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está presto a chegar à residência oficial do primeiro-ministro o secretário Geral do PS Pedro Nuno Santos para a reunião segunda entre primeiro-ministro e secretário geral socialista em São Bento com orçamento do Estado em pano de fundo o debate quinzenal que antecedeu este encontro pode ter dado algumas indicações vamos tirar temas entre Vitalino Canas ex dirigente do PS e Fernando guirão ex deputado do PSD e antigo Ministro da Justiça muito boa tarde sejam muito bem-vindos e obrigado pela disponibilidade para participarem neste eh tir temas se me permitem deixem-me só Romar num instante até à residência oficial do primeiro-ministro de São Bento só para assinalar a chegada de Pedro nundo Santos e a ver vamos se não haverá alguma declaração do secretário Geral do partido socialista Miguel feiter Dias agora or aqui em direto Pedro Nuno Santos chegou agora chegou agora H perto de mão trocado não é que não se tenham visto há muito tempo estiveram a tarde toda no debate quinzenal eh Pedro Nuno sentos chegou de carro aqui ao Palacete de São Bento o Luís Montenegro foi ter com ele à saída do carro para o cumprimentar e receber e ao contrário do primeiro encontro desta vez não existiu a fotografia com o aperto de mão nas escadas à porta da residência oficial mas agora também a comunicação social a poder fazer alg algumas imagens do arranque da reunião de Pedro n Santos e o luí Montenegro lado a lado na sala dos embaixadores aqui no Palacete de São Bento portanto encontro a começar daqui a poucos minutos aí arrumaremos Miguel vitero Dias assim que terminar esse encontro e se houver declarações dos dois líderes que indiquem se está ou não mais próxima a viabilização do orçamento do Estado Fernando guirão vitaline Canas mais uma vez muito boa tarde e obrigado por estarem conosco Fernando guirão começo eh precisamente por si do que ouviu do debate quinzenal com o governo há pouco eh acha que abriu boas perspetivas de se chegar a um entendimento na reunião que agora está prestes a começar ou pelo contrário e e eu retive uma frase que acho que resume bem o debate foi uma frase Pedro nundo Santos quando diz o que aconteceu esta tarde é inaceitável eh eu ma prono é mau PR núncio eu eu participei em muitos debates quinzen em alguns debates quinzenais eu assisti a todos os debates quinzenais e nunca vi uma frase com a força desta frase eh dita eh embora nos corredores logo a seguir ao debate 15 nalm mas foi uma frase que ficou por dizer E aproveitou a parte eh final já fora do do plenário para para dizer mas foi dita e portanto eh é uma frase que não nos deixa muito otimistas relativamente ao futuro mas aconteceu agora uma coisa curiosa o e foi e foi referida que o primeiro-ministro ao contrário do encontro anterior desta vez desceu a escadaria e foi quase até à viatura que trazia Pedro nundo Santos e aí o recebeu eh com sorrisos e com boa disposição portanto esperemos que corra bem a a reunião eu faço eu e e tenho a certeza muita gente fazemos votos para que corra bem Vitalino canas aquilo que se ouviu deste debate quinzenal parece-lhe que há uma real vontade para lá das palavras que têm sido ditas de Luís Montenegro e Pedro nundo Santos de chegar a um entendimento Boa tarde eh obrigado pelo convite eh eu queria começar por dizer o seguinte e até se calhar colando um pouco às palavras do do Fernando negão eh que me parece algo estranho que eh havendo a negociação que está a haver se tenha entendido fazer um debate quinzenal que todos nós sabemos tem um formato específico é um debate muito agressivo é um debate que envolve sempre a necessidade das pessoas marcarem as diferenças eh particularmente o primeiro ministro e o líder da oposição que se tenha achado bem fazer um debate quinzenal neste ambiente é certo que porventura o debate quinzenal já estava definido há algum tempo e que esta reunião e esta segunda reunião entre os dois e líderes digamos assim se calhar já foi marcada depois mas acho um pouco inaudito que havendo coisas importantes como está a haver uma negociação que requer recado cordialidade eh alguma capacidade de entendimento mútuo que tenha ocorrido desta vez dito isto eu não estou nem mais otimista Nem Menos pessimista eh eu estou aqui como o senhor presidente da república que tem muita experiência mais que eu naturalmente e que sabe muito sobre isto mas estou aqui com o senhor presidente da república porque a minha experiência também me indica que nestas coisas de negociações orçamentais ou negociações a este nível com esta importância as coisas resolvem-se de minuto antes eh de ser necessário tomar uma decisão não se resolvem e uma semana de distância ou 15 dias ou o que for resolvem-se um minuto antes só não se resolve um minuto antes quando não for para se resolver então aí Admito que eh Se for para cortar Se for para dizer que não vai haver acordo nenhum admit Que hoje seja o momento certo eh não sendo esse o caso não estou nada eh impressionado com alguma crispação que possa haver e que é natural nestas circunstâncias embora também Deva dizer o seguinte eu eh estive envolvido em várias negociações de orçamento mais perto mais à distância eh como secretário de estado da presidência do conselho de ministros e portanto trabalhando diretamente com o primeiro-ministro e eu não me lembro de nenhum caso dos vários orçamentos que foi negociar todos eles Aliás foi necessário negociar n alguns casos e com configurações com geometrias diversas mas não me recordo nenhum caso em que o primeiro-ministro António CJ ou qualquer membro do governo com responsabilidade ao nível da agenda política ser tão Agreste em relação às pessoas com os quais era necessário chegar ao acordo acho que esta agressividade me pareceu inaudita mas mais uma vez e digo que não estou nesta nem otimista nem mais otimista nem mais pessimista do que estava e no início da manhã ou ontem Acho que as coisas são para ser decididas racionalmente acho muito curioso e pegado também mais uma vez aqui nas palavras do Dr Fernando Negrão acho muito curioso que Em todos estes programas de rádio com vários convidados programas de televisão com vários convidados dos diferentes partidos eu nunca encontrei nenhum comentador nenhum analista nenhum uma pessoa eh dizer qualquer opinião sobre este tema seja do PS seja do PSD que não tenha dito imediatamente que achava que o orçamento tinha de ser aprovado o o Dr Fernando degrau agora acabou de dizer e eu também o digo e diz sempre e Portanto acho que há aqui uma certa decalage entre eh o pessoal político digamos assim que está envolvido nesta negociação e que está envolvido eh entre aspas no calor da luta e depois a opinião pública geral não apenas a opinião pública das pessoas da rua mas na opinião pública que acompanha estes acontecimentos no dia a dia e com paixão não há nenhuma opinião nesta opinião pública que seja desfavorável à aprovação do orçamento de qualquer partido e depois vemos esta eh diferenciação que está a ser esta fratura Este antagonismo que está a ser criado e outos confio que poderá ser algum antagonismo algo artificial mas às vezes o artificialismo tem H efeitos prejudiciais graves e portanto tem que se ter aqui uma contenção não gostei nada deste debate acho que não contribuiu digo mais uma vez não parece que seja por causa do debate que vá deixar de haver acordo mas acho que este debate desta altura não contribuiu para o ambiente e Fernando e negrão o Governo deveria abdicar do IRS jovem ou ou não devia e ou não pode ceder sabe que nas assembleias legislativas dos Açores e da Madeira eh a existia também por iniciativa do dos respectivos governos que são do PSD eh duas iniciativas relativas ao IRS jovem nos Açores o partido socialista absteve-se e na madeira o partido socialista votou favoravelmente eh portanto ou há aqui alguma desatenção ou há de facto no partido socialista uma vontade de ver aprovadas estas iniciativas e portanto os respectivos eh orçamentos portanto eu quero crer que Pedro Nuno Santos tem um partido que que não não L interessa ter eleições e neste neste momento e há um outro facto que é importante que foi o facto de na concertação social a ugt que é e afeta a a PS nos seus quadros eh dirigentes estão militantes do do do do PS assinou um acordo de concertação social com o governo e portanto o que quer dizer que que está a olhar para o futuro e a olhar e a contar com este governo nesse futuro e governar Portugal há aqui uma série de circunstâncias que nos levam a ponderar que o partido socialista quer a continuação do governo eh porque acha que ainda não tem condições para eleições e para para as ganhar e depois pois Como dizia o Dr Vitalino Canas temos quer dizer Este este burb burburinho enorme que que vai vai tomando conta de nós e vai tomando conta da opinião pública parecendo e dando a sensação que há uma zanga enorme entre o primeiro-ministro e o líder da principal líder da da oposição e que corremos o sério risco de não vir a ter e e orçamento quero querer que podemos vir a ter orçamento eh eh Vitalino Canas sei que tem o seu tempo contada mas não não queria deixar de lhe fazer uma uma última pergunta e esta este extremar de posições eh deixa mais responsabilidade a que a que parte da negociação Olhe H vou-lhe ser aqui totalmente Franco e admitir que tenho vindo a evoluir na minha leitura eh em relação a àquilo que se poderia passar em ambiente de eleições admitindo enfim e por dever aqui de de argumentação admitindo que vai haver eleições quem é que sairia pior neste debate e quem é que apareceria pior eu aí há uns tempos atrás admitia que o partido socialista que estava sujeito a uma grande pressão da parte do senhor presidente da república da parte de vores da opinião vos setores da sociedade Portuguesa que o partido socialista teria alguma dificuldade em justificar eh digamos uma votação desfavorável ao orçamento uma não abstenção eh só por causa destas Duas Medidas porque o partido socialista foi aqui totalmente transparente e eu acho que isso contribuiu muito para beneficiou muito a a transparência sobre o que está em causa e também beneficia Mita a própria discussão porque são duas medidas o partido socialista sempre disse que eram estas As Duas Medidas que não poderia aceitar eh e eu há uns tempos atrás achava que só por causa destas Duas Medidas seria difícil ao partido socialista apresentar-se para tua eleitoral e justificar e uma eventual crise política e a realização de eleições as considerações do FMI vieram dar uma ajuda hoje eu tendo a considerar que eh a pressão está sobretudo sobre o governo porque tem havido mais notícias eh em relação a estas medidas provenientes de setores insuspeitos houve aí há uns tempos um o pronunciamento eh do Conselho de Finanças Públicas e agora entidades insuspeitas como o FMI e e outras vêm dizer que isto é uma asneira que esta redução de imposto irc desta forma é uma asneira que não cumpre os objetivos a que se está votada e que o IRS jovem é também mais asneira e que não há garantia nenhuma que cumpra esses objetivos portanto vê criticar instituições que não se intrometem na vida política portuguesa não tem nada eh escolher entre o PS ou o PSD como é óbvio Mas vem dizer neutralmente estas medidas são mais Neira eu acho que isto favorece muito a posição do partido socialista para ter totalmente sincero e desfavorece a posição do governo portanto não compreende também alguma teimosia que parece insistir da parte do governo em eh insistir em medidas que aparentemente ninguém eh considera adequadas e corretas do ponto de vários pontos de vista não apenas do ponto de vista político não não apenas do ponto de vista constitucional até sei seido a esse nível que eu tenho suscitado algumas dúvidas mas até do ponto de vista económico do ponto de vista financeiro das Finanças Públicas e do ponto de vista do cumprimento dos objetivos a que se propõem portanto Porque é que o governo apesar disso insiste nessas medidas começa portanto a haver a suspeita de que o governo verdadeiramente não está interessado em ver o orçamento aprovado e iso se calhar vai favorecer a argumentação política do partido socialista se tiver de eleições vitaline Canas sei que tem que nos deixar agradeço-lhe a sua disponibilidade e a sua presença neste tiret mas e queria confrontar precisamente Fernando neirão com esta interpretação que feline Canas faz do atual mento se estas considerações por exemplo do fundo monetário internacional vem ou não dar uma ajuda ao partido socialista num cenário de eventuais eleições antecipadas não não não V andar o o ajuda ao partido socialista nem obviamente também não não dão nenhuma ajuda ao governo e ao Primeiro Ministro e o o conselho das Finanças Públicas em Portugal já tinha dito o mesmo e o o governo respondeu dando a sua versão e que não tem a amplitude que o conselho de Finanças Públicas lhe pretendeu dar e relativamente ao FMI e eu acho muito curioso aquilo que estamos a existir que é ver a esquerda a agarrar-se ao FMI e a invocar a argumentação do FMI para atacar o governo portanto eh Há aqui qualquer coisa que não não está bem sabemos bem mas acha que o governo não deve levar em linha de conta estes avisos feitos pelo fundo monetário internacional deve levar em linha de contas todas as chamadas de atenção e deve ter os cuidados necessários para que não aconteça aquilo que a por exemplo o FMI refere que pode acontecer sendo que relativamente ao relatório do FMI e o FMI vai mais longe e diz que Portugal precisa e eh para a sua economia de baixar significativamente os impostos e tem que o fazer agora eh relativamente à filosofia de redução dos impostos aí é aqu ele revela discordância e não concorda com e diminuição de impostos para setores ou critérios como a idade e portanto nós estamos aqui no plano muito técnico e e quando entramos no plano muito técnico a discussão começa a ser quase indecifrável não é eh portanto eh eu acho que estes estas críticas que foram feitas Não não são que impeçam o prosseguimento e terminava só dizendo que está neste momento a acontecer uma reunião entre o primeiro-ministro e o líder do principal partido da oposição por causa do orçamento para o ver aprovado ou não aprovado eu quero querer ou adivinho que não seja hoje ainda não tinhamos nenhuma decisão eh hoje eh e quero crer que a proposta apresentada pelo primeiro-ministro seja uma proposta que levará o PS ponderar novamente toda esta situação uma proposta irrecusável nas palavras do primeiro-ministro Luís Montenegro Fernando guirão Muito obrigado pela sua presença neste tir temas de rádio observador numa altura em que o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS estão reunidos na residência oficial do primeiro-ministro com orçamento estado em panho de fundo h