🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
está no ar o explicador da Rádio observador esta Terça far sobre as negociações para o orçamento do estado e para isso convidamos para estarem connosco nas manhãs 360 duard Pacheco do PSD Vit Canas do PS a moderação de explicadores é do Paulo Ferreira e do Bruno viira Amaral e come por Canas é esta posição do Luís Montenegro do primeiro-ministro ao dizer que não governa em Du décimos é uma pressão suplementar sobre o PS Para viabilizar o orçamento é uma pressão sim creio que que sim eh primeiro permita-me saudar o Eduardo Pacheco para saudá-lo também assim O Bruno e o Paulo Ferreira sim eu acho que é uma eh uma pressão suplementar uma pressão que noutras circunstâncias eventualmente até poderia ser feita pelo Presidente da República mas todos nós Já percebemos que o presidente da república está numa situação eh de alguma fragilidade e portanto não se atreve a dizer nesta altura que dissolverá o Parlamento eh se não houver orçamento não é isso que depreende da das palavras do do presidente quando disse que ao não ser viabilizado o orçamento haverá uma crise política e económica não eu acho que o Presidente da República noutras circunstâncias é que não tivesse já dissolvido O parlamento várias vezes estaria nesta altura a dizer que dissolveria o Parlamento se não houvesse orçamento porque isso é que é a pressão que a que pode surtir algum efeito eu creio que o Presidente da República O que sinaliza é aquilo que acho que todos nós percebemos pode estar na mente nele que é que nesta altura não terá disolver o o Parlamento haverá uma crise política económica como ele agora diz e mas essa crise política económica não se traduzirá necessariamente na dissolução do Parlamento portanto daí não vem uma pressão que é uma pressão eh que se poderia ser eh uma pressão Fundamental e então o Luiz Montenegro substitui-se ao presidente da república e no fundo o que vem dizer é se não houver orçamento eu não aceito portanto demito-me e o Presidente da República não terá outra alternativa que não convocar eleições antecipadas porque não há Alternativa de governo nesta altura ao governo da da Ad portanto é de facto uma pressão suplementar eu vamos ver eu não não parece a ao contrário do que tem sido dito por alguns agentes políticos eu não parece que a o governo e aad queiram eleições eh não creio que nesta altura tenham indicações precisas de que sairiam melhor nas eleições do que em março até porque estão a correr várias coisas mal em várias áreas do governo fundamentais como a saúde a educação também agora a administração interna há várias coisas a correrem mal ao governo portanto não parece que o ver nesta altura possa estar muito otimista em relação a resultados de eleições mais favoráveis do que aqueles que obteve em em Março agora o que o Governo está a fazer isso claramente é preparar-se para eleições se se tiver de ha eleições estar preparado para isso e para culpabilizar o partido socialista por essas mesmas eleições eh só compreende esta atitude de Luís monegro eh associado a outras designadamente esta este Episódio lamentável eh das cartas eh só compreendo esta atitude de Luís Montenegro como uma atitude em que apesar de não querer eleições está preparar claramente para elas e exatamente e e designadamente está a preparar o discurso para essas eleições que elas existiram que elas existem por culpa exclusiva do partido socialista Eduardo Pacheco Bom dia bem-vindo também a este explicador eh se o governo se o governo da Ad não quer eleições eh porque é que Luís Montenegro parece estar a esticar a corda eh muito bom dia também um cumprimento para si ao Paulo e e ao vitolin Canas com quem tenha estado já a debater esta matéria várias vezes eh Ora bem o Como dizia o eu eu concordo inteiramente o Eu acho que o governo não pretende eleições até porque quer ter tempo para poder ver os benefícios da sua governação das suas opções políticas porque quando quando tem opções e as tenta implementar acredita na bondade das mesmas e sabe que sem resultados para mostrar eh não é fácil exponenciar o resultado eleitoral mas como qualquer investidor como qualquer empresário como qualquer político o governo tem a obrigação de ver todas as alternativas que estão em cima da mesa estudá-las e posicionar-se independentemente ser algo que ele pretenda ou que ele deseja ou que não deseje mas tem que estar preparado para isso e por isso concordo que o governo tem estado a preparar o caminho que se caso eh o país vá eleições estar em condições de desde frontar o partido socialista com com com garra e com vontade de vencer agora eh esticar a corda o governo não tem propriamente esticado a corda eu acho que até quem tem mais esticado a corda é o partido socialista porque o governo diz eues est desponível para negociar há aqui propostas que são essenciais para nós mas mesmo essas nós estamos disponíveis para moldar aquilo que possa ser uma pretensão socialista não é poas do lixo é moldar contrar o tal caminho a meio da ponte quando se negoceia tem que estar disponível para isso e e o partido socialista aquilo que diz é que não isso para nós não conta vocês têm que P isso é noxo e e portanto quem não está com grande vontade de negociar é claramente o partido o partido socialista mas Eduardo pachec quando Luís Montenegro diz que não governa em doos não está a colocar uma pressão eh basicamente de tudo ou nada em cima do PS eh governar em Du décimos não é uma fatalidade mas não é a melhor forma de governar o país nomeadamente quando nós estamos o prr para para executar no próximo ano e por isso eu compreendo que o governo diga eu estar aqui para ser queimado em lum branto eh porque não vou conseguir implementar o meu programa porque não vamos conseguir fazer os investimentos necessários para aproveitar as verbas do prr não então se é assim olha eh não foi a nossa opção mas se for assim vamos com eleições nesse caso o PSD prefere eleições já do que eleições depois ao fim de de estar algum tempo a governar em Du démos e sim porque quer dizer não não em Du démos difícilmente consegue eh pôr em prática e o seu programa e recolher os benefícios da sua governação quer dizer ou ou nos deixam ou ou há tempo e tempo e condições para governar E aí é aquilo que é o desejável que é para o país neste caso eu penso que o PSB também e é aquilo que gostaria ou em caso contrário e vamos para eleições agora acabou pronto o partido socialista assim quer Cá estamos e Vitalino Canas tudo visto e ponderado mesmo esta coreografia das reuniões marca não marca quem é que quem é que tem agenda não tem agenda há reuniões secretas não há eh acha que no final Eh vamos ter de mesmo orçamento e o PS de alguma forma está obrigado a a viabilizá-lo e o governo Obrigado de alguma forma a aceder também para permitir essa viabilização eu acho que terá de haver cedências multas com como é óbvio permita-me só aqui fazer um comentário àquilo que Eduardo Pacheco diz eh em relação à disponibilidade do do governo para ceder Em algumas situações que o partido socialista tem eh referido como sendo situações e enfim de linhas vermelhas para quisar a expressão agora muito comum eh designadamente a questão do RS jovem eu Eu recordo que já existe uma proposta de lei na Assembleia da república depositada na Assembleia da República que concretiza estas medidas eh e o governo não parece que tenha mostrado muita abertura para grandes alterações a esse nível dizendo que se trata de uma Medida essencial do seu programa de governo ora esta teimosia do governo em relação a esta medida aqui que aliás tem sido muito criticada emem vários setores e agora há mesmo esta posição do Conselho das Finanças Públicas mostrando que ela é desastros eh do da gestão orçamental nos próximos anos Apesar de todas as críticas que têm havido o governo não tem mostrado grande disponibilidade de cedência nela dizendo que se trata de uma Medida essencial Ora eu só posso compreender essa teimosia eh com uma visão estratégica do governo e de entender que e o partido socialista terá muita dificuldade em aceitá-la eh e portanto o partido socialista pode chegar ao fim e dizer vocês não cederam nada portanto Nós também não podemos ceder porque esta medida é uma medida inaceitável e Haver eleições eh eh antecipadas só por causa dessa medida sendo que o partido social-democrata eventualmente entenderá que numa campanha eleitoral eh é fácil eh enfim eh basear a responsabilização do partido socialista eh Caso haja não aprovação do orçamento eh Só Por Uma uma medida desta natureza que é muito difícil explicar à à população em geral o que é que tem de de errado mas mas nessa estratégia nessa estratégia do governo a ser essa a estratégia como é que se entende por exemplo o facto do do primeiro-ministro se ter reunido com rui rocha e André Ventura isto não liberta e o PS para não aprovar o orçamento dizendo que o que o governo Estava à procura de outras soluções direita eu diria ao seguinte essas reuniões secretas não secretas discretas for essas reuniões apenas mostram uma Total ausência de visão estratégica do governo em relação à aprovação do orçamento enfim o governo tem uma visão estratégia Clara em relação à à possível eh realização de eleições O que é que deve fazer mas não tem nenhuma visão estratégica Clara em relação à forma como vai obter a aprovação do orçamento eh porque nesta altura em setembro eh de 2024 três semanas ou menos três semanas da apresentação da proposta orçamental já deveria haver uma uma estratégia da parte do governo já deria haver uma visão Clara o governo Já devia saber exatamente quem pretende ter consigo na na viabilização do orçamento ora o que mostra aqui é que o Governo está a jogar em todos os tabuleiros eh sem nenhuma visão do que é que pretende atingir de facto eh e isso é obviamente mau eh em termos até de da apreciação da da capacidade política do governo se isso liberta ou não o partido socialista para h eh dizer no fim que afinal não se irá abster e e que portanto não viabiliza o orçamento é difícil de perceber nesta altura porque realmente todos os dias há dados novos este dado eh que o primeiro-ministro agora revela de que não governará quando a démos é um dado novo e e portanto todos os dias há dados novos que vem complicar até substancialmente a situação e acho que essa não deveria ser eh uma eh enfim são da parte do próprio governo acho que o Governo deveria procurar facilitar a aprovação do orçamento e não complicá-lo uhum deixa-me picar nessa nessa expressão o governo facilitar Duarte Pacheco e o governo nestas negociações tem que resistir a uma certa tentação de tentar vender cara para o PS esta aprovação esta viabilização Isto é resistir à tentação Se quisermos utilizar a palavra de humilhar o PS o partido socialista na na viabilização É sim eu partilho essa opinião não é humilhando ou não é encostando à parede que se depois consegue que do outro lado seja disponível para negociar e encontrar-se connosco e apertar a mão agora o governo deve facilitar a vida uma coisa é humilhar outra coisa é desistir do seu programa em prol do orçamento depois que não é o seu e isso o governo não pode fazer uma coisa é moldar estamos a falar de medidas concretas na área fiscal que o partido socialista tem colocado a questão mas o partido socialista não discute sequer as medidas não discute dizendo Olha eu não quero RS como está discordo e tenho aqui uma alternativa se vocês tiverem disponíve vamos ão conversar e o governo já disse nós estamos disponíveis para conversar agora se o partido socialista diz eu não quero sobre isto eu não converso ponha no lixo ISO não é forma de negociar é querer impor a sua sua posição é querer Aquilo em que acreditam a um governo e nem um nem outro pode fazer isso Uhum E no meio disto tudo Qual qual é que ainda poderá ser o papel do Presidente da República poderá fazer algo que aproxime os dois principais partidos o governo e o principal partido da oposição eu eu espero que os dois partidos que os líderes tenham capacidade de diálogo suficiente e o Pedro Santos tem essa experiência durante muitos anos eh como primeiro depis assuntos parlamentares que negociava isso até de forma discreta não tinha lá as televisões à porta do gabinete todas as todas as semanas com os líderes dos partidos da da gerit coa e o Dr Luis Montenegro também já como líder parlamentar e teve que fazer muita negociação Portanto tem a experiência e aquilo que se espera é que consigam fazer aquilo que é bom para o país hum vitó Canas mas olhando para a coreografia da ideia que nunca foi um orçamento entre um governo e um partido da oposição e e esta crispação do discurso público isto que imagem é que se passa daqui para para para o país não isto está obviamente quando nós olhamos para o resultado eleitoral em março verificamos que iria haver uma mudança de paradigma Quando surge um terceiro partido e com força no cenário parlamentar que é um partido que não está para contribuir para as soluções mas sim para contribuir para a confusão é óbvio que as coisas se complicam mais eh no passado e a negociação eh de orçamento tinha linhas mais ou menos Claras era era uma negociação que tinha pouco mais do que uma ou duas vias disponíveis e agora a negociação do orçamento tem aqui bastantes fatores imponderáveis eu pessoalmente fui daqueles que logo nos primeiros dias após as eleições eh defendeu que o partido socialista não deveria ter eh uma um discurso fechado em relação à possibilidade de negociar negociar com o governo a questão do orçamento disse isse várias vezes em vários canais televisivos e aliás até fui assistido com algum agrado à evolução do próprio discurso político do líder do do partido socialista eh que foi Clara uma evolução Clara no sentido de ir percebendo eh que aquilo que ele tinha entendido como Óbvio no início ou seja que o partido socialista não tinha de negociar com o PSD o orçamento que não era assim tão claro que fosse que fosse assim e assisti com agrado a essa evolução agora o que é certo é que nesta altura o partido socialista está numa situação que me parece que não tem sido muito facilitada pelo governo porque o governo você falou na questão do da humilhação eh do partido socialista o que dá muito a entender é que e o o governo pretende ter aqui uma dupla Vitória não apenas garantir a aprovação do oramento o que lhe permitirá ficar a governar mais um ano e tal Porque depois deixa de poder haver dissoluções da Assembleia da República a partir de ca altura portanto e não terá de continuar a governar e e e ao mesmo tempo também conseguir derrotar o partido socialista no seu próprio Campo o partido socialista tem obviamente dificuldades até ao nível interno de vi realizar um orçamento do PSD depois de tudo o que o PSD andou a dizer sobre o partido socialista nos últimos anos e de toda H indisponibilidade do PST nos últimos anos também Para viabilizar orçamentos do partido socialista que aliás levaram até uma dissolução da Assembleia da República portanto eh acho que há aqui um um ambiente que está a ser criado eh que está a procurar empurrar o partido socialista eh para a parede e que me parece que é um ambiente totalmente irresponsável tendo em conta aquilo que está em causa eh citando mais uma vez o senhor presidente da república uma crise política económica eu acrescentaria uma crise política económica gravíssima tendo em conta o contexto em que nos encontramos uhum Eduardo pco e muito rapidamente para para fecharmos este explicador estamos a falar do primeiro orçamento desta legislatura neste quadro parlamentar se vamos andar sempre assim não haverá espaço alguma vez para fazer ditas reformas estruturais ou mudanças de fundo ou vai o governo vai andar sempre numa gestão dia a dia e por este por este filme ou por esta novela fica difícil que ver que há capacidade de fazer reformas para o país porque os principais partidos não não não mostram capacidade de diálogo suficiente para chegar a acordos e e por isso isso é lamentável mas infelizmente pode acontecer agora colocou a questão muito bem que este é o primeiro orçamento e aquilo que nós temos no passado uma coisa é quando os partidos absol se o PSD h a tivesse maioria absoluta não precisava estar a negociar com ninguém eh o parti cista tinha maioria absoluta ou tinha um acordo com a Jarim Gonza e portanto podia governar com os seus parceiros naturais não tinha que estar a negociar com o PSD mas quando isso não aconteceu eh quer o D Manuel Ferreira Leite com o orçamento do engenheiro Sócrates quer o professor Marcel ribel de Sousa com os orçamentos do engenheiro Guterres foram viabilizados pelo PSD porque se entendia que ele ganharam ganharam as eleições t a oportunidade de pôr em prática o seu programa e cá estaremos depois para ir avaliando os resultados porque uma coisa é o primeiro quer dizer o primeiro ainda est iní de funções o governo de se meses eo sem se meses sem que ti o benefício da dúvida ao fim de um ano e meio eu já já aceito que digam olha mas isto aqui não foi nada aquilo que vocês prometeram o resultado não está a acontecer como vocês desejavam ouou vocês mudam ou nós temos que mudar do governo e eu aí compreendo agora logo no primeiro é uma sede de ir ao pote muito bem e vamos continuar seguramente a Acompanhar até ao dia 10 de outubro no momento em que o o governo vai ter que apresentar o documento no Parlamento vamos acompanhando Duarte Pacheco Vitalino Canas obrigado a ambos por terem estado no explicador esta Manhã bom dia boa semana bom dia obrigado bom dia bom dia obrigado [Música]