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viva e bem-vindos a mais um dúvidas públicas semana a semana na Renascença recebemos aqui um convidado da área de Economia uma entrevista que pode também ouvir em podcast e em rr.pt o nosso convidado de hoje repete a presença é aliás o primeiro que está neste programa pela segunda vez nasceu no porto em março de 1973 licenciou-se em economia na universidade daquela cidade e já se lhe adivinhava um futuro na política foi líder da FAP a Federação académica do Porto e por esses dias enfrentava Manuela Ferreira Leita então ministra da educação a vida e a política diria fizeram-no migrar para Lisboa e o percurso político estava a ser escrito nas estrelas primeiro trabalhou no ministério do trabalho depois no do ensino superior não resistiu ao apelo de António Guterres e acabou por aderir ao PS ao longo da sua vida política ocupou mais do que uma vez o lugar de secretário de estado mais tarde juntou-se António Costa na câmara de Lisboa acabou por assumir a presidência da autarquia quando António Costa saiu ficou por lá 6 anos para dentro depois as eleições para o atual presidente Carlos moedas chamada ao governo liderado por António Costa assumiu a importante pasta das Finanças que Manteve até às últimas eleições com a derrota do PS passou a deputado adora comer tenta compensar isso sempre que há tempo fazendo mergulho andando de bicicleta jogando ténis atividades de que também gosta Fernando Medina O Último dos ministros das Finanças do PS é o convidado de hoje deste dúvidas públicas uma entrevista que será conduzida pela jornalista Sandra Afonso e por Arsénio Reis Agradeço desde já a presença do nosso convidado muito obrigado pelo convite na apresentação do orçamento do Estado a mais curta há décadas Demorou menos de uma hora o seu sucessor e atual Ministro das Finanças disse que este orçamento era bom para o país e para o PS e para Fernando Medina também é um bom orçamento em primeiro lugar permitam-me só um aliás sobre a forma como decorreu a apresentação e que e que tem importância eh eu acho que o modelo utilizado é desaconselhável para o futuro e a apresentação do orçamento de estado por parte do governo do Ministro das Finanças em representação do governo é um dos momentos e muito importantes que da vida política do país porque não só o governo partilha aquilo que é a informação mais relevante que temos sobre o contexto internacional sobre aquilo que se passa à nossa volta e que influencia o nosso país e e nessa altura são sempre apresentadas as e a versão mais atualizada das projeções económicas para o próprio ano e para o ano seguinte por isso com informação mais atualizada que existe e naturalmente depois as medidas que e o governo os governos e cada um deles entenda para enfrentar a situação e cumprir os seus desígnios e por isso isto necessita de ser feito com tempo e necessita ser feito feito com um esclarecimento porque é um momento h de informação ao país e e também de esclarecimento que não tem substituto e por isso queria começar por aqui não é muito usual nem nem frequente mas acho que a forma aqui deix ância na compreensão do do contexto e do conteú não quero esquecer as outras perguntas da Sandra mas deixa-me só perguntar como é que explica isso porque é que acha foi uma questão de proteção do próprio Ministro como é que admito Admito que tenha sido isso que e a limitação do número de perguntas parece-me algo de facto estranho e que não devia acontecer eh aliás e muitas vezes quando apresentei nos dois orçamentos de estado que tive que que que apresentar em nome do governo e a duração foi longa porque o princípio era um só a apresentação a sessão só termina quando é respondida à última pergunta o último jornalista Isto é quando se esgotou tudo quando fossem as perguntas não mesmo depois de muitas repetições Às vezes as mesmas perguntas e por isso quando saí o último jornalista Quando quando se respondia à última pergunta do último jornalista é que a sessão acabava eu acho que esse é um bom princípio que gostava que que se mantivesse a bem da informação e do e da clareza para o debate que que se está a fazer na sociedade portuguesa Aerca do oramento recupero então a a pergunta se acha que este é um bom orçamento para si é um bom orçamento o orçamento à avaliação da qualidade de um orçamento é é a forma como ele responde às necessidades do país e àquilo que são os desafios com que nós estamos confrontados eu acho que em primeiro lugar este orçamento e os dados deste orçamento merecem um primeiro ponto sobre a situação de 2024 porque o governo e no fundo atualizou as projeções sobre o feixe do ano e eu queria sublinhar duas A primeira é que eh é o excedente de 0,4 por. o que apesar de todas as despesas adicionais que o governo efetuou eh obviamente com mais impacto em 25 26 e permanentemente para os anos seguintes Mas apesar disso eh o país irá conseguir o excedente o que permite arrumar e resolver de vez a as afirmações que não foram corretas do Ministro das Finanças quando assumiu funções dizendo que herdava uma situação financeira difícil Bom pelo contrário herdou uma situação financeira eh muito sólida muito robusta que permita este governo concluir este ano com superávit orçamental de 0,44% que na minha opinião tenderá a ser superior eh a este valor que o governo apresentou a segunda nota que gostava de destacar é pela negativa é a nota relativamente à à à Baixa redução da dívida pública eh a dívida pública em 2023 baixo cerca de 16 pontos percentuais é um número foi um um número Record desde 1913 e a previsão que nós tínhamos no governo era que em 2024 ela se baixasse quatro pontos percentuais porque agora com menos inflação eh a redução da dívida não era tão fácil de fazer mas ainda assim quatro pontos percentuais é um valor muito expressivo o governo quando entra o atual governo no programa de estabilidade aponta para 3.4 tr 4% de de de redução 3,4 pontos percentuais de redução da dívida pública Mas neste orçamento e aponta que no final do ano ela só se reduz em dois pontos percentuais e e e no próximo ano aponta também uma redução que não chega aos três pontos percentuais na casa dos 2,6 por. ora eu acho que isto sinaliza é pouco ch como se diria usando É mais eu acho que é mais preocupante porque eu acho que isto sinaliza uma desatenção ou uma perda de centralidade de um elemento muito importante para o nosso país que é continuar uma trajetória sólida de redução da dívida pública no momento em que nós neste momento estamos a beneficiar do trabalho que foi feito e perante as adversidades externas o contexto de adversidades externas é hoje maior do que aquele que era há um ano atrás hoje temos uma guerra no médio Oriente abrir-se e sem nenhum fim político à vista temos uma situação orçamental muito complexa em países muito importantes da zona Euro destaco a França eh e e a Itália cerca de 11 12 países irão ver abertos procedimentos por déficit excessivos já muito em breve pelo pela pela comissão europeia as previsões de crescimento para a Alemanha são de de uma recessão no próximo ano e por isso perante Este quadro de agravamento de dificuldades externas nós não podemos abrandar no que são os elementos de proteção do nosso país e da nossa credibilidade externa e por isso vejo compr ocupação esta atualização dos dados que é feita e no fundo o resultado que é no fundo baixo para aquilo que era previsível e para aquilo que se podia ter feito durante ainda o ano 24 Mas eu não quero fazer de Advogado do Diabo mas eh os dados da dívida não podem ser ainda corrigidos em 2025 tendo em conta que a privatização Da TAP não está incluída neste orçamento o governo já anunciou dois ministros do governo já anunciaram que prevé concluir a ição no próximo ano e se isso de facto vier a acontecer esta receita vai vai para a dívida vai abater a dívida portanto estes 93% parados e deverão ser ainda maiores esta redução deverá ser ainda maior pode ser pode ser um pouco maior como também pode ser menor porque chamo a atenção para o outro dado que que eu gostava de sublinhar relativamente ao orçamento de estado para para 2025 que é é a baixa credibilidade do cenário orçamental para o próximo ano e isto é o governo aponta para um superávit de 0,33% Isto é 0,33% Corresponde à execução do orçamento que é agora apresentado com o conjunto de medidas aprovadas pelo governo aprovadas pela Assembleia da República que o governo já anunciou que pretende implementar mas obviamente que o ano 2025 se o orçamento for viabilizado o governo irá adotar novas medidas ora a forma de o que nós temos podemos hoje já retirar do que tem sido a ação do atual governo tem sido por um certo clima de campanha eleitoral permanente Isto é não se vê propriamente numa governação orientada faça um determinado sentido o que se vê é uma campanha eleitoral de ir no fundo distribuindo sobre os vários segmentos da sociedade portuguesa H às várias reivindicações obviamente inteiramente justas do ponto de vista de quem as faz mas eh de diferente eh prioridade quando cotejos essa essa reivindicação muitas vezes com o interesse público com interesse geral Global Hum e por isso eh eu creio que a meta que está colocada relativamente ao déficit do próximo ano é uma meta que eu acho pouco credível um excedente do próximo ano e por isso que eu acho que é pouco credível de ser atingida eh e por isso nós eh podemos ter indicadores a ir dos dois lados o que temos é conhecemos já no fundo Qual é o comportamento do governo conhecemos também o quadro político em que estamos colocados o quadro político é de um governo eh minoritário dizer muito minoritário num quadro de uma assembleia da República que é fragmentada e e que está a funcionar nos equilíbrios de forças que está a funcionar e por isso se este orçamento for viabilizado eu creio que haverá e muito haverá sérias dificuldades em fazer cumprir este valor do excedente orçamental está previsto para o próximo ano o que pode significar relativamente à dívida pública também h a concretização do cenário que é avançado que é de uma redução ligeira da dívida pública no próximo ano então e posso ler das suas palavras que partilha das preocupações de Mário Centeno quando ele dizia quando ele alertava recentemente para a subida dos gastos do Estado dizia estar preocupado Lembrava que desde 92 não havia uma subida da despesa pública tão elevada partilha desta preocupação também Convém convém distinguir na análise nós precisamos agora na análise da despesa pública nós precisamos de ser eh crescentemente rigorosos e e até explicativos sobre a forma como como são lidos os dados porque o que está a acontecer em Portugal eh com o impacto em 2024 mas Sobretudo com impacto em 25 e depois impacto em 26 é a execução do prr ora o prr entra como receita por um lado mas também como despesa pública faça à comparticipação que o estado também tem que ter nas nos projetos no caso o prr não tem a não ser a parte de empréstimos que depois os terá os terá que repagar enquanto quando eles forem quando eles forem utilizados não estou a falar essa parte é entra na sai da despesa mas não entrou na receita propriamente dito entrou na dívida do país mas eu estou a falar da própria execução do prr na sua parte fundamental que é parte do fundo perdido Pronto quanto muito se acelera o prr Eu recordo por exemplo no orçamento de estado para este ano está previsto um crescimento da despesa total de cerca de 99% retirando o prr cerca de 6 O que é um valor perfeitamente compatível para um ano de eh pós-crise inflacionista onde a despesa ainda tem algum aumento tem algum aumento agora e eu partilho do alerta do do Mário Centeno e eh e partilho tenho feito também várias vezes de que este modo de funcionamento de no no fundo achar que se governa simplesmente pela atribuição de de dinheiro a a todos a tudo e a todos mesmo até perante eh áreas da nossa vida pública que que não que não reivindicaram da sua necessidade eh e tivemos alguns casos e nessa situação eh parece uma estratégia que que que tem que ser que tem que ser corrigida rapidamente porque eh senão teremos obviamente sérias dificuldades n na execução do orçamento de 20225 onde não arrisco aqui um prognóstico a probabilidade de termos um déficit orçamental já em 2025 é significativa Na minha opinião eh e isso trará e riscos acrescidos relativamente à situação do país que hoje eh está num quadro europeu numa posição extremamente confortável de ter feito uma forte redução da dívida e de apresentar um excedente é dos poucos países que está a apresentar excedentes um excedente muito significativ tive em 23 agora um excedente em 24 h eh eh seria neste momento os vários países europeus muitos vão entrar em déficit excessivos em procento déficit excessivos vão começar a tentar corrigir as suas contas nos déficits e na dívida e queria Portugal aparecer eh em contracorrente com aquilo que tem sido o seu movimento e a sua história quando Ainda temos uma dívida pública alta eh creio que será não é positivo para o país e por isso é essencial que esta prática de de de excesso de despesa e de e de e de corte de receita e seja feita seja seja alterada e que as opções sejam feitas com muita ponderação e muito cuidado do ponto de vista financeiro eu gostava de regressar ainda ao cedente ao super ábito o que lhe quisermos chamar vai tudo são equivalentes H são estamos a falar de 700 milhões de euros já já geriu orçamentos é um valor muito curto é uma margem muito curta na minha opinião é eh por isso é que aponto Aliás a o risco na execução do orçamento do próximo ano é natural e que falando como ex-ministro das Finanças que o atual e Ministro das Finanças também tenha que essa margem seja maior um pouco maior do que aquela que está publicamente inscrita eh é natural que assim que o ministério das Finanças assim o proceda mas de qualquer das maneiras é uma margem curta para fazer facee não só que pode ser algum eh algum Impacto maior do ambiente externo sobre a economia portuguesa nomeadamente aquilo que se passa na Alemanha e o impacto tem por exemplo na nossa indústria exportadora que depende muito também da da procura gerada gerada gerada na Alemanha Hum e e também do do que venham a ser decisões e de aumento de despesa que são tomadas e pelo governo e que irão certamente ser tomadas durante o ano de 2025 ou pela oposição eh sim também pela oposição embora a oposição está sempre limitada no seu Impacto porque de acordo com a leit travão não pode aprovar Nenhuma medida que aumente a despesa ou reduz a receita no ano em curso e por isso do lado da oposição o país está mais defendido por assim dizer e Mas do lado do governo a prática não tem sido positiva e é preciso é preciso termos gostava de transmitir o seguinte é que nós estamos neste momento a Gerar excedentes numa situação em que estamos numa posição muito alta do ciclo é imaginemos uma uma onda nós estamos a onda cresceu e nós estamos numa posição ali um pouco no topo não é da onda não é onda ainda está a avançar estamos ali na posição do Topo h e e e e e no fundo neste momento gastar muito e e poupar pouco e não é uma boa política do ponto de vista do Estado quer dizer é é no fundo ir Eh estamos no fundo a fazer uma política procíclica estamos acentuar nós estamos numa situação de quase pleno emprego os salários e os rendimentos felizmente têm vindo a crescer e e e há uma recuperação de rendimentos reais depois destes anos muito duros de inflação H é importante o acordo que foi celebrado na concertação a valorização do salário mínimo h e por isso e creio que é preciso prudência e mais prudência mais cautela na gestão da política orçamental porque esta esta situação existe quando estamos lá em cima no ciclo económico mas quando o ciclo Vira ou muda a direção e o outro lado e o outro lado é é é bastante é bastante abaixo e com muito menos receita e com muito mais despesa eh implicaria ao país regressar uma posição de défices com significado também se exige responsabilidade à oposição como pediu o o Ministro das Finanças na apresentação do orçamento sobretudo agora na discussão e votação do orçamento na discussão na na especialidade e na votação do orçamento eu acho neste momento ainda teremos que aguardar o que é a decisão que que o secretário-geral do partido socialista e a direção do partido socialista eh irá tomar relativamente à viabilização na generalidade acho que esse é o primeiro primeiro passo eh e depois sim ver como é que se enfrenta a a especialidade eh eu ou o partido socialista teve ocasião de dizer que adotaria na especialidade um comportamento responsável de não e fazer aumentar desequilíbrios de criar desequilíbrios orçamentais Face à proposta apresentada pelo governo Isso significa que não há margem para negociar medidas relevantes na especialidade bom isso aí é algo que terá que ser perguntado quer a governo em primeiro lugar quer também à direção do partido socialista que eu aqui não represento e por isso da qual não faço parte e também não represento que não há mas isso isso é também normal que o faça Quando começa uma negociação que também Diga sempre que que que não exista mas isso Eh vamos lá ver eh quando se faz o orçamento de estado tem H tem do lado da despesa e do lado da receita ultrapassa já significativamente os 100.000 milhões de euros eh é evidente que há muitas políticas que se podem fazer Em substituição de outras que existem e Isso corresponde à essência da política que é escolher que políticas se vão fazer Nem todas necessitam obviamente de mais orçamento ou de mais despesa ou de redução do excedente podem ser ou por substituição de despesa que está a ser feita noutras áreas ou até de políticas que não exigem no imediato despesa e simplesmente melhor organização na aplicação dos recursos o que em muitas áreas é a questão fundamental que está em causa mais do que a necessidade permanente de reforço orçamentais sem ser e já disse enfim o o próprio Ministro já avisou que este exedente 0.3 está acordado com Bruxelas o Fernando Medina acabou de dizer há pouco que o risco de incumprimento é apesar de tudo relevante se eu bem percebi o que me disse sem ser através de cativações como é que o governo Pode garantir no fundo uma almofada para enfrentar riscos futuros o governo tem muitos muitos instrumentos para fazer a gestão do orçamento ao longo do ano eh o principal dos quais é a mesmo as decisões que vai tomando como governo porque Se nós formos ver não é no no que foi o mapa das novas políticas h e o que são as perspectivas das novas políticas e nós temos custos fiscais custos financeiros muito significativos vou dar um exemplo a medida do IRS jovem que é uma medida que eu concordo Que apoio e que aliás estav inscrita no orçamento para 2024 que apresentei concorda agora depois desta alteração que houve Eu concordo com a existência da medida certo com o princípio né com com o princípio da medida e com a existência da medida certo agora eu em minha opinião por exemplo o alargamento apesar da proposta que está no orçamento ser bastante melhor do que a primeira original e e de já beneficiar do contributo do PS que a que é melhorou do ponto de vista do seu desenho eu porventura eu se tivesse responsabilidade sobre uma matéria daria um passo que não era um passo tão grande relativamente à medida porque iso é uma medida que tem 2 anos de execução nós temos que fazer uma avaliação é bom Inovar em política é bom criar novas políticas para responder a novos problemas mas é preciso saber se as políticas funcionam e se elas funcionam como estão devem ser mantidas se às vezes se é necessário corrigir essa política corrige-se essa política ou se por ISO simplesmente se mostra que não são o bom instrumento para atingirmos aquilo que queremos atingir neste caso a maior retenção de quadros qualificados no país se não são o bom instrumento então afaste-se este instrumento acabe com o instrumento e crie-se um instrumento novo eh pense-se num novo ora esta avaliação a proposta que está por exemplo relativamente a esta medida é uma proposta que faz crescer a despesa orçamental para mais do dobro do que ela atualmente existe duas vezes e meia Aquela que está inscrita no orçamento para 2024 sem nenhum estudo de avaliação sobre a eficácia da mesma e por isso eh é É está a ser feito um investimento muito significativo sem e análise e sem confirmação de Que benefício queela é mesmo uma medida efetiva se for efetiva e se comprovar que é sim senhor é bom que se alargue e que investos mais recursos porque o objetivo é muito importante pom mas é preciso termos essa certeza simplesmente atirar dinheiro para cima eh de uma Medida porque tem eh se dirige e sinaliza um eleitorado alvo que se procura atingir não é boa forma de fazer política pública e digo isto eh como posso dizer o mesmo ativamente à taxa do irc is perguntar us a mesmo argumento para o irc porque no fundo é é é contestado o efeito que pode ter a redução do irc não não há estudos que comprovem até que ponto é que o impacto do irc eh qual é o impacto do irc na economia da da diminuição da taxa S sim apesar disso a despesa aí é a despesa fiscal aí que está em causa neste momento é menor aliás até do que a que está em causa na na medida anterior na medida anterior de que falamos e eu sou defensor que nós relativamente ao irc Devíamos fazer uma leitura mais Global relativamente a ao ao que são os os as necessidades de melhoria do sistema do irc e e não no fundo este esta proposta de abaixamento e transversal da taxa H normal do irc por assim dizer da taxa Geral do irc h de forma transversal como ao governo propôs que que aliás uma proposta que eu acho que é também é uma proposta algo preguiçosa não é porque é uma proposta de dizer bom reduza-se transversalmente a todos bom nós temos hoje um sistema de irc que é um sistema completo complexo que é um sistema que tem taxas Progressivas que é um sistema que na derrama estadual Tem taxas bastante chega a taxas Bastante elevadas e com uma progressividade e e elevada e depois tem um sistema de benefícios fiscais que e tem sido opção dos sucessivos governos mantê-los e até reforçá-los e e por isso era preciso fazer uma avaliação de conjunto de como é que este imposto se pode que alterações se podem fazer no sentido de melhorar o seu contributo para a competitiv idade do país eh e também para os objetivos de melhoria salarial de de ganhos de escala das empresas de melhor capitalização maior capitalização das empresas por capitais próprios e menos por recurso a crédito bancário eh maior eh eh investimento em inovação e investigação e em desenvolvimento eh como é que isso compagina e por isso uma leitura mais geral é preferível do que estarmos a fazer uma diminuição de um ponto que não sei verdadeiramente o pacto se irá diluir no meio tudo o resto tem marca o simbolismo com que o governo quis marcar a proposta do orçamento mas eficácia económica Na minha opinião não terá de qualquer forma e e apesar de tudo o que já ouvimos aqui sobre o orçamento politicamente e a decisão correta é é deixar passar este orçamento ou ouviu mal nesta última semana não é é correta eu tive a oportunidade de transmitir H transmitir eh no grupo parlamentar e também já publicamente a minha opinião eu acho que este orçamento hh apesar de obviamente é um é um orçamento que é feito pelo pelo pelo governo no qual eh no qual obviamente eu não realizaria desta forma não o desenharia perar se podia alguma forma ter a sua assinatura não não de forma alguma não não o Faria e já e já explicarei aliás porquê quando formos mais em concreto às medidas do orçamento hum eh eu acho que o governo entrou em funções há pouco tempo eh um governo que entrou fez agora 6 meses eh tem 6 meses de governação eh eu acho que despar uma crise política neste momento no país eh não vejo que benefício traria vejo aliás os problemas que poderiam Advir que seriam significativos e por isso acho que o partido socialista H deve adotar uma posição de de abstenção Isto é de viabilizar o orçamento através da abstenção obviamente não assumindo o orçamento porque não é seu porque não o elaborou porque não o redigiu porque não reflete as suas políticas não reflete as suas prioridades mas as circunstâncias do país eh assim o exigem e assim o terminam e fazê-lo com Na minha opinião é o que é o que deve ser feito deixa-me só clarificar aqui uma coisa eh mas então acha que eh no caso concreto deste orçamento o o PS Pedro an Santos na prática já deveria ter clarificado a sua posição ou por outro lado que ainda há margem para para voltar a negociar alguns pontos deste orçamento não eu transmiti e transmiti o que é a minha opinião pessoal não é que também já transmiti agora a direção do partido como digo a que a que não pertenço e na na no seu núcleo mais restrito tomará agora avaliará Quais são os caminhos a seguir e e voltar a negociar seria um caminho a seguir euo agora não me quero intrometer nem quer dizer e permita-me que não comunique com a direção do partido socialista através dos dos microfones da Rádio Renascença não não não é não é cual da minha parte que assim eu faço a direção do partido socialista tomará agora o caminho que melhor entenda H já tornou público que a posição do partido será formalizada numa reunião da comissão política nacional eh daqui algumas semanas creio eu h e por isso aguardemos para essa posição transmiti foi a minha opinião pessoal relativamente ao exercício mas tendo em conta Enfim pelo menos foi essa a ideia ou será muito difícil de explicar que não tenha se se essa questão que o que Afasta a posição do PS cidade neste momento é um ponto percentual do irc ou Se quisermos a forma como olham para as empresas acha que isso Será mesmo motivo para levar o líder do do do do PS a optar por eleições Eu acho que isso é uma boa pergunta para para ser feita e convidando o líder do partido socialista para uma entrevista vamos convidar é ele que tem a responsabilidade da condução desse processo e da e da orientação do voto do partido socialista eu não a tenho e por isso transmito a minha opinião como e como como cidadão como polí como como pessoa que teve responsabil liderança daquela que é opinião da liderança a direção do partido ainda não expressou no fundo a posição final do partido relativamente ao sentido de voto que irá que irá que irá que a bancada do PS irá assumir e por isso Este temporâneos também tirar qualquer qualquer conclusão agora deixa-me só para fecharmos este este tema pedir a sua opinião num cenário de eleições antecipadas o PS neste momento não seria o principal prejudicado eu não gosto H nesta entrevista Não eu estou aqui como como alguém que tem uma uma participação relevante na na na na vida política e pelo pelo fruto das funções que ocupei nomeadamente nas nas matérias económicas na área económica na área económica e financeira por isso não me quero est a pôr na posição do analista político de discutir e os perdes e Ganhos ou as perdas e os ganhos de uns e de outros num cenário de ele as consequências do da negociação a nível de de de medidas do orçamento sim mas eu não não quero entrar por aí não não é um campo aliás fértil onde há tanta tanta gente que tem opiniões sobre isso e que diariamente verte opiniões sobre isso eh não é o meu não é o meu ramo de atividade muito bem eh podeos dar exemplos eh de forma sucita Claro não é eh de medidas que nunca estariam neste orçamento se estivesse na pasta das Finanças eu julgo ali eu julgo talvez e aquilo que que marca mais este orçamento é este orçamento não ter uma visão Isto é não tem não tem não tem uma orientação Clara definida acha que lhe falta estratégia falta falta estratégia falta falta falta ambas falta visão falta estratégia falta falta folgo eh falta criatividade falta rajo H pem os governos PS em tempos também foram acusados de alguma forma de ter alguma ausência de estratégia ou de pelo menos as pessoas entenderem qual era a estratégia do partido socialista enquanto governo mas creio que relativamente à política orçamental essa dúvida nunca existiu e pelo menos sempre foi muito claro enquanto Ministro das Finanças e e voltamos à foi porque é que a apresentação também é importante na identificação dos problemas dos Desafios e dos instrumentos para lhes dar resposta eu acho que aqui eh o que falta em visão e o que falta em estratégia sobra em cálculo eleitoral pronto eu acho que este orçamento o que tem é um objetivo de distribuir o mais possível por mais por mais grupos por mais grupos Mas Não especificamente dirigido a resolver um tema concreto por exemplo deixa-me dar um exemplo este orçamento é um orçamento claramente marcadamente eh proc cíclico O que é eh O que é errado nesta fase no momento em que nós temos uma situação de pleno emprego no momento em que nós temos uma situação de aumentos dos salários nós termos um orçamento que ainda acrescenta do ponto de vista da da da despesa e da sua execução a este movimento é algo que é negativo mas se nós perguntarmos dizer o seguinte mas este orçamento melhora efetivamente os rendimentos eh dos dos portugueses no geral bom E aí a resposta aí a resposta é muito difícil de ser positiva porque reparemos só o aumento previsto na receita do ISP é superior à diminuição Geral do IRS que vai acontecer acho que dizer darar por um lado e atirar por outro para as pessoas perceberem em casa o do que é que estamos a falar sim quer dizer não não se pode dizer que seja um orçamento que apoia e no fundo h a recuperação de rendimento e o poder de compra dos portugueses acho que essa linha não é uma linha Clara depois vamos por exemplo ao lado do investimento eh podemos dizer que estamos fortemente a apoiar o investimento com a redução de um ponto no irc e com e com propostas eh algumas no bom sentido e na boa direção como o reforço dos incentivos do dos benefícios fiscais relativamente à capitalização das empresas H eh eu acho que nessa área o que está a ser feito tem Impacto tem força tem alcance não não tem eh ora é precisamente a área do relançamento do investimento privado mas são medidas em linha peço desculpa por interromper mas são medidas em linha do que também fez quando quando estava na nas Finanças a recapitalização das empresas sim exatamente mas eu concordo com elas a minha questão é sendo O Grande Desafio do próximo ano eh se nós olharmos para o que é a evolução dos indicadores económicos vendo uma os níveis de consumo estarem se a mostrar com o reforço com a manutenção dos níveis de em e do do do dos rendimentos das famílias por via dos salários h a comportarem de forma na boa direção e o que o que nós temos neste o que nós neste momento precisamos a variável que precisava aqui de um de uma atenção muito especial é o investimento privado porque o investimento privado está a níveis bastante baixos está estagnado E até com algum decréscimo está a ser menos visível porque está a ser porque o investimento público está a crescer muito por via da execução do prr mas é um crescimento de muito pouca duração é um crescimento que vamos ter em 25 que vamos ter em 26 e depois irá cair a pique eh porque as verbas do prr se esgotarão e não está a ser feito nada para preparar e o país para eh uma nova fase de investimentos Nemer um fundo Medina de que se falou muito na altura aliás Sim foi aliás muito criticado eh por vários setores Mas a questão então é que o problema real para o qual Esse instrumento se procurava resolver o problema continua lá continua lá e não tem solução ainda que é nós teremos nós vamos viver agora do anos com uma aceleração significativa do investimento público que é normal tem a ver com a execução normal do prr os projetos já estão feitos já estão contratados já estão no terreno por isso a despesa já está a acontecer as obras estão a acontecer e estão se a realizar estão se a realizar é normal que os ciclos de 25 26 sejam fortes do ponto de vista do crescimento do investimento mas do ponto de vista do investimento privado com os números que nós temos de evolução até por causa dos das das das questões relacionadas com eh com com uma procura externa menos pujante H continua aqui com uma variável com fraqueza com com com fraqueza ora eh eu acho que era uma área que o o orçamento Devia dar sinais mais robustos relativamente a isso até reforçando instrumentos que foram criados no passado avaliando o instrumentos que foram criados no passado até eh até por pela pela pela minha equipa quando eu tive no ministério das Finanças estão a funcionar se senhor continuem reforcem não estão a funcionar modifiquem ajuste-se para outros Masel mas falta a central quem chega quem chega tem muito a tendência de deitar abaixo ou corrigir o que está feito e fazer de novo não é SIM neste caso neste caso eh neste caso desta área de benefícios não se não se pode dizer isso quer dizer o governo não está a abandonar nenhum desses instrumentos o que eu acho é que eles deviam ter uma centralidade maior e uma leitura maior na resposta a esse desafio porque Se nós formos ver bem em síntese o orçamento de estado como ele foi apresentado basicamente o o destino que o governo an vê para a economia Portuguesa no próximo ano é uma economia puxada pelo consumo das famílias e puxada pelo investimento público quer dizer é um modelo claramente insuficiente do ponto de vista de assegurar a sustentabilidade do crescimento da economia mé pron ó fando mendina Mas então entende politicamente este orçamento como um orçamento de pré-campanha digamos assim eh sendo que eu diria mesmo que é um e Correia só e retirava oo pré Este é um orçamento de campanha Este é um orçamento apesar de enfim se ele passar termos eleições só daqui a dois anos certo mas ele está a ser feito ele foi construído com uma com uma política do governo tem sido desenvolvida até agora para eh eh com o objetivo de preparar este momento e o risco de poder haver eleições antecipadas é assim que o é assim que a política se tem desenvolvido E é assim que este orçamento está construído e por isso o que nós vemos é a resposta aos vários segmentos que se reivindicam pressionam acontecem e a tentativa de ir casuisticamente no fundo atirar dinheiro para cima de cada problema que surge vios não há resultado eu acho que não podemos viver desta forma durante mais dois anos e e isto sem termos um reflexo do outro lado que é obviamente um reflexo em matéria de políticas de de Finanças Públicas não podemos viver com essa orientação política durante esses 2 anos durante porque do outro lado o equilíbrio das Finanças Públicas não não não se manterá eh para fechar aqui esta parte mais orçamental eh porque o nosso tempo também eh corre H Este é um orçamento sem medidas novas para a habitação porque no fundo o governo passou est estes meses a apresentar pacotes de medidas e para cheg a orçamento E reun essas medidas no fundo é o que nós temos e por isso Muitas pessoas têm dito que não há novidades neste neste documento apresentado esta semana as que já tinham sido apresentadas para a crise da Habitação acha que são suficientes eu eu não sou daqueles que acha que que é preciso estar sempre a inventar novas medidas porque esta é é aliás a crítica que faço é estar sempre a criar e inventar novas medidas sem avaliar a eficácia da as medidas que temos em vigor o que eu acho é que as medidas que o governo aprovou para a habitação eh e que este orçamento dará corpo em Muitas delas irão agravar a situação da política de habitação e do acesso à habitação por parte das famílias todo o pacote associado relativamente ao alojamento local por exemplo isso é eh a contr reforma feita Faça aquilo que reverte tudo o que estava feito do passado vai obviamente dificultar ainda mais o acesso à habitação nos grandes centros urbanos e nas duas grandes áreas metropolitanas h não se conhece as medidas que se foram feitas de incentivo nomeadamente por via fiscal já estão subsumidas no aumento dos preços das casas que entretanto já aconteceram e e por isso como aliás tinha sido prenunciado Isto é fecha diminuição do imt para a aquisição das compras de casa e os preços das casas continuam a subir e por isso H eh nada do que o governo propôs está a demonstrar qualquer eficácia em algumas áreas Na minha opinião pelo contrário está a agravar o problema [Música] H continuidade há uma continuidade importante que é continuidade da construção daquilo que foi uma um pilar lançado pelo governo do partido socialista que é no fundo a construção de um número muito significativo de focos de iniciativa pública através da contratualização com os municípios uhum utilizando verbas do prr utilizando recursos próprios dos Municípios h no sentido de poder ter casas que possam ter preços que são depois determinados na relação com as famílias e com os jovens não pela lógica do mercado não é e do e do lucro do do proprietário mas e pela lógica do que é a acessibilidade da casa eh essa foi uma política lançada pelo foi anunciado um aumento mas eu esse esse anúncio a mim não me diz rigorosamente Nada vamos primeiro ver o Quais os avanços que se conseguem na concretização do Objetivo que já vem do governo do partido socialista da construção da das 26.000 casas e depois se verá no âmbito do prr e depois saltar para para novo para novo objetivo agora eh não era preciso medidas novas e as medidas que foram tomadas antes várias delas são erradas e estão a prejudicar e o acesso à habitação e não a beneficiar vamos começar a apelar a seu apir de síntese já agora não queria deixar de questionar sobre o seguinte o Ministro das Finanças admitiu que o aumento de 2% para a função pública é um valor mínimo que pode ir mais mais longe mais adiante deve ir é a minha pergunta o eu não me quero intrometer na na naquilo que é a dinâmica que neste momento está a ocorrer que é da negociação entre as forças sindicais H da administração pública e e e o governo relativamente a esses aumentos tenha uma posição de fundo sobre esta matéria eh eh nós eh tem sido dado um olhar eh muito eh atento eh sobre vários temas de várias carreiras especiais da administração pública Hum que são naturalmente muito justos todos eles são justos do ponto de vista da dos grupos profissionais que os expõem e que os apresentam H tenho dúvidas sobre sobre a bondade de muitas das soluções que foram de algumas das soluções que foram encontradas perante eles perante perante esses esses esses esses problemas agora é preciso ter em conta que temos um grupo muito significativo muito mais significativo de trabalhadores da administração pública nomeadamente todos aqueles que estão nas carreiras Gerais estão a ouvir os assistentes operacionais os assistentes técnicos eh os técnicos superiores da administração pública que não estão nessas eh não estão abrangidos nesses processos negociais eh é evidente que há um acordo que já vem do governo anterior sobre essa matéria eh mas é eh agora que no fundo o futuro do rendimento desses profissionais todos digamos eh que não estão inseridos em carreiras especiais vai ser agora discutido e negociado e acho que deve haver uma natural atenção do quer no sar dois exemplos ou três das dúvidas que tem na na forma como na forma como foram atendidos digamos os as exigências ou os pedidos de algumas das das classes posso posso começar aliás relativamente à questão das forças de segurança sempre foi meu entendimento que o que havia a fazer relativamente às Forças de segurança era uma leitura Global h a dois níveis por um lado de procurar fazer uma integração uma uma revisão mais profunda do que são as tabelas eh e que é todo o sistema remuneratório com integração nas remunerações bases de um conjunto de subsídios que ao longo dos anos foram sendo criados e para muitas vezes são criados como forma de não se mexer numa carreira porque depois vem outra carreira profissional a seguir que também vem reivindicar o mesmo e por isso cri uma especif detalhes não é no final depois numa manta de retalhos que perde legibilidade que depois permite um discurso muitas vezes falseado sobre o que é próprio rendimento muitas vezes eu vejo não quero falar de salário base e vejo um vejo no fundo ser projetado um determinado salário base que sei que na prática ninguém recebe aquele salário base porque há um conjunto de complementos e de suplementos que a totalidade se não for a totalidade uma larga maioria de profissionais recebe e por isso os salários reais são muito diferentes do que aqueles que às vezes são colocados por isso relativamente às Forças segurança acho que havia um trabalho a fazer relativamente ao mais estrutural relativamente à carreira mas já de forma estrutural também relativamente ao conjunto do universo das forças que é preciso ter uma leitura Global sobre isso e e falo naturalmente relativamente à questão dos militares H onde essa leitura tem tem que ser feita e tem que ser feita em conjunto H era isso que estava previsto fazer no governo do partido socialista isso a vida correu Como correu com com a marcação de eleições com a dissolução do Parlamento e a marcação de eleições e com a e com a mudança do governo a forma como esta agora foi feita não é positiva gostava também alertar por exemplo li que se estão a correr ou irão Abrir negociações com os médicos convém ter presente que há poucos meses atrás foi encerrado um processo negocial com os próprios médicos com a assinatura de um acordo entre o governo de Então e o sindicato o sim acordo que aliás depois a fname de forma relativa Sil ansiosa eh deixou que fosse aplicado aos seus próprios sindicalizados não tendo subscrito o acordo e esse acordo Foi um acordo com um profundo Impacto financeiro com um impacto na melhoria efetiva da qualidade dos serviços prestados no SNS e do número de horas ao serviço do do do SNS e por isso a abertura do novo processo implica que também sejam visíveis Quais são os benefícios para o funcionamento dos serviços públicos e não H E eu acho que isso é um ponto um ponto importante H em relação à energia eh o conflito no médio Oriente tem provocado aumentos constantes no no preço do petróleo o o preço do barril eh Ronda neste momento os 75 mas há analistas que já prevêem uma subida para os 150 eh e até eh Há quem diga que pode chegar aos 200 do Barril que são valores extraordinários o que eu lhe perguntar a ver se a economia portuguesa aguenta com uma nova crise energética Eu não eu ninguém neste momento nós estamos no domínio da no fundo da incerteza que falamos aliás no início do nosso programa e sobre como é que se constrói um orçamento e uma política para lidar com um contexto incerto e difícil e e repar aliás esta pergunta é uma pergunta muito interessante porque até agora nas últimas semanas ou meses falou-se não há dia que não se fala hora desafio sobre o orçamento de estado se é aprovado não é a provado se é viabilizado com quem com os votos de quem mas praticamente não se ouviu nenhum debate ou não se ouviu falar sobre uma questão tão importante sobre PR energia por exemplo como é que nós nos protegemos melhor relativamente a esse preço de energia eh eu acho que neste momento o clima é muito incerto há há uma força também do sentido contrário que é o arrefecimento da economia da economia europeia e o que pode vir a acontecer relativamente aos Estados Unidos onde a incerteza relativamente aos Estados Unidos e à sua evolução económico é também grande e temos o grande Alerta da Alemanha Sim já anunciar pelo próprio governo entrado em recessão o ano de 2025 em recessão Ah e por isso Isso é uma força que funciona em sentido contrário relativamente aos preços porque significa que haverá menos procura relativamente H relativamente Aos aos aos ao aos produtos petrolíferos e por isso vamos ver como é que essas variáveis se comportam se houver de novo um choque energético como aquele que tivemos bom O que teremos de novo é uma um impacto Óbvio direto imediato na inflação H naturalmente também na no poder de compra dos Portugueses e no fundo um voltar a uma situação complexa como Aquela que já tivemos e por isso espero obviamente que esse cenário não se não se concretize ainda e nós vamos enfim correr aqui dois ou três temas mais rápidos ainda pouco se sabe sobre a privatização Da TAP nem sequer a percentagem de Capital a alienar e na altura ainda com o ministro assumiu a privatização e e de pelo menos 51% da do capital da Tap o que lhe perguntava é se mudou de posição ou se está em desacordo com o líder do seu partido Pedro nun Santos eu a minha posição relativamente à Tap e ao futuro Da TAP é conhecida e defendia publicamente e não alterei e e aliás constava eh do Decreto que era a posição do governo e de que fiz parte que no fundo apontava para uma privatização superior a 51% do do capital tá Isto é assegurar uma coerência entre a propriedade eh e entre a propriedade a Detenção do capital e a gestão da empresa eh quando se dizia mais de 51 é mais de 51 eh poderia ir de 51 eh a 100 eh poderia ir até de forma faseada eh eh bom as condições e do Mercado São eh são são hoje são hoje eh um pouco diferentes daquelas que eram H A Tap continua a ter o seu valor intrínseco relativamente a aos potenciais interessados continua a ter o seu valor inalterado praticamente inalterado porque no fundo da tap é e o o o Pilar complementar para os grupos que se têm manifestado interessados e destaco nadamente quer a luf tança quer a a France no fundo é um pilar que complementa para o Atlântico seja para o Atlântico Sul seja para os Estados Unidos aquilo que é uma presença maior nas ligações dentro da Europa central e depois para o Oriente e a TAP complementa peço desculpa para o Atlântico Sul e para a África aquilo que essas companhias não têm e por isso isso tem um valor que é um potencial agora eu acho essencial que haja a manutenção do H em Portugal que a estratégia de venda AC seja feita na base de uma estratégia de crescimento da companhia e naturalmente depois também ao preço adequado muito bem vamos entrar numa parte política mais direta e apelamos ao seu poder de exato perguntava como militante do P que avaliação é que faz da liderança de Pedro n Santos até agora uma vez que ele foi eleito se não estou em erro aus em dezembro de 2023 16 de dezembro de 2023 portanto estará quase a fazer um ano de liderança acho que tem desempenhado desempenhado bem as suas funções num contexto que é obviamente muito exigente e difícil como todos sabem que é de liderar a oposição não é por acaso que os que que os jornalistas normalmente apelidam Este Lugar do emprego mais difícil do a função mais difícil do país acha que Pedro n Santos chegará primeiro-ministro votei no partido socialista sou militante sou eleitor do partido socialista desde sempre e por isso empenhei em que isso tivesse acontecido nas últimas eleições vem as autárquicas e se tudo correr dentro de alguma normalidade serão as próximas eleições difíceis porque o PS tem vários presidentes de câmara que não se podem voltar a candidatar o Fernando Medina admite ser candidato a alguma autarquia nas próximas eleições não é um cenário que não está É um cenário que não está que não coloco e que não está não está é uma página virada Nem que fosse numa das maiores Autarquias do país é uma página que e e para Lisboa tem algum nome preferido Mariana Vieira da Silva Seria uma boa candidata eu acho que a melhor forma de eu em primeiro lugar eu acho essencial que o PS tenha uma candidatura forte eh no município de Lisboa capaz e de recuperar a dinâmica e o brilho que a cidade de Lisboa tinha e que necessita relativamente peru esse H sim acho não Endo entrar agora aqui no que é regressar a esse debate sobre municipal sobre a cidade de Lisboa e acho que a melhor forma de se encontrar essa candidatura forte é também com algum recato eh acho que a discussão pública de nomes de quem são os potenciais e quem são os melhores H normalmente o que faz é fragilizar nomes e não beneficiar ninguém e por isso eu tenho uma ideia muito concreta sobre isso mas não responderei pela razão que acabei de referir que acho que o que o secretário-geral do partido isto é uma decisão que lhe acabará naturalmente a ele deve procurar encontrar esse nome que seja o nome mais forte para conseguir fazer e uma uma construir uma alternativa que seja Vitoriosa nas próximas eleições Considero que isso é uma necessidade para a cidade de Lisboa e também para o país vamos falar de outros nomes eh nas eleições a seguir à autárquicas que são as presidenciais o líder do PS admitiu também esta semana como bons candidatos Mário centen António Vitorino antón J é seguro parecem-nos candidatos voltamos a essa discussão de nomes eh eu não tenho a menor dúvida que na Esfera do que é a área do centro esquerda eh irá aparecer uma forte candidatura eh eh nesta área política que tem muitos e diversos eh bons nomes e potenciais e acima tudo bons nomes no sentido em que eh serão eh bons presidentes da república muito os presidentes da república Aliás na cenda do que foram os presidentes da república do partido socialista que o partido socialista eh apoiou H quer Mário Soares quer Jorge Sampaio eh que são reconhecidamente foram reconhecidamente dois excelentíssimos presidentes da república e o atual presidente da República tem sido um fator de estabilidade eu relativamente ao à avaliação do atual presidente da república eu distingo do distingo dois tempos eu acho que que o Presidente da República Teve teve um papel positivo muito positivo no país aliás durante o primeiro mandato foi um elemento de num país que estava muito crispado e que estava muito magoado de todo o tempo da troica e tudo o que tinha acontecido foi um fator importante na na uma distensão que o país precisava da própria forma como se relaciona com os portugueses H creio que a forma como geriu já no segundo mandato h Toda a relação com o governo e toda todo no fundo a sua obrigação de ser um elemento de estabilidade política claramente não foi conseguida PR e e por isso faço uma avaliação crítica daquilo que foi o desempenho neste neste segundo mandato com pena minha porque fui votante e apoiante da sua recandidatura mas tenho que reconhecer que este segundo mandato e está não está a cumprir e aquilo que eram as expectativas e as exigências do também com o governo PS exigências do país também com o governo do PST manter acho que o governo do PST tem se meses de existência eh Considero que para já já cometeu um erro significativo que é uma das razões de estarmos a ter este debate sobre o orçamento desta forma é que aceitou com uma rapidez eh muitíssimo grande dar Posse a um governo sem avaliar mínimamente as condições da sua sustentabilidade na Assembleia da república na composição parlamentar que tínhamos Eh vamos lá ver até que vaco Silva exigiu e acordos escritos a António Costa quando foi do tempo da geringonça e aliás esses acordos foram importantes também tem que tem que se reconhecer isso Cavaco Silva ao Presidente Cavaco Silva foram importantes para manter uma coesão de uma de uma do que se veio a revelar uma maioria parlamentar e um acordo parlamentar ora o atual presidente da república nesse momento preciso não hesitou em fazer a dissolução do Parlamento com a maior rapidez que pde e a dessas eleições resultou Aliás não tendo sequer o o apoio maioritário do Conselho de estado para fazer por isso fê-lo por sua iniciativa e vontade e e e sem dar tempo ou espaço a que se pudesse haver uma outra reflexão perante a no fundo a a surpresa e e a brutalidade daquilo que aconteceu relativamente àquela nota do Ministério do Ministério Público que levou à admissão do primeiro-ministro António Costa eh e por isso rapidamente a solução foi para eleições das eleições resulta o quadro que resultou e rapidamente chama para formar governo h e e deixa assumir Essas funções governo um governo que não tem que não mostrou ter apoio parlamentar ou capacidade de construir estruturalmente esse apoio parlamentar tem por isso alguma responsabilidade no clima de instabilidade que vivemos em minha opinião sim e em minha opinião estruturalmente sim e o erro resulta daqui resulta deste processo de no fundo termos um governo que foi entrou em funções sem haver mínima garantia de em que quadro político esse governo se ia mover porque tendo uma não tendo maioria absoluta aliás tendo uma tendo sido PSD e CDs e tendo tido o o resultado do ponto de vista de de da número de Deputados S daquele que foi com o quadro parlamentar que foi hum acho que foi de certa forma uma aventura deixar que um governo entrasse em funções dentro dessas circunstâncias sem cuidar do que é que iriam ser os equilíbrios mínimos da viabilidade de um governo minoritário Porque nós já tivemos situações obviamente o país e nós somos um quadro excecional com um país que é ter um governo minoritário há muito não sei provavelmente só agora a França é que terá um governo minoritário porque a regra é obviamente haver governos maioritários e Haver governos minoritários são uma por isso é que em muitos países demora muito tempo a construir governos e os acordos de governação e os entendimentos de governação às vezes Vemos as histórias na Holanda na Bélgica noutros países em que tudo isso demora muito tempo depois dá direito a Alemanha por exemplo dá direito a soluções maioritários para implementarem aquele programa e aquela orientação política H em Portugal tivemos uma exceção relevante com António terros no seu primeiro mandato aliás nos dois mandatos mas no primeiro mandato que chega até ao fim mas num quadro económico diferente e na altura Marcelo bosa líder da oposição assegurou desde logo uma viabilização dos orçamentos e até à entrada da moeda única coisa que se concretizou H dos três dos três dos três dos três primeiros orçamentos eh mas fora isso o nosso quadro h não aconselhava nem permitiria uma solução desta desta natureza eh é um quadro que não é desejável e que obviamente nos vai está noos a colocar na situação que nos está a colocar que é a neste momento estamos a discutir quem aprova o orçamento e com quem e de que forma e obviamente que para o ano h a questão irá certamente pôr Se for viabilizada este ano e a questão irá colocar-se e vai colocar-se no desenvolver da vida política com condicionamentos importantes para a política e também para a política financeira porque este quadro de fragmentação é um quadro que é a e negativo para eh as Finanças Públicas e para o bom equilíbrio das Finanças Públicas porque acentua precisamente aquela característica não é é na é aquela característica do governo em funções e procurar estar sempre em campanha eleitoral porque não sabe quando é que vai estar eleições e quer estar na melhor altura Quando essas eleições chegarem antes das suas e preferências musicais que lhe pediremos a terminar que quer não queria que me respondesse que o futuro a Deus pertence o que estando sempre certo como é óbvio nós tivessem nós tivessemos na renascena deveria ser aceito essa resposta mas mas poucas mas poucas pistas nos dá sobre o que pretende fazer o Fernando Medina e portanto o que lhe perguntava é o que é que quer fazer nos próximos anos quer continuar a ser Deputado eu tenho irei manter sempre independentemente do que dos caminhos que que venha que venha a atalhar algo que manteri sempre na minha vida que é uma intervenção cívica e política ativa Qualquer que seja estando ou não estando em cargos de representação política eh como neste este momento exerço agora nunca deixarei de exercer já tenho a minha vida sempre foi dedicada quer Como funcionário do estado ou quer como político e à coisa pública e e sabe todas as portas até eventualmente a ambição de ser líder do PS primeiro-ministro abre todas as portas estou a falar jog come estava a perguntar num futuro num futuro imediato o que eu sei é que terei sempre essa intervenção pública agora Quais são os caminhos que essa que a vida vai seguir eu não consigo escrutinar mas aí voltamos aí a frase é mesmo essa E se o futuro a Deus pertence estamos a terminar este dúvidas públicas falta portanto pedir-lhe apenas como fazemos com todos os convidados que nos revele uma escolha musical sua um tema enfim que eu tenha marcado nos anos que já viveu eh quer revelar-nos essa sua escolha explicar um bocadinho porquê Eh quero fizeram Esse desafio e por isso revelarei a escolha h a música H Feeling Good de Nina Simone que tem uma H tem uma uma no fundo uma cantora pianista ativista dos direitos cívicos norte-americanos com grande com um grande impacto na música e também na na na sua intervenção na sua intervenção cívica uma música com uma um impacto muito grande no jaz H em até na música clássica teve esse esse Impacto e fing Hood é uma música dos anos 60 composta nos anos 60 e meado dos anos 60 eh e trá aqui por uma razão e neste momento com os meus filhos encontro-me eh temos um um no fundo um tempo em que e procedemos à troca de músicas quer dizer em que no fundo cada um propõe aquelas que gosta e aquelas que está a ouvir e e eu tenho sido tenho aprendido muitas novas que que não conhecia e e e apresentar-lhes esta e e trago esta aqui porque esta é muito interessante pela idade que eles têm são são são ainda são ainda muito jovens H gostaram gostaram muito eh e sentirem que essa é a etapa em que está a vida do pai ou não vá vá sim esta Esta etapa permite também essa convivência maior com a família isso é isso tem sido isso é obviamente algo muito muito importante muito importante para mim mas aquilo trago esta música também por eles nesse sentido H é uma música dos anos 60 estamos a falar de uma geração que tem tem 12 10 anos e que gosta da música sabe a letra da música repete a e já a pedem e e e mostra não fundo não só a qualidade da música Mas também como ela também é capaz de dizer coisas e às novas gerações às muito novas gerações agradeço a sua presença obviamente convidado deste dúvidas públicas Fernando Medina o último Ministro das Finanças do PS o cuidado técnico desta emissão ficou a cargo de Beatriz gcia a sonoplastia de João Campelo a imagem de Miguel rato em volte na prosim S Mene S Mene
6 comentários
Autêntico boneco!
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Bem que podia ter a assinatura dessa peça.
Um verdadeiro indigente que não percebe nada de economia e que tem vivido á conta da injecção monetária por parte do BCE. Para estes ignorantes do capitalismo clientelar nem sequer têm consciencia da gravidade do que se está a passar na Zona Euro, só sabem governar com juros baixos e dinheiro mágico, mas agora é o Euro que está a ir á vida como moeda de reserva e de pagamentos, mais inflacção, etc. e cada vez se põe mais a hipotese de ser a Alemanha a deixar o Titanic
Calado e fora dos tachos é um poeta
maior cromo