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[Música] Esta é a história do dia da Rádio observador como apanhar um [Música] fugitivo exatamente da mesma forma L gar que não da mesma forma lhe gar que não não seria possí que dis e queia cência tranquila e estaria a dormir descansado e com aquilo que foi implementado para cautelar situações futuras idênticas OK Carlos Moreira é o novo diretor da prisão de Vale de judeus de onde há um mês fugiram cinco reclusos Carlos Moreira falou aos jornalistas quando a saída para almoçar coincidiu como a vigília de Guardas prisionais em solidariedade com o corpo da Guarda de Vale de judeus um dos foragidos Fábio Loureiro foi detido às 10 da noite de domingo em tanar em Marrocos segundo a CNN a polícia judiciária terá conseguido a localização acompanhando os passos da mulher deste homem condenado em vários processos apenas de cadeia que ultrapassam os 25 anos quando todas somadas 25 anos é o limite máximo em Portugal segundo o registro criminal Fábio Loureiro também conhecido como Fábio Cigano só voltaria à liberdade em 2056 isto obviamente sem contar com revisões de penas agora deverá ser extraditado para Portugal Onde irá enfrentar novo processo por causa desta fuga este recluso cumpria pena por sequestro Associação criminosa branqueamento de capitais extorsão entre outros crimes mas como se apanha um foragido Esta é a grande pergunta para a conversa com Vítor Alexandre um homem que esteve 40 anos na polícia judiciária foi responsável pelas diretorias de Lisboa e Funchal e também dirigiu a direção central de combate ao banditismo eu sou o Ricardo Conceição e esta é a história do dia de terça-feira 8 de [Música] outubro bem-vindo senhor coordenador Vítor Alexandro um prazer estar consigo tamb bemm O que é que sabemos sobre a Detenção deste deste indivíduo eh sei aquilo que tem vindo pela comunicação social tem sido divulgado não é uma informação inside em que possa portanto privilegiada que possa de alguma forma eh ou poderia de alguma forma a violar regras às quais estou quer por deever profissional do passado que era do do presente até de natureza ética a não violar e portanto eh procuro eh socorrer-me hoje da comunicação social eh sem me deixarem influênciar qualquer outro tipo e por outro lado também porque não não gosto de interferir mesmo com perguntas no trabalho dos meus colegas tal como não gostava que eu fizessem comigo é compreensível e este indivíduo foi detido este domingo em Marrocos é isso que sabemos é foi detido em Marrocos seguramente na na sequência de um trabalho aturado de investigação criminal que levou até à sua localização e posterior Detenção naturalmente com através do mecanismos de cooperação policial obviamente tudo isso obriga essa cooperação internacional entre polícias entre forças de segurança o senhor esteve 40 anos na na polícia judiciária este tipo de de cooperação funciona ou eh permita-me dar aqui esta imagem Ou aquele papel aquele fax que chega com a fotografia do foragido com o nome vai parar a uma gaveta e de foragidos internaci E ninguém liga nenhuma nos tempos em que entrei era um pouco essa a imagem a cooperação era extremamente difícil era demasiado burocratizada formalizada com muitos mecanismos formais de cooperação nomeadamente através do M estrangeiros com as cartas rogatórias o tomava perfeitamente obsoleto É um mecanismo absolutamente obsoleto para os dias e para a criminalidade que já naquela altura se vivia que se deixava antever assim sendo a própria natureza das coisas foi obrigando as diversas idades entre si individualmente ou em cooperação internacional erigir novos caminhos novos meios de cooperação que hoje são de longe muito mais e muito mais céleres e portanto hoje nós não estamos na idade da pedra muito longe disso e portanto nesse capítulo torna-se muito mais fácil a cooperação policial ser célere e eficaz portanto é fácil e falar com Espanha falar com Marrocos e haver uma atuação concertada entre polícias muitíssimo mais fácil mas mesmo muitíssimo mais fácil outrora Digamos que conseguíamos ultrapassar de alguma forma os problemas que tínhamos com o conhecimento pessoal que tínhamos de alguns colegas e portanto era muito mais rápido for e resolver o problema e as coisas funcionavam muitos assim se alcançaram do que através desses mecanismos formais que eram absolutamente demolidores do nosso trabalho e da nossa paciência e e o que é que sabemos sobre este recluso Fábio Loureiro que também é conhecido como Fábio Cigano O que é que conhecemos sobre este sabemos que é um indivíduo perigoso que já estava referenciado como tal e que portanto exigia à partida que fossem tomadas todas as cautelas para que eh não viesse a integrar um grupo destes ou ele próprio não tentasse uma fuga Uhum é previsível que este tipo de de delinquentes eh só por si ou em conjunto e normalmente em conjunto com os demais ainda que De outras áreas do crime tentem acetar em qualquer momento da sua vida porque condenados a muitos anos tentem acar uma fuga eh diz-se há em termos eh e peço que me interpretem bem que que é quase legítima a tendência do homem para a a liberdade tentar a liberdade o certo é que vivemos em sociedade com regras e eles têm que as cumprir tão BM muitas vezes eh há uma certa lacid Uhum que permite este tipo de por diversos motivos e não estou a dirigirme a ninguém em concreto uhum eh às vezes são as próprias estruturas do estado que não t mais para que haja um cumprimento ou seja tem essa noção tem essa noção que é preciso mais vigilância ou estar mais atento muito mais muito mais tempos nos adaptar depois não há não tem capacidade para fazer isso há falta de gente mas esse também é um velho argumento não justifica tudo H há meos eletrónicos há há procedimentos e práticas que são reiteradas e por isso mesmo permitem eh um uma flexibilização demasiado grande da da atuação no dia a dia e que geram estas sit portanto há que rever inclusive é procedimentos periodicamente para além dos Tais mecanismos que têm que ser implementados nas cadeias nomeadamente natureza eletrónica isso custa dinheiro sabemos Mas temos que fazer opções na vida no momento em que estamos a gravar esta conversa H ainda quatro recluses a Monte que se invadiram de de Vale de judeus com com Fábio Loureiro e aqui eh não nos vamos deter nos problemas que poderão ou não ter facilitado A Fuga a este grupo já aludi um pouco a isso mas em termos Gerais depois de recebido o alerta O que é que faz a polícia judiciária qual é qual é o protocolo de atuação como é que isto se resolve antes mesmo dehe responder à sua pergunta eu gostava de dizer o seguinte relativamente aos outros quatro eh é preciso ter em consideração que do seu conjunto de cinco cada um tinha a sua intervenção no mundo criminal diversificado enfim há diverso tipo de criminologia e também as suas nacionalidades é são variáveis o que leva a concluir que para cada um deles temos ter em em atenção esse fator um método diferente para cada um um método diferente Digamos que há uma base comum mas a partir de determinado momento cada um deles tem nomeadamente aqueles que estão ligados a eh quer por nacionalidade estrangeira quer por pertencerem determinadas organizações o tipo de apoios que tem no exterior e para eh digamos concretizar em plenitude da sua fuga durante n tempo eh tem portanto muito mais apoios tem muito mais facilidade emocar estrangeiro disponi de dinheiros eh zonas de encobrimento enfim TM toda uma panóplia que outros que cometem O homicídio que são nacionais não têm portanto logo aqui temos ter uma diferenciação muito concreta sobre cada um deles e trabalhar em função dessa mesma realidade é é quase conhecer o perfil de cada um deles e e adaptar o forma de atuação a cada um deles é isso é exatamente e a partir de determinado momento digamos se numa fase inicial o tratamento é como a partir determinada altura temos a noção de que cada um seguiu o seu caminho segui o seu caminho inclus terrestre Exatamente porque podem ter fugido E e ter e cada um para seu lado no momento seginte natural e se assim é portanto temos começar a trabalhar Cada Um individualmente Com os elementos que dele conhecemos e e e com base nesse mesmo conhecimento e nessa mesma situação tem que ser como dizemos diversificada respondendo agora em concreto à sua pergunta eh assim que é detetada uma fuga desta natureza a primeira que ho que coisa que há a fazer é comunicar às entidades competentes que são os demais órgãos de polícia criminal e Todas aquelas entidades que têm uma interferência no processo direta ou indireta no processo de recaptura destes indivíduos a celeridade aqui da comunicação é extremamente importante porque cada minuto que passa são e são horas para nós de prejuízo e e para eles de avanço cada minuto podem ser c ou 6 é bastante tempo é bastante tempo e portanto essa é a primeira nota que devemos ter em mente e que nem sempre é cumprida por diversas razões nomeadamente e e como ouvi ao responsável pelo sindicato dos guardas prisionais aquela cadeia hierárquica toda que se tem que percorrer Até que a notícia chega a quem decide não estou com isto a dizer que a cadeia hierárquica não deva não deva ser cumprida pode e deve ser cumprida não não obstante ela tem que ser está perfeitamente oleada em todos os dias da semana e não só os cinco dias e muitas vezes como sabemos como é que ela é essa cadeia hierárquica não pode travar o o o curso daquilo deverá ser a resposta não é e deve haver uma autonomia também suficiente para que a determinado momento da cada hierarquia possam ser tomadas decisões que obstem de alguma forma a ao prejuízo da investigação em termos temporais portanto Este é um fator extremamente importante depois a difusão em geral da Notícia particularmente com uma uma uma fuga desta natureza que é uma uma fuga com indivíduos perioso e portanto a população deve estar alertada não só na nossa perspectiva de polícia para que possa possamos vir a recolher elementos probatórios com a ajuda da população mas também pela sua própria salvaguarda porque eh podem confrontar-se com um destes indivíduos não sabendo quem são naturalmente mas que estão num num processo psicológico eh extremamente eh de fuga e portanto de de não olham meis para alcançar o seu objetivo que é essa mesma fuga e consequentemente podem vir a causar eh incidentes ainda de maior natureza portanto a a comunicação aqui quer ao nível Nacional deção pública isto depois da comunicação às Forças e serviços de segurança a comunicação a às Forças de segurança e eh também a comunicação Internacional nomeadamente e neste caso a países aqui como os nossos vizinhos espanhóis ou mesmos franceses eh deve ser também imediata com os elementos disponíveis e atualizando-se a cada momento sempre que se justifique que haja um elemento relevante que seja importante para que essas mesmas forças possam atuar mas depois com o passar das Horas como é que se pega no no fio da meada não pega não pega no com o passar das horas começa e esse é outro ponto importante é que o pessoal tem que partir para o terreno imediatamente imediatamente porque há por exemplo local onde ocorreu o crime que tem que ser preservado a recolha de vestí a recolha de Mentos probatórios de diversa natureza ouvir pessoas recolher toda a informação possível enquanto outros eh em gabinete trabalham Como já referi ainda há pouco o perfil de cada um deles recolhendo o seu passado se possível histórias dos processos onde tiveram envolvidos para se tatarem quem são os seus eventuais cúplices num determinado momento os seus contactos habituais enfim todo um conjunto de informação que muitas vezes é possível até porque nasas fileiras das instituições há pessoas já com muita idade como aconteceu comigo e portanto sabiam de histórias que ocorreram no passado e lembravam-se para transmitir aos mais novos algo daquilo que tinham vivido em determinado tempo e que muitas vezes era útil e o Dr Vitor Alexandro disse uma coisa muito interessante falou no apoio que cada um deles pode ter ou seja isso leva-me aqui uma pergunta e é impossível uma fuga solitária do de um destes indivíduos num momento ou outro T sempre haver alguém que o que o ajuda e essa é uma forma de poder chegar a esse a essa pessoa sem dúvida ninguém eu diria um familiar um amigo não é sim tem que ter sempre alguém seja na no momento da Fuga seja em um momento onde ele depois se vai estabelecer durante um tempo para para que enfim se preservar da observação direta das forças policiais eh tem que precisa de dinheiro precisa de alimentação precisa de n coisas e não pode nós estamos a vê-lo no supermercado a fazer compras não é Portanto ele vai sempre necessitar de um apoio mesmo ind ele ele ele menta em Fuga sozinho em grupo Depende se é o mesmo grupo ou se Como disse ainda há pouco é um grupo diversificado qualquer deles tem que ter um [Música] apoio já regressamos à conversa com Vítor Alexandre antigo coordenador da direção de combate ao banditismo da polícia judiciária 40 anos de experiência na polícia judiciária com quatro peitos ainda à Monte como se apanha um [Música] fugitivo Esta é a história de Vera Lagoa a mulher mais temida pelos poderosos de todos os regimes afrontou se Salazar desafiou os militares de abril e ridicularizou os que se achavam donos do país ela apoiou os presos políticos de uma forma incansável o que era intolerável para a pid Episódio 2is a mã Dea que comunistas em a grande provocadora é uma série para ouvir episódios faz dos podc observador é narrada por mim José Mat com banda Son original de m os assinantes do Observador tesso antecipado a todos os episódios desta série os podcast do Observador tem oo da estamos de regresso à conversa com Vítor Alexandre que esteve 40 anos na polícia judiciária soutor pegando aqui nos vários métodos Depois temos se calhar temos métodos mais analógicos e outros mais digitais que envolvem ora homens no terreno ora análise de de dados nos filmes e nas séries policiais nós temos muito este Imaginário por exemplo nas séries estas fugas resolvem-se em 40 minutos nos 40 minutos de um episódio há um há um tipo qualquer que fog tira a barba pinta o cabelo mas há uma câmara no metro que lhe Lê as feições aquilo faz soar os alarmes e vemos aparecer uma série de helicópteros e carros e homens e o tipo é apanhado ali em 10 segundos Isto é mesmo ficção ou não tem um misto de verdade e muito de filme Era bom que assim fos Então o que é que é filme e o que é que o que é que é verdade ajude-nos lá a perceber Ah não as coisas não são assim tão simples eh e e posso dizer-lhe que nem mesmo nos países mais evoluídos como os Estados Unidos eu estive alguns tempos no FBI e e vi as metodologias por mais evoluídas que fosse e eram e eram nunca nunca dispensavam a componente pessoal a componente humana e essa era e essa até até não só de análise de observação de de forma de agir o comportamento policial instinto e devo-lhe dizer com algum orgulho que nós portugueses damos cartas nessa mata conseguimos ultrapassar e seja-me permitido agora aqui o o o písmo dar baile até a grandes forças policiais pela nossa capacidade desse dessa coisa tão tão Portuguesa que é o desenrasca consegue-se E conseguiu-se durante muitos anos ultrapassar muitas das insuficiências tecnológicas que dispúnhamos quando elas já existiam inclusive com essa capacidade humana de que o português tem de inventar de resolver as situações e de uma forma engenhosa mas hoje já temos essa capacidade tecnica hoje temos uma hoje temos temos avançamos imenso eu diria que nos últimos 7 8 anos a polícia judiciária transfigurou-se eu quase diria que nem eu quase a reconhecia já no final e totalmente totalmente e foi feito um esforço não só de reequipamento com aquilo que mais moderno existe de tecnologias como temos inclusive laboratórios de experimentação desenvolvimento de novas ideias sobre o ponto de vista tecnológico que permitem dar saltos e dar cartas em comparação com outras polícias e outras entidades ou seja viram-nos inclusive é para a universidade e isso permite sem sombra de dúvida um salto tecnológico eu diria brutal mas consegue darnos exemplos práticos por exemplo eh uso telemóveis cartões matrículas câmaras tudo isso entra tudo isso é é é visto há pessoas realmente fazer sem especificar Essa foi a área que mais se evoluiu uhum a área Laboratorial também de análise dos diferentes vestígios eh da observação do trabalho por exemplo das simples impressões digitais uhum eh Há toda uma panóplia de novos elementos no próprio laboratório e nem tudo depende hoje do laboratório de polícia científica nomeadamente em áreas comada da informática em que se deram saltos qualitativos is se entrar em especificações eh enorme absolutamente estrondoso que se calhar nos teriam permitido no passado resolver muito mais facilmente outras questões aí foi Eng português depis temos os outros problemas que são os metadados e as an isso isso é outro são as utopias isso são utopias deixa-me só dizer-lhe isto porque talvez seja o momento adequado para o fazer e hoje eh enfim eh já liberto da farda da casa mas com muito respeito pela instituição eu permito-me como cidadão que eu sou e só quero sair isso hoje no meu país eh são as utopias de certas pessoas que têm o poder de decisão e que com a a pretexto dos direitos liberdades e garantias acabam por arranjar mecanismos que ofendem muito mais e retiram esses mesmos direitos e liberdade às pessoas e isso é que é triste estamos a falar de de coisas posso simplificar aqui talvez mas como sei lá um registro telefónico ou uma registro de troca de mensagens ou de telefonemas que é difícil às vezes às polícias de de investigação criminal é relacionar ter esses dados até para para a investigação não é que estão a fazer é mas há muitas formas de de investigação criminal sofrer eh d entropias estou-me a lembrar por exemplo do excesso de formalismo que não traz absolutamente nada mas absolutamente nada salvaguarda dos direitos das pessoas eh que por exemplo o nosso Código Penal processo penal está evado hum há todo um conjunto de mecanismos que podiam ser extremamente simplificados quer dar-nos aqui um exemplo eh eh H vezes são formalismos eh de Mero papel que se acrescenta eu lembro-me que quando eu entrei para a polícia um processo vamos pôr aqui agora por exemplo 100 páginas ou esse mesmo processo essa mesma matéria é capaz de ter 200 porque se Lhe mete mais um papel a dizer rigorosamente nada mas que se exige que esteja lá e não dá garantia nenhuma à pessoa À Vítima À Vítima que se pretende proteger não tá garanti nem o próprio arguido não dá vantagens a ninguém formalizou-se o processo penal de tal forma Uhum que cria só problemas a quem trabalha nele e não dá garantias a ninguém ou seja o obstaculizar o perseguir essa ideia de de uma proteção Total quase utópica da da do inocente pode prejudicar e o trabalho de investigação eu diria de outra forma e e quá de uma forma que não alinhada permita-me ou fora da caixa quer dizer isto eh interessa há muito boa gente que assim seja e quando a lei é feita ninguém me tira da cabeça que já é feita com esses obstáculos para que alguém beneficie e há há profissionais do mundo judicial que sabem trabalhar bem isso B se isso acontecer isso é grave não é eh prefiro ficar por aqui mas todos me entendem vamos eh voltar e fiquei um bocadinho fiquei fascinado com aquela questão da da análise eh analógica dos indivíduos isso obriga a conhecer bem e as pessoas a conhecer aquela pessoa e tentar antecipar o passo que ela dará a seguir não é isso é realmente é fascinante Depende do momento se Estamos auxiliado por Por meios eletrónicos Claro se já está cometido o crime e portanto aí funcionam todos esses mecanismos mas muitas vezes é preciso atuar preventivamente se nós eh prendemos um determinado indivíduo que sabemos que é perigoso altamente perigoso ou está conexionado com o crime organizado é importante que ele uma vez detido e e quando recolhe o estabelecimento prisional haja uma comunicação Por parte dos investigadores eh dessa mesma circunstância as mesmas características do indivíduo Para quê Para que possa dentro do estabelecimento prisional ser acompanhado ver o seu comportamento os contactos que tem quem é que o visita quem é que o não visita isto implica uma outra coisa que também dentro do sistema prisional haja pessoas permanentemente eh elucid educadas permitam uma expressão em termos profissionais para que estejam sensíveis para esta questão e haja um intercâmbio permanente entre a polícia e o o sistema prisional para que nós possamos antecipar aquilo que eventualmente pode vir a acontecer evitar que há muitas circunstâncias como Aquela que vivemos O problema é que muitas vezes não há essa sensibilidade outras vezes os próprios polícias não Tess disponibilidade para um contacto permanente eh e portanto acaba por se perder muita informação que é extremamente útil Há muitos que dizem que isso é quase violar os direitos do orgid bom histórias que como Eu lhes chamo que não não fazem sentido é só de pessoas que nunca estiveram no mundo da realidade porque no dia em que passarem algum tempo nesse mesmo mundo a de certeza que vão mudar de opinião e estes casos assumem prioridade em relação a outros eh por exemplo nós sabemos que os me Não esticam não é as pessoas não esticam é possível perante um caso destes dizer bom agora temos que trabalhar nisto e deixar este aqui um bocadinho de lado todos sabemos que os meios são limitados não são só limitados em Portugal são limitados em todo o mundo e tem que se fazer opções todos os crimes são relevantes mas não podemos esconder que há uns que pela sua natureza são ou tendem a ser mais relevantes este alarme social obviamente que determina uma situação de prioridade e e tenho a certeza absoluta que os meus colegas eh que eles integram a equipe que trabalha nesta situação e dão a máxima prioridade e e e com a locação de de meios possíveis ou o máximo para que rapidamente se consiga e este é já um esta captura é já uma demonstração disso mesmo vamos recorrer aqui aos seus 40 anos de experiência eh que histórias que histórias análogas é que nos consegue contar e casos Casos que se lembre que tenha vivido vou só anunciá-los eh que me consiga Recordar e a fuga dos elementos das forças populares de 25 de Abril do estabelecimento prisional de Lisboa uhum eh Essa é é típica como esta é uma fuga de um estabelecimento prisional eh fugas e noutras circunstâncias estão-me a recordar de uma ocorrida também no tribunal de Torres novas há muitos anos era era então procuradora de desse processo a ex eh secretário do sistema de segurança interna a d Helena fazenda e num julgamento de uns indivíduos também perigosos e que houve uma tirada de presos no momento em que eles iriam iam a subir as escadaria para o primeiro andar do tribunal com com tiros com com mortes e e portanto foi uma situação bastante difícil que também obrigou a alocação de muitos meios da polícia judiciária muitos mesmo para a captura deles e como é que foram apanhados eh olhe precisamente com base em toda esta esse trabalho e muito trabalho terreno porque não podemos e quero aqui enfatizar isso é muito importante nunca desmor recer estar sempre em cima do acontecimento na recolha de informação e muito trabalho de terreno independentemente das horas que leve e a qualquer hora do dia ou da noite hum as pessoas não imaginam os sacrifícios que se fazam nessas circunstâncias mas fazem-se e e quem leva a profissão a Rigor tem que tem que o fazer tem que o assumir não é há um horário não é não H horários isso isso horários é mentira eh quem quiser horários tem outras profissões que não de certeza esta estou-me lembrar de uma outra situação também e essa curiosa porque também foi com fuga para Marrocos foi dois indivíduos que participaram dos três que participaram eh no atentado com resultou a morte eh do ex-dirigente à altura da Renam uhum o movimento de Moçambique eh em que os indivíduos fugiram para Marrocos e houve um trabalho longo árduo até se chegar à localização deles em Casa Blanca e e a Detenção e posterior mecanismos de cooperação policial eu desloquei na altura inclusive Casa Blanca para para enfim colher os elementos necessários para o processo eles Depois vieram por outras vias nomeadamente e esse é o tempo em que se pediam as coisas via Interpol hum em que era a carta rogatória ainda enfim absolutamente obsoleto não quero imaginar as dificuldades que tivemos Mas acabou tudo por vir para cá parar e como é que conseguiram descobrir que estavam em Casa Blanca de dnos lá aqui uma ou duas pistas olha Eh os contactos que aqu eles eles tinham no passado no fundo é aquilo que eu enumerei aqui de alguma forma os contactos a rede que tinh rede que tinham eh permitiram enfim dirigir a investigação em determinados momentos para determinados pontos e e levaram até Marrocos não foi fácil não foi absolutamente nada fácil e e Deia mesmo que nestas coisas há sempre também contar com um bocadinho às vezes sorte mas a sorte trabalha-se para se L para se ter e para se alcançar o des final é preciso Um trabalho mas às vezes um bocadinho de sorte e aqui também houve um pouquinho de sorte que nos ajudou bastante então e do outro lado aqueles que fogem com sucesso há casos eh é quem consegue fugir com sucesso é mérito do Fugitivo ou é incapacidade do investigador de-me provocá-lo assim há sempre há sempre naturalmente um um pouco de de tudo isso não é eh mas repar por exemplo indivíduos que eh estão ligados a organes internacionais que não são do mesmo continente por exemplo uhum eh e às vezes continentes até longinos eh que pertencem a redes muito bem oleadas permita-se uma expressão do Crime Organizado obviamente que eles quando enceram o processo de fuga contam logo à partida e que está nas primeiras horas primeiros momentos com um tipo de apoio diferente daquele o cidadão português que foge e que pouco mais tem do que os seus para o ajudar uhum eh consegue identidades falsas consegue dinheiro consegue meios de recuo eh fáceis e isso é é muito fácil permitir que e precisamente naqueles países por onde fogem que não há cooperação internacional quer policial quer judicial então Eh torna-se extremamente difícil e eu diria mesmo que até pode podem eh surgir situações em que o indivíduo é localizado é referenciado melhor dizendo E por vezes pode não se conseguir por um por uma razão daquelas que anunciei nomeadamente a a a cooperação internacional fazer devolvê-lo ao ao ao nosso território e à nossa justiça e nesse caso não não passam por aquelas vidas de todo uma vida inteira olhar para trás do ombro Porque estão estão descansados não não tem bom aí eu tenho as minhas dúvidas que eles por muito frios que sejam eh consigam ter esse comportamento mas conseguem não em larga medida porque sentem digamos e vai-se me perdoar a expressão as costas quentes uhum eh nós e di alhe talhe de foi-se que na polícia tínhamos quando eu entrei pelo menos tinha tínhamos uma velha máxima que era o delinquente só tem uma vida para fugir Nós temos muitas vidas para o perseguir E é isso que eles também têm sempre em mente daí que eles muitas vezes olhem por trás do hom para ver se quando é que um polícia lhe bate nas costas e e enfim terminou a sua os seus momentos de Glória Obrigado Dr Vítor alessandre prazer foi meu muito obrigado també Vítor Alexandre esteve 40 anos na polícia judiciária foi responsável pelas diretorias de Lisboa e Funchal também dirigiu a direção central de combate ao banditismo hoje está aposentado foi coordenador superior de investigação criminal na polícia judiciária esta foi a história do dia a sonoplastia é do Pedro Oliveira a música do genérico do João Ribeiro eu sou o Ricardo Conceição até amanhã n [Música]
3 comentários
Porque razão o vocábulo "cigano" está, no título, entre aspas ? Afinal, o herói é cigano(a sério) ou não é cigano(asiático) ? Tenho ouvido dizer que é. Se é, porque tem aspas ?
Que burro.
Boa peste. Parabéns,aos maravilhosos polícias da Judiciária.