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neste grande jornal é nosso convidado esta noite André Ventura presidente do chega boa noite seja bem-vindo acho que posso dizer que o ambiente tem estado mais crispado desde sexta-feira o André disse que esperava um contacto do primeiro-ministro já teve esse contacto boa noite obrigado pelo convite Não ainda não aconteceu esse contacto também é preciso reconhecer que foi um fim de semana bastante ativo Hoje foi dia de manifestação eh e penso que teremos condições de falar agora no início desta próxima semana o que eu espero é poder falar com o Senor primeiro ministro está convicto de que Montenegro fará esse contacto com aqui não é uma questão de estar convicto Ou não Aqui é uma questão de como diz o Presidente da República Este é um governo minoritário aparentemente da parte do PS e acho que isso hoje ficou mais claro ainda eh o PS não está disposto a fazer nenhuma avaliação nenhuma análise política nem um novo orçamento o PS não está disposto a nada o PS não está o PS está disposto a mandar o país para eleições e portanto aqui não há uma questão de eu estar e à espera de um contacto ou não acho que é o que dois líderes responsáveis quer o do chega quer o do PSD devem fazer num cenário de crise e atenção Isto é independente do que venha depois a acontecer Acho que pelo menos deve-se conversar e acho que é isso que os portugueses querem também que os líderes Conversem não é que que fiquem presos aos seus às suas aos seus valores ou aos seus princípios não saiam deles e digam só agora ao país que se lixa acho que não é isso que esperam de nós esperam um bocadinho mais André Ventura já disse que assegura que Vota contra este orçamento do estado qual é para si para o chega o problema deste orçamento muito bem eh e eu gostava que as pessoas compreendessem Isto enquanto que o o partido socialista basta com uma abstenção e uma abstenção significa não tomar partido nem a favor nem contra portanto é uma posição fácil do PS digamos assim e o orçamento passa o chega não só viabilizou que o governo entrasse em funções não votando contra não viabilizando moções de rejeição ao início como manifestou-se desde o primeiro dia desde março disponível para o governo a dizer isto temos um orçamento para aprovar em setembro outubro Vamos a partir do final digamos assim antes do verão maio junho vamos vamos juntar delegações vamos juntar grupos de trabalho eu disse-o publicamente e disse-o em privado estou à vontade porque é é é público e é e é provado vamos construir um orçamento o que é que é construir um orçamento é porque o voto do chega tem que ser a favor Ora eu não conheço nenhum partido da Europa na Europa que vote a favor de um orçamento que não é seu ou que não foi construído por si também e portanto nós dissemos ao governo vamos construir um orçamento dos dois o que é que é construir o orçamento em matéria de defesa em matéria de saúde em matéria de Educação e matéria de habitação vamos construí-lo os dois Sabe qual foi a resposta do Governo foi zero não queremos construir Nada vamos paraar que o partido socialista aprove e eu creio que em segredo foi isso que pensaram agora repar chegamos então Vamos por partes o problema não é o conteúdo do orçamento até porque creio que só conhece Duas Medidas IRS jovem irc e já disse publicamente que concorda com elas O problema não é o conteúdo é o facto de eh nas suas palavras não ter sido chamado para debater negociar este orçamento é isso eu vou lhe dar vou-lhe dar dois exemplos e nós tínhamos pedido para ver como tem a ver com o conteúdo e também com isso que está a dizer são as duas coisas porque uma coisa tem a ver com a outra ao não se construir connosco o governo sabia que nós íamos exigir Olha a equiparação plena na questão do suplemento de Missão dos polícias sabiam que isso era uma exigência Nossa não podem vir agora a dizer que não sabiam sabem isto há um ano atrás desde que houve este problema sabiam que iam ter que pôr no orçamento sabiam que nós íamos exigir um reforço muito grande no combate à corrupção e nas questões da Justiça não o quiseram fazer e portanto agora dizem que não está porque não falamos conhece o orçamento bom eu sei que se eu não vi ainda o orçamento mas eu sei que se isto lá estivesse o governo tinha tido problema em negociar connosco porque o governo quer um orçamento aprovado Aparentemente o governo quer um orçamento aprovado Deão que está a fazer não tem que ver necessariamente com o conteúdo oro não não conhece Alé das Med oro não é só era importante que as pessoas compreendessem Isto um orçamento não é só uma aritmética contabilística não é pegar e pôr valores aqui aqui aqui aqui Claro estamos só a tentar perceber do que é que o chega não gosta neste orçamento para dizer dentor que Vota contra ele normal o normal num governo minoritário era que tivesse dito Então vamos sentarnos à mesa e vamos ver qual é o investimento que se faz na saúde na habitação na justiça no controle à imigração eh porquê Porque precisamos do voto a favor o senhor presidente da república porel mundo que Eu discordo dele é isto que tem dito no fundo a expressão que diabo então o governo não tem maioria e acha-se na arrogância e iso é uma expressão que é Então que diabo o governo não tem maioria e acha que pode arrogantemente obrigar os outros a votar a favor é que repito para que as pessoas em casa percebam no nosso caso nem é uma abstenção temos que votar a favor ora e eh os partidos votam a favor de documentos em que participam em que se revêem em que constróem o governo não quis fazer isso Portanto o que é que eu disse do orçamento disse que este orçamento que aparentemente vai ser entregue agora nos próximos dias na Assembleia da República tem até dia 10 até dia 10 não sei se vai ser antes se vai ser depois se vai ser muito antes se vai ser um bocadinho antes não sei não teve a nossa chancela nem a nossa participação não é o nosso orçamento e portanto o chega está fora desta negociação porém eu disse e mantenho aquilo que disse há poucos dias e que disse em março da nossa parte nós tudo faremos para evitar uma crise política da parte do governo Tem que haver essa Boa Vontade este orçamento tem que sair este orçamento tal como foi construído tem que sair de cena e o governo tem que perceber de uma vez por todas que não tem maioria e tem que se sentar à mesa dialogar e negociar e isto significa outro orçamento que não este porque este já está feito teria que ser outro então mas houve reuniões com o primeiro-ministro houve mas não foi sobre isto e o primeiro ministro também o disse ou seja não foi só sobre isto não falaram sobre o orçamento não nós evidentemente que falamos sobre a situação política que falamos sobre a situação orçamental mas uma negociação com sobre o orçamento não se tem só com o primeiro-ministro tem-se com o Ministro das Finanças tem-se com delegações de trabalho é assim que eu vejo as coisas com responsabilidade houve conversas mas não foram suficientes hou uma primeira reunião que foi pública que nós Assumimos e onde levamos propostas concretas e eu de há pouco exemplo quer no âmbito do combate à corrupção quer no investimento na saúde quer na habitação que nós entendemos que está descontrolado em termos de preços e o governo ouviu e disse-nos que estava disposto a fazer um avanço é só em agosto ou julho que eu uma percebi que o governo não estava a negociar e na verdade estava estava a negociar era com o partido socialista isto não se faz isto não é não é bonito em política sobretudo quando um governo é minoritário e repare o governo até acabou por provar do próprio veneno porque H negociar com o partido socialista em vez de ter um orçamento de mudança à direita que era o que as pessoas pediam senão não tinham dado a votação que deram ao chega ao PSD juntos criam um orçamento de mudança não criam um orçamento socialista se não tinham votado no partido socialista e o governo optou por mesmo assim fazer uma negociação com o partido socialista nós ouvimos ministros passar pelas televisões inclusive é aqui na cmtv a dizer que o PS era o parceiro preferencial o PS era o parceiro das negociações então e agora Afinal é o chega agora viram-se para o chega hoje eu ouvi o o Dr pen Santos dizer não podemos retirar responsabilidade ao chega o chega tem que assumir a sua responsabilidade Então mas durante meses eles andaram a dizer que eram o parceiro provencial um do outro nós alertamos que ia correr mal bem o governo também falou muitas vezes numa Coligação negativa entre o chega e o PS certo mas isso não aprova orçamentos e portanto o governo o que o que andou a dizer por voz de vários ministros eu tenho em memória que podia dizer aqui vários ministros e responsáveis do PSD disseram nas televisões nacionais o PS era o parceiro negocial então Ó Daniel então e agora voltam-se para o cha e dizem aprovem lá este orçamento para o qual nós não vos chamamos não vos consultamos não pedimos a vossa opinião não quisemos saber o que é que vocês acham é um bocadinho caricato não é deixa-me só voltar atrás numa frase que já disse aqui que tem repetido esta semana que é o facto de eu chega tudo fazer para evitar uma crise política o que é que isso significa o que é que isso inclui pode viabilizar o orçamento Não este orçamento para nós está está fora de questão porque nós como disse não participamos nele este orçamento não e o governo agora não em 10 dias que vai mudar admite viabilizar mas um novo orçamento governo teria que fazer um novo orçamento com uma negociação com o chega exato assumida publicamente como uma negociação para a legislatura não é uma negociação feito em cima da mesa é uma negociação a 4 anos num orçamento o governo sábio porque nós também já o dissemos e eu assumo aqui nós sempre estivemos disponível para um acordo que fosse legislatura de governação não é um acordo pontual de contabilidade é um acordo de mudança de Portugal deum de salários de aumentos de pensões de de cortes nas coisas supérfulas do Estado nos subsídios desnecessários agora o governo tem que ter coragem não pode por um lado dizer que é um governo de mudança por outro parece que qua sempre agradar ao eleitorado socialista nós assim nunca vamos mudar nada eu deixa-me dar o exemplo do irc e do IRS não pela importância que isto tem do ponto de vista económico mas por pelo que simboliza então nós andamos 8 anos Daniela 8 anos chega e PSD não foi só chega chega e PSD a dizer as empresas estão com uma carga fiscal insuportável e e concordamos com isto chega e PSD bom o PSD diz que vai baixar o irc E nós como partido coerente dizemos então nós somos a favor nós sempre defendemos baixar o irc ouvimos o líder do PS dizer também em coerência diga-se que são contra isso eles acham que as empresas devem pagar mais impostos para depois distribuírem como eles gostam de fazer pelas clientelas deles mas é coerente com o que eles sempre fizeram então e o governo vem dizer que está disposto a mudar isso que está disposto a mudar coisas em que acreditamos pelo qual lutamos de lado a lado Montenegro disse que vai fazer uma contra proposta mas isso é agora antes ouvimos os responsáveis do PSD dizerem que estão disponíveis a mudar isto F CL do lado do chega está disposto a viabilizar um orçamento às cegas sem haver acordo ou is está mesmo fora de questão dá essa garantia é irrevogável como eu disse eu só tenho um irrevogável não é como o outro que houve no passado eu só tenho um é irrevogável ouça é irrevogável portanto nesse caso prefer ir a eleições antecipadas se também não houver acordo entre governo e IPS Eu não prefiro Mas qual é a outra solução Qual é outra solução Qual é a outra solução que temos é é é al faz esse fincap repar Qual é a outra solução que temos é esquecer as razões pelas quais as pessoas votaram no chega quer dizer se as pessoas quisessem que fosse um orçamento todo feito pelo PSD tinham votado no PSD não tinham não tinham votado no chega então já já que pega nessa questão deixa-me lhe fazer uma pergunta que é não teme ficar vinculado a um orçamento que tem a paternidade digamos assim não só a do Governo da Ad mas também do chega se no futuro algo correr mal porque é diferente viabilizar um orçamento que é do governo para evitar uma crise política ou viabilizar um orçamento que tem o seu punho isso isso e mas esse é o pensamento do partido socialista o do Chega Não é esse Eu prefiro arriscar ficar responsabilizado mas termos a oportunidade de fazer mudanças efetivas no país nós eu não quero um orçamento para Portugal que deixe tudo igual ao que o partido socialista fez nós queremos cortar subsídios subsídios de pessoas que não querem fazer nada nós queremos aumentar a a a dotação para a justiça em matérias fund fundamentais como a luita contra a corrupção nós queremos controlar as fronteiras com mais meios isto não pode ser feito com conversa tem que ser com dinheiro do orçamento portanto sim eu prefiro ficar responsável por um orçamento que seja participado e negociado e assume-se os riscos políticos corre bem corre bem corre mal Assumimos esse risco e do que um orçamento que eu diga só vamos evitar uma crise política é um péssimo orçamento Mas vamos evitar uma uma crise política não é uma estulo de fazer política e também lhe digo eu eu já disse isto várias vezes ninguém sabe como é que sairão umas novas eleições Eu acho que o país não precisava e não quer eleições tem ir a novas eleições não eu não nunca temo eleições eles são o dia maior da Democracia nunca não re a perder lugares no Parlamento nunca foi assim que eu tomei decisões na vida nunca não foi a perder lugares ou ganhar lugares estou-lhe a perguntar se toma decisões aou pensar nisso estou-lhe a perguntar se tem esse medo não tenho esse medo eu acho que os portugueses compreenderão ao fim do dia o que é que aconteceu e e Daniela crédito nos seja dado ao chega eu desde o dia a seguir às eleições legislativas desde o dia a seguir às eleições relativas chamamos a atenção do governo para que a crise aí viria se não houvesse um acordo o chega disponibilizou-se a um acordo de governo sabendo que havia uma maioria para isso mesmo sabendo que muito do seu eleitorado não quer esse acordo e não queria esse acordo eu assumi um risco político Evidente à frente do país inteiro o governo disse não precisamos do chega e agora Afinal precisam do chega e agora Afinal o PS vou-lhes as costas como fez sempre em toda a sua história a toda a gente quando viu a hipótese ganhar H aqui um acordo secreto entre o chega e o governo para deixar o PS mal na fotografia não há acordos secretos eu não faço acordos secretos os acordos ordos são e há conversas que não são públicas e eu já quer com o Presidente da República quer com o primeiro-ministro também acho que não podia ser de outra maneira as nossas conversas não têm que ser todas públicas agora não há acordos que não são públicos eu eu e Luís Montenegro também temos um um mandato que depende dos militantes dos nossos partidos que depende de quem nos dá votos Portanto o nosso dever é perante o nosso grupo parlamentar perante o nosso partido assumir isso se houver um acordo se chegasse a haver um acordo ele será assumido publicamente nós estamos a falar desse acordo desde o dia a seguir às legislativas o governo arrogante que seja breve a terminar o governo arrogantemente não quis e agora estamos no meio de uma crise Quem é o responsável eu só vejo um é o primeir ministro é luí Montenegro nós já iremos continuar esta entrevista em direto aqui neste grande jornal é já depois de um curto intervalo não sei se quer deixar alguns esclarecimentos sobre estes desacatos que aconteceram acho importante e por isto nós era sabido que eu chegue a fazer aquele aquele percurso eh foi avisado Eh toda a gente sabia e mesmo assim a Extrema esquerda e estes grupos ditos antifascistas decidiram ir provocar os manifestantes do chega para o seu percurso repara Daniel o chega não alterou o seu percurso não foi ter com as outras manifestações juntamos milhares de pessoas foi um dia histórico foi a primeira vez que isto aconteceu em Portugal sobre imigração a primeira desis do 25 de Abril nunca tinha acontecido foram milhares de pessoas ainda não há números finais da PSP estima-se que milhares de pessoas tenham estado nas ruas de Lisboa e houve indivíduos como este que se viu e que aliás se vê logo que não é do chega H que aparecem na nossa na nossa no nosso percurso e começam a insultar tanto que as notícias primeiras que saíram foi que estas pessoas aproximaram-se chamaram fascistas aos militantes do chega eh gritaram fascismo nunca mais para para começaram a cantar cânticos lá deles e portanto eh tudo o que eu pedi que tivesse acontecido foi que eh nos deixassem fazer a nossa manifestação como nós deixamos as dos outros é tão simples como isso o tempo passa muito a correr eh queria tentar perceber onde é que o chega quer chegar Qual é o objetivo do partido com o referendo à imigração é muito simples nós hoje temos os melhores países do mundo olha hoje é um me dia para falarmos disso que acaba de vencer na Áustria na Áustria um país Extrem desenvolvido o centro da Europa um partido que exatamente defende o mesmo que nós cotas e limites à imigração para que ela não fique descontrolada acaba de vencer hoje nas legislativas austríacas eh nós estamos a ter um fenómeno que nunca tivemos na nossa história que é um fluxo de imigrantes que nunca se viu já passaram os 10% da população estão a caminho dos 15 mesmo os países mais avançados da Europa não têm estas percentagens de imigração ou nós controlamos este fenómeno ou vamos pagar caro por isso queria só deixar isto Claro porque isto é mesmo importante para mim Portugal já foi um país de imigrantes os nossos Imigrantes muitos deles estavam hoje na nossa manifestação Nós não somos contra as pessoas nem contra os imigrantes nós queremos que a imigração seja controlada aparentemente PS e PSD não querem isso tudo o que queremos é que o país receba receba bem mas receba com controle sabendo quem quem vem e um dado que para nós é muito importante é que quem migra para Portugal tem que cumprir as regras quem não as cumpre tem que ser expulso de Portugal é isso que queremos Não queremos mais nada do que isto acho que é simples e fácil de perceber nós na primeira parte desta entrevista E estamos mesmo a chegar ao fim peço-lhe uma resposta breve por favor falamos sobre o orçamento do Estado tendo em conta tudo tudo aquilo que disse aqui podemos concluir que está disposto a derrubar um Parlamento que tem uma maioria esmagadora de direita gostava que essa pergunta fosse feita embora não meima a ela a ao primeiro-ministro porque se esta maioria direita acabar no Parlamento as Tais linhas que o Presidente da República se referiu tenha certeza que a responsabilidade do PSD ainda onde chega porque Daniela desculpa-me voltar a este ponto mas um partido mesmo que eu chega voto contra o orçamento do est mesmo que isso aconteça porque um partido que desde o dia um a seguir às eleições diz que queria fazer um acordo que estava disponível para fazer um acordo para dar estabilidade ao país durante 4 anos o governo olhou para o lado de forma arrogante e não o quis Nós andamos por todo lado a dizer o país precisa de estabilidade e agora passado este tempo todo o governo percebe que o PS não lhe deu estabilidade bem-vindos à realidade do país bem-vindos à realidade política não fico feliz de isto acontecer mas essa maioria histórica direita se for dissolvida a culpa repito é do PSD não acho que o chega tenha responsabilidade nisso muito obrigada Dr Tak urn