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a taxa de risco de pobreza teve uma ligeira subida e foi sobretudo entre as crianças e jovens que a pobreza mais se agravou os pobres estão mais pobres Aliás a intensidade da pobreza agravou-se na última década finalmente mas isto não é novidade um em cada 10 trabalhadores é pobre jo Manuel Fernandes Bom dia Olhas para esses números e o que é Que dizes ou mesmo o que é que sentes estes números são são importantes e são são reveladores de alguma forma mas apesar de tudo estes númeres têm uma característica que me obriga a pô-los de alguma forma no contexto primeiro que tudo isto não são números 2024 nem sequer 2023 são números ainda 2022 portanto não há um estudo não há um estudo novo da Pata ou da fundação Francisco Manuel dos Santos Há apenas uma coletânia dos dados estatísticos disponíveis e disponibilizados pelo pelo iné portanto aquilo que aconteceu e esta inversão aparente que aconteceu no último ano aconteceu num período em que ainda em que estávamos a sair da pandemia mas a pandemia já tinha passado e aparentemente as piores consequências da pandemia já tinham já tinham passado estávamos no entanto com a inflação é uma altura de inflação e portanto é ainda o período enfim que H efeito das políticas do governo anterior Sem dúvida nenhuma porque não há nenhuma mistura aqui Ora bem a dito isto há outro aspecto que é muito importante Isto são a estas estatísticas por vezes podem levar de alguma forma a uma perceção que não é totalmente correta o que eu estou a dizer não não Visa mitigar a pobreza que ela existe tem apenas que tentar enquadrá-la porque por exemplo neste neste mesmo relatório da Pata nós temos uma primeira parte em que vem estes números que são do nosso iné Depois temos uma segunda parte em que vê números do eurostat o eurostat é é o a agência estatística da União Europeia e uma das coisas que nos surpreende quando olhamos para os números do eurostat é que por reger Portugal está meio da tabela portanto e às vezes até na primeira parte da tabela depois quando olhamos para os índices de pobreza percebemos que então a Alemanha tá pior então Luxemburgo que é o país mais rico da União Europeia está pior bem é é é é um efeito estatístico não corresponde verdadeiramente a isso eu eu acho que há um elemento que permite perceber isso de uma forma muito muitíssimo Clara que é assim a linha de pobreza ou melhor a linha de risco de pobreza há duas a linha de risco de pobreza absoluta é risco a linha de risco de pobreza depois de transferências sociais aquela que nos verdadeiramente interessa é a segunda depois de transferências sociais porque é isso com isso que as pessoas vivem não interessa a gente pensar dito de outra forma depois da ajuda do estado e muitas vezes não é propriamente só à ajuda do Estado quer dizer porque há transferências sociais que correspondem a direitos adquiridos por exemplo as pensões por exemplo não é por exemplo e bem eu não sei exatamente Quais são as transes sociais todas que são consideradas Mas algumas e correspondem de facto a uma uma uma ajuda pública ou rendimento social de interceção por exemplo ou rendimento mínimo de idosos e são e ajudas desse tipo o abom de família também é uma ajuda desse tipo Bem dito isto e o l por exemplo as nações unidas estabelecem bem ou mal também é discutível todas as estatíticas têm sempre um lado discutível estabelecem um Limiar de pobreza ou de pobreza absoluta num rendimento que anda neste momento à volta de 2,6 por dia portanto 2,5 por dia sensivelmente uma coisa à volta disso um bocadinho menos que nós imaginamos que de facto viver com 2 € por dia ou pouco mais estamos mesmo muito pobres qualquer parte do mundo na União Europeia não é assim que funciona eh o princípio da União Europeia é uma uma uma digamos uma percentagem do rendimento médio ou da mediana portanto e isso faz com que o Limiar de pobreza seja muito diferente de país para país por exemplo em Portugal o este Limiar de risco de pobreza que aliás é assim que se chama limar de risco de pobreza situa-se em que situava em 2022 agora já deve estar um boquinho mais elevado em 591 € por mês no país com mais pessoas abaixo do risco de lemado de pobreza estatístico esse liado pobreza situava-se em 2.382 € por mês estou a falar do Luxemburgo não tem nada a ver não é tem nada a ver e um país eh que tem um a linha uma linha de pobreza por exemplo a mais baixa de todas é é da Bulgária que está em 326 € por mês portanto muito abaixo da nossa mas o mas depois o limar em si o número absoluto da percentagem nem sequer é muito diferente é um boquinho acima mas nem sequer é muito diferente Bem eu digo isto porque estas estatísticas têm sempre às vezes um lado arbitrário e que não eh permite-nos ter um retrato da situação mas temos que ter aceção que como todos os retratos às vezes não tem todas as dimensões os retratos são duas dimensões ou três dimensões quer dizer faltam algumas dimensões neste neste neste problema dito isto há no relatório da da da da Pata alguns temas que me parecem particularmente relevantes primeiro que tudo eh aquela aqueles números que tu referiste aqueles números absolutos aquela evolução que é uma evolução negativa e que não se às vezes não se percebe muito bem o que que aconteceu mas já lá vamos mas há aqui um um dado que para mim é muito relevante uma em cada três famílias monoparentais repara nós quando falamos de limado pobreza falamos em 17% quando falamos em famílias monoparentais a percentagem é o dobro isto é uma em cada três eh portanto estamos a falar de famílias com crianças a viver com quase dinheiro nenhum e que a palavra chave para mim é monoparentais portanto este tema é um tema muito pouco discutido no no debate público muito pouco presente no debate público mas que por exemplo é um tema central noutras geografias onde a pobreza está muito associada a existirem ou não estímulos às vezes até estímulos dos próprios sistemas de Segurança Social a que e não há manutenção de famílias famílias minimamente estrutur mas que até quase que permeiam a existência de uma família monoparental há muitos estudiosos por exemplo da realidade dos Estados Unidos que diz que a pobreza sobretudo a pobreza das minorias afro-americanas tem muito a ver com a destruição das famílias premia de alguma forma o facto de existirem muitas mães quem os pais desapareceram de casa pronto e e até mais solteiras mais quer dizer não há Obrigatoriamente mães solteiras com pais digamos comidos desdos desaparecidos porque até há sistemas que as protegem e portanto isso não é penalizado e até às vezes é quase que incentivado é melhor tem-se mais dinheiro assim do que se tiver fora desse sistema se tiver a trabalhar normalmente Numa família estruturada e que procure viver do seu trabalho e não de um subsídio não é situação portuguesa exatamente igual quer dizer nó não temos os mesmos regimes temos regimes diferentes mas masa 50% no no primeiro Escalão do abon de família por exemplo se não estou se não estou em erro e continua Sim há majorações há majorações Mas eu creio que não chegam ao nível de de compensar não trabalhar ou ou ou o casal ou o casal ou o casal desfazer-se não cheg a esse ponto bem eu acho que o casal desfazer-se não compensa Mas pode compensar o casal não se constituir não estou a falar dos apoios no abom de família como é o Óbvio Até porque nosso abom de família não é tão Generoso assim mas quando nós passamos para outras coisas que não é uma questão de preço é uma questão de acesso e é difícil esse acesso em Portugal pode ter vantagem por exemplo o acesso a uma casa eh num bairro Municipal o acesso a um lugar numa creche eh o facto de de de de de haver a poder infelizmente sabes uma coisa nós Enquanto isto está muito estudado nos Estados Unidos e noutros países cá não temos dados sobre isso agora portanto mas por isso mesmo é que eu olho para este número de um terç de famílias portanto a duplicação da da probabilidade em relação ao resto da população e digo e pá temos aqui temos que olhar para este problema portanto temos uma taxa de divórcio muito elevada em Portugal temos uma taxa de divórcio muito elevada mas não tenho a certeza que seja daqui que que vem eu acho que mais divorciarem são famílias que não se constitu não se exatamente eu tenho muita muito essa perceção porque muitas das famílias e m ou seja as situações que estão que eu creio que que estão retratadas nessas estatísticas são situações de eh ou Imigrantes ou descendentes de imigrantes segundas segundas terceiras gerações que situações de pessoas que nós não vemos às vezes todos os dias digamos são as pessoas que entram nos escritórios e saem Antes de nós chegarmos são as pessoas que andam olha no os combois da linha de Cintra com quem a Helena se cruza mas que muitas pessoas muitas vezes não se cruzam e são mundos um pouco diferentes agora mais uma mais uma vez são questões que nós repito não conhecemos bem nós neste momento deixa-me falar de outras coisa deixa-me regressar só aqui é um outro tema que tem a ver com isto que é nós estamos com um fenómeno que é muito pouco falado muito pouco discutido quer dizer nós todos os anos falamos da natalidade e durante uns anos andamos a deitar foguetes porque nasciam mais bebés em Portugal de facto houve um batemos no fundo na altura da crise as pessoas não queriam riscar ter filhos O que é absolutamente compreensível e os que eventualmente que diriam emigravam recuperamos alguma coisa pouquinho pouquinho imin almente ou logo FutRio nós vamos olhar para os dados com mais atenção e o que é que reparamos reparamos que todo essa toda essa recuperação toda e mais um bocado é feita apenas porque o número de nascimentos de mães que não nasceram em Portugal melhor de Nados vivos de partos de mães que não nasceram em Portugal é que está a sustentar é que esteve a sustentar esteo até não deu para isso e portanto o número de nascimentos de filhos de mães que nasceram em Portugal eh continua a cair nos últimos 12 anos caiu 20.000 neste que tem caird todos os anos todos os anos mesmo quando comparamos esses anos com os anos da crise quando digo todos os anos Não Há ali um ano em que há uma pequena inflação mas é um estatisticamente irrelevante tem a ver com o ano de pandemia pós pandemia portanto houve ali uma um atraso digamos talvez da da da das da dos nascimentos por causa da pandemia mas fora isso a linha não permite dúvidas Portanto o que é que isto quer dizer quer dizer que nós estamos a ter muito mais crianças e de enfim eu não sei qual é a parte disto ninguém sabe mais a vez nós temos às vezes uma certa opacidade nos nossos n nossas estatísticas porque há perguntas que não queremos fazer fazer portanto eu não sei que parte destes Nascimentos são a de do chamado turismo obstétrico digamos assim portanto Isto é pessoas que vêm a Portugal ter mulheres que vêm a Portugal ter E os seus filhos e depois vão-se imediatamente embora isso acontece e antigamente acontecia só pessoas mulheres que vinham dos pal Lopes sobretudo Angola hoje acontece com muitas outras situações tivemos uma mulher que morreu que percebemos tinha acabado de chegar a Portugal no momento em que em que em que é o parte Aquele caso famoso transferência de Santa Maria para São Francisco vier em Lisboa L vou a ao pedir de missão da ministra portanto estamos a falar de situações que não sei qual é qual é o peso que tem nestes números finais mas quando nós vemos é a a a o peso da pobreza porque aqui já não é apenas digamos dentro da estatística eh são números relativos percebe-se um bocadinho Qual é esse universo temos aqui mais famílias monoparentais e temos outra coisa o número de crianças Crianças Pobres aumento entou também e e está a aumentar significativamente enquanto o aumento do digamos deste Limiar de pobreza podemos atribuir a um a um a uma irregularidade estatística estas duas tendências são mais firmes e são as duas preocupantes e tem as duas ser encaradas porque estamos a falar de um tema para o qual um tema que em Portugal é Tabu em Portugal não se se não se discute natalidade ainda mesmo ainda meso se discute políticas de família e tudo aquilo que tem a ver com isso a única coisa que se discuta a única coisa que faz parte dos enfim eu fui olhar para nós temos supostamente uma estratégia não é de combate de quer dizer é de combate e de erradicação da pobreza alinhada com objetivos mundiais houve um plano aprovado em 2021 depois houve uma coisao extraordinário que há um plano de ação 2022 2025 que foi aprovado em conselho de ministros em novembro de 2023 portanto já meio do quer dizer como é que um plano de ação para 2022 é aprovado em 2023 independentemente desta disso é um plano que não tem não é quantificado em meta nenhuma portant tem uma quantidade de medidas por ali abaixo uma quantidade de coisas é um Power Point lindo nenhuma com quantificação mas havia uma promessa que essa todos nos lembramos creches gratuitas não é um detalhe as creches gratuitas T efeito podem ter efeito sobre o tema da natalidade e da família mas tem também um efeito muito grande sobre sair ou não sair da pobreza que é um dos grandes problemas de que já falaremos porque é para sair da pobreza é necessário romper algumas Barreiras quer dizer e e uma e uma das principais Barreiras é poder aceder àquilo Que Nós habitualmente chamávamos elevador social e que sabemos que tem muito avariado pronto mas esse é outroa sim educação no fundo educação sobretudo educação e portanto é isto que também portanto novamente estamos a falar de um tema estatístico e eu não sei bem qual é a origem a chamada intensidade da pobreza aumentou é um problema a intensidade da pobreza é medida como só para nós termos a ideia não é uma média é uma mediana a média digamos é toda a gente sabe o que é que é a mediana Há muitas pessoas que às vezes confundem a mediana é aquela linha que devide metade do universo metade do universo está de um lado metade do universo que nós da amostra ou do universo que nós estamos a estudar portanto isto significa que há uma linha em que metade significa que Metade das pessoas que estão abaixo dessa linha portanto que é metade do universo as pessoas estão abaixo dessa linha neste momento estão mais distantes mais distantes do do resto das pessoas pobres do que estavam antes porque é que isso está a acontecer não sei responder porque não é muito clara digamos os dados que vêm aqui posso eventualmente especular sobre um outro tema que é nós tivemos uma evolução do salário mínimo mais rápida do que a evolução da inflação estamos a falar de um ano com muita inflação e essa evolução não foi quer dizer esse o ritmo de evolução de salário mínimo não não não não é o mesmo das pensões mínimas portanto enquanto nós atualizamos o salário mínimo tem subido mais depressa em termos percentuais eh do que a atualização das pensões das pensões que TM sobretudo acompanhada a inflação às vezes com pequenas correções nas pensões mínimas portanto pode haver aqui uma uma uma uma diferenciação entre a pobreza que está associada à velhice e a pensões muito baix aos que um problema estrutural em Portugal e a pobreza de quem trabalha que continua temos também neste neste estudo uma indicação de que um em cada 10 digamos da da população empregada uma em cada 10 pessoas pode ser considerada pobre Isto é um dado também preocupante tem muito a ver com e com algo que do ponto de vista até do próprio mercado de trabalho é é complicado quer dizer se eu vou trabalhar se eu tenho se eu me esforço para trabalhar para todos os efeitos e não saio da pobreza há uma falta de estímulo para E para isso acontecer isso também essas coisas são muito relevantes porque nós temos e e quando olhamos para para para para a pobreza nós temos alguns temas que são de de difícil abordagem primeiro porque que é assim a primeira há uma questão que é óbvia primeira questão a pobreza tem a ver com a riqueza do país Claro que tem Claro que tem pronto Nem todas as pobrezas são iguais ser pobre entre aspas no Luxemburgo não será a mesma coisa que ser pobre em Portugal e ser pobre em Portugal não é a mesma coisa que ser pobre no Mali pronto estamos a falar de realidades diferentes ponto final parágrafo mas independentemente portanto é haver mais riqueza para Que ela possa chegar a mais pessoas ess Esse aspeto é é é e é precisa haver mais riqueza se nós acharmos que a forma mesmo aqueles que acham que isso se faz apenas por mecanismos de redistribuição de ajudas sociais eu creio que não é suficiente e não é sequer saudável no limite eh mesmo esses precisam de mais de um bolo maior para poder chegar e com um bolo suficiente a toda a gente bem mas independentemente disso há out outra uma outra ideia errada que é existe pobreza Porque existe desigualdade e portanto quando nós temos indicadores desigualdade grandes o problema é porque há uns Têm muitos e outros têm poucos Ora bem a economia sobretudo a economia pós-industrial não é uma soma nula portanto a economia pós-industrial é um um uma um tem tem mecanismos de crescimento que não existiram até há dois séculos atrás que permitem que e possa haver gente muito rica sem que sem que isso corresponda a roubar a outras pessoas que fiquem muito pobres porque o mecanismo Não é esse o mecanismo Não é esse quer dizer muitas vezes até aquelas pessoas que são mais ricas criaram riqueza enriquecendo pessoas à volta delas portanto não não foram eh fizer isto isto é uma questão que é que é muito relevante porque se acha-se sempre que temos que acabar com os ricos quisermos acabar com os pobres ora desde aquela famosa conversa entre o hotel e Olaf Palma Olaf Palma eram dirigente social-democrata Sueco Talvez o depois foi assassinado É talvez o último dos míticos dirigentes sociais Democratas suecos em que o hotel terá dito na altura da revolução nós em Portugal estamos empenhados em acabar com os ricos e o Olaf palmo respondeu-lhe olhe nós aqui na Suécia não nós aqui na Suécia preferimos acabar com os pobres e e e isto não é uma botade isto não é uma botade isto tem a ver com até porque em geral o que se acaba é tudo igualmente pobre quer dizer pois quando quando se vai por esse caminho é olhar para a Venezuela por exemplo acaba tudo igualmente pobre mas eh Há de facto algumas questões que não são fáceis de que não são fáceis de lidar e e que nós temos Como disse uma estratégia de combate à pobreza tá aprovada podemos consultá-la estive a ler ontem tem imensas medidas que são positivas tem imensas medidas que não se percebem que pé questão porque algumas são apenas manifestação de intenções mas Há questões que são nós às vezes alguns nós góios alguns que são mais fáceis de ultrapassar do que outros por exemplo é um dos nóos gordos claramente é o problema do já falamos aqui elevador social portanto como é que nós não apenas garantimos o acesso à educação mas garantimos que no processo e de de de educativo no processo de evolução no sistema educativo não há quem entra em desvantagem não não não acaba por ficar para trás por circunstâncias do próprio processo Ora nós temos discutido aqui muitas vezes em outros programas que isso acontece hoje em Portugal numa dimensão para a qual não tínhamos noção e acontece porque há uma segregação em muitos aspectos que não existe quer dizer cada vez mais há escolas para as classes média altas e escolas para as classes baixas escolas que e não é só a divisão público privado não é que é uma Divisão muito importante e que tem imensa influência não é só essa divisão é muitas vezes também divisão no próprio regime das escolas públicas na forma como seas coisas aí se passam no acesso que é que aí é garantido no mesmo concelho pode haver escolas diferentes ontem estava ontem foi tivemos ontem ontem ontem já falamos daqui do Ricardo salgado esta semana várias vezes abraçar a ver a digamos a biografia dele até foi verificar que idade é que ele tinha por causa da doença e reparei que Ele estudou mesmo no mesmo Liceu em que eu estudei Ora eu diria que a probabilidade de uma de alguém vind da família que ele vinha estudar no mesmo Liceu a minha família não era pobre atenção pronto e não era pobre era classe média e até com algum desafogo mas a probabilidade de nos cruzarmos no mesmo Liceu e nos usarmos com outros colegas que lá existiam no tempo em que eu lá andava diria que seria muito baixa estás a falar hoje em dia hoje em dia estou a falar do Pedro nundes do Pedro nundes não o Pedro nundes hoje é uma o problema do Pedro nundes hoje é que no Pedro nundes andam poucos poucos ricardos salgados ou poucos Marcelos belos Sousa pessoas que venham dessas famílias ele tá lá ainda e ainda tem é um Liceu com muitas qualidades Não estou não vou agora discuti não vou lá muitos anos já por acaso P há a última vez que lá fui foi para a apresentação de um livro de um livro o menino Ricardo salgado era um menino com sorte porque bastava atravessar a estrada para para para ir para o Liceu mes o mesmo acontecia aqui no Dona Leonor quer dizer goi aqui no Dona Leonor e havia mas não era apenas os filhos as filhas porque o começou por sempre feminino eh de de eh estou a falar do marcelismo não é de do tempo do Marcel citano pessoa filhas de in netas de pessoas ministros do regime mas também pessoas que vivam F filhas de casais do bairro da mosqueira e portanto havia de facto um há um argumento contra isto que é o argumento dizer assim mas na altura e os que a chegavam no barco das morira er pequena minoria e agora chegam em massa é verdade é verdade quer dizer de facto eu eu já encontrei também já me cruzei tenho amigos que desse tempo que eram oriundos claramente da classe baixa portanto e e e então disso acontecia agora não era o um ensino massificado como é hoje agora nós tínhamos que ter conseguido as duas coisas que era massificar o ensino e manter o ensino designadamente o ensino público com capacidade de permitir a ascensão social dos mais capazes que é isso que nós no fundo pretendemos e nós sabemos que esse elevador social está a funcionar mal isso para retirar pessoas da pobreza é muito importante depois há outro tema que é um tema eu diria dos temas com que eu me confrontei ao longo da minha vida profissional é dos temas que eu senti mais dificuldade em até em perceber como é que se pode fazer que é quando nós encontramos às vezes eh comunidades que podem ser comunidades culturais podem ser comunidades bairros podem ser às vezes comunidades locais onde há aquilo que eu chamaria uma espécie de Cultura de pobreza A ideia é que é assim que se vive e que não há outra forma e que até já se vive com uma parte de subsídios eh o sítio onde eu vi de forma mais mais mais dramática hoje em dia todas as pessoas já ouviram falar desse sítio por causa de uma série do Netflix era rá de peixe pá onde era aflitivo o grau de investimento público que lá lá existia já estou a falar uma coisa há muitos muitos muitos anos décadas o grau de investimento público em investimento social naquela comunidade e a e a manutenção das pessoas numa imensa pobreza portanto há este tema também difícil que é se nós temos uma relação que estudar noutros países que em Portugal também também parece existir entre famílias monoparentais e pobreza O que é que podemos ou não podemos fazer pela estabilidade familiar quer dizer isto não é fazer leis porque asas coisas não se resolvem tornando o divórcio mais difícil só para tornar só para dar assim uma ideia louca não é tornando divórcio mais difícil que isto se resolve iso é mais complexo há aqui questões que que que não são fáceis de de de de resolver há um outro tema que também é um tema relevante e para o qual nós andamos andamos por vezes aos solavancos que é o tema da tema da formação e Houve um tempo em que achou-se que isso se resolvia com as novas oportunidades as novas oportunidades tiveram alguns aspectos positivos e mas ao mesmo tempo queimaram muitos aspectos queimaram se Devido a muitos aspectos negativos e a possibilidade de usar mecanismos desse género para permitir que trabalhadores e estamos estou a pensar emeles trabalhadores que são pobres não é trabalhadores que estão em setores de atividade que não têm muito futuro e que deviam poder transitar para setores de atividade com mais futuro e mais Rendimento o possam fazer e por fim um tema que eu creio que também também suspeito que estão está um bocadinho escondido nestes números e inclusivamente na próprio no próprio facto de termos um crescimento deste indicador portanto uma aparente aumento da pobreza eu digo aparente porque Como disse esse lado estatística às vezes pode esconder uma realidade ligeiramente diferente e uma concentração em eh jovens crianças e jovens e em famílias monoparentais portanto aqui podemos estar a falar de uma Concentração da pobreza relacionada com fenómenos migratórios portanto nós falamos muito de integração falamos muito de de de dessas coisas todas temos que falar de que e quem migra para Portugal não vem só viver para Cascais pelo contrário não é portanto não são só nadas digitais não são só quadros superiores Portanto o grosso o Grosso são pessoas que muitas vezes entram pela parte de baixo da escala social e há e há muitos que porventura não saem de lá portanto e a primeira geração são pessoas por regra muito lutadoras muita com ambição que com vontade de correr riscos quer dizer ninguém imigração quiser correr pessoas avessas ao risco não emigram pronto É histórico sabemos isso desde desde os fenícios que vieram a fundar Lisboa podemos quase que dizer isso não é eh portanto mas eh é um tema sobre o qual não podemos deixar também de olhar porque sobretudo quando se passa da primeira para a segunda geração eh sabemos pelo que passou noutros países e sabemos já também pela nossa própria experiência em determinados períodos comid porque ISO também já aconteceu em Portugal em certas comunidades essa passagem pode se tornar particularmente complicada porque o fator ambição já não é o mesmo e passa a ha ver o fator de porque é que eu não tenho as mesmas coisas que aquele meu colega da escola com aquele que vive do outro lado da rua porque é que isso não acontece e isso causa muitas vezes problemas de fraturas sociais que são extraordinariamente difíceis de ultrapassar portanto a pobreza não é apenas um mal absoluto é também uma forma como nós lidamos com ela como damos oportunidades às pessoas para saírem dela e e e e criamos uma sociedade onde não só há uma onde no fundo há uma vontade de progredir que tem que ser partilhada por todos Há muitas histórias de pessoas que tiveram azares na vida ficaram pobres mas mas deram a volta e também muitas histórias de quem não consegue por isso quem não consegue ou desiste dar a volta e nós temos que olhar P também de formas diferentes
7 comentários
O SR falou no abono de família aqui na Alemanha o abono de família 290 € para toda as crianças ricas ou pobres porque e o direito da criança
ESTA ESCUMALHA E CORJA DE JORNALIXO CONTRIBUI PARA ESTA
SITUAÇÃO EM QUE O PAÍS VIVE
E CONTINUAM COM A MESMA HIPOCRISIA
❤❤❤ O CHEGAAAA TEM RAZÃO ❤❤❤
Este Sr. a tentar dar a volta ao texto e não tem a coragem de dizer porque chegamos a este ponto e a não culpar ninguém. É a mentalidade destes srs.
Ou seja em Portugal vive-se ao biberão.
Os Indicadores subiram? Bom então isso é um sucesso, não? Estamos a importar pobres e contentes com isso como se viu ainda ontem no parlamento. É público e notório porque esse é um dado que ainda não foi varrido para debaixo do tapete e fora da vista que o número de estrangeiros a recorrer a instituições e serviços de solidariedade aumentou exponencialmente. Depois vêm dizer com ar pesaroso e preocupado que os indicadores de pobreza estão a piorar. Bom! É um sucesso portanto. Viva. Estamos no bom caminho.
Pois , não temos dinheiro para os pobres portugueses, mas temos dinheiro para os imigrantes ilegais e dinheiro para oferecer a Timor , Ucrânia para a guerra, vergonha de governo, está a liderar exatamente como o PS ,
Quanto mais sobe o salário mínimo mais sobe a pobreza.
A subida do salário mínimo faz descer o poder de compra.