Vídeo: Desacatos no Zambujal

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[Música] partimos para a análise em estúdio com a ajuda de João ruxa Pereira especialista em segurança e Psicologia criminal Professor seja muito bem-vindo uma vez mais aqui ao fala Portugal Boa noite Patrícia e Mário Obrigado pelo vosso convite como ouvimos no direto aqui do Ricardo Amanhã haverá duas manifestações O que é que podemos esperar e como é que se pode prevenir de certa forma uma possível escalada Detenção bem a prevenção de certo modo já foi feita porque uma uma das manifestações alterou digamos o o rumo que eram para terminar as duas na Assembleia da República EA dar problemas com certeza absoluta porque estamos a falar de posições antagónicas e portanto eh neste momento tudo leva a crer que elas vão ter rumos diferentes e portanto eh e a polícia também tem um dispositivo montado e penso que que as coisas vão correr bem penso eu eh não não não não temos nenhuma bola de cristal não é Mas penso que essa alteração foi bem feito e como é que tem avaliado a atuação das forças de segurança perante estes tumultos que temos visto ao longo praticamente de C Dias eh tem estado atuar bem porque na realidade eh tem que haver aqui um equilíbrio e bom senso houve uma atuação mais musculada no princípio como não podia deixar de ser obviamente com todos estes desacatos apetrechamento de de de carros da polícia autocarros incendiados apedrejamento de Bombeiros pouca gente fala nisso mas na verdade houve apedrejamento de bombeiros que não os deixavam extinguir o o fogo não é Portanto o que é uma coisa horrível porque os bombeiros são os soldados da Paz não têm nada a ver nem com a polícia nem com os bairros estão fazer tudo isto pode ser considerado um ato terrorista não eh Isto são atos de vandalismo eu não quero dizer que isso não aterroriza as pessoas há muita gente aterrorizada ainda há dias me telefonou um senhor eh que vive nesses baos que eu conheço por acaso um senhor de cor mas podia ser Branco podia ser asiático podia ser de de outra eh situação qualquer e que me disse o professor o que é que eu faço eu eu até tenho medo de sair à Rua de levar o meu filho à escola porque na verdade eh portanto podem pensar que eu também estou metido nas manifestações e não estou não tenho nada a ver com isto eh portanto sou contra isto tudo contra a violência etc as pessoas estão aterrorizadas eh Sem dúvida nenhuma portanto nesse sentido não podemos dizer que é um ato terrorista porque não está tipificado na lei Isto são atos de vandalismo e como o fogo posto é é crime e o o estes atos todos de vandalismo são crimes o incitamento ao ódio à violência e a Quem o faz tão muitos mas estamos a falar de uma minoria nós estamos a falar de uma maioria há muita gente que trabalha que leva os seus filhos à escola que precisa de dormir porque como é que podemos Professor Minimizar situações como esta nos bairros mais sensíveis do país temos que fazer conhecimento de proximidade isso começou-se a fazer há uns anos depois não sei porquê foi interrompido Eu até me lembro de um caso que acompanhei no bairro da Bela Vista na margem sul em que os polícias faziam rapel com os jovens jogavam futebol havia ali uma intrusão ou seja o polícia quando entrava no bairro até podia entrar desarmado porque era visto como um amigo um companheiro uma pessoa que estava ali para ajudar e a isso que a polícia tem que fazer o policiamento de proximidade não é só chegar lá e pôr pedías no meio do barro e tá próximo não tem que haver de facto e como é que se faz isso Professor faz-se com empatia com psicologia com formação das próprias polícias nesse sentido tem que tem que haver mais investimento do Estado nesse tipo de policiamento porque esse tipo de policiamento chega ao ponto de dizer então o seu filho tá melhor tirou boas notas o seu marido tá melhor a sua mãe Eh tá tá tudo a correr bem com ela enfim é mesmo um policiamento de proximidade em que o o o polícia é visto como um amigo um protetor e não como um inimigo e mu e e muitas vezes o sentimento generalizado destas pessoas que vivem nestes bairros quando aparece a polícia trata do inimigo trata-se de um inimigo de uma pessoa que vem para perturbar Portanto tem que haver de facto aqui um treino muito grande e da própria polícia no sentido de ter mais formação em resolução de conflitos e a chamada psicologia da Paz Professor desculpa interromper e peço uma resposta muito rápido eh muito rapidamente eh relativamente à atuação do do polícia que baleou a Dair boniz e que acabou por por resultar na morte do do suspeito devemos também aportar numa maior formação da polícia no que toca por exemplo ao tiro sim obviamente porque o tiro instintivo é o tiro mais difícil de treinar porque fazer tiro ao alvo eh enfim com a calma qualquer pessoa Eh Ou pelo menos as polícias têm obrigação de acertar o tiro instintivo é mais difícil de treinar e na verdade eh eles dão muito poucos tiros por ano eh já se falou em 60 mas já se falou em números inferiores já se falou em 26 enfim eh é muito pouco mesmo que sejam 60 por ano não é nada não dá para treinar coisa nenhuma e portanto esse treino tem que ser mais intensivo de modo a que efetivamente os polícias possam tirar partido dessas situações por outro lado também não percebo que porque é que os tasar não foram distribuídos porque é uma arma eh que imobiliza a pessoa portanto não lhe não lhe causa é mais segura não lhe causa digamos danos a nível da Saúde apenas paralisa a pessoa durante um momento que será o tempo necessário para imobilizar feito desej fo feito dejado para imobilizar para o algemar etc e e eles não estão utilizar tasas não sei porquê eh até posso saber mas não não vem agora aqui à conversa de qualquer modo eh por outro lado as body cames que os polícias deviam ser estar utilizado e que a Marinha por acaso também já está a utilizar a polícia marítima eh e que tá a ser utilizada nalguns países com bastante sucesso agora teríamos essas imagens Seria uma boa para analizar e seria uma uma boa solução digamos para auxiliar nestes casos auxiliar nestes casos Professor Muito obrigado e até uma próxima oportunidade PR obgado bo no muito boa noite obrigado Mais Uma Vez pelo vosso convite obrig n [Música]