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o partido socialista pediu o governo deu mas será que chegou depois da primeira ronda de negociações entre Luís Montenegro e Pedro Nunes Santos o PS deixou claro que só viabilizava o orçamento do Estado caso o Executivo deixasse cair ou alterasse substancialmente as propostas do IRS jovem e do irc o governo fez uma contraproposta diz que diz ser irrecusável com o modelo do IRS jovem igual ao do PS e uma redução menor do irc para Pedro Nuno Santos não foi suficiente e fez agora uma nova contraproposta mas terá margem para isso e para não viabilizar o orçamento depois das mudanças do governo para debater esta questão junta-se a nós Eduardo cabrita ex-ministro e ex-deputado do PS e também Miguel elvas ex-ministro e ex-deputado do PSD a moderar este Caoa própria como sempre está o jornalista André Maia bem-vindos Eduardo cabrita também Miguel relvas agradeço disponibilidade para estarem connosco e por terem aceitado o nosso convite aqui para estarem na rádio observador relembro também antes de vos passar a palavra que nesta altura eh todas as semanas temos também uma votação uma sondagem aberta para que os nossos ouvintes também seguidores eleitores do Observador possam também participar neste debate a pergunta é se o PS tem condições para não viabilizar o orçamento do Estado está na conta de Instagram do Observador a sondagem aberta para que todos aqueles que nos ouvem possam também participar nesta pergunta que está em debate começo por ser eduarte cabrita depois de eh Pedro Nuno Santos ter feito algumas exigências depois do governo ter avançado com uma proposta que disse ser e uma proposta e que era quase irrecusável a verdade é que Pedro Nuno Santos volta agora a lançar uma nova contraproposta a pergunta é mesmo essa tem o PS neste momento forma de não viabilizar o orçamento do Estado tendo em conta já alguns avanços que foram feitos Bom dia André Bom dia Car Miguel relvas eu acho que nós estamos aqui E no momento em que o Governo está a ser confrontado com a realidade e eu valoro positivamente este tempo de diálogo o governo percebeu que e por um lado há mais vida para além do orçamento em segundo lugar que faltam 36 deputados para aprovar o orçamento e essa a realidade democrática e portanto esta o contributo do partido socialista para este exercício de maturidade democrá que é discutir substantivamente e não retoricamente o orçamento de estado já permitiu ao governo e afastar uma proposta que era errada Tecnicamente injusta e provavelmente inconstitucional a sua formulação sobre sobre e o o chamado IRS jovem o IRS jovem já existe é uma medida de inserção na vida profissional o quadro em que estamos hoje e isso deve-se ao partido socialista é um quadro bem mais favorável Isto é e alargar e o quadro que hoje existe eh por mais anos mas com uma medida de inserção na vida profissional e não uma e e não uma uma uma bandeira idst sem nenhuma sem nenhuma justificação e neste momento e vamos lá ver temos também de ver qual a melhor forma de E no momento em que o país aliás tem eh a maior atingiu nos últimos anos não só saldos orçamentais positivos pela primeira vez em democracia atingiu 50% das exportações no PIB que era um sonho de quando o Miguel relvas era governante mas que estava muito longe nesse tempo e que foi atingido nos últimos anos e temos pela primeira vez mais de 5 milhões de pessoas a trabalhar como é que podemos aprofundar eh de forma seletiva eh exatamente eh aquilo que é eh a promoção do crescimento económico e portanto eu acho que uma abordagem também que não seja um fetiche ideológico eh na forma de ver a forma de tributar as empresas é eh aqui eh eh aqui positivo e portanto as as propostas do do apresentadas pelo partido socialista que apontam no fundo em valorizar as empresas que reinvestem os lucros ou que eh eh valorizam salários acima daquilo que está acordado no acordo de eh de concertação social e é e são propostas muito construtivas e relativamente àquilo que é a tributação das empresas acho que temos Tod todos a ganhar eh em ter eh um debate em que efetivamente houve aproximação nos últimas nas últimas e duas semanas e não de bate dramatizado e como pela forma como o presidente da república e alguma comunicação social costuma dramatizar este este debate cabrita deixa-me passar sim ia pedir para para passar a palavra foi não foi eleito não foi votou temos um governo que tem 80 deputados a apoiá-lo portanto aprovar o orçamento é importante é preferível para o país ter um orçamento para 2025 aprovado do que não ter e Val e exige este esforço de concertação que é um sinal de maturidade democrática e não de vitórias ou de derrotas uhum deixa-me passar a palavra ao Miguel relvas para equilibrarmos também um pouco os tempos Miguel relvas bem-vindo também obrigado por ter aceitado o nosso convite faço a mes uma pergunta introdutória que fiz a Eduardo cabrita e se o partido socialista tendo em conta também os avanços que Eduardo cabrita descreveu agora e estas estes avanços nas negociações entre Pedro n Santos e Bis Montenegro neste momento há outra forma que não seja o partido socialista viabilizar o orçamento do estado ou ainda tem margem para não o viabilizar eu penso que o partido socialista depois da questão Como ela foi colocada nas últimas horas em que passou uma percepção para o país de que era possível um entendimento de que o governo não gesto correto adequado de humildade de quem não tem maioria no Parlamento se aproximou de propostas apresentadas pelo partido socialista h iluminção de disposição o partido socialista voltou a ser radical que está a querer não quer negociar o partido socialista quer impor eu penso que o Dr PED and a brincar com fogo is é uma questão muito sério eu não me lembro há uns anos atrás quando ele creditava aos 700 no Parlamento a dizer não pagamos não pagamos os banqueiros alemães vamos pô-los no C isso não é uma forma de fazer política porque a questão que aqui está em cima da mesa é porque o governo Faz um esforço para um entendimento e esse entendimento até poderia ser mais aprofundado a perceção que passou para os portugueses é de que os dois maiores partidos não end o país vai ter vai ter um orçamento mas mais importante ainda as diferenças são diferenças mínimas de 0.2 0.3 e do do Não há aqui valores muito acentuados não há aqui uma grande diferença isto puges estáem num momento como este que estamos a viver que a importância da aprovação do orçamento significa estabilidade e e já não estamos a falar da estabilidade para alatura estamos a falar estabilidade para este para este primeiro momento e o partido socialista ontem a sensação que voltou a dar é que eh quer instabilidade primeira sensação segunda sensação sabe que de uma crise política podemos ir para eleições e por isso eu digo o partido socialista com esta radicalização e esta visão coquista há aqui uma visão bloquista há aqui uma atitude de um radicalismo que afasta oo partido socialista do centro do debate do centro político que o afasta das empresas e que afasta daquela que é a sua tradicional trz o partido socialista foi sempre um um partido de Gover um partido central da nossa democracia e a alternância tem sido feita entre o partido socialista e o partido social-democrata o PS exemplo o primeiro-ministro esteve muito bem de uma forma muito clara assumiu comade comade democrática que podemos louvar mas que é positiva e que é aceitável ou vimos numa primeira fase A lider parlamentar do partido socialista e dizer bem vind estamos no bom caminho passam uma perceção para os portugueses e 24 horas depois qual Catavento mudam de opinião mas Miguel ralas deixa-me perguntar-lhe então tendo em conta tendo em conta essa atitude radical que o partido socialista está a ter como disse na sua opinião faz sentido então que o PSD que a aliança democrática estejam a negociar e a dialogar de forma que parece até agora ser bastante produtiva faz faz sentido isso estar a dialogar com quem está Ter uma atitude tão radical mas ver uma coisa Onório meio eu não foi a aliança democrática que me deu de opinião a aliena democrática respondeu com uma contraproposta muito clara os primeiros sinais que viam do partido socialista foram positivos mas os segundos e os terceiros já não foram eh eh houve uma alteração e a perceção é muito interessante na vida pública e na vida política à perceção eu não tenho dúvidas para dizer agora o orçamento é o orçamento do país e quem vaiar e que governa que é o governo o partido socialista não pode ter a tentação e achar que o orçamento tem que ser o seu orçamento o orçamento como se fosse um governo do partido socialista isto não é positivo panto que os partidos se entendam eu acho que e a mim parece que o Governo está no bom caminho no sentido de e encontrar e tentar encontrar soluções e essa tentativa de encontrar soluções vai também demonstrar tantos portugueses que quem quer eleições quem quer instabilidade e de quem que tem um caminho para o país eu ontem disse já o disse publicamente que com esta primeira reação do partido socialista parecia que tínhamos o o Dr per Santos tinha voltado a ser um adulto passado e eu à noite B dia sua contra proposta dis salto lá está a querer brincar com fogo e hoje já uma sensação esterizada entre analistas comentadores pessoas à esquerda e à direita gente que não apoiava o fego Muitos daqueles que até tinham divergência com propostas do governo vees chega Dev Vamos parar com esta instabilidade já basta estou de acordo comor cabric já basta o río permanente do senhor presidente da república que se intromete faz concelhos de estado e hoje hoje sei diz que agora chegou a hora de escalar vamos ver por quanto tempo se ainda hoje não trá nova nova nova posição isto caos par entender agora deixa dizer uma coisa o andar brem Car de Fogo Ainda se pode encontrar pode aparecer no no Parlamento imagina que o chega afirma que não concordamos com o orçamento não gosto do orçamento não é o meu orçamento mas o país precisa de estabilidade e eu mesmo não concordando o orçamento viabilize o orçamento sem que haja negociações da parte do governo será uma lição de democracia e de estabilidade partido socialista eu penso que que há gente muito útil dentro do partido socialista gente com com equilíbrio equilíbrio emocional porque esta questão da política o equilíbrio emocional é decisivo Claro Miguel galvas deixa-me passar deixa-me passar a palavra ao Eduardo cabrita por favor a importância do país ter um orçamento e deixa-me só terminar a questão porque PES hoje ontem tinham a percepção de que havia um acordo entre os dois partidos havia um acordo para o país um acordo daquilo que poderia dividir tinha sido ultrapassado ontem à noite quando se foram deitar voltou o radicalismo voltou para cima da M aquela visão bloquista e destruidora dos consensos é Ou tudo ou nada não pode existir isso na vida pública Eduardo cabrita obviamente que tem também a oportunidade para responder a Miguel ravas mas gostava de lançar para a mesa H esta esta questão nas últimas horas tivemos pelo menos dois nomes do do PS táa mais centrista do PS a deixarem também essa essa posição e deixarem um recado para Pedro Nuno Santos eh para que pelo menos é é essa interpretação para que avance para a viabilização do orçamento do Estado tivemos Francisco Assis a elogiar a atitude de negociar de negociar com com o governo dizer também que vai ser capaz que pede para que Pedro dos Santos seja capaz de não se enclausurar numa oposição irredutível e secretária estou a aceitar Francisco Assis Aumentou a pressão interna sobre Pedro Nuno Santos para que o orçamento seja mesmo viabilizado na sua opinião não eu acho que não é uma questão de aumentar a pressão neste momento diria que a bola está do lado do governo o governo é que tem de apresentar uma proposta de orçamento o governo é que falta 36 deputados para que esse orçamento seja aprovado de acordo com aquilo que seriam as suas opções ideológicas únicas eu acho que é preferível que haja orçamento é favorável não deve ser dramatizado há mais vida política há mais ação há mais questões para além daquelas que estão no orçamento eh e não decorre aliás da reprovação do orçamento à abertura de um ciclo eleitoral Esse foi um erro que na sua habitual função de estabilizador ao presidente da república eh teve em 2021 ao esgotar imediatamente eh faça à uma reprovação do orçamento ou avançar imediatamente eh para eleições não é necessário que seja assim olhe aqui em Espanha não há orçamento para 2024 e e com dificuldades e um quadro político diferente da vida política eh vai eh vai avançando é preferível que haja orçamento e o PS eh tem tantos deputados como o PSD na Assembleia da República que não foram eleitos para aprovar para a execução do programa Eleitoral do PSD eh neste momento eu registo como muito positivo aquilo que é o esforço de concertação eh lançado por Pedro Nuno Santos registo a abertura do governo eh permitiu-lhe aliás abandonar uma proposta que toda a gente considerava errada injusta e provavelmente inconstitucional e nessa medida tal como na eleição do presidente da Assembleia da República foi o ps e Pedro arundo Santos que vieram a ajudar o governo a sair de uma situação que provavelmente iria criar problemas muito difíceis adiante eh o há aqui momentos háo dia 10 que é a apresenta a apresentação da proposta de orçamento de estado uhum há a votação na General no final do mês e caso o orçamento passe na generalidade h o debate Na especialidade eu acho que neste momento é preferível avançar no sentido da concertação Sempre que há uma retórica exaltada como agora que o meu amigo Miguel relvas estava a ser porta-voz as coisas não se favorecem Apesar dessa retórica eh eu acho que o primeiro-ministro percebeu que lhe faltam deputados eh para aprovar eh eh viabilizar um orçamento eu acho que há um esforço sério de viabilização do orçamento ninguém quer eleições que não fazem sentido Aliás não seriam automáticas mas das quais não resultaria uma alteração das condições estruturais de governação vencesse o partido socialista ou vencesse o PSD eh não há nenhuma indicação que aponte para uma alteração das condições efetivas de governação eh eu acho que neste momento a palavra par cabe ao governo estamos a aguardar ora Miguel rel provocar uma crise política ou se quer viabilizar o seu primeiro orçamento uhum a pergunta que lhe faço Miguel relvas é precisamente essa caso agora o governo Não Ceda novamente a estas novas estes novos pedidos de Pedro Nuno Santos H uma nova uma nova baixa no no no RC também a questão do IRS jovem eh ser diminuído janela temporal em que pode estar estar válido a minha pergunta é ess caso o governo Não Ceda essas pretensões a quem é que vai cair e calhar o os da culpa caso não haja orçamento do Estado ó António ma eu estou convencido que a peção é Clara dos portugueses há um radical à frente do partido socialista um parceiro que não é de fiar porque esta é que é a questão Estamos numa negociação de adultos uma negociação muito séria onde não se pode andar com avanço e recuros onde o partido socialista é a oposição e é bom para o país e será Alternativa de futuro o governo sentou-se à mesa porque não tem não tem maioria eu sempre havem que com este partido socialista É difícil fazer entos um partido socialista que é contra as empresas o partido socialista que não percebe que a questão do irc é decisiva para o crescimento da economia no momento em que a economia neste trimestre dá sinais de abrandamento estagnação um partido socialista que devia ter percebido que nós precisamos de criar condições para serar riqueza para que o salário médico possa crescer para que as condições de vida e todas essas políticas que estão a ser seguidas depois de 8 anos de um governo socialista que não fez reformas que não foi capaz de que deitou fora uma maioria absoluta deitou fora n lha tirou tinha uma maioria absoluta e em menos de ano de Tou fora nós precisamos de estabilidade nós não podemos ir para o trao terceira dissolução do Parlamento não é positiva se tivermos que ir devemos ir e temos que assumir de uma forma Clara e o partido socialista por isso é que eu digo este radicalismo partido socialista torna o partido socialista um partido não fiável como no passado e portugueses sabem se numa circunstância como esta está em jogo 0.2 0.3 Isto é muito pouco em termos orçamentais no nosso pido se não é possível fazer um consenso nesta matéria quando é que será possível fazer um consenso ol sobre aqueles pedido sem dramatismo sem radicalismos quando o partido socialista mudar de liderança quando voltar o verdadeiro partido socialista quando voltar aquele partido socialista Que nós conhecemos o partido socialista que é capaz ter as suas posições de uma forma Clara um partido socialista do centro um partido socialista que quer que a economia cresça não um partido socialista que está preocupado na rouar de votos de esquerda e a o Partido Comunista que é isso que nós temos é esse o código genético a identidade a impressão digital do Dr Pedro Santos é preocuparse em roubar votos ao bloco de esquerda e ao partido comunista não vai ter sucesso nessa estratégia e vai perder muitos votos que tornar mas estas neg estg fazer também com que rouba alguns votos a ao PSD neste caso com esta atitude que está a terão da camisola quem é que fedu quem é que sau da sua posição de governação que é quem tem que governar ISO orçament do governo o primeiro-ministro deu um exemplo de humildade e deu um exemplo e foi mod dele na negociação a negociação política transparente com clareza e demonstrou que tinha ido emcontra aou construir uma alternativa eu eu digo há meses o partido socialista não quer ser parceiro da oposição o partido socialista quer ser uma oposição radical Igualmente e aqui é uma divergência que eu tenho com com o governo e com o meu e com o meu meu perito nós temos que encontrar outras soluções e demonstrar os portugueses e uma vez por todas e agora vai ficar por demostrado que com este partido socialista nós vamos ter instabilidade não vamos ter soluções para o é muito difícil com um líder com este lado revolucionário isto um revolucionário que já não se juda e e que não vem na senda dos anteriores líderes e dos anteriores primeiros ministros do partido socialista foi uma evolução muito negativa enfim o parti socialista pagará por isso Miguel relvas Eduardo cabrita Infelizmente o nosso tempo está a chegar ao fim e deixar apenas essa nota que mencionei também no no início temos aí aberta uma sondagem neste momento no na conta de Instagram do Observador on dos nossos ouvintes seguidores também leitores podem votar também participar de certa forma no causa próprio no nosso programa de debate a pergunta e que estivemos aqui a bater é se o PS tem condições para não viabilizar o orçamento do Estado tendo em conta os desenvolvimentos e as negociações que já aconteceram ora olhando para a votação que já está aberta desde ontem 77% considera que não que o partido socialista não tem hipóteses de votar contra o orçamento do Estado apenas 23% considera que sim que o partido socialista ainda tem essa margem para não viabilizar o orçamento do Estado Eduard cabrita também Miguel relvas agradeço mais uma vez a vossa disponibilidade e até uma próxima coloco o meu voto na aquil Obrigado até à próxima