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viva está com o h da Verdade e o nosso convidado é Paulo Rangel Ministro de estado e dos negócios estrangeiros número dois na orgânica do governo a quem agradecemos ter aceitado tão prontamente o convite para aqui estar eu sou Susana mandrea Martins e comigo está a jornalista do público Helena Pereira bem-vindo o presidente Emmanuel macron presidente de francês já defendeu o envio de tropas de países aliados para a Ucrânia pergunta quehe que Loo é qual é a posição de Portugal sobre Esta possibilidade bom Como sabe a posão de Portugal é sempre concertada nestas áreas em primeiro lugar enfim comece não comecei por cumprimentar os nossos ouvintes e eleitores e queria fazê-lo mas dizer que a posição de Portugal tem sido sempre concertada no quadro da União Europeia e no quadro da Nato nesta matéria e é evidente que o que Portugal tem feito é um apoio à Ucrânia no plano económico financeiro político e militar também e e com o esforço enfim que eu acho que é de valorizar E e dito isto evidentemente que é nesse quadro que nós definimos as posições quanto à Ucrânia e nós sinceramente como julo que é evidente e enfim é uma matéria que obviamente e o ministério na qual o Ministério da Defesa tem sempre uma palavra eh determinante mas não está em causa do ponto de vista português um envolvimento nem deve estar da Nato ou da União Europeia ou de uma Pool de estados quer dizer assim um grupo de estados diretamente no conflito portanto e e portanto isso neste momento é algo que está excluído do nosso ponto de vista a prazo é ou não é inevitável tendo em conta aquilo que disse o arrastamento da Nato para a guerra da Ucrânia eu penso que não é quer dizer eu penso que o quadro em que nós temos dado o apoio é o quadro certo não é pode ter nuances pode ter eh como tem tido a posição da Nato ao longo deste tempo em diferentes matérias não é como sabem agora está em discussão aqueles estados que fornecem armamento que permite um alcance de distância para o território Russo enfim nomeadamente nós vimos o primeiro-ministro starmer e o presidente biden a fazerem a discutirem esse assunto e Justamente na semana passada e portanto há obviamente afinações que podem ter de ser feitas mas eu diria que a estratégia Global está definida e é de não envolvimento da Nato nesta guerra embora o apoio Claro destes países à à Ucrânia ao seu direito à legítima defesa ao seu direito a manter a integridade territorial e toda a soberania e o apoio português é inequívoco em todos os planos mas é neste quadro e é com este Horizonte que eu Julgo que sinceramente naquilo que é verdadeiramente essencial se vai manter mas como referiu eh na semana passada o presidente norte-americano admitiu pela primeira vez a possibilidade de permitir o uso dos mísseis de longo alcance fornecidos à Ucrânia eh para atacar a Rússia Qual é a posição de Portugal sobre isso eh concorda com não Portugal como é evidente a posição do presidente norte–americano não o presidente norte-americano tanto quanto eh sabemos não tomou ainda uma posição definitiva sobre essa matéria eh portanto Essa é a questão e nós não nos compete como é evidente ter uma posição sobre uma matéria na qual nós não som armamento nós temos fornecido armamento mas não armamento com essas características não é pronto e essa é a primeira coisa e portanto aquela que é a posição que a União Europeia definiu nesta matéria é que é no plano das relações bilaterais for ao último conselho de negócios estrangeiros que foi em agosto J que foi a 30 de agosto se não foi a 30 foi a 29 Mas podem confirmar a decisão que foi tomada é que essa seria uma matéria de eh eh eh digamos eh eh exclusiva competência bilateral cada definiria o quadro em que e o material militar que fornece pode ser usado eh e portanto é isso que se passa e portanto quanto essa questão é uma questão na qual nós não temos que e eh interferir enfim naturalmente no quadro da Nato no quadro da da da União Europeia participamos nas discussões eh ouvimos argumentos vários vamos analisando também o evoluir da Guerra Mas sinceramente essa é uma questão que no caso português não se põe e portanto que não me compete tomar tomar uma decisão sobre uma matéria que não é Nossa sim sim aí não é uma decisão o que lhe pergunto é se a situação evoluir para isso Portugal há de ter uma posição sobre se vê como razoável ou justificável eh que este este armamento seja utilizado em solo russ ou não não é não Não vai ficar calado perante essa situção não desculpe ainda agora e desculpe e vamos cá ver a Ucrânia acaba de como sabe neste verão eh eh passar a ter atuação em solo Russo hum nomeadamente na região de kursk nós sabemos e que aliás mudou um pouco o equilíbrio da Guerra até de uma forma um pouco surpreendente eh isso é de acordo com o direito da guerra se quiser assim é completamente legítimo quando um estado é um estado que é atacado uma guerra de agressão Como foi o caso da Ucrânia que Aliás não começou agora enfim tinha precedentes realmente em 2014 com a Crimeia e depois com o Don Bass e que entretanto teve este desenvolvimento eh ainda mais gravoso em 2022 e eh é é lhe permitido responder no no território do inimigo isso é completamente isso está totalmente fora de questão agora o que acontece é que como ela depende neste caso o esforço de guerra ucraniano Depende de apoio de outros estados ou de fornecimentos de outros estados eles podem colocar condicionalidade no uso desses equipamentos é disso que se trata e nada mais portanto a legitimidade atuar em solo Russo está fora de questão no quadro da Tima defesa Portanto tem que ser uma repar tem que ser uma resposta proporcional tem que ser uma resposta que não viole as regras de direito humanitário Internacional e portanto isso também é desde logo um pressuposto em qualquer circunstância e portanto é disso que se trata nada mais a resposta em território Russo é perfeitamente legítima depois Qual é o seu alcance isso depende dos estados que fornecem esse tipo de equipamentos Como eu disse o acordo que foi feito Entre todos e Julgo que isto até foi uma salvaguarda dos estados que são fornecedores eh desse tipo de equipamento e desse tipo de armamento foi que seria estritamente bilateral e portanto não há uma decisão coletiva nem da Nato nem da União Europeia quanto essa questão em relação ao navio com bandeira portuguesa denunciado como dirigindo-se a Israel mantém que se dirige ao Montenegro e à Eslovênia e que não transportava armas nem munições nem material de guerra embora espes explosivos desculpe eu não A questão não é de manter a primeira coisa que é preciso dizer é o seguinte e todas as pessoas que têm falado sobre este assunto sabem isso este barco não se dirige a Israel o barco dirige-se a Dois Portos no Adriático um na eslovénia e outro no Monte Negro isto tem que ser dito portanto é a primeira coisa isto não muda nada quanto a outras questões quando eu falei o que nós sabíamos é que transportava Material Explosivo Hum que no fundo é um material que se seria utilizado por a Os compradores desse material para os fins próprios das suas firmas e das suas empresas entretanto pouco depois já e nós continuamos a receber novas informações pouco depois disso ficou estabelecido que se destina a três países um é Israel Portanto o barco terminará o seu frete no Mar Adriático depois como material segue por outros barcos ou por e para destinos porque podem ser por barco pode ser por via terra porque vai para a Polónia e para a Eslováquia metade do material vai para a Polónia e para a Eslováquia metade do material vai para Israel é a informação que nós temos depois de interrogado o armador que tem respondido até agora enfim com um grau de credibilidade que nos parece perfeitamente normal e aceitável não tem não tem problema vamos a questão não é não tem problema se tem se não tem eu estou eu estou a dar a informação toda porque uma parte deste material Ah e outra coisa que é importante que também resulta já de indagações posteriores que por acaso quase que imediatamente posteriores ao momento em que me foi feita esta pergunta na primeira vez apuradas as empresas que não são como eu digo são de três nacionalidades sediadas em três estados diferentes para que seria o destino final desta carga que será descarregada no porto de de barra Montenegro e no porto de e coper capodistria em na eslovénia eh eh eh apuradas todas elas são empresas de fabrico de armamento Portanto o material que está no barco é um material de duplo uso Ou seja pode ser utilizado para armamento pode ser utilizado para por exemplo eh construção em obras públicas túneis Pedreiras etc portanto é Material Explosivo mas de facto as empresas que são o destino final ciadas em nestas três e diferentes e situações eh eh a estas empresas todas elas fabricam armamento portanto isso também conseguimos já apurar portanto é assim portanto será empregue no fabrico de armamento sobre isso não há dúvidas embora com uma cláusula que exclui as armas de destribuição maciça rampas lançamento e portanto algumas provisões internacionais todos se comprometeram a que não seria usado dessa maneira e cumpriram aquilo que são os os critérios digamos em termos de declarações internacionais para esse efeito eh portanto Isso é o que nós sabemos eh é o que nós sabemos e para Portugal não é desconfortável vamos cá ver Portugal eu queria dizer isto quer dizer sinceramente Nós estamos neste momento ainda a analisar a situação e estamos em contacto com com as autoridades portanto ao contrário do que se pensa Portugal não está parado eh Tem trabalhado nesta matéria para indagar Porque isto é uma questão jurídica muito complexa não é uma questão simples não há nenhuma razão jurídica e efetiva à à data para retirar e o Pavilhão pode haver razões de índole política Com certeza Pois é disso que quia perguntar se por razões políticas o governo O que é que eu acho Pereira eu acho curioso que Portugal nenhum governo Teve até agora a atitude que este governo teve qual é atitude que este governo T Proibir a exportação de armas desculpe Proibir a exportação de armas para Israel nenhum governo português peço desculpa não não não é neste caso do navio Não não é que nós Desculpe é que nós temos de olhar para isto também com justiça Sabe porque eu vejo partidos que defendem reconhecimento da Palestina mas quando tiveram poder efetivo nunca contribuíram para isso nunca vieram e nunca contribuíram para isso e tinham poder efetivo para fazer em 2015 e até 2022 e agora exigem este governo este Governo foi o único governo que até agora na assembleia geral das Nações Unidas votou a favor da admissão integral eh portanto membro do plano direito da Palestina este governo ainda hoje vai votar uma moção na Assembleia nas Nações Unidas uma resolução apresentada pela Palestina a propósito das conclusões do tribunal intercional da justiça e vai votar a favor Esta é uma notícia que estou a dar em primeira mão este governo este mês proibiu o sobrevoo de um avião que vinha dos Estados Unidos para Israel hum com armamento para Israel também é uma notícia que eles estou a dar em primeira mão portanto não eu não recebo lições de moral de ninguém nem este governo recebe porque nenhum governo português peço desculpa nenhum governo português teve esta atitude até agora portanto não vamos pôr as coisas em seu contexto eh o que está aqui neste momento nós estamos em consultas como digo eh nesta o que existe em termos de circulação deste barco eh neste momento eh eh como eu digo em termos jurídicos eh em termos de direito internacional ao contrário de que dizem certas plataformas tudo averiguado isso não eh não há um risco real nem um risco sério que é aquilo que seria exigível para esse efeito portanto que é um conceito de direito internacional portanto sinceramente essa questão está eh claramente determinada até agora mas nós estamos ainda a fazer diligências portanto eu não tenho sobre essa matéria uma posição definitiva final mas tenho um registo que pede messas porque eu peço peço a todos que sejam justos com este governo e que em vez de irem atrás de uma primeira atividade panfletária que apareça porque por exemplo fala-se muito no governo da Namíbia o governo da Namíbia com conhecimento de tudo autorizou a entrada no porto só revogou depois diante dos protestos que houve no caso português nós até aqui não tínhamos conhecimento com como somos estado de pavilhão podemos interar a dúvida é essa é é e existe ou não fundamentos para o governo retirar pois o que pode fazer é retirar a bandeira não é sim pronto po fazer várias coisas pode fazer várias coer is isso é um isso implicaria uma responsabilidade é uma questão jurídica complexa que eu quero dizer este este este barco não vai para Israel é o primeiro ponto ele não carrega armamento carrega material duplo uso não parte da carga porque também vai ter para países como a Polónia e como a Eslováquia também afetaria e essa carga que vai para países que são Aliados da Nato com os quais Nós também temos compromissos em termos de aliança da Nato que produzem armamento que provavelmente Irá para a Ucrânia ou Irá para a sua própria defesa portono é preciso ter em conta que isto é questão é muito mais complexa assim o material pode sempre circular se for se a carga for destinada a países da Nato e a Israel a e também pode de Israel e para a Ucrânia não é como vai do irão para a Rússia da Rússia para o irão há coisas que nós não nós não podemos nós não somos mas o estado português sentiu-se enganado numa primeira fase quando as informações que vieram e que transmitiu não foram aconte não porque elas não foram estas peço desculpa as informações estavam todas certas nós fomos pedindo foi mais informação até se lhe digo eu agradeço e e filo logo aos grupos e enfim aos vários grupos e ONGs até grupos parlamentares políticos etc que fazem no fundo de acordo com aquilo que é o seu pensamento e o seu direito e no fundo fazem os seus alinhamentos e na verdade trazem ao conhecimento um conjunto de informações que umas se confirmaram e outras não não é por exemplo diziam que toda a gente dizia que que o navia para Israel não vai nunca fomos enganados pelo armador até agora pronto ou não temos fundamento para não disser Pelo contrário sempre que pedimos informação a informação que veio veio devidamente e instruída de acordo com aquelas que as regras são normais e que são as regras normais e naturais nisto portanto é um o que eu queria dizer conclusão para não estamos a fazer disto também um casos B tremendo eu devo dizer que a própria Francesca Albanese que foi citada ainda disse esta semana que Portugal é um dos poucos estados que não é cúmplice de Israel foi isto que ela disse valia a pena ir Ener essa sua declaração portanto esta situação não configura uma cumplicidade não isso nem de perto nem de longe em qualquer caso isso ISO está fora de questão a questão é nós estamos ainda a analisar portanto sinceramente estamos a analisar eu estou sempre com toda a boa fé nesta matéria percebe e por isso é que eu não aceito algumas críticas algumas delas até do ponto de vista pessoal injustas a retórica de alguns que é completamente injusta e e é incorreta e porque eu digo o seguinte e digo aqui sem nenhum problema peço pelo menos aos jornalistas todos com o seu dever de isenção e imparcialidade que digam se hou algum governo português que tenha sido mais crítico da atuação desproporcionada e do uso da força de Israel do que foi este não há nenhum mais e esta causa é muito agitada pela esquerda e pela esquerda radical mas curiosamente os únicos governos que tomaram atitudes no plano de direito internacional que contribuem para a solução dosis Estados foram governos de centro direita foi o governo passes coelho e foi o nosso governo lamento mas isto tem que ser dito e quando partidos como Partido Comunista português e como bloco de esquerda e e e quiseram tiveram capacidade de influenciar A política externa portuguesa nunca o fizeram para isto estão agora a fazê-lo com este governo ora isso é uma coisa que que ainda por cima é aquele que de longe mas de longe mais T tentado eh defender a solução dos dois estados respeitando por completo O direito à legítima defesa de Israel e por isso Israel tem direito a ter armas e elas não estão banidas no plano internacional porque tem direito à legítima defesa mas condenando todo o uso desproporcional da força diga-me uma coisa porque eu fiquei curiosa sobre este armamento que Portugal impediu que migrasse dos Estados Unidos para Israel ou que fosse transportado dos Estados Unidos para Israel em que condições é que isto aconteceu quando é que aconteceu não enfim eh foi agora no mês de setembro e até a a decisão formal foi tomado a 10 de setembro e é uma coisa que acontece muitas vezes Como sabe para imensos para escalas não não tem a ver com o armamento tem a ver com o direito de escala sobre voo não é pronto se pode passar ou não Por exemplo pelas Lajes não é fazer uma escala nas Lajes isto eh aquilo que fez o governo Português foi proibir essa decisão não é inédita já no passado há há há há há vários anos há há bastantes anos atrás já havia casos justamente curiosamente em situações em que o para Israel em situações em que conflito Israel árabe estava em tensão tão grande como está agora ou ou parecida com esta já aconteceu no passado e essa tem precedente ao Contrário de outras que nós tomamos que não têm precedente gostava de de perguntar-lhe também tendo em conta as eleições nos Estados Unidos da América em novembro se acha que vem aí um qualquer Apocalipse ou não no caso de uma vitória de Donald trump repar as relações entre Portugal e Estados Unidos são relações de estado estado ah portanto isso não haja dúvidas sobre isso e portanto Qualquer que seja o resultado eleitoral nos Estados Unidos eh Portugal terá sempre os Estados Unidos como um parceiro preferencial eh a relação transatlântica é uma relação essencial a Portugal e portanto nós vamos sempre olhar para estas relações de estado estado eh como todas as relações entre Estados Há momentos em que elas são mais fáceis Há momentos em que elas são mais difíceis Há momentos em que elas enfim florescem de um modo altamente positivo Há momentos em que têm algum eh se quiser stopem GO ou seja tem alguma inércia e e vão mais devagar em algumas matérias Mas sinceramente aqui há um um um ponto que é evidente para Portugal manterá como Manteve sempre no passado as relações com os Estados Unidos como um aliado e um aliado preferencial designadamente no domínio da segurança mas também não só nós hoje temos o o investimento americano é fundamental para Portugal nós temos no caso do Turismo verdadeiros recordes não há registo de uma presença tão grande de turistas norte–americanos cidadãos dos Estados Unidos em Portugal portanto nós temos uma relação que temos hoje empresas portuguesas com investimentos relevantes e eh eh nos Estados Unidos e portanto Obviamente as relações sinceramente são as melhores e aquilo que nós esperamos Qualquer que seja o resultado eleitoral é manter as relações estadas de estado que sempre tivemos que são relações funcionais de grande e e eu diria complicidade eh eh e de grande interação no plano especialmente das matérias de segurança e defesa mas poderão ser relações mais difíceis da União Europeia com os Estados Unidos no caso de Donald trump ganhar as eleições sinceramente na posição em questão como em que estou como há de compreender não posso fazer uma análise política S política interna agora evidentemente como eu lhe disse já houve momentos mais fáceis e momentos menos fáceis repare mesmo se olharmos agora para as grandes constantes da política americana de 2000 em diante depois do presidente Clinton se quiser assim ela virou-se muito mais para o indo-pacífico do que para o continente europeu e para a relação transatlântica portanto é mais difícil nos no século XX do que foi na segunda metade do século XX isso falando em grandes linhas posso dizer que é sim nós sentimos hoje no quadro global e que há mais protecionismo e o presidente biden por exemplo teve Enfim nomeadamente no naquela lei que ele fez contra e inflação para combate a inflação um conjunto de medidas protecionistas que afetam a união europeia e isso faz parte do Diálogo constante entre Washington e Bruxelas no qual Nós também somos uma parte porque obviamente nós em Bruxelas influenciamos alguma coisa e temos a nossa visão a nossa opinião e ao mesmo tempo também em Washington através da nossa relação bilateral também fazemos ver as vantagens que há de eh eh digamos manter o comércio entre os dois blocos e e e num nível de grande abertura portanto e enfim não não não estou a dizer reparo eu não estou e reparo e isto não depende apenas eu queria dizer só o seguinte é que às vezes pensa-se que depende só do Presidente Americano mas também Depende muito do congresso e de qual é não depende apenas do presidente eu vou-lhe dar um exemplo eh no apoio à Ucrânia os Estados Unidos tiveram aqui eh uma espécie de espera de e atraso de se meses ou se meses que aliás levaram a diferentes configurações no mapa eh da Guerra em território ucraniano eh isto deveu-se não necessariamente ao presidente biden mas ao congresso foi assim na primeira guerra mundial foi assim na Segunda Guerra Mundial os presidentes queriam logo dar apoio aos Aliados e no entanto o congresso só permitiu quando os Estados Unidos foram atacados Portanto o que isto significa é nem há coisas que nem sequer são novidade na política externa se nós olhamos para a história das relações diplomáticas a história não é tudo mas dá-nos muitos exemplos portanto não digo que não não venha a haver situações em que é é mais difícil ou mais fácil mas a questão do protecionismo ela veio para ser um sinal e em termos globais ao qual Temos que estar atento por isso também na União Europeia também há já alguns países claramente a defenderem uma e e aproximação mais protecionista por exemplo relativamente à China como sabemos então deixa-me perguntar de outra de outra maneira entre trump e camala heris seria difícil para se escolher não para mim pessoalmente não seria difícil escolher mas como eu sou o ministro do estado e jalos estrangeiros Sinceramente não aqui as minhas preferências pessoais Não Contam O que conta é a relação a estado a estado essa é que é mas as suas preferências pessoais seria camal ISS não vou justamente porque elas Não Contam eu estou nesta função teri o maior Gosto se entretanto deixar de ser Ministro de estado dos goos Estrangeiros term maior gosto em responder essa pergunta enquanto for eu vou assumir as minhas funções de estado sinceramente e mais vou dizer o seguinte eu estou seguro que Qualquer que seja resultado as relações entre Portugal e os Estados Unidos serão sempre relações preferenciais agora depois Como diz no comércio nisto naquilo naquilo outro Claro que isto acontece sempre em todos os países as relações serem melhores ou piores consoante orientações políticas Mas curiosamente algumas das constantes da política externa norte–americana tem não TM dependido tanto dos seus protagonistas tem dependido de novos caminhos no desenho digamos geopolítico Global Vamos mudar de ti tema e vamos falar de Maria luí alquerque que soubemos agora que vai ter a pasta dos serviços financeiros ppan investimento na comissão europeia esta era a pasta mais desejada pelo governo português sim esta é uma pasta fundamental Não é portanto é evidente que quando se apresenta um candidato a comissário neste caso uma candidata a comissária se tem uma expectativa que não é necessariamente para uma pasta concreta exata embora seja para uma área de pastas eh portanto enfim aqui nós sabíamos que a área económica neste caso para nós seria eh eh uma área preferencial enfim na área económica haveria várias pastas possíveis como nós sabemos quer dizer há o orçamento há concorrência há a questão a própria pasta da Economia mais ligada enfim se quiser e às questões de e da união e económica e monetária enfim mas e macron teve a sua palavra não não Sinceramente não repar neste caso eh eh para nós Esta é uma pasta estratégica esta pasta se enfim eu não vou agora dizer que era a pasta Que nós queríamos exatamente embora se o descesse acho que não estava a mentir tendo em conta o perfil também do candidato que representamos quando quando se define um perfil de um candidato ou de uma candidata neste caso evidentemente que já se tem em mente Qualquer coisa se for ler o relatório dragi e o relatório leta a união de mercado de capitais é verdadeiramente a alavanca em termos de futuro financiamento da União Europeia e desenvolvimento da de uma economia Próspera em crescimento e competitiva portanto Portugal vai estar no centro no coração da construção e digamos da resposta que a União Europeia tem de dar e e no plano global e nomeadamente nessa questão do financiamento da economia e do financiamento através dos privados mesmo uma questão que nos é muito cara e que tem a ver com a construção da própria moeda única que é a união bancária área estará também neste portfólio nesta pasta portanto nós temos Isto são questões centrais para a competitividade e para se quiser a afirmação da Europa enquanto bloco económico e global e e portanto sinceramente Esta é uma pasta aliás se ler a Imprensa internacional eh ela é altamente eh considera que Portugal ficou de facto num numa posição extremamente favorável é realmente uma pasta muito importante sim não e p não teve uma vice-presidência porque foi prejudicado pelo facto de Portugal ter o conselho Europeu é isso não Portugal Não repare isso as vice-presidências sequer que lhe diga são seis em em em em 26 não é porque enfim a presidente não conta para isso e portanto não é assim uma coisa simples ter uma vice-presidência especialmente um país que já teve 10 anos o presidente da Comissão europeia e que neste momento tem o presidente do conselho europeu não se trata de ser prejudicado para nós temos neste momento eu julo que nós temos o melhor de Dois Mundos posso dizer assim S porque temos a presidência do Conselho europeu e temos uma pasta que é crucial para a Europa nos próximos 5 anos é uma pasta decisiva e portanto neste plano eu sinceramente acho que nós temos de facto Como eu disse o melhor de Dois Mundos e portanto eu eu não pedia aqui títulos eu sei que há países que pedem títulos e não é que nós os rejeitemos se nos dessem mas ter uma pasta que e cujo eu diria o objeto é claríssimo o que é que é preciso fazer que tem uma única dependência não naquelas dependência cruzada que muitas vezes T mais dificuldade que tem uma direção geral Para chefiar justamente nessa área dos serviços financeiros enfim do Mercado de Capitais etc portanto Sinceramente eu diria que este foi um grande sucesso um grande sucesso deixa-me só dizer isto do primeiro-ministro português é precis dizer isto o primeiro português tem dado cartas na Europa de uma forma eu acho que ele teve um papel decisivo na escolha de António Costa para Presidente do Conselho europeu especialmente ali numa fase em que poderia ter havido uma inversão de um caminho que estava a ser muito bem preparado pela diplomacia Portuguesa pelo próprio e enfim também jogou pelo nosso governo mas mas eh eh ele teve um papel decisivo e agora voltou a ter um papel decisivo nas na na na na na atribuição de uma pasta que é uma pasta com um conteúdo efetivo que pode mudar a vida dos europeus e que pode mudar e o própria forma de financiamento da economia Europeia ex ministra das Finanças aindaa terá de passar e p escrutínio do Parlamento europeu antes de ser formalmente nomeada comissária está confiante que Maria Luísa alquerque não terá problemas em Ser aprovada até tendo em conta a polémica que envolveu na sua migração na transição de ministra das Finanças para o setor privado nenhuma porque Evidente não tenho Sinceramente eu como sabe fui parlamentar europeu 15 anos não é assisti a três processos destes são processos exigentes nós não os desvalorizamos e são processos exigentes destino exigente às vezes em Portugal as pessoas não têm bem essa noção enfim porque as coisas do Parlamento europeu estão sempre um bocadinho mais distantes e da Europa em geral mas é um processo exigente e é um processo para levar a sério agora Sinceramente eu estou absolutamente confiante que o currículum e da Maria Luis alquerque é um currículo que está que h a prova de bala nesta matéria obviamente que ela tem ência no setor privado no setor público destas áreas mal fora que não tivesse quer dizer nós não podemos ter não nas áreas em que estamos temos que ter pessoas que TM um currículo nessas áreas que tenham capacidade Mas sinceramente estou sobre esse pontoa não aqui não aqui não há ou sei lá isso só só só mesmo para uma retórica de propaganda enfim é que isso pode funcionar o governo não corre o risco não é uma não foi uma escolha arriscada de poder ser não não Isto é uma escolha não é uma escolha absolutamente como eu digo é uma escolha eh totalmente consciente é a melhor escolha foi uma escolha feita cedo o primeiro-ministro disse isso disse que antes das eleições europeias já tinha sinalizado este nome à presidente da Comissão eh eh e eu sou testemunha disso portanto posso sou talvez a única eh portanto posso posso afiançar eh e sinceramente nós estamos totalmente tranquilos com o perfil de competência de seriedade de probidade de Maria luí albc agora evidentemente que nós sabemos que no há divergências ideológicas isso é uma coisa diferente isso não tem a ver com eh a capacidade a competência e a adequação do perfil para o exercício daquele cargo tendo em conta o que disse recentemente o ministro da Defesa sobre Olivença gostava que esclarecesse qual é a posição do estado português sobre aquele território a posição do estado português e deste governo é posição de todos os governos agora isso não é um assunto que esteja na agenda como o senhor ministro da defesa explicou e trata-se de uma posição e pessoal que Aliás ele tem do passado e que eu aliás já conhecia porque privei com ele 15 anos no Parlamento europeu e que é uma posição do seu partido eh portanto eh mas o ministro da Defesa nem uma cerimónia enquanto ministro da Defesa pode ter posições de líder par ele esclareceu o senhor Ministro já esclareceu esse ponto depois certo esclareceu depois é um ponto que não está na agenda bilateral entre Portugal e Espanha nós vamos ter agora Aliás a simeira luz ao espanhola esse ponto não consta da agenda nem constará portanto a posição do governo Português é a posição de sempre que é o território é português mas Portugal não está interessado em reclamarlo é deixar estar como posição que todos os outros governos tiveram e portanto nós vamos mantê-la não é um assunto que esteja na agenda e portanto não vale a pena estarmos a explorá-lo porque ele não vai não está nem vai estar na agenda não foi uma gaf do ministro da Eu sinceramente não vou qualificar acho que ele deu a sua explicação e eu eh não só como colega eh eh eh Leal eh mas também até como alguém que com ele conviveu bastante e que tem uma relação de amizade respeito e a explicação que ele deu eh obviamente que o estado português como ele eh separou o estado do partido e dele próprio está perfeitamente dentro daquela que era a linha dos governos anteriores e que é do governo atual sem qualquer alteração Mas eu só gostava de de pedir-lhe que explique pelas suas palavras qual é essa posição explicar mais nada eu tudo o que tinha a dizer sobre isto já disse e não vou dizer rigorosamente mais nada e alguma autoridade espanhola pediu algum esclarecimento a Portugal na sequência daquela declaração Sinceramente não mas também como lhe digo esta não é uma questão portanto eu não vou falar mais sobre esse assunto não vou mesmo porque não é uma questão portanto não vale a pena estamos a fabricar uma questão que não existe numa próxima simeira luz a espanhola Isto pode criar algum tipo de irritante ou não não as nossas relações com Espanha Como sabe são relações maduras são relações muito intensas eu devo dizer aproveito até aqui estamos nesta época de incêndios com estas consequências trágicas e temos tido um apoio europeu extraordinário mas não há dúvida que os espanhóis eh estão à frente de todos nessa solidariedade e portanto isso é a prova provada que as relações são excelentes eh enfim também devemos essa apoio à França à Itália à Grécia a Marrocos e em particular à União Europeia e à presidente da Comissão Europeia eh o senhor primeiro-ministro eh até já frisou isso publicamente e portanto Sinceramente eu acho que não há Melhor exemplo de qual é o estado de eh eu diria intimidade desta relação do que neste momento tão difícil para os portugueses a prova de e grande grande grande Fraternidade que os espanhóis têm connosco nestes momentos não ficou abalada essa relação não ou alguma vez isso Sinceramente eu eu acho que eu queria dizer Cada coisa tem a sua importância demos importância à aquilo que é verdaderamente importante a propósito de incêndios tivemos um concelho de ministros extraordinário esta semana e o primeiro-ministro anunciou eh que o governo vai atrás de eh eventuais criminosos por fogo posto isto quer dizer exatamente o quê um aumento de penas para estes casos o que é que é ir atrás dos criminosos de por foco posto Rep a primeira coisa que é preciso dizer é natur lamentar a perda de vidas eh é o primeiro ponto ser solidar com as famílias de todas as vítimas em Prime L aquelas que são vítimas eh pessoais Porque estão feridos graves ou feridos ligeiros eh ainda em hospitais e outros a recuperarem casa eh depois obviamente lamentar a perda de danos que é enorme e que tem desta feita uma característica diferente de outros é que há imensas empresas afetadas eh o que tem um Impacto eh que significa também ter impacto no trabalho e daqueles que são e trabalhadores dessas empresas portanto também a nível do emprego e da reabilitação dessas empresas põem questões portanto Esta é a primeira eh questão E como sabe um conselho de ministros já especificamente dedicado a isto a eh eh eh decretar a situação de calamidade o que permitirá Muito mais agilidade digamos depois no no na reparação dos danos que existem e pessoais e também materiais isto dito há a questão da perseguição criminal aquilo que o primeiro ministro introduziu como inovação e é a ligação à pgr Não não é ligação à pgr enfim a ligação à pgr existe sempre porque o ministério público é que é o titular da ação penal deixe-me só explicar porque isto vai responder diretamente àquele que era o objeto da sua pergunta que era realmente um objeto enfim e porque o primeiro-ministro não explicou Ele explicou mas eu posso também Vem ajudar a explicar mas ele explicou foi muito claro eh A Perseguição criminal tem sido sempre feita e Bem Junto daqueles que são os autores materiais e e as pessoas que no fundo vão vão vão no fundo e fazer as ignições não é pronto e umas vezes sabemos que isso até está ligado a um quadro psicológico H um caso a outro não é de piromania como se diz e tal enfim Há esses casos mas há outros casos que não se percebe exatamente Quais são os interesses que estão por trás disto e portanto aquilo o patamar para o qual o primeiro-ministro subiu digamos a ideia de que se deve centrar em Investigação Criminal é não apenas nos autores materiais esses obviamente até tem havido algum sucesso ao longo do tempo quer da da da da de todas as forças de investigação criminal PSP a GNR a polícia judiciária a identificar e e depois o Ministério pú Lar agora do que alguma vez houve no passado do que alguma vez houve Portanto tem havido um grande esforço nesse plano mas existe sempre a ideia de que há interesses que têm enfim que que explicam que apesar das nossas condições climatéricas serem altamente propícias à existência de incêndios em maior grau do que outros países mesmo até da área digamos do sul da Europa eh por razões enfim muito particulares que estão até explicadas por muitos técnicos particulares chamou Prim Ora bem portanto é preciso perceber mas que interesses particulares é que são esses estão identificados não justamente se se pede que haja investigação também sobre porque é que há eh eh surgem às vezes tantas ignições ao mesmo tempo não é portanto eh e portanto parece que há um interesse objetivo em provocar incêndios de Alto calibre portanto aquilo que se pretende é fazer também investigação nesse plano Isto é se há autores Morais Isto é se há interesses imagine económicos que por qualquer razão da Madeira eventualmente não sei eu não faço ideia quer dizer e isso isso caba Investigação Criminal não acaba oo executivo determinar isso é que isto lança suspeitas sobre por exemplo empresário não não isto não lança suspeitas sobre ninguém isto lança eh se nós todos temos a perceção de que existe um número anormal de incêndios certo que já sabemos que seria superior a outros países teria de ser por razões que são enfim tem a ver com as alterações climáticas mas em particular com a configuração eh enfim eh eh de um conjunto de fatores eh naturais existentes no território português e por exemplo também no território da Galiza e é muito parecido com o centro e norte de Portugal nesse plano pronto sabemos ISO mas para Além disso temos que fazer essa investigação é também importante mas há dados que que apontem para isso não há mas como tantas vezes se falou nisso e nunca ninguém Eh toda a gente está sempre preocupada e muito bem hoje em dia na perseguição dos autores materiais daqueles que efetivamente fazem isso mas eu acho e compreendo aquilo que disse o primeiro-ministro e acho que ele tem toda a razão é preciso criar uma dinâmica de investigação que até pode passar primeiro por perceber se faz sentido ou não avançar com com essas investigações por isso há uma reunião com haverá uma reunião enfim com a Pria Geral da República e eventualmente com outras forças de investigação criminal porque elas também nos dirão mas é importante perceber se há ou não há interesses de outro tipo já de outra escala não é que não estão diretamente envolvidos nas ignições mas que de alguma maneira as fomentam se isso existe ou se não existe isso temos que ver e esse patamar tem de ser também investigado Mas aquela declaração do primeiro-ministro ao mesmo tempo também Parecia um pouco para rivalizar com um certo discurso populista do chega dizer eu ao ISO vamos atrás dos criminosos e faremos tudo o que for possível isso isso não isso é injusto sinceramente nunca Vimos um primeiro-ministro falar dessa forma não bom talvez é preciso talvez a memória é preciso a memória a minha memória é muito longa e portanto já o primeiro ministro a dizer tudo e mais alguma coisa portanto vamos chegar com calma essa essa ideia de que agora que a história começa toda hoje não é já há pouco falei a propósito dos Estados Unidos e E sinceramente é é uma coisaa que é omnipresença do presente Acontece uma coisa e nós achamos que o alfa e o Ómega todos se consumiram nesse dia não As coisas não são assim agora há um ponto que é muito importante que é perceber por exemplo não se falou aqui no aumento das penas que é normalmente a retórica populista não é isso que est aem causa pronto claro que o que se falou foi HS tantas há aqui um outro patamar neste crime Hum que é importante investigar saber se existe ou se não existe porque se fala nele de vez em quando e é preciso perceber porque há realmente aqui é um F Paranormal isso nós temos de fazer e e sinceramente isto não é nenhum populismo sabe que a firmeza não é populismo Isto é é um pouco como defender a imigração regulada hum é a mesma coisa E isso não é populismo nenhum uma coisa são aqueles que faz que fomentam o discurso de ódio xenofobia e que não querem e que são contra as migrações e que fazem perceções erradas outra coisa totalmente diferente dessa é dizer por exemplo nós precisamos de imigração regulada nós precisamos de caminhos legais para a migração nós não podemos receber toda a gente ao mesmo tempo de uma forma lada mas nós precisamos de gente e nós temos quear bem aqueles que recebemos este discurso firme não é um discurso populista é um discurso que é um discurso correto e adequado pelo menos do ponto de vista daquele que é o programa do governo nesta questão e Da perseguição criminal estamos a falar da mesma coisa eu sinceramente eu acho que nó mas é preciso criar um um qualquer novo é preciso regime uma vez que nós não temos uma para um eventuais crimes eu não queria sinceramente e não queria estar agora a a a a monopolizar tudo neste tema mas é muito simples compreender é preciso uma vez que pode haver essa suspeição ou e essa dúvida se quiser vamos pôr isto de uma forma mais neutral eh se há realmente ou não isso nós temos que encontrar uma plataforma que tem que ser obviamente no plano de investigação criminal para saber se faz sentido ou não fazer investigações nessa área e se faz sentido dar os instrumentos para que elas sejam feitas porque é uma lacuna que nós temos até se pode acontecer que depois de Reunidas com os conhecedores da matéria que as conclusões são outras o que nós não podemos ficar é parados porque sinceramente isto é uma tragédia com contar noos estos e limitar por exemplo o acesso ao material que fica depois dos incêndios a madeira por exemplo tudo isso podem ser como digo há medidas a tomar com certeza mas tudo isso tem que ser analisado com quem di mas é preciso dizer isto também porque repar eu percebo opinião pública evidentemente que isto é uma das coisas que nos causa grande indignação e grande revolta a situação desesperada em que de tempos a tempos Portugal entra e desesperante e com consequências trágicas para toda a gente e portanto e obviamente que em todos os planos nós temos que dar resposta mas também neste nós temos que encontrar uma resposta portanto eu acho sinceramente que é justamente um caminho adequado H vamos falar de outro tema orçamento de estado acha que o PS está de boa fé nas negociações do orçamento ou está à procura de pretextos para não viabilizar o orçamento bom Sinceramente eu não vou fazer qualificações sobre o PS Eu vou lhe dizer o que é que o governo e as forças que o apoiam o PSD e o CDs e verdadeiramente pensam estes estão de boa fé de certeza nós aquilo que queremos com todas as nossas forças e é que Portugal tem um orçamento aprovado é uma matéria muito importante muito relevante se nós pensarmos que temos o prr não é num ano crucial da sua execução que será 2025 ter um quadro orçamental estabilizado e aprovado consensualizada viabilizado é algo que é muito muito importante e portanto Tod o nosso esforço será posto nisso e será posto sempre com abertura para dialogar com todos dialogar sempre de boa fé dialogar sempre de forma construtiva eh de modo a que se encontrem pontos de convergência e acha que isso tem existido do outro lado por parte do partido socialista sabe que eu eh como eu desejo profundamente que tinhamos sucesso neste diálogo eh fazer qualificações ou fazer adjetivar esta ou aquela reação só para fazer mais uma pequena Manchete ou uma chamada à primeira página aqui ou ali é uma coisa que eu não vou fazer porque nós estamos mesmo mobilizados para termos um orçamento aprovado estamos disponíveis para o diálogo então não H vi uma intransigência da parte de do líder do PS por exemplo na questão da política fiscal do IRS jovem e do irc é porque Esso é um é um travão no IRS e no irc nós vamos com certeza estar disponíveis para dialogar mas não vamos desvirtuar repare que o PS e o cha Aliados que é uma coisa que se fala pouco mas o cha e o PS têm sido Aliados objetivos nomeadamente em matéria com impacto orçamental não é eh eh já de alguma maneira tem uma grande contribuição para o orçamento porque eles com as matérias estes dois partidos PS e chega e vou repetir chega e ps ps e chega Aliados é bom repetir isto porque as pessoas os dois procuram fazer de conta que não tem nada a ver um com o outro mas os dois objetivamente objetivamente não estou a dizer subjetivamente objetivamente têm-se aliado para e com essas suas e alianças e a verdade é que já influenciaram bastante o orçamento eles já estão na verdade já têm lá uma parte importante e e de autoria ou de assinatura no orçamento Se temos agora estas outras matérias para tratar a postura a posição do PSD DS do governo que estes seis partidos apoiam é espírito de diálogo construtivo com capacidade de negociação mas sem desvirtuar aquilo que é a linha política essencial do governo tendo até em conta isso que os outros dois partidos que Aliados Hum já de alguma maneira desenharam alguns dos contornos do próximo orçamento mas as linhas vermelhas o irc o irc e a o IRS J vem são duas linhas vermelhas para o para o PS que só aceita no fundo eh para dialogar noutra fase que o governo deix cair estas duas propostas portanto se o governo não está eu não vou contribuir não está aberto a isso quer dizer vê-se que as negociações não vão e ter uma boa solução eu como lhe digo é o seguinte negociações são negociações TM de correr de parte a parte T de resultar de conversação e tem ar de cedências de todos se não houver cedências de todos não há negociações não é há imposições bom que acha que é o que o PS está a fazer não não acho nada eu já disse que renuncio aqui ao meu legítimo direito a fazer qualificações e adjetivações é um direito fundamental que eu tenho mas é que eu renunciei nesta entrevista para quê eh para dar espaço a que as negociações possam ocorrer sem haver irritantes desse género os tais irritantes de dar mensagens pela comunicação social para aqui ou para colá elas têm de correr de bo a fé e e no interesse do país Isto é que eu chamava a atenção não é nós vimos agora desta crise dos incêndios que ainda não está terminada pelo contrário ainda nos suscita grande apreensão Não sabemos como vão ser os meses seguintes Eu lembro que em 2017 enfim em outubro foi em outubro portanto numa altura enfim aliás em 2017 foi fora de época ambos os episódios mais graves que levaram a seis dezenas de mortos cada um eh eh eh foram fora do período digamos verdadeiramente da época de incêndio se assim podemos dizer portanto estamos nesta fase que é uma fase dolorosa e difícil para o país temos como eu digo Um Desafio enorme que é a concretização do prr para o ano 2025 Vamos trabalhar construtivamente para termos um orçamento Vamos deixar esses pequenos egoísmos aqui ou aculado afirmação de uns e de outros isto vale para todos também vale para os partidos do governo com certeza panto todos nós com o Espírito de diálogo construímos um orçamento para 2000 25 Esse é o objetivo do governo o governo vai trabalhar nisso vai trabalhar em boa fé não é mas vai trabalhar também com o rumo porque tal como eu disse em várias políticas seja nas migrações seja agora nesta questão que estamos a pôr das perseguições criminais etc o governo tem determinação e tem uma linha não é Portanto o governo não é e um governo mole não é portanto isso não é o líder parlamentar do PSD Hugo Soares tem dito muitas vezes e até já disse aqui neste este programa que está perfeitamente convicto e que tem uma fé inabalável que o orçamento vai ser aprovado e que o PS e o chega vão eh aprovar ou viabilizar o orçamento também tem essa eh fezada digamos Como eu como acredito que há há realmente e uma preocupação com o interesse Nacional eh sinceramente também tamb tenho essa convicção de que a preocupação com o interesse Nacional nesta altura e com uma certeza que eu tenho e que sinceramente colho no meu contacto com os portugueses fora e dentro do país mas também muito dentro do país digo eu mas também fora curiosamente é que tinhamos estabilidade e portanto não querem eleições e portanto eu acho que os partidos vão chegar ao momento em que conscientes dessa sua responsabilidade para com os portugueses vão ter um entendimento que seja um entendimento razoável e e portanto que deixe o governo governar e sem que os partidos não deixem de ter a sua contribuição no plano parlamentar para soluções que consideram importantes e para Portugal os contactos com o partido socialistas estão suspensos Desde há uma semana imagino eu porque não tem havido reuniões a por causa dos incêndios enfim a semana tem sido um pouco preenchida por outros temas a a na nos próximos dias esses contactos vão ser retomados com o PS tudo isso tem a sua dinâmica própria e e portanto Com certeza que o diálogo se estabelecerá pelos canais certos nos momentos certos e portanto isso sinceramente como lhe digo eu acho que faz parte da própria dinâmica da negociação alguma reserva Isso faz parte e isso não é nenhuma falta de Transparência Porque no momento certo tudo será transparente mas é preciso para que as negociações corram bem que haja também algum recato e haja essa como eu digo essa boa fé de e e não estar a pensar na página do Jornal do dia seguinte ou na abertura do noticiário das 5 depois às 7 já é a outra e às 9 já é a outra é preciso pensar nos interesses de Médio prazo e e isso exige negociações que sejam feitas com calma e com algum recado e temos ainda tempo para elas e se o orçamento for chumbado é possível governar o país quando há décimos ou não eu sinceramente também lhe vou dizer o seguinte como estou de boa fé não é com todo o governo empenhado em que orçamento seja aprovado não vou figurar outras e outras cenários alternativos não é eh sabe que eu Enfim vou dizer aqui eu vou dizer aqui eu tenho um grande gosto em comentar e em cenarização agora faço pouco porque como Ministro não há muito espaço para isso o espaço é mesmo para nos atermos aos princípios aos valores e aos objetivos que temos e portanto aqui não vou cenizaro dizer como o nosso objetivo é mesmo ter o orçamento aprovado É permitir que o prr seja executado em pleno e com grande força com grande vantagem para Portugal e para os portugueses em 2025 eu quero acreditar e tudo vou fazer fazer quando digo eu é o PSD e o CDs é o governo é o primeiro-ministro é o Ministro das Finanças que tem aqui naturalmente uma especial responsabilidade eh eh todos vamos fazer tudo ten a estesia absoluta para termos um orçamento viabilizado e é esse o cenário com que temos de trabalhar porque é esse aquele que interessa aos portugueses não podemos estar a pôr aqui aqueles que verdadeiramente seriam sempre cenários e de uma forma ou de outra menos positivos para Portugal e para os portugueses mas em 2021 houve um orçamento que foi chumbado e houve uma dissolução do Parlamento e na altura o seu partido era favorável a eleições antecipadas perante um chumbo de um orçamento portanto eh qual é a posição a situção mantém-se ou não Rep repare cada dinâmica política e cada conjuntura política é diferente mas aqui eu volto a dizer o nosso desiderato o nosso desígnio o nosso objetivo é um só é ter o orçamento aprovado E é tê-lo em condições que sejam condições de o governo poder executar aquilo que é o seu programa e portanto e aquilo que é o coração do seu programa esse é o nosso objetivo todo o resto são as circunstâncias políticas de cada tempo são sempre diferentes mas como eu não estou aqui nem como comentador mas também não estou como analista porque teria muito a dizer isso até com grande interesse meu porque me dedico muito à questões do sistema de governo e portanto analiso isso com e normalmente com alguma até com algum eh detalhe eh e até vou escrevendo vou tomando notas ainda agora para depois poder atualizar digamos o meu trabalho mais se quiser Académico e mas aqui não vou pôr questões académicas e fazer esse tipo de comparações vou dizer o nosso objetivo é aprovar o orçamento Esse é o objetivo é ter o orçamento aprovado e é para isso que estamos a trabalhar está terminado este hora da verdade o nosso convidado foi Paulo Rangel é ministro de estado e dos negócios estrangeiros a quem agradecemos mais uma vez ter aceitado o convite para aqui estar a gravação vídeo foi de Marta Pedreira mão e de som foi de Beatriz Garcia regressamos na próxima semana