🗣️ Transcrição automática de voz para texto.
e a colunista do dia [Música] é é jovem é economista e fez as contas à medida do IRS jovem Teresa cunhe eá é colonista do dia muito bem-vinda Olá muito obrigada pelo convite só para lembrarmos aqui os nossos ouvintes na nova versão da medida plasmada na proposta de orçamento do estado para o próximo ano a duração máxima do IRS jovem é de 10 anos benefício aplicado a todos os jovens até aos 35 anos independentemente das qualificações académicas a Teresa faz umas contas comparando o caso português com o do Reino Unido onde vive certo imagino eu vamos a essas contas vamos sim então eu acho que temos que começar para perceber as contas por por contextualizar e perceber realmente qual é o problema que o que o IRS jovem quer resolver E como foi amplamente dito o objetivo é parar o cham Brain drain ou a fuga de talento e trazer de volta a Portugal os jovens que estão emigrados e eu realmente interessei-me a perceber quais é que eram os efeitos reais desta medida e se ela realmente ia ser bem sucedida e para isso é preciso fazer contas e é preciso comparar o custo de oportunidade entre ficar em Portugal ou emigrar e eu aqui eh estou logicamente a referir-me ao custo económico porque não é possível quando ficar o estar longe da família e hum este custo de oportunidade a que me refiro é comparação no fundo entre os salários líquidos de impostos porque é isto que interessa é com o salário líquido que nós vamos pagar a renda que nós vamos às compras ou que decidimos pôr tudo num num depósito a Prado que nos cai na conta portanto exatamente o que cai na conta aquilo que podemos escolher fazer o que quisermos com ele e e com base nisso eu eu decidi comparar dois jovens portugueses no início das suas carreiras um que fica em Portugal e bencia do IRS jovem durante os 10 anos e outros que indiga para o Reino Unido onde vai pagar impostos e aqui na minha análise eu assumi que os dois jovens recebem os salários médios respetivos do do país onde vivem E então Eh vamos e lá as minhas conclusões em primeiro lugar eu concluí que o jovem que fica em Portugal vai pagar muito menos impostos ao longo dos 10 anos o que o que significa que há realmente uma significativa poupança fiscal mas como estabelecemos no princípio desta conversa o que importa não é eh a poupança fiscal mas sim o salário líquido e aqui há uma enorme diferença porque eh ao fim dos 10 anos mesmo pagando mais impostos o jovem que se mudou para o Reino Unido eh leva para casa quase mais de 100.000 € do que o jovem que ficou em Portugal o que dá mais ou menos 800 € por mês isto tendo por base o salário médio dos dois países tendo por base o salário médio dos dois países e importa dizer também que este valor estes 100.000 € a mais ao longo dos 10 Anos logicamente reflete já e está corrigido para o custo de vida e portanto aí se reflete que e o custo de vida no Reino Unido é superior a a Portugal porque se nós não fizéssemos este este ajusto a poupança seria muito superior aos 100.000 € e e por isso no fundo e Esta esta esta vontade de que a medida seja bem sucedida o otimismo todo à volta desta medida que temos visto desvanece-se um bocadinho quando quando fazemos as contas porque porque mesmo com todos os benefícios fiscais que vimos que existem o que realmente conta é quanto dinheiro é que nos sobra no bolso e acho que aqui não há dúvidas que se que se que sobra mais no estrangeiro portanto para um jovem qualificado que reside fora do país seria preciso eh para voltar a viver em Portugal ter um um salário semelhante àquilo que recebia no país onde estava emigrado exatamente o que acontece hum compreendem então o interesse que aparentemente e de acordo com o primeiro-ministro outros países têm na medida eh sim ou seja eu acho que todo todo todo o que todas as medidas à volta de incentivos fiscais criam sempre muita atração muito interesse eh de forma a perceber como é que podem também ser aplicadas aos seus países e principalmente toda a atração mediática que existe à volta isto também é o caso de Itália e Espanha que T medidas eh semelhantes relacionadas com incentivos fiscais mas no fundo aquilo que eventualmente os países vão e as pessoas que vivem nos países que é quem quem vai beneficiar destas medidas V vai fazer as contas e vai perceber é que como é que um jovem que viva em Inglaterra mantendo o o exemplo que estávamos a usar antes se se vai mudar para para Portugal se for receber um salário português mesmo com RS jovem a única forma eh desta medida ser Atrativa é se este jovem se conseguir mudar para Portugal a receber um salário bruto britânico e como um noma digital mas eu acho que isto não era o objetivo da medida do governo isto aqui o caso muda de figura quando falamos de países onde os salários médios são mais altos onde a progressão salarial é melhor e portanto onde medidas como incentivos fiscais podem funcionar melhor também uhum e teria alguma sugestão Teresa e até porque é a medida que está inscrita no orçamento do Estado eh na generalidade mas ainda pode ter alterações na especialidade teria aqui alguma sugestão para tornar esta medida do IRS jovem de facto mais Atrativa e justa Bom eu acho que não é eh necessariamente uma questão de se o IRS jovem é ou não atrativo mas sim é preciso encontrar uma solução eficaz e dentro do possível definitiva para resolver o problema da imigração dos dos jovens e para isso é crucial que se consiga captar investimento produtivo precisamos de ter uma economia robusta onde o nível dos de salários médios seja mais alto e para isso tem que se criar condições para as empresas para que possam pagar esses salários mais altos como reduzindo a carga fiscal sobre as empresas simplificando o sistema local e burocrático dando incentivos H à investigação e ao desenvolvimento melhorando as infraestruturas porque a minha opinião é que sem estas condições fund vai ser muito difícil criar uma economia onde se consiga convencer os jovens a voltar ou a não sair em primeiro lugar até porque e até porque há toda uma vida para além dos 35 anos Hum e pelas razões que aqui elencou Teresa Imagino que não venha a fazer parte dos Tais 400.000 jovens que o governo acredita que vão beneficiar deste IRS jovem ainda não será desta que volta para Portugal Por enquanto ainda não por enquanto ainda ainda não é uma medida fiscalmente Atrativa para me fazer voltar e é o que diz a economista Teresa conç muito obrigada por ter sido a nossa colonista do dia Teresa e boa sorte obrigada até à próxima [Música]