eh numa numa esquadra de polícia ou numa situação onde havia polícias portugueses mas eu tenho aqui uma uma história que li no correr da manhã de há uns dias Eh que que é muito mais interessante que é a seguinte eh Diana Johnson que que é ministra britânica responsável pelas polícias foi vítima de um roubo tendo ficado sem a mala e E quando é que isto aconteceu ela participava num encontro com responsáveis policiais e para discutir o quê o problema dos Furtos sorte parece que o suspeito já foi detido exatamente estava lá devia estar estava na cadeira ao lado Luís Marques bom o meu o meu Enigma já não é novo é para que é que serve a erc e já uma vez perguntei aqui mas a erc continua a surpreender-nos não é porque e envolveu-se envolveu-se há uns tempos numa polémica absolutamente absurda com o José Rodrigo Santos e e foi maltratada acabou por ser banto enxovalhada eh nesse processo eh e agora com três dias ou 2 dias e meio ou três dias depois do início dos incêndios eh a erc lembrou-se para de recuperar uma recomendação anterior sobre a cobertura dos incêndios eh para mostrar que está viva e está atento e está vigilante eh numa missão para a qual não foi mandatada por ninguém que a tanto dizer aos jornalistas como é que devem fazer o seu trabalho eh de facto eh ter uma erc constituída por pessoas que não conhecem o setor ou que vê de outras áreas que não o jornalismo propriamente dito eh dá nisto é irrelevância total muito bem termina aqui mais uma sessão de as novas crónicas da idade mídia um programa de Eduardo Oliveira Silva Luís Marinho Luís mates e Rui pego produção de Marina Duarte desenho sonoro de António Fialho operações de emissão de Beatriz Garcia imagem de Ricardo Fortunato novas crónicas da idade medda segunda Temporada Domingo ao meio-dia sempre que quiser ao alcance de um clube até pim