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[Música] falta saber quando e de que forma depois do ataque do Irão a Israel com recursos a perto de duas centenas de mísseis tel vive promete responder e alargar as frentes de guerra já em curso Faixa de Gaza nos últimos dias o Líbano e num futuro que se estima próximo o irão os Estados Unidos já Prometeram ajudar Israel e as autoridades iranianas ainda hoje reforçaram um aviso se tel vive retaliar deve esperar uma resposta devastadora é nosso convidado nun ferian Teixeira presidente do ipri o Instituto Português de relações internacionais antigo ministro da defesa e da administração interna de um governo liderado por António Guterres hoje secretário Geral das Nações Unidas é precisamente por aqui que começo não se ferente deixara boa tarde bem-vindo o governo de Benjamin netania através do Ministro dos negócios estrangeiros anunciou hoje que António Guterres está proibido pisar solo Israelita foi considerado Persona não grata por considerar Israel cads não ter condenado de forma inequívoca o ataque iraniano encontra justificação para esta decisão do governo de Israel não não encontro justificação eh as relações entre o secretário-geral das Nações Unidas e o governo de de Israel de Benjamin nanu eh têm sido relações tensas desde o início do conflito por uma razão muito simples a posição do secretário-geral das Nações Unidas é posição de Defesa do direito internacional e não pode ter outra tem mesmo que defender o interesse Nacional o interesse o o direito internacional porque é ele digamos assim o representante das Nações Unidas e e tem que o fazer eh durante todo este período o sobretudo porque há várias questões de natureza humanitária foi por aí que começou a atenção mas depois porque de facto e Israel tem direito como é natural à sua legítima defesa tem direito a defender-se mas não tem direito a defender-se violando o direito internacional e é isso que eh tem acontecido e é por isso com certeza que eh o secretário-geral das Nações Unidas defendendo o interesse Nacional perdão o o direito internacional eh eh não agrada ao governo não agarda ao governo de Israel Hum mas esta posição fragiliza de alguma forma António Guterres não creio não creio que fragiliza António Guterres eh pelo contrário verá que uma boa parte do mundo estará ao lado de António Guterres uhum vamos ao taque de ontem e do Irão e teerão justifica a ofensiva que considera legal com assassinato líder do es bolai do amaz à luz do direito internacional este ataque tem algum enquadramento jurídico eu não sei eu não sou eu não sou jurista e portanto não sou especialista em direito internacional eh aquilo que me parece que e digamos isto tem que ser compreendido não no plano do direito mas no plano da no plano político vamos dizer assim e depois da dos ataques e primeiro feito em solo iraniano eh Há umas semanas atrás que vitimou o líder máximo do ramas isso para o irão é uma humilhação muito grande porque é um momento simbólico um momento da tomada de poder pelo seu próprio presid ente e portanto em que esse dirigente do hamas está no próprio território iraniano e portanto à sua guarda isso é do ponto de vista digamos político e até simbólico eh uma uma humilhação para Perão o irão e respondeu com muito tempo de atraso e respondeu depois de um segundo assassinato neste caso do Líbano do líder do bá eu não quero discutir se isto é ou não legítima defesa agora o que me parece é que haveria dois problemas que o irão enfrentaria se não tivesse um qualquer tipo de resposta o primeiro era um problema interno do próprio irão e problema que teria digamos junto dos palestinianos que era perder a face e o segundo é que se não houvesse alguma Retaliação qualquer que ela fosse do plano no plano internacional significava digamos uma certa fraqueza e sobretudo o fim da sua capacidade de dissuasão em relação a Israel ainda assim na minha maneira de ver a resposta do Irão foi uma resposta relativamente contida apesar dos 181 mísseis pelo que pelo que se disse é preciso notar que antes que o ataque ocorresse o irão Avisa o os Estados Unidos e avisar a Rússia de que o vai fazer ao avisar os Estados Unidos está obviamente ciente de que Israel saberá e que os próprios Estados Unidos acionaram essa ajuda sobretudo No que diz respeito à defesa aérea e portanto há aqui alguma contenção que também é preciso notar alguma racionalidade que é preciso notar No que diz respeito à resposta iraniana e Israel entretanto já prometeu responder é possível antecipar eh o tipo de resposta que irá dar tel vive não não sei qual será o tipo qual será o tipo de resposta mas espera-se uma escalada o risco da escalada existe e portanto não há não há nenhuma dúvida que já estamos no meio de uma escalada era importante que neste ponto da escalada houvesse também racionalidade e contenção do lado Isra Elita para que digamos isto não degenerasse num conflito regional em mais larga escala e sobretudo que obrigasse a a intervenção de potências globais fora da da da região isso é que seria deitar o caso dos Estados Unidos e da Rússia exatamente e há esse risco de facto de os Estados Unidos já já anunciaram que sim que vão dar Israel na resposta à ofensiva iraniana Sim vamos ver dependendo primeiro da resposta de Israel e depois se há ou não resposta iraniana e nesse caso Digamos que tipo de resposta ou Que tipo de ajuda poderão os Estados Unidos eh fornecer tudo isto neste momento são incógnitas e as nuances não são aqui digamos despicienda são muito importantes primeiro Qual é o tipo de resposta e depois Qual é o tipo de ajuda que os Estados Unidos eh poderão dar em em todo caso eu penso que é muito importante que haja contenção que haja racionalidade e sobretudo que haja a preocupação de não alargar o conflito para fora da região mas se olharmos para os proxis do Irão e se olharmos para um um enfim um potencial envolvimento da Rússia podemos pensar a que lado é que a China se irá juntar vamos ver a China tem sempre uma posição muito particular já mais penso eu entrev virá do ponto de vista militar e sobretudo que tem terá interesse em reservar-se e como se tem reservado Aliás na na situação da da guerra da Ucrânia eh com algum distanciamento por duas razões em primeiro lugar porque não quer quebrar as as relações económicas com o ocidente são economias muito interdependentes a economia chinesa Americana e e europeias obviamente não mas sobretudo porque mantendo a financiamento pode vir a desempenhar uma posição digamos de natureza diplomática que lhe permita reforçar eh não pela Via militar mas sim pela via da capacidade de gerir e de e e um conflito Internacional e sobretudo um conflito Regional naquela região e e que lhe pode dar alguma alguma capacidade algum prestígio e até alguma autoridade que tem vindo a conquistar e qual deve ser o Rep repar repar que até há relativamente pouco tempo e até H este conflito não havia uma outra potência Global a não ser os Estados Unidos que tinha capacidade de intervenção no médio Oriente e qual é a partir daqui nós já Vimos a capacidade de negocial e de mediação por parte da China pelo menos duas vezes Uhum E qual deve ser o papel da União Europeia e mais próximo dos parceiros naturais Estados Unidos e por consequência Israel aou manter uma posição mais equidistante para dessa forma garantir que é um interlocutor junto dos dois lados do conflito é a união europeia teria interesse em em ter digamos uma posição que a reservasse para poder vir a desempenhar esse papel eh não sei qual é porque a própria União Europeia não tomou uma posição e haverá como é natural e diferenças divergências no interior dos próprios estados membros da União da União Europeia agora há uma coisa que é preciso ter muita at eh e que é que é o seguinte na rivalidade Global hoje eh não se joga o poder material ou seja o poder político o poder económico o poder militar há também uma rivalidade e imaterial vamos dizer assim onde a disputa sobre a hegemonia das narrativas existe e tem influência sobre a ordem Internacional e desse ponto de vista a posição que os Estados Unidos têm vindo desenvolver significa em geral mas sobretudo no sul Global uma perda progressiva de adesão digamos do Sul Global à narrativa Americana e por extensão à narrativa ocidental acho que a Europa precisa de ter um certo distanciamento para não cair digamos assim na mesma na mesma situação de perda da da narrativa vamos dizer assim da narrativa internacional e são são quase inevitáveis as consequências económicas decorrentes deste conflito devemos preparar-nos para um período de mais dificuldades vamos ver não sabemos neste momento a evolução e tudo vai depender agora há de uma coisa que nós não podemos deixar de ter em consideração é que aquela é uma zona fundamental eh No que diz respeito à à energia no mundo e portanto se houver agravamento do conflito isso terá inevitavelmente eh consequências do ponto de vista do fornecimento de energia e isso certamente se acontecer nós vamos pagar hum eh eh deixa-me só perguntar e eh faz parte da Estratégia do agora já estou ficado um bocadinho aflito de tempo é é é rápido faz parte da Estratégia do Irão assegurar um programa nuclear eu acho que essa é uma das grandes preocupações uma das grandes preocupações do do Irão eh não pôr em risco o seu programa nuclear daí a dificuldade digamos do Irão no dilema de calibrar a sua resposta ou seja não pode deixar ou não pôde deixar de responder porque isso significaria a perda da face no plano interno e a e a e a perda da capacidade de dissuasão no plano externo mas não o pode fazer de tal modo que isso provoque digamos eh um conflito geral que ponha em casa o seu programa nuclear eu acho que isto é uma preocupação um objetivo fundamental do regime de Tião Dr Nan Teixeira foi o nosso convidado este direto ao assunto agradecer-lhe a sua presença e desidade o antigo ministro da defesa e análise este conflito no médio Oriente que agora tem novas frentes e de futuro ainda definido Boa tarde e obrigado muito obrigado [Música]
1 comentário
A única coisa boa que posso dizer de Guterres é ter abandonado o país e não ter voltado cá